UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE JOICE CHIMATI GIANNOTTO Avenida Brigadeiro Faria Lima e suas dualidades. São Paulo 2019 JOICE CHIMATI GIANNOTTO Avenida Brigadeiro Faria Lima e suas dualidades. Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutora em Arquitetura e Urbanismo. ORIENTADOR: José Geraldo Simões Jr. São Paulo 2019 G434a Giannotto, Joice Chimati. Avenida Brigadeiro Faria Lima e suas dualidades / Joice Chimati Giannotto. 519 f.: il.; 30 cm Tese (doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019. Orientador: José Geraldo Simões Junior. Bibliografia: f. 423-456. 1. Avenida Brigadeiro Faria Lima. 2. Rua Iguatemi. 3. Velha Faria Lima. 4. Nova Faria Lima. 5. Cidade para pessoas. I. Simões Junior, José Geraldo, orientador. II. Título. CDD 711.4098161 Bibliotecária Responsável: Giovanna Cardoso Brasil CRB-8/9605 A todos que sonham com um mundo melhor. Agradecimentos Aos meus pais, pelo apoio incondicional. Ao meu orientador Prof. Dr. José Geraldo Simões Jr. Ao Prof. Dr. Carlos Guilherme Mota, pelas aulas e pelo apoio. À minha coordenadora Rechilene Mendonça Maia Braga, por todo apoio para a finalização desta tese. Ao amigo Fernando Belloube, por todas as contribuições e conversas com uma visão do mercado imobiliário ao longo dos últimos anos. Aos colegas de classe Rafael, Paola, Simone, Janaína e Wagner, que enfrentaram junto comigo esta jornada. A todos que de alguma maneira contribuíram para a realização de um sonho. E por fim, mas não menos importante, a Deus, a São Jorge e a Nossa Senhora. “Como um arquiteto você desenha para o presente, com uma consciência do passado, para um futuro que é essencialmente desconhecido.” (Norman Foster, 2007) Resumo A agitada Avenida Brigadeiro Faria Lima nem sempre foi assim. Teve sua origem a partir da pacata Rua Iguatemi, que ficava além dos limites suburbanos da cidade. Ao longo de seu processo de transformação surgiram dualidades que são perceptíveis na Faria Lima de hoje. O que ficava além dos limites suburbanos da cidade agora é um dos maiores polos terciários da cidade. A rua que abrigava chácaras, hoje tem edifícios de escritórios. Os edifícios com a configuração office deram espaço para a configuração corporate. Os pavimentos térreos dos edifícios com comércios e galerias, tão vivos na ‘Velha’ Faria Lima, agora só permitem a entrada de seus condôminos e são mais monótonos. Esta tese investiga as transformações sofridas pela avenida ao longo do tempo e compara não só a antiga Iguatemi, com a atual Faria Lima, mas dinâmica entre seu trecho ‘velho’ e seus trechos ‘novos’. Palavras-chave: Avenida Brigadeiro Faria Lima. Rua Iguatemi. Velha Faria Lima. Nova Faria Lima. Cidade para pessoas. Abstract The busy Brigadeiro Faria Lima Avenue was not always like this. It had its origin from the calm Iguatemi Street, that was beyond the suburban limits of the city. Throughout its process of transformation, dualities emerged that are noticeable in today's Faria Lima. What was beyond the suburban boundaries of the city is now one of the largest tertiary poles in the city. The street that housed chambers now has office buildings. The buildings with the office configuration gave room for the corporate configuration. The ground floor of the buildings with shops and galleries, so alive in the old Faria Lima, have become more monotonous and now only allow entrance of their condominiums. This thesis investigates the transformations undergone by the Faria Lima Avenue over time and compares not only the old Iguatemi with the current Faria Lima, but also the dynamic between its 'old' stretch and its 'new' stretches. Key Words: Brigadeiro Faria Lima Avenue. Iguatemi Street. Old Faria Lima. New Faria Lima. City for people. Lista de figuras Figura 1 – Recortes de jornal analisados por década. ......................................................... 57 Figura 2 – Esquema do deslocamento das centralidades de São Paulo. Fonte: a autora, 2018. .............................................................................................................................................61 Figura 3 - Planta da Cidade de São Paulo. Fonte: Eng. Rufino Felizardo e Costa, 1810. ...... 63 Figura 4 – Cidade de feições coloniais - Largo e Rua de São Bento. Fonte: AZEVEDO, 1887. ............................................................................................................................................ 65 Figura 5 – Cidade de feições europeias - Largo São Bento. Fonte: GAENSLY, [1902?]. ....... 65 Figura 6 – (Des)articulação dos loteamentos de São Paulo. Fonte: CARDIM, 1897. .......... 67 Figura 7 – Planta da Cidade de São Paulo mostrando os arrabaldes e terrenos arruados, 1924. Fonte: PALNTA, 1924. ................................................................................................. 68 Figura 8 – Rua São Bento na atualidade. Fonte: Google Street View, acesso 13 nov. 2016. 72 Figura 9 - Avenida Paulista [1902?]. Fonte: GAESNLY, [1902?]. ........................................... 73 Figura 10 – Trecho da Planta Geral da Cidade de São Paulo, 1905, em que aparece registros da baixa ocupação da Avenida Paulista. Fonte: COCOCI; COSTA, 1905. ............................. 74 Figura 11 – Belvedere do Trianon, em 1945, inaugurado em 1916 e demolido em 1953. Fonte: Silva, [200-]. ........................................................................................................................ 75 Figura 12 – Projeto Nova Paulista. Fonte: SACONI; ENTINI, 2015. ....................................... 77 Figura 13 - Avenida Paulista na atualidade. Fonte: acervo pessoal, 2017. ........................... 78 Figura 14 - Avenida Brigadeiro Faria Lima na atualidade. Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso 13 nov. 2016. ................................................................................................... 80 Figura 15 – Ponte Octavio Frias sobre a Marginal Pinheiros e edifícios da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini. Fonte: CIDADES, 2018. .......................................................81 Figura 16 – Planta Geral da Capital de 1897. Fonte: CARDIM, 1897. Destaque nosso. ........ 85 Figura 17 – Indícios do início da Rua Iguatemi a partir da Rua dos Pinheiros na Planta da Cidade de São Paulo de 1916. Fonte: SÃO PAULO, 1916. Recorte e destaque nosso. ......... 86 Figura 18 – Indícios do início da Rua Iguatemi a partir da Rua dos Pinheiros a partir da Planta da Cidade de São Paulo de 1924. Fonte: PLANTA, 1924 Recorte e destaque nosso. .......... 87 Figura 19 – Anúncio dos loteamentos da Cia. City. Fonte: CIA., 1929, p. 7. ......................... 89 Figura 20 – Anúncio do loteamento do Jardim Europa. Fonte: JARDIM, 1928, p. 2. .......... 89 Figura 21 – Sobreposição dos traçados do Rio Pinheiros na década de 1930 e atualidade. Fonte: GOLDENSTEIN, 2017. ................................................................................................ 90 Figura 22 – Enchente no Rio Pinheiros, em 1929, na região da atual Ponte da Cidade Jardim. Fonte: Acervo da Fundação Energia e Saneamento In FIORAVANTI, 2013. ........................ 91 Figura 23 – Enchente no Rio Pinheiros, próximo à Rua Augusta. Fonte: Acervo da Fundação Energia e Saneamento In FIORAVANTI, 2013. ..................................................................... 91 Figura 24 – Traçado da Rua Iguatemi em 1930, com início à Rua dos Pinheiros e término à rua Tabapuan. Fonte: Sara, 1930, fls. 49, 50, 64 e 65. Destaque nosso. ............................. 92 Figura 25 – Sport Club Germânia às margens do Rio Pinheiros nos anos 20, pouco após a inauguração da sede. Fonte: AE, 1994. ............................................................................... 93 Figura 26 – Sport Club Germânia e seus banhistas nas águas do Rio Pinheiros, década de 1930. Fonte: JAYO, 2012. ..................................................................................................... 94 Figura 27 – Sede do Sítio Itaim em 1913. Fonte: CONDEPHAAT, 1978, p. 13. ....................... 95 Figura 28 – Ruínas da Casa Bandeirista do Itaim Bibi em 1988. Fonte: Ana Carolina Fernandes / AE, 2012. ............................................................................................................................ 96 Figura 29 – Ruínas da Casa Bandeirista do Itaim Bibi em 2008. Fonte: MAYUMI, 2016. ..... 97 Figura 30 – Casa Bandeirista do Itaim Bibi em 2017. Fonte: acervo pessoal, 2017. ............. 97 Figura 31 – Traçado da Rua Iguatemi prolongada até a Rua Joaquim Floriano. Fonte: Light, 1943. Destaque nosso. ........................................................................................................ 98 Figura 32 – Solar Silva Prado, década de 1950 – Fonte: OLIVEIRA, 2014. ............................ 99 Figura 33 – Anúncio de casa a venda à Rua Iguatemi em 1941. Fonte: SECÇÃO, 1941. ...... 100 Figura 34 – Traçado proposto pela lei 5.899/1961. Fonte: a autora, 2019. ......................... 103 Figura 35 – Notícias sobre a Rua Iguatemi, no acervo do jornal O Estado de S. Paulo em 14 jul. 2017. Fonte: a autora, 2017. .......................................................................................... 103 Figura 36 – Croqui da Rua Iguatemi e seu comércio / serviços ao longo da década de 1960, elaborado a partir de anúncios e notas em jornais. Em vermelho destaque dos edifícios104 Figura 37 – Anúncio da construção do Shopping Center Iguatemi. Fonte: QUEM, 1964, p. 15. ........................................................................................................................................... 107 Figura 38 – Você sabe o que é um shopping center? Fonte: VOCÊ, 1965, p. 15. ............... 108 Figura 39 – Receita para fazer um shopping center. Fonte: RECEITA, 1965, P. 31. ........... 109 Figura 40 – Lançamento do Shopping Center Iguatemi. Fonte: LANÇADO, 1965, p. 12-13. 110 Figura 41 – Fotos das obras do Shopping Center Iguatemi. Fonte: OBRA, 1965, p.4; ESTÁ, 1965, p. 15. ........................................................................................................................... 111 Figura 42 – Anúncios apresentando a valorização do empreendimento. Fonte: SUCESSO, 1965, p. 13; 11/8/65, 1965, p. 11; OS TERRENOS, 1965, 11. ......................................................112 Figura 43 – Anúncios da Inauguração e abertura do shopping. Fonte: INAUFURA-SE, 1966, p. 11; GRANDE, 1966, p. 12-13. ............................................................................................. 114 Figura 44 – Shopping Iguatemi em 1970. Fonte: Folhapress, 1970 In FOTO, 2012. ............ 115 Figura 45 – Trecho norte do Projeto Iguatemi em 1967. ................................................... 116 Figura 46 – Mercado Caipira [190-] e Cooperativa Agrícola de Cotia, [192-?]. Fonte: Raul Goldschmidt [190-]; LARGO, 2014. ..................................................................................... 118 Figura 47 – A Rua Iguatemi antes das obras. Fonte: PROJETO, 1967, p. 14 PINHEIROS, 1968, p. 18. ................................................................................................................................... 119 Figura 48 – Rua Iguatemi em frete ao Shopping Center Iguatemi. Fonte: Folhapress, 1967 In FOTO, 2011. ..................................................................................................................... 120 Figura 49 – Mercado de Pinheiros, 1967. Fonte: PINHEIROS, 1967, p. 12. ...........................121 Figura 50 – Delimitação da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2019. ........... 125 Figura 51 – Obras da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: Acervo UH / Folhapress, 1970? In FOTO, 2011. ......................................................................................................................... 125 Figura 52 – Obras da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: Acervo UH / Folhapress, 1970? In FOTO, 2011. ..................................................................................................................... 126 Figura 53 – Obras da Avenida Brigadeiro Faria Lima, vista a partir da Avenida Cidade Jardim, sentido Rebouças. A esquerda a Esporte Clube Pinheiros e o Shopping Iguatemi. Fonte: Autor não identificado, 1969?. ........................................................................................... 126 Figura 54 – Publicidade do Edifício Novo São Paulo, enfatizando a Avenida Faria Lima como uma centralidade do amanhã. Fonte: ONTEM, 1971, p. 7. .................................................. 129 Figura 55 – Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: EMPLASA, 1974, destaque nosso. ...... 130 Figura 56 – Avenida Brigadeiro Faria Lima em 1987. Fonte: André Douek In PROJETO, 1987, p. 10. ................................................................................................................................... 132 Figura 57 – O avanço do vetor sudoeste. Fonte: VUCOVIX, 1988, p. 70............................. 133 Figura 58 – Monotrilho de Pinheiros à Vila Mariana. Fonte: MONOTRILHO, 1986, p. 48. . 134 Figura 59 – Favela junto à Avenida Juscelino Kubitschek. Fonte: COM MEDO, 1987, p. 48. ........................................................................................................................................... 135 Figura 60 – Esquema do traçado previsto para o prolongamento da Av. Brig. Faria Lima. Fonte: FOLGATO, 1993, p. 24.............................................................................................. 136 Figura 61 – Projeto para a Nova Faria Lima com seus prolongamentos e demarcação de áreas que seriam desapropriadas. Fonte: NOVO, 1993, p. 99. ........................................... 137 Figura 62 – Traçado simplificado para o Prolongamento da Nova Faria Lima. Fonte: NOVO, 1993, p. 16. .......................................................................................................................... 138 Figura 63 – Definidas desapropriações na Faria Lima. Fonte: FAGÁ, 1994, p. 19. .............. 139 Figura 64 – Drive-thru bancário e agência bancária sem funcionários na Faria Lima. Fonte: GRANDE, 1991, p. 21; Amancio Chiodi / AE In BANCO, 1991, p. 48. .................................... 140 Figura 65 – Trecho do mapa de uso e ocupação do solo (LPUOS 1972). Fonte: NOVO, 1972. ........................................................................................................................................... 143 Figura 66 – Trecho do mapa de uso e ocupação do solo LPUOS 1972, com alterações até 1997. Fonte: CAZOLLATO, 1997, P. 53-51, 69-70. ............................................................... 144 Figura 67 – Definição dos trechos norte e sul da ‘nova’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................................................................... 151 Figura 68 – Demolição dos anexos da Igreja São João, jan. 1995. Fonte: IGREJA, c2018. . 152 Figura 69 – Traçado proposto para o trajeto do aero móvel Faria Lima – Berrini. Fonte: FOLGATO, 1995, p.6. .......................................................................................................... 154 Figura 70 – Pistas do trecho sul da ‘nova’ Faria Lima, ao lado da Rua Iguatemi, 1995. Fonte: QUEIROZ, 1995, p. 21. ......................................................................................................... 155 Figura 71 – Obras no largo da Batata, 1995. Fonte: Luiz Paulo Lima / AE In MELLO, 1995. 155 Figura 72 – Inauguração do trecho norte da Faria Lima. Fonte: MELLO, 1995, p. 19. ........ 155 Figura 73 – Vista aérea da Faria Lima próximo ao largo da Batata. Fonte: O MELLO, 1995, p. 13. ....................................................................................................................................... 155 Figura 74 – Nó no trânsito da Av. Brig. Faria Lima com Av. Juscelino Kubitscheck, devido a falha nos semáforos, 2017. Fonte: Rodrigo Laranjeira In FERRARI, 2017. ..........................156 Figura 75 – Escola Estadual Ceciliano José Ennes, demolida em 15 de jan. de 1996. Fonte: Nelson Almeida/AE In ESCOLA, 1996, p. 15. ....................................................................... 157 Figura 76 – Obras no trecho sul da ‘nova’ Faria Lima. Fonte: Luludi/AE in MELLO, 1996, p. 10. .......................................................................................................................................158 Figura 77 – Trecho da ‘nova’ Faria Lima aguardando a conclusão das instalações da Telesp. Fonte: MELLO, 1996, p. 32. ................................................................................................ 158 Figura 78 – Representação do conceito de solo criado. Fonte: CJ Arquitetura nº 16, 1977 apud MALERONKA, 2017. ................................................................................................... 163 Figura 79 – Operações Urbanas propostas no Plano Diretor do Município de São Paulo 1985- 2000. Fonte: São Paulo, 1985 apud MALERONKA, 2017. ................................................... 165 Figura 80 – Perímetro da proposta de Júlio Neves para o Bulevar Zona Sul. Fonte: a autora, 2018. .................................................................................................................................. 166 Figura 81 – Traçado estimado da OUC Faria Lima 1995. Fonte: a autora, 2018. ................ 169 Figura 82 – Mapa da OUC Faria Lima. Fonte: Lei 13.871/2004, anexo A. ............................ 175 Figura 83 – Trecho do mapa de uso e ocupação do solo (LPUOS 2004). Fonte: Lei 13.885/2004, Livro XI, Mapa 04. ......................................................................................... 181 Figura 84 – Zoneamento da região da Avenida Faria Lima (LPUOS 2016). Fonte: Geosampa, acesso 16 ago. 2017. .......................................................................................................... 188 Figura 85 – Setorização da Av. Brig. Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ............................ 196 Figura 86 – Quadras do trecho norte da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. .......................................................................................................................................... 200 Figura 87 – Edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................................................................... 201 Figura 88 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018.................................................................... 202 Figura 89 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018.................................................................... 203 Figura 90 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, lado ímpar a esquerda e lado par a direita. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017. ........................................................... 204 Figura 91 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, nas proximidades do Largo da Batata, velha Faria Lima ao fundo. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017. ....................... 204 Figura 92 – Mapeamento das áreas remanescentes da obra da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. ....................................................................................................... 205 Figura 93 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, lado ímpar. Fonte: Google Street view, jun. 2016, acesso 18 set. 2017. ........................................................................................................... 205 Figura 94 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, lado ímpar. Fonte: Google Street view, jun. 2016, acesso 18 set. 2017............................................................................................................. 206 Figura 95 – Nova Faria Lima, trecho norte, lado par. Fonte: Google Street View, mar. 2016, acesso 18 set. 2017............................................................................................................. 206 Figura 96 – Nova Faria Lima, trecho norte, lado par. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017............................................................................................................. 207 Figura 97 – Nova Faria Lima, trecho norte, lado par. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017............................................................................................................. 207 Figura 98 – Torre Faria Lima. Fonte: Acervo pessoal, 2018. .............................................. 208 Figura 99 – Instituto Tomie Ohtake. Fonte: INSTITUTO, 2000, p. D3. .............................. 208 Figura 100 – Mapa chave quadra Q2.01. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 208 Figura 101 – Torre Faria Lima. Fonte: Google Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. ............... 208 Figura 102 - Edifício Alzira Dias. Fonte: Google Street View, jan. 2016, acesso 10/09/2017. .......................................................................................................................................... 209 Figura 103 – Mapa chave quadra Q2.13. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 209 Figura 104 – Edifício Alzira Dias. Fonte: Google Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. ........... 209 Figura 105 – Edifício Maria Christina. Fonte: Acervo pessoal, 2017 e 2018. ........................ 210 Figura 106 – Mapa chave quadra Q2.13. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 210 Figura 107 – Ed. Maria Christina. Fonte: Google Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. ........... 210 Figura 108 – Quadras da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ................................... 211 Figura 109 – Edifícios de escritórios da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ............. 212 Figura 110 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ...................................................................................... 215 Figura 111 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ...................................................................................... 216 Figura 112 – Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1982. Fonte: Folhapress, 1982. ...................... 217 Figura 113 - Edifício do CREA. Fonte: Acervo pessoal, 2017 ................................................ 218 Figura 114 – Mapa chave quadra Q1.01. Fonte: a autora, 2018. .......................................... 218 Figura 115 – Ed. do CREA. Fonte: Google Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. ...................... 218 Figura 116 – Edifício FLBC. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 04/09/2017. ........ 219 Figura 117 – Mapa chave quadra Q1.02. Fonte: a autora, 2018. .......................................... 219 Figura 118 – Ed. FLBC. Fonte: Google Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. ............................ 219 Figura 119 – Edifício Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. ........................................... 220 Figura 120 – Mapa chave quadra Q1.02. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 220 Figura 121 – Edifício Faria Lima. Fonte: Google Earth, 2018. Acesso 11 nov. 2018. ............. 220 Figura 122 – Centro Empresarial Mário Garnero. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................. 221 Figura 123 – Centro Empresarial Mário Garnero. Fonte: NA MELHOR ESQUINA, 1978, p. 5. ........................................................................................................................................... 221 Figura 124 – Mapa chave quadra Q1.03. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 221 Figura 125 – Centro Empresarial Mário Garnero. Fonte: Google Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. ................................................................................................................................... 221 Figura 126 – Edifício Novo Horizonte. Fonte: acervo pessoal, 2018. .................................. 222 Figura 127 – Mapa chave quadra Q1.04. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 222 Figura 128 – Ed. Novo Horizonte. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. .................... 222 Figura 129 – Edifício Barão de Pedro Afonso. Fonte: acervo pessoal, 2018. ...................... 223 Figura 130 – Edifício Barão de Pedro Afonso. Fonte: NA AV. FARIA LIMA, 1972, p. 25. ..... 223 Figura 131 – Mapa chave quadra Q1.04. Fonte: a autora, 2018. .......................................... 223 Figura 132 – Ed. Barão de Pedro Afonso. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ......... 223 Figura 133 – Edifício Plaza São Lourenço. Fonte: EMPREENDIMENTOS, [2009?]. ............ 224 Figura 134 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 224 Figura 135 – Ed. Plaza São Lourenço. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. .............. 224 Figura 136 – Conselheiro Antonio Prado. Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso 06/09/2017. .........................................................................................................................225 Figura 137 – Edifício Conselheiro Antônio Prado. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1972, p. 7. ..........225 Figura 138 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a autora, 2018. .........................................225 Figura 139 – Ed. Conselheiro Antônio Prado. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ..225 Figura 140 – Edifício Diâmetro. Fonte: acervo pessoal, 2018. ........................................... 226 Figura 141 – Edifício Diâmetro. Fonte: A DIÂMETRO, 1972, p. 30. .................................... 226 Figura 142 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 226 Figura 143 – Ed. Diâmetro. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. .............................. 226 Figura 144 – Royal Street. Fonte: acervo pessoal, 2017...................................................... 227 Figura 145 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 227 Figura 146 – Ed. Royal Street. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. .......................... 227 Figura 147 – Edifício Maurício. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............................................. 228 Figura 148 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 228 Figura 149 – Ed. Maurício. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ............................... 228 Figura 150 – Edifício CEPAV. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................................ 229 Figura 151 – Edifício Palácio das Américas. Fonte: HOJE, 1974, p. 15. ............................... 229 Figura 152 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 229 Figura 153 – Ed. Cepav. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ................................... 229 Figura 154 – Edifício Gilberto de Ulhoa Canto. Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso 06/09/2017. ........................................................................................................................ 230 Figura 155 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 230 Figura 156 – Ed. Gilberto de Ulhoa Canto. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ...... 230 Figura 157 – Edifício Itaquera. Fonte: acervo pessoal, 2018. .............................................. 231 Figura 158 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 231 Figura 159 – Ed. Itaquera. Fonte Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ................................ 231 Figura 160 – Edifício CIAM. Fonte: acervo pessoal, 2018....................................................232 Figura 161 – Mapa chave quadra Q1.07. Fonte: a autora, 2018. ..........................................232 Figura 162 – Ed. CIAM. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ....................................232 Figura 163 – Edifício Conselheiro Lafayete. Fonte: Google Street View, jan. 2016, acesso 06/09/2017. ........................................................................................................................ 233 Figura 164 – Mapa chave quadra Q1.07. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 233 Figura 165 – Ed. Conselheiro Lafayete. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .......... 233 Figura 166 – Edifício Regent’s Park. Fonte: acervo pessoal, 2018. .................................... 234 Figura 167 – Edifício Regent’s Park. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 06/09/2017. .......................................................................................................................................... 234 Figura 168 – Mapa chave quadra Q1.07. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 234 Figura 169 – Ed. Regent’s Park. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ..................... 234 Figura 170 – Edifício Visconde de Jereumirim. Fonte: acervo pessoal, 2018. .................... 235 Figura 171 – Edifício Visconde de Jerumirim. Fonte: A ONDA, 1972, p. 42. ....................... 235 Figura 172 – Mapa chave quadra Q1.08. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 235 Figura 173 – Edifício Visconde de Jerumirim. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. 235 Figura 174 – Edifício Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. .......................................... 236 Figura 175 – Faria Lima. Fonte: A ESTÓRIA, 1972, p. 11...................................................... 236 Figura 176 – Mapa chave quadra Q1.08. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 236 Figura 177 – Ed. Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ............................ 236 Figura 178 – Edifício San Paolo. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............................................237 Figura 179 – Mapa chave quadra Q1.09. Fonte: a autora, 2018. .........................................237 Figura 180 – Ed. San Paolo. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .............................237 Figura 181 – Edifício Irapurú. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............................................... 238 Figura 182 – Mapa chave quadra Q1.09. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 238 Figura 183 – Ed. Irapurú. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ................................ 238 Figura 184 – Banco Original. Fonte: Acervo pessoal, 2018. ............................................... 239 Figura 185 – Café do Banco Original. Fonte: BANCO ORIGINAL, [2015]. ........................... 239 Figura 186 – Mapa chave quadra Q1.09. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 239 Figura 187 – Ed. Banco Original. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .................... 239 Figura 188 – Edifício Ferraz de Almeida. Fonte: acervo pessoal, 2017. ............................. 240 Figura 189 – Edifício Ferraz de Almeida. Fonte: O SEU LUGAR, 1972, p. 13. ..................... 240 Figura 190 – Mapa chave quadra Q1.09. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 240 Figura 191 – Ed. Ferraz de Almeida. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ............... 240 Figura 192 – Banco Bradesco. Fonte: acervo pessoal, 2018. .............................................. 241 Figura 193 – Mapa chave quadra Q1.10. Fonte: a autora, 2018. .......................................... 241 Figura 194 – Banco Bradesco. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2016. ........................ 241 Figura 195 – Os Bandeirantes. Fonte: Acervo pessoal, 2018. ............................................ 242 Figura 196 – Mapa chave quadra Q1.10. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 242 Figura 197 – Ed. Os Bandeirantes. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ................. 242 Figura 198 – Edifício Iramaia. Fonte: Acervo pessoal, 2018. .............................................. 243 Figura 199 – Mapa chave quadra Q1.11. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 243 Figura 200 – Ed. Iramaia. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ............................... 243 Figura 201 – Edifício Plaza Iguatemi. Fonte: Apu Gomes / Folha Imagem (PRÉDIO, 2006). .......................................................................................................................................... 244 Figura 202 – Mapa chave quadra Q1.11. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 244 Figura 203 – Ed. Plaza Iguatemi. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018..................... 244 Figura 204 – Barão de Iguatemi. Fonte: acervo pessoal, 2018. ......................................... 245 Figura 205 – Edifício Barão de Iguatemi. Fonte: FARIA LIMA, 1971, p. 42 ......................... 245 Figura 206 – Mapa chave quadra Q1.12. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 245 Figura 207 – Ed. Barão de Iguatemi. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .............. 245 Figura 208 – Edifício Jaguari. Fonte: acervo pessoal, 2018. .............................................. 246 Figura 209 – Mapa chave quadra Q1.12. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 246 Figura 210 – Ed. Jaguari. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. ................................ 246 Figura 211 – Edifício Park Plaza. Fonte: acervo pessoal, 2018. ........................................... 247 Figura 212 – Mapa chave quadra Q1.12. Fonte: a autora, 2018. .......................................... 247 Figura 213 – Ed. Park Plaza. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. ............................ 247 Figura 214 – Edifício New Star. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............................................ 248 Figura 215 – Edifício New Star. Fonte: AV. BRIG., 1977, p. 16. ............................................ 248 Figura 216 – Mapa chave quadra Q1.13. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 248 Figura 217 – Ed. New Star. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018............................... 248 Figura 218 – Edifício Barão de Atibaia. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................ 249 Figura 219 – Edifício Barão de Atibaia. Fonte: GOMES, 1972, p. 39. .................................. 249 Figura 220 – Mapa chave quadra Q1.13. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 249 Figura 221 – Ed. Barão de Atibaia. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. .................. 249 Figura 222 – Edifício Conselheiro Rodrigues Alves. Fonte: acervo pessoal, 2018.............. 250 Figura 223 – Mapa chave quadra Q1.13. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 250 Figura 224 – Ed. Cons. Rodrigues Alves. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. ........ 250 Figura 225 – Edifício Dacon. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................................. 251 Figura 226 – Edifício Dacon. Fonte: EDIFÍCIO DACON, 1987, p. 10. .................................... 251 Figura 227 – Mapa chave quadra Q1.15. Fonte: a autora, 2018. .......................................... 251 Figura 228 – Ed. Dacon. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. .................................. 251 Figura 229 – Edifício New Place. Fonte: Acervo pessoal, 2017. ......................................... 252 Figura 230 – Mapa chave quadra Q1.18. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 252 Figura 231 – Ed. New Place. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018............................. 252 Figura 232 – Edifício Novo Horizonte. Fonte: Acervo pessoal, 2017. ................................. 253 Figura 233 – Mapa chave quadra Q1.18. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 253 Figura 234 – Ed. Sérgio de Magalhães. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. .......... 253 Figura 235 – SulAmérica. Fonte: acervo pessoal, 2018. ..................................................... 254 Figura 236 – Mapa chave quadra Q1.35. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 254 Figura 237 – Ed. SulAmérica. Fonte: Google Earth, 2018. Acesso 11 nov. 2018. ................. 254 Figura 238 – Edifício Faria Lima 1.188. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................. 255 Figura 239 – Mapa chave quadra Q1.34. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 255 Figura 240 – Ed. Faria Lima 1.188. Fonte: Google Earth, 2018. Acesso 11 nov. 2018........... 255 Figura 241 – Edifício Armando Shibata. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 04/09/2017. ........................................................................................................................ 256 Figura 242 – Mapa chave quadra Q1.34. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 256 Figura 243 – Ed. Armando Shibata. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ................ 256 Figura 244 – Edifício Conselheiro Paranaguá. Fonte: acervo pessoal, 2018. ......................257 Figura 245 – Edifício Conselheiro Paranaguá. Fonte: NÃO É POSSÍVEL!, 1975, p. 9. ..........257 Figura 246 – Mapa chave quadra Q1.34. Fonte: a autora, 2018. .........................................257 Figura 247 – Ed. Conselheiro Paranaguá. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ........257 Figura 248 – Edifício Faria Lima 1306. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................. 258 Figura 249 – Mapa chave quadra Q1.34. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 258 Figura 250 – Ed. Faria Lima 1.306. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ................... 258 Figura 251 – Edifício Alvino Slaviero. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................... 259 Figura 252 – Mapa chave quadra Q1.33. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 259 Figura 253 – Ed. Alvino Slaviero. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ..................... 259 Figura 254 – Edifício UOL Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. .................................. 260 Figura 255 – Mapa chave quadra Q1.33. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 260 Figura 256 – Ed. Uol Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ...................... 260 Figura 257 – Edifício Monumento. Fonte: acervo pessoal, 2018. ....................................... 261 Figura 258 – Edifício Monumento. Fonte: DIRETOR, 1973, p. 18. ....................................... 261 Figura 259 – Mapa chave quadra Q1.32. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 261 Figura 260 – Ed. Monumento. Fonte: Google Earth, acesso 11 nov. 2018. ......................... 261 Figura 261 – Edifício Barão de Rothschild. Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso 09 set. 2017............................................................................................................................. 262 Figura 262 – Edifício Barão de Rothschild. Fonte: CENÁRIO, 1971, p. 34. .......................... 262 Figura 263 – Mapa chave quadra Q1.31. Fonte: a autora, 2018.......................................... 262 Figura 264 – Ed. Barão de Rothschild. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ........... 262 Figura 265 – Edifício Barão de Água Branca. Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso 09 set. 2017. ...................................................................................................................... 263 Figura 266 – Edifício Barão de Água Branca. Fonte: 10 ANOS, 1973a, p.9. ........................ 263 Figura 267 – Mapa chave quadra Q1.31. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 263 Figura 268 – Ed. Barão de Água Branca. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ....... 263 Figura 269 – Edifício Novo São Paulo. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................ 264 Figura 270 – Edifício Novo São Paulo. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1971, p. 7. ............................ 264 Figura 271 – Mapa chave quadra Q1.30. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 264 Figura 272 – Ed. Novo São Paulo. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .................. 264 Figura 273 – Edifício Conselheiro João Alfredo. Fonte: acervo pessoal, 2018. .................. 265 Figura 274 – Edifício Conselheiro João Alfredo. Fonte: A LINDENBERG, 1973, p. 21. ........ 265 Figura 275 – Mapa chave quadra Q1.30. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 265 Figura 276 – Ed. Conselheiro João Alfredo. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ... 265 Figura 277 – Edifício Olívia Fernandes. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................ 266 Figura 278 – Mapa chave quadra Q1.29. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 266 Figura 279 – Ed. Olívia Fernandes. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ................. 266 Figura 280 – Edifício Conselheiro Souza e Mello. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............... 267 Figura 281 – Edifício Conselheiro Souza e Melo. Fonte: QUANTAS, 1973, p. 39. ............... 267 Figura 282 – Mapa chave quadra Q1.29. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 267 Figura 283 – Ed. Conselheiro Souza e Melo. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .. 267 Figura 284 – Edifício Liege. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................................. 268 Figura 285 – Edifício Liege. Fonte: A FRANÇA FERRAZ, 1986, p. 9. ................................... 268 Figura 286 – Mapa chave quadra Q1.28. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 268 Figura 287 – Ed. Liege. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ................................... 268 Figura 288 – Edifício Barão da Torre. Fonte: Google Street View, jan. 2016, acesso 09/09/2017. ........................................................................................................................ 269 Figura 289 – Edifício Barão da Torre. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1974, p. 9. ............................ 269 Figura 290 – Mapa chave quadra Q1.28. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 269 Figura 291 – Ed. Barão da Torre. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .................... 269 Figura 292 – Edifício Calcenter. Fonte: acervo pessoal, 2018. ........................................... 270 Figura 293 – Edifício Calcenter. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1975, P. 18. .................................... 270 Figura 294 – Mapa chave quadra Q1.27. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 270 Figura 295 – Edifício Calcenter. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ..................... 270 Figura 296 – Edifício Campo Verde. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 09/09/2017. ........................................................................................................................................... 271 Figura 297 – Mapa chave quadra Q1.26. Fonte: a autora, 2018. ......................................... 271 Figura 298 – Ed. Campo Verde. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ...................... 271 Figura 299 – Edifício Fernando Arens. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 09/09/2017. ......................................................................................................................... 272 Figura 300 – Mapa chave quadra Q1.26. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 272 Figura 301 – Ed. Fernando Arens. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. ................... 272 Figura 302 – Edifício Parque Iguatemi. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................273 Figura 303 – Edifício Parque Iguatemi. Fonte: MONUMENTAL, 1972, p. 29. ......................273 Figura 304 – Mapa chave quadra Q1.25. Fonte: a autora, 2018. .........................................273 Figura 305 – Ed. Parque Iguatemi. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. .................273 Figura 306 – Park Center. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................................... 274 Figura 307 – Edifício Park Center. Fonte: O Estado de S. Paulo, 24/05/1973, p. 9 ............. 274 Figura 308 – Mapa chave quadra Q1.24. Fonte: a autora, 2018......................................... 274 Figura 309 – Ed. Center. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. ................................ 274 Figura 310 – Edifício Cidade Jardim. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 06/09/2017. ...........................................................................................................................................275 Figura 311 – Mapa chave quadra Q1.24. Fonte: a autora, 2018. ..........................................275 Figura 312 – Ed. Cidade Jardim I. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. .....................275 Figura 313 – Edifício Capitânia em 1973. Fonte: ZEIN, 2006. ............................................. 276 Figura 314 – Edifício Capitânia. Fonte: VOCÊ, 1972b, p. 12. ................................................ 276 Figura 315 – Mapa chave quadra Q1.20. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 276 Figura 316 – Ed. Capitânia. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. ............................. 276 Figura 317 – Hyde Park em 1985. Fonte: Cristiano Alckmin Mascaro, 1985 (ARQUIGRAFIA, [2017?]). .............................................................................................................................. 277 Figura 318 – Edifício Hyde Park. Fonte: acervo pessoal, 20018. ......................................... 277 Figura 319 – Mapa chave quadra Q1.19. Fonte: a autora, 2018. .......................................... 277 Figura 320 – Ed. Hyde Park. Fonte: Google Earth, acesso 02 dez. 2018. ............................ 277 Figura 321 – Quadras do trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima – Itaim. Fonte: a autora, 2018. . 278 Figura 322 – Edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima - Itaim. Fonte: a autora, 2018. . 279 Figura 323 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Nova’ Faria Lima – Itaim. Fonte: a autora, 2018. ......................................................................... 280 Figura 324 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. .................................................................... 281 Figura 325 – Edifício Millenium Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. ......................... 282 Figura 326 – Mapa chave quadra Q3.01. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 282 Figura 327 – Edifício Millenium Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 24 out 2018. ..... 282 Figura 328 - Edifício Icon Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................... 283 Figura 329 – Mapa chave quadra Q3.03. Fonte: a autora, 2018. ....................................... 283 Figura 330 – Edifício Icon Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 24 out 2018. .............. 283 Figura 331 – Edifício Spazio Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............................... 284 Figura 332 – Mapa chave quadra Q3.04. Fonte: a autora, 2018. ....................................... 284 Figura 333 – Ed. Spazio Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ................ 284 Figura 334 - Edifício Pátio Malzoni. Fonte: GELINSKI, 2012. .............................................. 285 Figura 335 – Edifício Pátio Malzoni. Fonte: O Estado de S. Paulo, 13/09/2012, p. B10-B11.. 285 Figura 336 – Mapa chave quadra Q3.05. Fonte: a autora, 2018. ....................................... 285 Figura 337 – Ed. Pátio Malzoni. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ...................... 285 Figura 338 - Edifício Antônio Alves Ferreira Guedes. Fonte: acervo pessoal, 2018. .......... 286 Figura 339 – Mapa chave quadra Q3.07. Fonte: a autora, 2018. ....................................... 286 Figura 340 – Ed. Antônio Alves Ferreira Guedes. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. .......................................................................................................................................... 286 Figura 341 - Edifício Faria Lima Tower. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................ 287 Figura 342 – Mapa chave quadra Q3.16. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 287 Figura 343 – Ed. Faria Lima Tower. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ................ 287 Figura 344 - Edifício Seculum. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............................................. 288 Figura 345 – Mapa chave quadra Q3.15. Fonte: a autora, 2018. ........................................ 288 Figura 346 – Ed. Seculum. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018............................... 288 Figura 347 - Edifício Faria Lima Financial Center. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................ 289 Figura 348 – Ed. Faria Lima Financial Center. Fonte: NÃO IMPORTA, 2002, p. A7. ........... 289 Figura 349 – Mapa chave da quadra Q3.13. Fonte: a autora, 2018. ................................... 289 Figura 350 – Ed. Faria Lima Financial Center. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2016. 289 Figura 351 - Edifício do FL 3500. Fonte: Acervo pessoal, 2018. .......................................... 290 Figura 352 – Divulgação Tishman Speyer. Fonte: FARIA LIMA 3500, 2017. ....................... 290 Figura 353 – Mapa chave da quadra Q3.13. Fonte: a autora, 2018. ................................... 290 Figura 354 – Ed. FL 3500. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ............................... 290 Figura 355 - Edifício Faria Lima Square. Fonte: acervo pessoal, 2018................................. 291 Figura 356 – Divulgação do Ed. Faria Lima Square, Fonte: TÃO, 2006, p. B10-B11. ............ 291 Figura 357 – Mapa chave da quadra Q3.12. Fonte: a autora, 2018. .................................... 291 Figura 358 – Ed. Faria Lima Square. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ................ 291 Figura 359 - Edifício B32. Fonte: TORRE, [2015]. ............................................................... 292 Figura 360 – Mapa chave da quadra Q3.11. Fonte: a autora, 2018. ................................... 292 Figura 361 – Ed. B32. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ...................................... 292 Figura 362 - Edifício Birmann 31. Fonte: MELENDEZ, 2003. ............................................... 293 Figura 363 – Mapa chave da quadra Q3.10. Fonte: a autora, 2018. ................................... 293 Figura 364 – Ed. Birmann 31. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. .......................... 293 Figura 365 – Quadras do trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. .................................................................................................................................. 294 Figura 366 – Edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. .................................................................................................................................. 295 Figura 367 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. ............................................................... 296 Figura 368 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. ....................................................... 297 Figura 369 – Praça e comércio local do Complexo International Plaza. Fonte: a autora, 2018. .......................................................................................................................................... 297 Figura 370 – Recuo frontal e acesso dos Edifícios Praça Faria Lima e Zabo FL Corporate. Fonte: a autora, 2018. ....................................................................................................... 298 Figura 371 – Vista do Complexo FL 4300 a partir da Avenida Brigadeiro Faria Lima e vista da rua lateral – acesso para a torre residencial e restaurantes. Fonte: a autora, 2018.......... 298 Figura 372 – Edifício Helbor Lead Offices Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. ......... 299 Figura 373 – Edifício Helbor Lead Offices Faria Lima – lançamento. Fonte: EDIFÍCIO, 2011. .......................................................................................................................................... 299 Figura 374 – Mapa chave da quadra Q4.01. Fonte: a autora, 2018. ................................... 299 Figura 375 – Ed. Helbor Lead Offices Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. .......................................................................................................................................... 299 Figura 376 - Edifício HBR Lead Corporate Faria Lima. Fonte: ED. LEAD, [201-] ................. 300 Figura 377 – Ed. HBR Lead Corporate Faria Lima. Fonte: Acervo pessoal, 2018. .............. 300 Figura 378 – Mapa chave da quadra Q4.01. Fonte: a autora, 2018. ................................... 300 Figura 379 – Ed. HBR Lead Corporate Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. .......................................................................................................................................... 300 Figura 380 - Edifício Praça Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2017. .................................. 301 Figura 381 – Mapa chave da quadra Q4.03. Fonte: a autora, 2018. .................................... 301 Figura 382 – Ed. Praça Faria Lima. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. .................. 301 Figura 383 - Edifício Vera Cruz II. Fonte: acervo pessoal, 2018. ......................................... 302 Figura 384 – Mapa chave da quadra Q4.04. Fonte: a autora, 2018. .................................. 302 Figura 385 – Ed. Vera Cruz II. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ......................... 302 Figura 386 - Edifício do Zabo FL Corporate. Fonte: Acervo pessoal, 2018 ........................ 303 Figura 387 – Mapa chave da quadra Q4.03. Fonte: a autora, 2018. .................................. 303 Figura 388 – Ed. Zabo FL Corporate. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ............. 303 Figura 389 – Complexo International Plaza. Fonte: acervo pessoal, 2018. ....................... 304 Figura 390 – Mapa chave da quadra Q4.14. Fonte: a autora, 2018.................................... 304 Figura 391 – Complexo International Plaza. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2016. .. 304 Figura 392 - Edifício Miss Silvia Morizono. Fonte: acervo pessoal, 2018. .......................... 305 Figura 393 – Mapa chave da quadra Q4.14. Fonte: a autora, 2018. ................................... 305 Figura 394 – Ed. Miss Silvia Morizono. Fonte: Google Earth, acesso 26 de dez. 2018. ..... 305 Figura 395 – Edifício FL 4300 (Corporate). Fonte: acervo pessoal, 2018. ......................... 306 Figura 396 – Complexo FL 4300. Fonte: O NOVO, 2015, p. H22. ....................................... 306 Figura 397 – Mapa chave da quadra Q4.12. Fonte: a autora, 2018. ................................... 306 Figura 398 – Complexo FL 4300. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ................... 306 Figura 399 – Edifício FL 4400. Fonte: acervo pessoal, 2018. ............................................. 307 Figura 400 – Mapa chave da quadra Q4.11. Fonte: a autora, 2018. ................................... 307 Figura 401 – Ed. Fl. 4400. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. ............................... 307 Figura 402 – Croqui esquemático dos corpos d’água dos arredores da Av. Brig. Faria Lima, baseado no PDE 2014. Fonte: a autora, 2019. ................................................................... 309 Figura 403 – Traçado sinuoso do Rio Pinheiros e sua área de várzea antes de retificação. Fonte: RIO PINHEIROS, [2014?]. ........................................................................................ 309 Figura 404 – Croqui esquemático da localização da R. Iguatemi em 1916. Fonte: a autora, 2019. ................................................................................................................................... 310 Figura 405 – Croqui esquemático do traçado da Rua Iguatemi em 1930. Fonte: a autora, 2019. ................................................................................................................................... 310 Figura 406 – Croqui esquemático do traçado da Rua Iguatemi por volta de 1937-1943. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................... 310 Figura 407 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1970. Fonte: a autora, 2019. ...................................................................................................................... 311 Figura 408 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1995 – Inauguração do trecho Pinheiros. Fonte: a autora, 2009. ...................................................................... 311 Figura 409 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1995 – Inauguração do trecho Itaim. Fonte: a autora, 2009. ............................................................................. 312 Figura 410 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1995 – Inauguração do trecho Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2009. .................................................................. 312 Figura 411 – Crescimento suburbano, onde U: urbanização, P: parcelamento, E: edificação. Fonte: SOLÀ-MORALES I RUBIÓ, 2008. ............................................................................. 312 Figura 412 – Marcos da Av. Brig. Faria Lima (em vermelho) e seus arredores (em cinza). Fonte: a autora, 2019. ........................................................................................................ 314 Figura 413 – Edifícios de escritórios construídos antes da década de 1970. Fonte: a autora, 2018. ................................................................................................................................... 315 Figura 414 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 1970. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................................................................... 315 Figura 415 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ...................................................................................................................... 315 Figura 416 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 1990. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................................................................... 316 Figura 417 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 2000. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................................................................... 316 Figura 418 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................ 316 Figura 419 – Imagem aérea da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: Google Earth, acesso 2 jan. 2019. ............................................................................................................................ 317 Figura 420 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 2010. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................................................................... 318 Figura 421 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Nova’ Faria Lima - Itaim. Fonte: a autora, 2018.......................................................................................................... 318 Figura 422 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. .......................................................................................... 319 Figura 423 – Formato das quadras da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2019. ........................................................................................................................................... 319 Figura 424 – Lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima e arredores. Fonte: a autora, 2018. .................................................................................................................................. 320 Figura 425 – Lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima e áreas residuais de sua abertura. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................ 320 Figura 426 – Remembramento de lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima (Itaim) – Edifícios Faria Lima Financial Center (3400), FL 3500 (3500), Spazio Faria Lima (3355) e Pátio Malzoni (3477). Fonte: a autora, 2018. ............................................................................... 321 Figura 427 – Remembramento de lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima (Vila Olímpia) – Edifícios FL 4300 (4300), Praça Faria Lima (4221) e Vera Cruz (4285). Fonte: a autora, 2018........................................................................................................................ 321 Figura 428 – Quantidade de edifícios de escritórios por décadas. Fonte: a autora, 2019. .322 Figura 429 – Metragem estimada dos terrenos edificados por décadas. Fonte: a autora, 2019. ...................................................................................................................................322 Figura 430 – Edifício Capitânea (1973) e Edifício Acal (1974). Fonte: SARAIVA 1973 e 1974 In ZEIN, 2006. ........................................................................................................................ 324 Figura 431 – Edifícios Parque Iguatemi, Barão de Iguatemi e Calcenter. Fonte: acervo pessoal, 2018. .................................................................................................................... 325 Figura 432 – Vista aérea da ‘Velha’ Faria Lima, evidenciando o contraste dos seus edifícios com o casario dos bairros adjacentes. Fonte: Google Earth, acesso 06 jul. 2018. ............ 325 Figura 433 – Plantas dos edifícios Conselheiro Antonio Prado e Conselheiro Souza e Melo, em que é possível verificar o agrupamento das circulações, sanitários e áreas técnicas no core, deixando a área de escritórios flexível para a composição dos conjuntos. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1972, P. 7; QUANTAS, 1973, p. 39. .............................................................. 326 Figura 434 – Edifícios Barão de Pedro Afonso, Itaquera, Conselheiro Antônio Prado e Barão da Torre. Fonte: Ed. Barão de Pedro Afonso e Ed. Itaquera – acervo pessoal, 2018; Ed. Cons. Antônio Prado e Barão da Torre – Google Street View, 2016, acesso 6 e 9 set. 2017. .......327 Figura 435 – Edifícios Royal Street, Barão de Pedro Afonso, Diâmetro, Novo São Paulo e Olívia Fernandes. Fonte: acervo pessoal, 2017-2018. ........................................................ 328 Figura 436 – Edifícios Regent’s Park, Jaguari e Park Plaza. Fonte: acervo pessoal, 2018. 328 Figura 437 – Edifícios da década de 1980: Crea, Conjunto Empresarial Mário Garnero, Faria Lima 1.306, Faria Lima e Banco Bradesco. Fonte: acervo pessoal, 2018. .......................... 333 Figura 438 – Edifícios da década de 1990: Armando Shibata, Faria Lima Tower, Os Bandeirantes e Antônio Alves Ferreira Guedes. Fonte: Armando Shibata – Google Street View, 2016, acesso 4 set. 2017; os demais – acervo pessoal, 2018. ................................... 333 Figura 439 - Edifícios das décadas de 2000 e 2010: Torre Faria Lima, Birman 31, Sul América e FL 4.300. Fonte: Birman 31 – MELENDEZ, 2003; os demais acervo pessoal, 2018. ......... 334 Figura 440 – Evolução do estoque de m² de edifícios AA & A na cidade de São Paulo. Fonte JLL, 2015. ........................................................................................................................... 336 Figura 441 – O espaço público, a esfera pública e o espaço privado. Fonte: KARSSEMBERG, 2015, p. 15. ......................................................................................................................... 338 Figura 442 – Organização dos conjuntos de informações das coletadas in loco. Fonte: a autora, 2019. ..................................................................................................................... 349 Figura 443 – Mapa das quadras analisadas. Fonte: a autora, 2018. .................................. 354 Figura 444 – Amostra das fotos tiradas durante os levantamentos. Fonte: acervo pessoal, 2017-2018. .......................................................................................................................... 355 Figura 445 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................................. 356 Figura 446 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................................. 366 Figura 447 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................................. 374 Figura 448 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................................. 380 Figura 449 – Gráfico da pontuação total dos trechos em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................................. 387 Figura 450 – Gráficos da quantidade de quadras e quadras analisadas por trecho. Fonte: a autora, 2019....................................................................................................................... 390 Figura 451 – Gráfico da amostra. Fonte: a autora, 2019. ................................................... 390 Figura 452 – Gráfico da morfologia das quadras. Fonte: a autora, 2019. ........................... 391 Figura 453 – Gráfico da quantidade média de edifícios por quadra. Fonte: a autora, 2018. .......................................................................................................................................... 392 Figura 454 – Gráfico dos edifícios de escritórios na Av. Brig. Faria Lima. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................................. 393 Figura 455 – Gráfico dos usos dos pavimentos térreos ponderados a cada 100m. Fonte: a autora, 2019....................................................................................................................... 394 Figura 456 – Gráfico do mix de usos dos edifícios. Fonte: a autora, 2019......................... 395 Figura 457 – Gráfico da quantidade de acessos de pedestres ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. ................................................................................................................... 396 Figura 458 – Quadra 1.06 – Edifícios Maurício e Cepav com seus pequenos comércios e galeria nos pavimentos térreos. Fonte: Google Street View, 2018. Acesso 13 jan. 2019. .. 397 Figura 459 – Quadra 1.06 – Edifício do CREA e pequemos comércios. Fonte: Google Street View, 2017. Acesso 13 jan. 2019. ......................................................................................... 397 Figura 460 – Gráfico da proximidade / integração do edifício com a rua, pondera a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. ............................................................................................. 398 Figura 461 – Gráfico da permeabilidade dos edifícios ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019....................................................................................................................... 399 Figura 462 – Uso dos pavimentos térreos dos edifícios de escritórios. Fonte: a autora, 2019. .......................................................................................................................................... 400 Figura 463 – Gráfico de composição de fachada ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. .................................................................................................................................. 401 Figura 464 – Proteções climáticas em Bolonha e Genova, Itália. Fonte: acervo pessoal, 2008. .......................................................................................................................................... 401 Figura 465 – Gráfico da proteção contra adversidade climáticas, ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019......................................................................................................... 402 Figura 466 – Proteção contra adversidades climáticas no Bar Canto da Ema e no Edifício Faria Lima Financial Center. Fonte: acervo pessoal, 2018. ................................................ 402 Figura 467 – Gráfico da acessibilidade dos passeios ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. ..................................................................................................................... 403 Figura 468 – Oportunidades de permanecer em pé, sentar-se, brincar e praticar esportes, ponderadas a cada 100m – Cenário 1. Fonte: a autora, 2019. ........................................... 403 Figura 469 – Oportunidades de permanecer em pé, sentar-se, brincar e praticar esportes, ponderadas a cada 100m – Cenário 1. Fonte: a autora, 2019. ........................................... 404 Figura 470 – Centro Empresarial Mário Garnero, uma das raras oportunidades para sentar- se e permanecer em pé. Fonte: a autora, 2018. ................................................................ 405 Figura 471 – Oportunidade de sentar-se no Edifício Pátio Malzoni. Fonte: acervo pessoal, 2018. .................................................................................................................................. 406 Figura 472 – Oportunidade para sentar-se no Edifício Praça Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. .......................................................................................................................................... 406 Figura 473 – Oportunidade para brincar na praça do International Plaza. Fonte: SÉRGIO, 2016. .................................................................................................................................. 406 Figura 474 – Presença de vegetação ponderado a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. .... 407 Figura 475 – Patrimônio histórico ou edifício notável ponderado a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. ..................................................................................................................... 408 Figura 476 – Pontuação total. Fonte: a autora, 2019. ....................................................... 408 Figura 477 – Edifícios de escritórios por décadas. Fonte: a autora, 2019 ........................... 417 Figura 478 – Edifícios de escritórios por décadas. Fonte: a autora, 2019. ........................ 418 Figura 479 – Mapeamento dos edifícios de escritórios da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ........................................................................................................ 517 Figura 480 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. ....................................................... 518 Figura 481 – Mapeamento do uso dos pavimentos térreos dos edifícios de escritórios. Fonte: a autora, 2019. ........................................................................................................ 519 Lista de tabelas Tabela 1 – LPUOS 1972 – Síntese do zoneamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima e seus arredores............................................................................................................................ 145 Tabela 2 – Equivalência do CEPAC, segundo a Lei 11.732/1995. .......................................... 172 Tabela 3 – Equivalência do CEPAC, segundo a Lei 13.871/2004. ......................................... 177 Tabela 4 – Controle de estoques de área de construção adicional (ACA) – Posição em 22/12/2017............................................................................................................................ 177 Tabela 5 – LPUOS 2004 – Zoneamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima e seus arredores ........................................................................................................................................... 182 Tabela 6 – LPUOS 2016 – Zoneamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima. ...................... 189 Tabela 7 – Classificação Buildings para edifícios Corporate .............................................. 198 Tabela 8 - Classificação Buildings para edifícios Office ..................................................... 198 Tabela 9 – Edifícios da ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros ............................................. 201 Tabela 10 – Edifícios da ‘Velha’ Faria Lima ......................................................................... 213 Tabela 11 – Edifícios da ‘Nova’ Faria Lima – trecho Itaim .................................................. 279 Tabela 12 – Edifícios da ‘Nova’ Faria Lima – trecho Vila Olímpia ....................................... 295 Tabela 13 – Lista de palavras-chave: 12 critérios de qualidade com respeito à paisagem do pedestre ............................................................................................................................. 341 Tabela 14 – Atributos de pavimentos térreos ativos, segundo diversos autores ............. 343 Tabela 15 – Categorias e atributos de análise da qualidade da paisagem urbana de Porto Alegre ................................................................................................................................ 345 Tabela 16 – Matriz e critérios de pontuação. .................................................................... 350 Tabela 17 – ‘Velha’ Faria Lima resumo dos cenários.......................................................... 357 Tabela 18 – Tabulação dos dados do trecho 1. .................................................................. 358 Tabela 19 – ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros: resumo dos cenários. ..................................... 367 Tabela 20 – Tabulação dos dados do trecho 2. ................................................................. 368 Tabela 21 – ‘Nova’ Faria Lima – Itaim: resumo dos cenários. ............................................ 375 Tabela 22 – Tabulação dos dados do trecho 3. ................................................................. 376 Tabela 23 – ‘Nova’ Faria Lima – Itaim: resumo dos cenários. ............................................. 381 Tabela 24 – Tabulação dos dados do trecho 4. ................................................................. 382 Tabela 25 – Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima – Cenário 1 ................. 388 Tabela 26 – Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima – Cenário 2 ................. 389 Tabela 27 – LPUOS 2004 – Categorias de uso ................................................................... 461 Tabela 28 – LPUOS 2016 – Categorias de uso ................................................................... 462 Lista de abreviaturas ACAL Construtora Augusto C. de Almeida Lima BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações C Comercial CAbás Coeficiente de Aproveitamento Básico CAC Cooperativa Agrícola de Cotia CADES Conselho Municipal do Meio Ambiente CAL Construtora Adolpho Lindenberg CAmáx Coeficiente de Aproveitamento Máximo CAmin Coeficiente de Aproveitamento Mínimo CENESP Centro Empresarial São Paulo CEASA Central Estadual de Abastecimento CEPAC Certificado de Potencial Adicional de Construção CEPAM Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal da Fundação Prefeito Faria Lima CeSAD Centro de Coleta, Sistematização e Fornecimentos de Dados CNLU Comissão Normativa de Legislação Urbanística CONDEPHAAT Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo CONPRESP Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo CPmáx Cota Parte Máxima de terreno por unidade CPmín Cota Parte Mínima de terreno por unidade CPTM Companhia de Trens Metropolitanos DER Departamento de Estradas de Rodagem DOPS Departamento de Ordem Política e Social E Instituições GAB Gabarito GAF Construtora Gomes de Almeida Fernandes GTI Grupo Técnico Incorporador Ltda HIS Habitação de Interesse Social HMP Habitação de Mercado Popular HOK Hellmuth Obata + Kassabaum I Institucional IAP Instituto de Aposentadoria e Pensões do Bancários JLL Jones Lange Lasalle LPUOS Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo MCB Museu da Casa Brasileira nR Uso não Residencial OUC Operação Urbana Consorciada OUCFL Operação Urbana Consorciada Faria Lima PDDI Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de São Paulo PDE Plano Diretor Estratégico PUB Plano Urbanístico Básico QA Quota Ambiental R Residencial RIMA Relatório de Impacto Ambiental S Serviços SAAP Sociedade Amigos do Alto de Pinheiros SECOVI Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis SEMPLA Secretaria Municipal do Planejamento SOM Skidmore, Owings & Merrill SPECI Sociedade Paulista de Empreendimentos Comerciais e Imobiliários Ltda. TO Taxa de ocupação URBEM Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole USP Universidade de São Paulo Sumário Introdução .......................................................................................................................... 47 Tema e objeto.................................................................................................................. 50 Hipótese ........................................................................................................................... 51 Objetivos .......................................................................................................................... 51 Justificativa...................................................................................................................... 52 Referencial teórico .......................................................................................................... 53 Metodologia .................................................................................................................... 56 1. Um passeio pelas centralidades de São Paulo ................................................................. 59 1.1. A primeira centralidade: O Centro ........................................................................ 63 1.2. A segunda centralidade: A Avenida Paulista......................................................... 73 1.3. A terceira centralidade: vetor sudoeste (Faria Lima – Berrini) ............................. 79 2. A Rua Iguatemi (1915-1970) ............................................................................................. 83 2.1. Os primeiros tempos ................................................................................................. 85 2.2. O Sítio Itaim ............................................................................................................... 95 2.3. Um novo perfil: palacetes e o princípio do comércio de luxo .................................. 98 2.4. O Shopping Center Iguatemi .................................................................................. 106 2.5. O Projeto Iguatemi ................................................................................................... 116 3. A ‘velha’ Faria Lima (1970-1995) ..................................................................................... 127 3.1. A primeira lei de parcelamento, uso e ocupação do solo 1972................................. 141 4. A ‘nova’ Faria Lima (1995-2018) ..................................................................................... 149 4.1. Operação Urbana Consorciada Faria Lima (1995 / 2004) ..................................... 162 4.1.1. A primeira versão da Operação Urbana Consorciada Faria Lima 1995 ......... 167 4.1.2. A reavaliação da OUC por um grupo de trabalho da SEMPLA. ..................... 172 4.1.3. A segunda versão da Operação Urbana Consorciada Faria Lima 2004 ........ 174 4.2. Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo 2004 .......................................... 179 4.3. Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo 2016 ...........................................185 5. A Faria Lima hoje ............................................................................................................ 193 5.1. O inventário dos edifícios de escritórios da Avenida Brigadeiro Faria Lima ....... 196 5.1.1. ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros (norte) ............................................... 200 5.1.2. ‘Velha’ Faria Lima (centro) ............................................................................ 211 5.1.3. ‘Nova’ Faria Lima – trecho Itaim (sul) .......................................................... 278 5.1.4. ‘Nova’ Faria Lima – trecho Vila Olímpia (sul) ............................................... 294 5.2. A morfologia da Faria Lima ................................................................................. 308 5.3. A arquitetura da Faria Lima ..................................................................................322 5.3.1. A arquitetura década de 1970 ...................................................................... 323 5.3.2. A arquitetura contemporânea ..................................................................... 329 5.4. A relação entre os edifícios, as pessoas e a consequente ativação da cidade ... 337 5.5. Critérios e análises .............................................................................................. 346 5.5.1. Análises ........................................................................................................ 354 5.5.2. Resultado das análises ................................................................................. 390 Considerações finais .......................................................................................................... 411 Referências ....................................................................................................................... 423 Anexos .............................................................................................................................. 457 Anexo 1. LPUOS 2004 – Exceções aos parâmetros de zoneamento .......................... 459 Anexo 2. LPUOS 2004 – Categorias de uso ................................................................. 461 Anexo 3. LPUOS 2016 – Categorias de uso ................................................................. 462 Anexo 4. LPUOS 2016 – Exceções aos parâmetros de zoneamento............................ 471 Anexo 5. Referências do inventário dos edifícios de escritórios ................................ 472 ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros ......................................................................... 472 ‘Velha’ Faria Lima ....................................................................................................... 472 ‘Nova’ Faria Lima – trecho Itaim ................................................................................ 479 ‘Nova’ Faria Lima – trecho Vila Olímpia ..................................................................... 484 Anexo 6. Classificação buildings para edifícios de escritórios .................................... 488 Anexo 7. Depoimento Fernando Belloube ................................................................. 490 Anexo 8. Mapa síntese dos edifícios de escritórios ..................................................... 517 Anexo 9. Mapa síntese dos edifícios de escritórios por décadas ................................ 518 Anexo 10. Mapa síntese do uso dos pavimentos térreos .......................................... 519 Introdução 48 49 É complexo identificar o momento exato em que uma pesquisa é iniciada. Muitas vezes a pesquisa pode começar como uma inquietação ou uma curiosidade sobre algum tema. Curiosidade que persiste, mesmo após uma primeira ou segunda observação, gerando a necessidade de buscar explicações e/ou teorias mais específicas para este determinado tema. A tomada de decisão de retornar à academia nem sempre é fácil, mas certamente muito prazerosa, pois fomenta a construção de novos conhecimentos, interação com outros pesquisadores, novas abordagens e olhares sobre diversas temáticas. A inquietação que me levou a uma pesquisa de mestrado começou em um momento de lazer com o livro Cidades invisíveis, obra de Italo Calvino1, que conta as aventuras do mercador veneziano Marco Polo, porém com um olhar muito peculiar e muitas vezes dúbio, sobre cada uma das cidades por onde passou. Surgiu a primeira pergunta: como se dá a construção das cidades invisíveis? Olhando com outros olhos seria possível encontrar cidades invisíveis em São Paulo, assim como fez Massimo Canevacci2, ao comparar São Paulo com Cecília em sua obra Cidades Polifônicas? Com muito trabalho e muitos ajustes de percurso surgiu a dissertação de mestrado Fedora e o Bixiga: uma comparação entre os projetos para o bairro do Bixiga (1974, 1990 e atualidade)3. A pesquisa era sobre projetos, especialmente os não executados, e planos para o Bairro do Bixiga. Ela trouxe várias respostas, mas também muitas novas perguntas. Entre elas, talvez a maior, foi constatada ao longo da pesquisa sobre o Programa Casa Paulista, especialmente os recortes contidos dentro do Bixiga, em que os índices apresentados pela proposta da URBEM (Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole) não iam ao encontro dos índices que meus clientes do mercado imobiliário usualmente solicitavam. Outro fator de grande importância, que estimulou ainda mais a 1 CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. Tradução de Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 2ª edição, 14ª reimpressão, 2011. (Primeira edição publicada em 1972) 2 CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobe a antropologia da comunicação urbana. São Paulo: Studio Nobel, 2ª ed., 2004. 3 GIANNOTTO, Joice Chimati. Fedora e o Bixiga: uma comparação entre os projetos para o bairro do Bixiga (1974, 1990 e atualidade). Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2015. 50 curiosidade, foi a publicação do novo Plano Diretor Estratégico 2014 (PDE 2014)4, que trouxe instrumentos para incentivar uma maior integração entre o edifício e a cidade através de térreos ativos, fruições, etc. Este plano suscitou outro questionamento: nós produzíamos térreos ativos nas décadas de 1950 e 1960, como por exemplo o Edifício Copam de Oscar Niemeyer, ou o Conjunto Nacional de David Libeskind, em uma época em que não haviam incentivos para este tipo de conformação do edifício e depois passamos décadas segregando os edifícios da cidade, como por exemplo o Shopping Cidade Jardim de Júlio Neves e Pablo Slemenson5, para só na década de 2000 começar o resgate desta integração, como é o caso do Brascan Century Plaza de Königsberger e Vannucci. Estes questionamentos começaram a ser investigados e a cada abordagem se desdobravam outros questionamentos. A partir deste processo de amadurecimento surgiu a ideia de ter a Avenida Brigadeiro Faria Lima como foco principal de uma nova pesquisa, pois nela o mercado imobiliário atua fortemente, e ela também abriga projetos de célebres escritórios de arquitetura como Aflalo e Gasperini, Botti Rubin, SOM, entre outros; e para a análise foi estabelecido o recorte temporal entre a década de 1970 e a atualidade. Tema e objeto A temática proposta para esta pesquisa gira em torno de dois eixos principais: cidades para pessoas e cidades para o mercado imobiliário. O objeto escolhido para este estudo, a princípio era a relação entre espaços de uso público ou semi-público que são propostos especialmente nos edifícios comerciais; porém em uma segunda abordagem optou-se por eleger como objeto para esta pesquisa a Avenida Brigadeiro Faria Lima, por possuir uma grande concentração de edifícios comerciais e estar sob forte influência do mercado imobiliário. Para abordar a temática e objeto propostos, fez-se necessário estabelecer um recorte claro, uma vez que a abordagem inicial foi tratada de maneira bastante abstrata. O recorte físico contempla toda a extensão da Avenida Brigadeiro Faria Lima, com seus quase 4 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/plano-diretor/arquivos/, acesso 15 jun. 2017. 5 MUITO além do estilo. Revista Veneza. 1 ago. 2011. Disponível em: https://revistaveneza.wordpress.com/2011/08/01/muito-alem-do-estilo/, acesso 18 jan. 2019. 51 5km e o recorte temporal enfatiza a produção dos edifícios de escritórios a partir da década de 1970 até a atualidade. Porém, para fazer a fundamentação e traçar o estado da arte, mostrou-se necessário expandir as investigações até a década de 1910, quando apareceram as primeiras notícias sobre a bucólica Rua Iguatemi e assim montar um panorama que contasse um pouco a história do surgimento e das transformações de uma das principais vias de São Paulo. Hipótese A Avenida Brigadeiro Faria Lima apresenta dualidades, que se expressam na configuração de seus quatro trechos, na arquitetura realizada em diferentes décadas, e na relação de seus edifícios com a cidade. O Diccionario Metápolis de arquitectura avanzada6 define dualidade como: Reunión de dos episódios distintos em uma misma acción. Dual no implica simetria ni repetición o mellizaje sino contrato binário. Secuencia mínima. A y B. Intercâmbio entre dos acontecimentos. Em ciertas lenguas, además de plural y singular, existe también um género particular, dual, para significar el conjunto de dos. De ambos. Ao longo deste estudo diversos temas serão explorados e apresentados a partir da história, das legislações, das arquiteturas, das formas e entre diversos tipos de relações entre os edifícios e a cidade. Ao final serão explicitadas as dualidades encontradas ao longo deste percurso e das investigações acerca da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Objetivos O objetivo geral desta pesquisa é investigar os processos que contribuíram para a formação de dualidades na leitura urbana da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Os objetivos específicos são: Investigar as transformações sofridas pela avenida ao longo do tempo. Compreender o papel, as influências e o significado das diversas legislações que incidiram na região e suas consequências. 6 GAUSA, Manuel [et al]. Dicionário metápolis de arquitectura avanzada. Barcelona: Actar, 2000, p. 87. 52 Contribuir como registro da história acerca do objeto de estudo. Entender quais são os impactos deste vetor de crescimento da via e qual o seu resultado na composição do tecido urbano. Relatar fatores que levaram à consolidação da atual configuração da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Justificativa Esta pesquisa se torna relevante, na medida em que busca investigar, consolidar informações e/ou preencher lacunas sobre a história e o desenvolvimento de uma das vias, atualmente, mais importantes da Cidade de São Paulo a partir de registros em jornais, mapas, revisão bibliográfica, legislações, entre outros. Existe um vasto material de pesquisa sobre a Avenida Brigadeiro Faria Lima, porém a maior variedade de fontes se concentra em análises sobre a Operação Urbana Faria Lima. Esta tese propõe olhar a avenida através do seu processo de transformação ao longo do tempo, desde a bucólica Rua Iguatemi até a agitada avenida que temos hoje. Esta perspectiva histórica irá buscar, a partir de 1915, os indícios do surgimento da singela Rua Iguatemi, que se localizava no distante bairro de Pinheiros, que apesar de ser um dos mais antigos bairros da capital permaneceu praticamente despovoado ao longo de seus primeiros trezentos anos7, aparecendo nos mapas oficiais somente a partir de 18978. O cotidiano desta rua passou por uma lenta transformação, desde as queixas sobre formigueiros e a comercialização de vacas holandesas à uma das mais modernas avenidas do país. Além desta perspectiva histórica, esta pesquisa se propõe a estudar a integração dos edifícios com a cidade, particularmente evidente nos pavimentos térreos dos edifícios produzidos em diferentes épocas, com foco especial nas arquiteturas desenvolvidas entre a década de 1970 e a atualidade. 7 AMARAL, Antonio Barreto do Amaral. O bairro de Pinheiros. São Paulo: Gráfica Municipal, 1979. 8 CARDIM, Gomes. Planta Geral da Capital de São Paulo. São Paulo, 1897. 1 mapa. Disponível em: http://www.arquiamigos.org.br/info/info20/i-1897.htm, acesso 13 nov. 2016. 53 Referencial teórico O referencial teórico desta tese está estruturado em 3 eixos principais: cotidiano e história do lugar; centralidade, globalização e mercado imobiliário; e análises urbanas e projetuais. Cotidiano e história do lugar: Um dos pontos de partida para este eixo da pesquisa é o acervo do jornal O Estado de S. Paulo. Nesta busca foram utilizados os termos Rua Iguatemy, Rua Iguatemi, Avenida Faria Lima e Avenida Brigadeiro Faria Lima. Esta busca por informações do cotidiano local busca compreender fatos que eventualmente não tenham sido narrados nos livros de história utilizados como referência, além de dar uma perspectiva da sociedade em cada época. Para dar lastro aos eventos noticiados pelo jornal a obra História do Brasil: uma interpretação9 de Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez, contribui na elaboração de um panorama geral da história brasileira e, a partir deste contexto, compreender as implicações maiores da história do Brasil no objeto de estudo desta tese. A história de São Paulo e da região já foi contada por diversos autores, porém a costura entre estes diversos pontos de vista pode contribuir para a formação de um novo olhar para o tema em estudo. Dentre os principais livros e autores podemos destacar: • Formação, crescimento e desenvolvimento da cidade: São Paulo Vila, Cidade, Metrópole10, de Nestor Goulart Reis e São Paulo: Três cidades em um século11, de Benedito Lima de Toledo – contam a história da cidade desde os seus primórdios até 2004, fazendo análises a partir de mapas, desenhos e fotografias, contando as transformações que contribuíram para a formação da maior metrópole brasileira; e A estruturação da Grande São Paulo: estudo de geografia urbana12, de Juergen Langenbuch – traz a visão de um geógrafo para o processo de crescimento e desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo. 9 MOTA, Carlos Guilherme; LOPEZ, Adriana. História do Brasil: uma interpretação. 5ª Edição. São Paulo: Editora 34, 2016. 10 REIS, Nestor Goulart Reis. São Paulo: Vila Cidade Metrópole. São Paulo: Via das Artes - Restarq, 2004. 11 TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo – três cidades em um século. 3ª Edição. São Paulo: Cosac Naify, 2004. 12 LANGENBUCH, Juergen Richard. A estruturação da Grande São Paulo: estudo de geografia urbana. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 1971. 54 • História dos bairros: as monografias O bairro de Pinheiros13 e Itaim-Bibi14 - contam as origens dos bairros que são cortados pela Avenida Brigadeiro Faria Lima; A dissertação O Bairro da Vila Olímpia – Transformações Decorrentes das Novas Formas de Intervenção Urbana15, de Viviane Paes de Barros Sávio – apresenta as transformações ocorridas na Vila Olímpia a partir da OUCFL. • Operação Urbana Consorciada Faria Lima: os ensaios Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo?16, de Camila Maleronka e Jason Hobbs – faz um balanço das operações urbanas de São Paulo destacando seus pontos fortes e fracos; A Outorga Onerosa do Direito de Construir e o Solo Criado: uma necessária avaliação das matrizes conceituais17, de Vera F. Rezende et al – trata de um dos principais instrumentos das Operações Urbanas que é a concessão do direito de construir a partir de contrapartidas financeiras; Operações Urbanas em São Paulo: crítica, plano e projetos, de Pedro Manuel Rivaben de Sales18 - faz um balanço da OUCFL de 1995. Centralidade, globalização e mercado imobiliário: A obra Centralidade em São Paulo, de Heitor Frúgoli Jr.19 irá apoiar na discussão do surgimento das novas centralidades, dentre elas a Avenida Paulista e o vetor sudoeste de desenvolvimento da cidade Faria Lima – Berrini. Adriana Rolim de Camargo20 em sua dissertação Continuidade e mudança em políticas urbanas, trata especificamente da 13 AMARAL, Antonio Barreto do Amaral. O bairro de Pinheiros. São Paulo: Gráfica Municipal, 1979. 14 LOPES, Helena de Queirós Ferreira; TOLEDO, Vera Lúcia Vilhena de. Itaim-Bibi. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, 1988. 15 SÁVIO, Viviane Paes de Barros Castanho. O Bairro da Vila Olímpia – Transformações Decorrentes das Novas Formas de Intervenção Urbana. 2003. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2003; MALERONKA, Camila. HOBBS, Jason. Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo? Nota técnica IDB-TN-1355. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, dez. 2017. Disponível em: https://publications.iadb.org/handle/11319/8703?locale- attribute=pt&, acesso 11 jan. 2018. 16 MALERONKA, Camila. HOBBS, Jason. Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo? Nota técnica IDB-TN-1355. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, dez. 2017. Disponível em: https://publications.iadb.org/handle/11319/8703?locale-attribute=pt&, acesso 11 jan. 2018. 17 REZENDE, Vera F. et al. A outorga Onerosa do Direito de Construir e o Solo Criado: uma necessária avaliação das matrizes conceituais. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, [S.I.] v. 11, n.2, p. 51, nov. 2009. Disponível em: http://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/220/204, acesso 15 jan. 2018. 18 SALES, Pedro Manuel Rivaben de. Operações Urbanas em São Paulo: crítica, plano e projetos. Parte 2 – Operação Urbana Faria Lima: relatório de avaliação crítica. Arquitextos, São Paulo, ano 05, n. 059.12, Vitruvius, abr. 2004. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/481, acesso 10 jan. 2018. 19 FRÚGOLI Jr., Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. São Paulo: Cortez, Editora da Universidade de São Paulo, 2000. 20 CAMARGO, Adriana Rolim de. Continuidade e mudança em políticas urbanas: O caso da Avenida Faria Lima em São Paulo – 1968 e 1993. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2000. 55 Avenida Faria Lima, apontando a transformação de uma centralidade a partir de políticas urbanas. Análises urbanas e projetuais: Compreende o espaço urbano e torna-se extremamente necessária para conseguir relacionar o cotidiano com o lugar, entre outros fatores. Aldo Rossi21 em seu livro Arquitetura da Cidade estuda a constituição da cidade ao longo do tempo, verificando a partir daí sua continuidade espacial, a persistência de elementos ao longo do tempo, além de levar em conta dados políticos, econômicos e sociais. Staël de Alvarenga Pereira Costa e Maria Manoela Gimmler em seu livro Fundamentos da morfologia urbana22 apresentam princípios de leitura de forma urbana e destaca duas escolas tradicionais da morfologia urbana; além de desenvolverem um estudo de caso utilizando as teorias apresentadas. Afim de propor uma crítica sobre a produção de espaços urbanos “globalizados” Rem Koolhaas23 em seu texto Cidade Genérica cria uma síntese do que seria esta “cidade genérica” desprovida de identidade, que poderia estar em qualquer lugar do mundo, pois não tem raízes históricas e que se reconstrói sem maiores preocupações. Também serão necessários autores que apoiarão na análise específica dos edifícios e de suas relações com a cidade. Entre eles Jan Gehl com suas obras Cidades para pessoas24 e Humanización del espacio urbano: la vida social entre los edifícios25, que trata as relações de escala e apropriação dos espaços. O livro A cidade ao nível dos olhos: lições para os plinths26, que também trata da relação entre a escala das pessoas, o edifício e a cidade, abordando mais especificamente os plinths, que são os andares térreos dos prédios, e como se dá a interação com as pessoas, abordando o espaço e a esfera pública. 21 ROSSI, Aldo. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1995. (Primeira edição publicada em 1966) 22 COSTA, Staël de Alvarenga Pereira; NETTO, Maria Manoela Gimmler. Fundamentos de morfologia urbana. Belo Horizonte: C/Arte, 2015, p. 35. 23 KOOLHAAS, Rem. Três textos sobre a cidade: Grandeza, ou o problema do grande; A cidade genérica; Espaço lixo. São Paulo: Gustavo Gilli, 2014. (Primeira edição publicada em 1995) 24 GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. 25 GEHL, Jan. Humanización del espacio urbano: la vida social entre los edifícios. Barcelona: Reverté, 2009. 26 KARSSENBERG, Hans; LAVEN, Jeroen; GLASER, Meredith; HOFF, Mattijs van’t (editores). A cidade ao nível dos olhos: lições para os plinths. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015. 56 As dissertações de Térreos Ativos: a conexão entre a arquitetura e a cidade27, de Vanessa G. Scopel e A qualidade da paisagem urbana de Porto Alegre: critérios de avaliação28, de Simone Caberlon apoiaram na elaboração dos critérios utilizados para as análises urbanas elaboradas no Capítulo 5 desta tese. Metodologia A metodologia utilizada nesta pesquisa está baseada em: I. Revisão bibliográfica (fontes secundárias): • Livros disponíveis nos acervos da Universidade Presbiteriana de São Paulo, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, e livros encontrados em sebos como o site Estante Virtual; • Dissertações e teses disponíveis nos acervos do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD); • Periódicos e artigos científicos. II. Pesquisa em fontes primárias: • Artigos de jornais de época, utilizando especialmente o acervo do jornal O Estado de S. Paulo29, para apoiar na compreensão do cotidiano da região. Foram analisados 1207 recortes entre artigos e anúncios relativos às palavras-chave: “Rua Iguatemy”, “Rua Iguatemi”, “Avenida Faria Lima” e “Avenida Brigadeiro Faria Lima” (Figura 1); 27 SCOPEL, Vanessa Guerrini. Térreos Ativos: a conexão entre a arquitetura e a cidade. 2017. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Ritter dos Reis, Porto Alegre, 2017. 28 CABERLON, Simone. A qualidade da paisagem urbana de Porto Alegre: critérios de avaliação. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Ritter dos Reis, Porto Alegre, 2015. 29 ACERVO. O Estado de S. Paulo, São Paulo, c2007-2017. Disponível em: http://acervo.estadao.com.br/, acesso 15 jun. 2017. 57 O Estado de S. Paulo 2000 1500 1000 500 0 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Rua Iguatemy Rua Iguatemi Avenida Faria Lima Avenida Brigadeiro Faria Lima Figura 1 – Recortes de jornal analisados por década. • Legislação da cidade de São Paulo, disponível nos sites da Câmara Municipal de São Paulo30, Gestão Urbana31 e Prefeitura de São Paulo32; • Mapas disponíveis no Arquivo Histórico Municipal33; Geosampa34; Centro de Coleta, Sistematização e Fornecimento de Dados (CeSAD) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Universidade de São Paulo; Google Earth e Google Maps. • Revistas de época. III. Levantamentos de campo: visitas à Avenida Brigadeiro Faria Lima com o intuito de coletar e registrar informações, especialmente sobre sua morfologia atual e seus edifícios, através de fotografias, mapas, tabelas, entre outros. IV. Depoimentos com agentes do mercado imobiliário. V. Elaboração de modelo matemático para parametrização dos critérios estipulados para as análises urbanas; VI. Análise geral dos resultados; VII. Conclusões. 30 LEGISLAÇÃO. Câmara Municipal de São Paulo, São Paulo, c2017. Disponível em: http://www.camara.sp.gov.br/atividade-legislativa/legislacao/, acesso 24 set. 2017. 31 GESTÃO Urbana SP. Prefeitura de São Paulo, São Paulo, [201-]. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/, acesso 24 set. 2017. 32 URBANISMO e Licenciamento. Prefeitura de São Paulo, São Paulo, c2017. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/, acesso 24 set. 2017. 33 SÃO PAULO antigo: plantas da cidade. Aquivo Histórico Municipal, São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.arquiamigos.org.br/info/info20/index.html, acesso 24 set. 2017. 34 GEOSAMPA. Prefeitura de São Paulo, São Paulo, [201-]. Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx, acesso 24 set. 2017. 58 59 1. Um passeio pelas centralidades de São Paulo 60 61 São Paulo, que atualmente conta com uma população de mais de 12 milhões de habitantes, é o centro de uma região metropolitana que concentra grande parte da riqueza do país, e pouco tem da pacata cidade fundada em 25 de janeiro de 1554, pelos padres jesuítas. A princípio a cidade ficou concentrada em seu Centro ‘velho’ e a partir da Primeira República, em 1889, passou a evoluir com grande velocidade, se expandiu e ganhou novos fluxos, que contribuíram para o surgimento de novas centralidades. A centralidade, torna-se explícita, através das mudanças espaciais da cidade relacionadas às áreas de atividades comerciais e de serviços que apresentam a descontinuidade assim como novos espaços fragmentados e sustentados na relação centro – periferia35. Figura 2 – Esquema do deslocamento das centralidades de São Paulo. Fonte: a autora, 2018. Durante seus primeiros 300 anos a cidade de São Paulo ficou concentrada na região do ‘Centro Velho’ (Figura 2 – item 1). A partir da Segunda Guerra Mundial, o comércio de luxo começou a se deslocar para oeste do Vale do Anhangabaú, na região da Praça da República, que passou a ser conhecida como ‘Centro Novo’. (Figura 2 – item 2). A Avenida Paulista (Figura 2 – item 3), inaugurada em 1891, que originalmente abrigou palacetes da 35 LOPES JUNIOR, Wilson Martins; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Novas centralidades na perspectiva da relação centro – periferia. Sociedade & Natureza, Uberlândia, dez. 2009, v. 21, n. 3, p. 351,359. 62 elite paulistana, começou seu processo de verticalização na década de 1940 e na década de 1970 já estava consolidada como centro financeiro da cidade e uma nova centralidade. O comércio de luxo continuou se expandido pela Rua Augusta, até chegar na Rua Iguatemi, que passou a ser chamara de Avenida Brigadeiro Faria Lima com a inauguração do seu primeiro trecho de alargamento e expansão que ficou conhecido como ‘Velha Faria Lima’ (Figura 2 – item 4). A ênfase do desenvolvimento econômico no vetor sudoeste foi acentuada com a construção do Centro Empresarial São Paulo (CENESP – Figura 2– item 5), a Avenida Luiz Carlos Berrini (Figura 2 – item 6), a ‘Nova Faria Lima’ (Figura 2 – item 7) e atual expansão na Chácara Santo Antônio (Figura 2 – item 8). 63 1.1. A primeira centralidade: O Centro A cidade de São Paulo foi fundada em 25 de janeiro de 1554, onde hoje é o Pátio do Colégio. Por quase 300 anos a cidade ficou concentrada no que conhecemos como ‘Centro Velho’ delimitado pelo triângulo histórico36 cujos vértices são definidos pelas Igrejas de São Bento, São Francisco e Nossa Senhora do Carmo (Figura 3)37. Figura 3 - Planta da Cidade de São Paulo. Fonte: Eng. Rufino Felizardo e Costa, 181038. As principais atividades desenvolvidas nesta época eram a agricultura, muitas vezes de subsistência, ou para o abastecimento da cidade, com grandes extensões de terras inaproveitadas, que segundo Langenbuch39, formavam ao menos três ‘cinturões’ distintos ao redor da cidade: 36 Uma outra delimitação possível consideras as Ruas Direita, Quinze de Novembro e São Bento. 37 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004; TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo – três cidades em um século. São Paulo: Cosac Naify, 2004. 38 COSTA, Rufino J. Felizardo e. Planta da Imperial cidade de São Paulo. São Paulo, 1810. 1 mapa. Disponível em: http://www.arquiamigos.org.br/info/info20/i-1810.htm, acesso 13/11/2016. 39 LANGENBUCH, Juergen Richard. A estruturação da Grande São Paulo: estudo de geografia urbana. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 1971. 64 • O primeiro intitulado cinturão de chácaras era situado na vizinhança imediata da cidade, com pequenas propriedades, com certa indefinição fundiária e sujeitas a invasões frequentes. Era organizado “pela cidade e para a cidade”40, as chácaras funcionavam como residências, e de maneira secundária, como produtoras de frutas. Esta região era funcionalmente ligada à cidade e abrigava elementos como pousos de tropas, cemitérios, hospitais, depósitos de pólvora, colégios, etc. • O segundo, intitulado cinturão caipira, era mais afastado da cidade e com propriedades maiores. A produção agrícola destas propriedades era de subsistência, ou extrativista, para abastecimento de São Paulo. Também havia a produção artesanal de objetos de cerâmica. Alguns aglomerados urbanos deste cinturão eram procurados para fins recreativos e, ao contrário do cinturão de chácaras, não era totalmente dependente da cidade de São Paulo. • Além do cinturão caipira existiam áreas desabitadas, como a Serra do Mar e o rebordo planaltino, áreas como Juquitiba que mantinham as características do cinturão caipira e áreas de culturas agrícolas para exportação: inicialmente a cana-de-açúcar, depois substituída pelo café. As estradas que ligavam o interior ao litoral convergiam para São Paulo. As viagens eram difíceis pois as estradas tinham condições precárias, sendo necessário fazer inúmeras paradas ao longo do caminho. A partir desta necessidade surgiram os pousos de tropas, que prestavam serviços às demandas geradas pela circulação. As vilas e cidades desta época eram modestas e em geral suas funções estavam associadas à prestação de serviços à circulação, à população rural, e às funções político-administrativas e religiosas. “A decadência era mais comum que o progresso aos aglomerados dos arredores paulistanos, em sua maior parte muito antigos, datando dos primórdios da colonização”41. Com o fim do Império iniciou-se a Primeira República, 1889, e a pacata cidade de São Paulo passou por rápidas transformações e expansão de seu perímetro urbano. Os líderes republicanos, que assumiram o poder, praticamente refizeram a cidade, dando à cidade colonial (Figura 4) feições de cidade europeia (Figura 5)42. 40 Ibid., p. 76. 41 Ib LANGENBUCH, Juergen Richard. A estruturação da Grande São Paulo: estudo de geografia urbana. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 1971, p. 75. 42 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 65 Figura 4 – Cidade de feições coloniais - Largo e Rua de São Figura 5 – Cidade de feições Bento. Fonte: AZEVEDO, 1887.43 europeias - Largo São Bento. Fonte: GAENSLY, [1902?].44 O centro foi reformado e abriram-se dois cenários: a oeste o Anhangabaú, a Praça do Patriarca e a Praça da República com traços de refinamento; e a leste a Praça da Sé e o Parque Dom Pedro II com simplicidade45. Esta reconstrução da cidade, em um primeiro momento sobre si mesma, é retratada por Benedito Lima de Toledo: A cidade de São Paulo é um palimpsesto – um imenso pergaminho cuja escrita é raspada de tempos em tempos, para receber outra nova, de qualidade literária inferior, no geral. Uma cidade reconstruída duas vezes sobre si mesma, no século XIX46. Segundo Nestor Goulart Reis47, as reformas foram iniciadas pelo Conselheiro Antônio Prado, em 1898, sucedido pelo Barão de Duprat e por Washington Luís, “buscavam harmonizar os objetivos declarados de interesse público e as oportunidades de atuação no mercado imobiliário”48. Estas reformas expulsaram para áreas afastadas ex- escravos e a população pobre para abrir espaço para intervenções que ‘valorizavam’ a cidade, como o alargamento e retificação de vias e o estabelecimento de novos alinhamentos para as construções. Os primeiros planos para grandes operações imobiliárias também são dessa época, inicialmente com Silva Telles e depois com Vitor 43 AZEVEDO, Militão Augusto de. Álbum comparativo da cidade de São Paulo 1862-1887 – Largo e Rua São Bento, 1887. 1 foto. Disponível em: http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/handle/bras/1898, acesso 21/10/2016. 44 GAENSLY, Guilherme. Largo São Bento. São Paulo, [1902?]. 1 foto. Disponível em: http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/handle/bras/967, acesso 25/09/2016. 45 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 46 TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo – três cidades em um século. São Paulo: Cosac Naify, 2004, p. 77. 47 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 48 Ibid., p. 180. 66 Freire e Guilhem, dando origem aos parques no Vale do Anhangabaú e na Várzea do Carmo e o início da construção da Catedral da Sé além de reforçar as principais vias do triângulo histórico. O plano definitivo firmou-se o com os projetos do paisagista francês Joseph Bouvard que buscou conciliar seu trabalho paisagístico com os interesses imobiliários. O projeto proposto para o Anhangabaú foi quase integralmente implantado, solucionando conflitos e fomentando um conjunto de novos edifícios públicos e privados. O projeto proposto para o Parque Dom Pedro II foi parcialmente implantado, e é importante salientar que uma das opções deste projeto permitia a execução de obras por empresários que receberiam numerosas quadras nas bordas do parque49. São Paulo ganhou força com o café e recebeu milhares de imigrantes que vinham em sua maioria da Europa para trabalhar nas plantações no interior e em pequenos comércios e serviços da capital. A população cresceu rápido, passou de 65 mil habitantes em 1890 para 900 mil habitantes em 193050, podendo ser comparada às principais cidades europeias. A cidade de taipa cedeu lugar à cidade de tijolos que por sua vez sucumbiria à cidade de concreto. Edifícios altos equiparavam-se tecnicamente aos padrões comuns dos edifícios da Europa e Estado Unidos, com peças de aço e elevadores, muitas vezes importados da Europa51. O crescimento populacional fomentado pela modernização da cidade despertou o interesse dos empresários para o mercado imobiliário. A Prefeitura, criada em 1898, não tinha um plano que estabelecesse diretrizes para o crescimento da cidade, os loteamentos desta época foram traçados com o critério tabuleiro de xadrez e com dimensões homogêneas entre as quadras (Figura 6), seguindo o modelo francês. No entanto, estes loteamentos não se articulavam entre si, eram como colchas de retalhos costuradas a posteriori, com soluções que esboçavam um modelo radio concêntrico, na tentativa de harmonizar as iniciativas do mercado imobiliário com ligações parciais entre bairros 49 Ibid. 50 Ibid., p. 141. 51 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004; TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo – três cidades em um século. São Paulo: Cosac Naify, 2004. 67 periféricos e o centro, além de intervenções que buscavam assegurar espaços de interesse público52. Figura 6 – (Des)articulação dos loteamentos de São Paulo. Fonte: CARDIM, 189753. Evidenciaram-se dois cenários urbanos: o tradicional compacto e o novo intercalado pelo verde. Houve um disciplinamento das edificações privadas. Em alguns setores as edificações eram erigidas sobre o alinhamento e em outros eram exigidos recuos frontais e laterais54. A região central passou por um processo de verticalização. Os bairros residencias de renda alta e média, receberam construções de palacetes isolados ao centro dos lotes e ladeados por jardins. Os bairros populares tinham menos acesso à infraestrutura, seus terrenos eram menores e muitas vezes as casas eram construídas nos limites dos lotes, especialmente quando provinham de iniciativas de empresários. Os loteamentos 52 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 53 CARDIM, Gomes. Planta Geral da Capital de São Paulo. São Paulo, 1897. 1 mapa. Disponível em: http://www.arquiamigos.org.br/info/info20/i-1897.htm, acesso 13 nov. 2016. 54 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 68 periféricos muitas vezes eram irregulares e precários, não obedeciam às normas então fixadas pela Câmara, ou seja, não tinham praças e possuíam ruas estreitas; a autoconstrução era frequente, com a presença eventual de recuos para ‘imitar’ o padrão de bairros de alta renda, porém com aparência melancólica55. A modernização avançou a passos largos, os principais melhoramentos, dentre eles transporte e abastecimento de água e energia contribuíram para a indução do crescimento ao longo das linhas férreas e o espraiamento dos limites da cidade (Figura 7) 56. Figura 7 – Planta da Cidade de São Paulo mostrando os arrabaldes e terrenos arruados, 1924. Fonte: PALNTA, 192457. 55 Ibid. 56 Ibid. 57 PLANTA da Cidade de São Paulo mostrando todos os arrabaldes e terrenos arruados. Rio de Janeiro, 1924. 1 mapa. Disponível em: http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/historico_demografico/1920.php, acesso 13 nov. 2016. 69 O consumo também se modernizou, feiras livres já existiam desde 1797 e a partir de 1890 os mercados começaram a ser construídos. Na década de 1900 as lojas passaram a contar com vitrines iluminadas e publicidade em suas fachadas. Surgiram também as lojas de departamentos como o Mappin e a Casa Alemã, além das primeiras galerias cortando o centro e inúmeras livrarias. O lazer se concentrava em parques, banhos de mar nas praias de Santos e visitas ao cinturão caipira58. No Centro, as construções que não comportavam as adaptações para a nova infraestrutura se tornaram obsoletas, assim como as ruas estreitas e congestionadas com o trânsito de pedestres e automóveis. As famílias abastadas que ali residiam foram para os bairros novos, que se expandiam sobre o cinturão de chácaras, e o casario aristocrático foi alugado para cortiços acelerando a degradação da região central59. A Crise de 1929, que girou em torno da quebra da Bolsa de Nova York, impactou na economia agrário-exploradora do Brasil. Segundo Carlos Guilherme Mota: Foi o fim de um período de prosperidade entre 1922 e 1929, apogeu do capitalismo norte-americano. De 1929 a 1932, a produção industrial caiu pela metade e despencou o preço dos produtos primários. Em todo o mundo, milhares de pessoas perderam seus empregos. O capitalismo vivia a sua mais profunda crise mundial. A crise repercutiu imediatamente na economia agrário-exportadora do Brasil60. A crise foi marcada no Brasil pelo colapso do mercado do café e da economia agrária tradicional. Após 1929 houve problemas cambiais e entre 1939 e 1945, devido a Segunda Guerra Mundial, não era possível fazer importações. A partir de 1930 houve a diversificação da produção rural e a implantação da indústria de substituição, ou seja, em um primeiro momento, foram instaladas uma série de indústrias com o objetivo de produzir bens não- duráveis que antes eram importados61. Entre 1934 e 1938, o Prefeito Fábio da Silva Prado, iniciou uma série de intervenções na área central da cidade. “Nessa época teve início a implantação do plano de avenidas, 58 Ibid. 59 Ibid. 60 MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma interpretação. 4ª edição. São Paulo: Editora 34, 2015, p. 622. 61 OLIVEN, Ruben George. Cultura e modernidade no Brasil. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 15, n. 2, abr./jun. 2001. 70 que havia sido definido inicialmente pelo engenheiro Ulhôa Cintra em meados dos anos 20e desenvolvido depois pelo engenheiro arquiteto Francisco Prestes Maia”62. O plano ganhou impulso após 1938, quando Prestes Maia assume a prefeitura63. Após 1945 a indústria estrangeira entra em larga escala, com novos horários, operando em turnos nas fases intensas de atividades; os operários passaram a ser mais especializados e com maior grau de independência política. A Crise de 1929 e as revoluções de 1930 e 1932 limitaram o crescimento de São Paulo, porém a partir de 1934 a economia dava sinais de recuperar relativo dinamismo64. O poder público focou seus investimentos em infraestrutura, transporte e geração de energia. Surgiram os primeiros planos rodoviários ligando a cidade de São Paulo a várias regiões do Estado e depois do país. Em 1934 foi criado o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) dando início aos projetos para a construção de autoestradas como a Via Anchieta (para Santos), Via Anhanguera (para Campinas), Rodovia Presidente Dutra (para o Rio de Janeiro), Fernão Dias (para Belo Horizonte) e Régis Bittencourt (para Santa Catarina). Assim facilitando o fluxo migratório e a instalação de indústrias na periferia65. Em 1947 os bondes foram considerados obsoletos e o transporte por ônibus foi priorizado. O sistema de avenidas se expandiu nos anos seguintes, porém ainda sem critérios gerais de planejamento. Nos anos 1960, o sistema viário já estava congestionado e foi elaborado o primeiro anel rodoviário para desafogar o transido da cidade com a saída dos caminhões e expansão do sistema radio concêntrico66. Segundo Benedito Lima de Toledo, o centro da cidade que estava concentrado no triângulo histórico começou a se expandir, “até a Segunda Grande Guerra, os escritórios, consultórios, bancos, hotéis, restaurantes, cinemas e o comércio praticamente não saíram dessa área”67, após a guerra o comércio de luxo começou a se deslocar para o eixo do Rua Barão de Itapetininga, a oeste do Anhangabaú, surgindo a partir deste momento as 62 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004, p. 198. 63 Ibid. 64 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 65 Ibid. 66 Ibid. 67 TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo – três cidades em um século. São Paulo: Cosac Naify, 2004, p. 10. 71 denominações Centro Velho, concentrado no triângulo histórico, e Centro Novo, na direção da Praça da República. Em 1940 a população contava com 1.326.261 habitantes em 1960 eram cerca de 3.709.274 habitantes, ou seja, equiparou-se à população do Rio de Janeiro nesta mesma época. O aumento populacional aconteceu devido a um grande fluxo de migrantes, facilitado pelas novas rodovias no final da década de 1940 e início da década de 1950. A população deixou de ser marcadamente europeia e passou a ser a síntese de todas as regiões brasileiras. Este período entre 1930 e 1960 foi marcado por um crescimento disperso da cidade, os seus limites se expandiram, porém, sem grande adensamento68. A cidade recebeu uma série de melhorias, como a construção de novas escolas públicas para a população entre 5 e 14 anos; criação de dispensários e centros médicos nos bairros populares a partir da década de 1930; a criação da Universidade de São Paulo (USP), em 1934; a criação do Departamento de Cultura do Município em meados dos anos 1930, incialmente dirigido por Mário de Andrade, que realizou estudos sobre a cultura popular, e criou a Biblioteca Municipal, além de parques e programas esportivos; a inauguração do Hospital das Clínicas, vinculado à Faculdade de Medicina da USP, no início dos anos 1940; a diminuição dos índices de mortalidade devido aos planos de vacinação após 194569. O centro passou por um processo gradual de esvaziamento com o deslocamento de parte dos serviços ali instalados para a Avenida Paulista. Com isso surgiram movimentos como o Viva o Centro, e fim de revitalizar esta região da cidade que conta com ampla infraestrutura urbana70. Até 1945 havia a preocupação do poder público com algumas partes da cidade, mas com o tempo o “desprezo” aos bairros pobres se alastrou à outras regiões da cidade, pois o tamanho da cidade era o que interessava. Devido ao rápido crescimento da população, questões como, por exemplo, o saneamento básico, especialmente entre 1954 e 1960, era extremamente insatisfatório, somente um terço da população tinha abastecimento de 68 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 69 Ibid. 70 Ibid. 72 água, o restante utilizava poços sem nenhum tipo de tratamento, que muitas vezes ficavam próximos às fossas, pois não havia coleta de esgoto 71. A partir de 1945 uma política desenvolvimentista foi implantada em escala nacional, e a formação da região metropolitana de São Paulo é um desdobramento desta. São Paulo tornou-se o principal polo industrial do país, interligado a todo o território nacional, através de rodovias. As indústrias já estavam se instalando na periferia, o que originou um anel de cidades industriais ao redor de São Paulo, como por exemplo o ABCD (cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema), Osasco, Guarulhos, Cubatão, Jundiaí, Sorocaba e outros núcleos secundários. As cidades se conurbaram, formando um imenso tecido urbano em que a vida cotidiana, ainda hoje, acontece em mais de um município desta região metropolitana72. Após 1950 novos bairros surgiram além do que era a periferia da cidade, fazendo com que os antigos bairros periféricos começassem a abrigar novos centros de serviços e tivessem seus imóveis valorizados. A cidade cresceu, ocupando e ultrapassando os espaços entre os Rios Tietê e Pinheiros, em 1960, os rios já estavam retificados e as obras de suas vias marginais já haviam sido iniciadas73. Figura 8 – Rua São Bento na atualidade. Fonte: Google Street View, acesso 13 nov. 2016. 71 Ibid. 72 Ibid. 73 Ibid. 73 1.2. A segunda centralidade: A Avenida Paulista Inaugurada em 1891, a partir da inciativa de um grupo de empresários liderados por Joaquim Eugênio de Lima, a Avenida Paulista foi inaugurada sobre uma trilha para boiadas e carros de boi ao longo de um espigão, com cuidadosa arborização como a dos bulevares franceses (Figura 9)74. Figura 9 - Avenida Paulista [1902?]. Fonte: GAESNLY, [1902?]75. Destinada a abrigar moradias de altíssimo poder aquisitivo, permaneceu relativamente despovoada até 1910 (Figura 10). Até a crise de 1929, “passou a ser ocupada sobretudo por fazendeiros do café, responsáveis, portanto pela ‘tomada inicial do espigão central’”76.Após a crise de 1929, muitos fazendeiros precisaram vender suas propriedades, 74 FRÚGOLI Jr., Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. São Paulo: Cortez, Editora da Universidade de São Paulo, 2000; REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 75 GAENSLY, Guilherme. Avenida Paulista. São Paulo, [1902?]. 1 foto. Disponível em: http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/handle/bras/979, acesso 25/09/2016. 76 FRÚGOLI Jr., Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. São Paulo: Cortez, Editora da Universidade de São Paulo, 2000, p. 114. 74 que foram compradas por imigrantes portugueses, italianos e libaneses, cujas fortunas provinham da indústria e do comércio. Até o final dos anos 1930, o ecletismo foi o estilo arquitetônico predominante na via77. Figura 10 – Trecho da Planta Geral da Cidade de São Paulo, 1905, em que aparece registros da baixa ocupação da Avenida Paulista. Fonte: COCOCI; COSTA, 190578. A região recebeu diversos investimentos do poder público, como: a linha de bondes; o asfalto; e o Parque Trianon, com seus jardins projetados por Barry Parker, e seu belvedere projetado por Ramos de Azevedo (Figura 11) 79. 77 Ibid., p. 114. 78 COCOCI, Alexandre Mariano; COSTA, Luiz Fructuoso. Planta Geral da Cidade de São Paulo. São Paulo, 1905. 1 mapa. Disponível em: http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/historico_demografico/1900.php, acesso 13/11/2016. 79 Ibid., p. 114-115. 75 Figura 11 – Belvedere do Trianon, em 1945, inaugurado em 1916 e demolido em 195380. Fonte: Silva, [200-]81. Nesta época havia um número significativo de iniciativas através da articulação direta entre os órgãos públicos e os loteadores82. O deslocamento da população de alta renda para a Avenida Paulista, junto com os diversos investimentos públicos da região podem ser tomados como uma tendência do surgimento de uma nova centralidade. O processo de verticalização na Paulista começou na década de 1940. Nesta época a Prefeitura não permitia a instalação de estabelecimentos comerciais, mas permitia a construção de edifícios de apartamentos que se generalizaram na Avenida Paulista, transformando-a em um eixo residencial adensado. Estes edifícios residenciais abandonariam o ecletismo, assumindo uma arquitetura inspirada em princípios funcionalistas, entre eles: o Anchieta (1940); o Nações Unidas (1952); o Paulicéia (1956); e o 5º Avenida (1959). Exceção feita ao Conjunto Nacional, 1956, de uso misto83. 80 BATISTA, Liz. Era uma vez em SP... Belvedere Trianon. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 jun. 2015. Disponível em: http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,era-uma-vez-em-sp-belvedere-trianon,11165,0.htm, acesso 13 ago. 2017. 81 SILVA, Egydio Coelho da Silva. Avenida e Túnel 9 de Julho e Trianon, local onde, mais tarde, foi construído o MASP. Ajorb, São Paulo, [200-]. Disponível em http://www.ajorb.com.br/hb-masp-tunel.htm, acesso 13 ago. 2017. 82 REIS, Nestor Goulart. São Paulo Vila, Cidade, Metrópole. São Paulo: Via das Artes, 2004. 83 FRÚGOLI Jr., Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. São Paulo: Cortez, Editora da Universidade de São Paulo, 2000. 76 Durante os anos 1950 a via começa a ter uma ocupação terciária, que se tornou irreversível, pois em 1958, já se diagnosticava: a valorização extraordinária dos terrenos; a decadência dos casarões e a dificuldade em alugá-los; problemas com espólios; difusão dos edifícios de apartamentos; e a desvalorização da moeda 84. Em 1959, a Paulista já estava efetivamente ocupada por edifícios comerciais. A transferência do MASP (1968) para a Paulista trouxe maior relevância às atividades culturais da avenida. Nos anos 1970, empresas, bancos e atividades culturais já haviam migrado para a Avenida Paulista, consolidando-a como uma nova centralidade na cidade e promovendo um esvaziamento do centro 85. O ônus da centralidade atingiu a Paulista. A avenida passou a contar com um trânsito de passagem, pois sua posição facilitava a ligação sul-oeste dentro da cidade. Nesta mesma época começavam a ser pensados os planos urbanos: Plano Urbanístico Básico (PUB), 1969; Plano de Desenvolvimento Integrado da Grande São Paulo (PMDI), 1970; e o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de São Paulo (PDDI), 1971. Surgiram, também, projetos intitulados “Nova Paulista”. Um deles, o de Jorge Wilheim, em 1965, propôs alargar e estender o espigão do Jabaquara até Sumaré. Para Wilheim86 tratava-se de um “[...] projeto de aproveitamento integral do espigão central de São Paulo, um subsídio a um plano setorial a ser integrado no plano diretor”. Em 1968, a gestão municipal de Faria Lima lançou uma outra proposta também com o nome de “Nova Paulista”. Esta proposta era mais arrojada, previa pistas expressas subterrâneas, pistas laterais para o trânsito local e a implantação do metrô. A proposta foi encaminhada para o escritório de cálculo estrutural J. C. Figueiredo Ferraz (Figura 12). As obras foram iniciadas na gestão Faria Lima com o complexo Paulista Consolação, seguiram na gestão de Paulo Maluf (1969-1970) e Figueiredo Ferraz (1971-1973) – que foi exonerado do cargo. A gestão de Miguel Colassuono não deu continuidade às obras. O Metrô da Paulista foi considerado 84 Ibid. 85 Ibid. 86 WILHEIM, 1965 apud FRÚGOLI Jr., Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. São Paulo: Cortez, Editora da Universidade de São Paulo, 2000, p. 123. 77 prioridade somente em 1980, as obras do trecho Paraíso-Consolação foram iniciadas em 1987 e entregues em 1991 – inviabilizando definitivamente a construção do projeto Nova Paulista, por ter sido implantado um nível acima do previsto naquela proposta. Neste mesmo ano foi eleita “símbolo da cidade” 87. Figura 12 – Projeto Nova Paulista. Fonte: SACONI; ENTINI, 201588. A avenida começa a apresentar sinais de degradação. Diversas propostas e especulações acerca do que se deveria fazer para evitar que a Paulista se deteriorasse, assim como o centro, foram feitas e foi criada a Associação Paulista Viva. Em 1996 houve um Concurso de Propostas para a Valorização Urbana da Avenida Paulista, mesma época em que empresas começavam a transferir-se em direção às Avenidas Faria Lima e Berrini, em parte, à procura de edifícios maiores e mais modernos, uma vez que na Paulista já estava saturada e havia passado, inclusive, por um processo de conversão de edifícios residenciais em comerciais. A Avenida Paulista passou por intervenções pontuais e continua bastante ativa até os dias de hoje (Figura 13)89. 87 FRÚGOLI Jr., Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. São Paulo: Cortez, Editora da Universidade de São Paulo, 2000. 88 SACONI, Rose; ENTINI, Carlos. Na Paulista, ipês e calçacas já deram lugar aos carros. O Estado de S. Paulo, São Paulo 28 jun. 2015. Disponível em: https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,na-paulista-ipes-e-calcadas-ja- deram-lugar-aos-carros,11203,0.htm, acesso 27 jan. 2019. 89 Ibid. 78 Figura 13 - Avenida Paulista na atualidade. Fonte: acervo pessoal, 2017. 79 1.3. A terceira centralidade: vetor sudoeste (Faria Lima – Berrini) A Avenida Brigadeiro Faria Lima, objeto deste estudo, é uma das principais vias que compõe o vetor sudoeste. Originalmente fora dos limites suburbanos da cidade era ocupada por chácaras, posteriormente conforme os limites da cidade se expandiam foi ocupada por residências e comércios locais. O comércio de luxo que já havia se deslocado do Centro novo para a Região da Paulista, continuava o seu deslocamento em direção à Rua Iguatemi através do eixo da Rua Augusta, culminando com a inauguração do Shopping Iguatemi em 1966. O recém-inaugurado Shopping Iguatemi, trazia um modelo de negócio que ainda não era conhecido na cidade, que até então tinha um forte comércio de rua. A concentração de lojas proporcionada pelo Shopping atraia a atenção da Prefeitura, especialmente sobre o recolhimento de impostos, desta maneira a região também passou a ser alvo de investimentos públicos90. O que nos dá os primeiros indícios de que esta região poderia vir a se tornar a terceira centralidade da cidade. A Avenida Faria Lima surge a partir de um projeto para o alargamento e prolongamento da Rua Iguatemi, em 1968, com a finalidade de promover a ligação entre a Lapa e o Brooklyn. Segundo Camargo91, esta interligação não estava prevista no Plano de Avenidas, 1930, nem no PDDI, 1971. Aparentemente foi uma operação de especulação imobiliária, pois teve sua lei de diretriz viária aprovada por decurso de prazo e as obras iniciaram pelo que seria o seu trecho mais “atrativo” entre o largo da Batata e a Avenida Cidade Jardim. Em 1969, a primeira pista do alargamento da Rua Iguatemi foi concluída, a segunda só ficaria pronta no ano seguinte. Na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de 1972, já havia a possibilidade de adensamento no eixo de 50m ao longo da via92. 90 CAMARGO, Adriana Rolim de. Continuidade e mudança em políticas urbanas: O caso da Avenida Faria Lima em São Paulo – 1968 e 1993. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2000. 91 Ibid. 92 Ibid. 80 Na gestão de Jânio Quadros (1985-1988) já havia um projeto para uma operação urbana na Avenida Faria Lima, para complementar sua execução, que até então havia sido parcial. O Arquiteto Júlio Neves participou deste projeto, que traria a formatação de um grande eixo de negócios que se desenvolvia a partir dos anos 1970 ao longo das Marginais do Rio Pinheiros seguindo para o vetor sudoeste, englobando a Avenida Luiz Carlos Berrini.93 Este padrão contava com edifícios corporativos com lajes de cerca de 500m². Porém, após a década de 1990, com o processo de globalização, surgiram novas necessidades arquitetônicas, demandando lajes maiores, mais vagas para estacionamento, etc.94. Figura 14 - Avenida Brigadeiro Faria Lima na atualidade. Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso 13 nov. 2016. A Operação Urbana Faria Lima, foi aprovada com a Lei 11.732 de 1995, com o objetivo de executar o prolongamento da avenida Faria Lima, interligando as Avenidas Pedroso de Moraes e Hélio Pelegrino, contando com estações da CPTM e Metrô, além da reurbanização do Largo da Batata. O projeto da Nova Faria Lima foi bastante polêmico na época95, sendo necessária a intermediação com os moradores da região que foi feita por 93 Grande parte do desenvolvimento da Avenida Luiz Carlos Berrini se deu através do Arquiteto Carlos Bratke, que também era incorporador, na década de 1980. 94 CAMARGO, Adriana Rolim de. Continuidade e mudança em políticas urbanas: O caso da Avenida Faria Lima em São Paulo – 1968 e 1993. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2000. 95 Gestão de Paulo Maluf. 81 Júlio Neves e durou cerca de dois anos. Os empreendimentos implantados aqui seguiram um padrão internacional para atender novas necessidades das atividades empresariais96. Em 2001 foi aprovada a Operação Urbana Água Espraiada, Lei 13.260 de 2001, que fortaleceu o vetor sudoeste como um grande polo de negócios.97 Esta nova operação urbana abrange a Avenida Luiz Carlos Berrini, Avenida Água Espraiada e Chucri Zaidan até a Avenida João Dias. Figura 15 – Ponte Octavio Frias sobre a Marginal Pinheiros e edifícios da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini. Fonte: CIDADES, 201898. 96 Ibid. 97 Ibid. 98 CIDADES de São Paulo. Meu Tour. 2018. 1 imagem. Disponível em: https://meutour.com.br/cidades-de-sao-paulo/. Acesso 23 set. 2018. 82 83 2. A Rua Iguatemi (1915-1970) 84 85 2.1. Os primeiros tempos Segundo Amaral99 existem registros de que a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros já existia em 1560, ocupada por índios que abandonaram São Paulo de Piratininga, devido à concorrência com os portugueses que começavam a habitar a vila recém fundada. As notícias sobre esta aldeia são escassas. Em dezembro de 1819, Auguste de Saint’Hilaire declarou ser “muito verossímel que não existia mais em Pinheiros um único descendente dos antigos guaianases; a população dessa aldeia foi várias vêzes renovada e algumas vêzes foi aniquilada”100. Somente a partir de 1897 o bairro de Pinheiros, um dos mais antigo de São Paulo, começa a aparecer nos mapas da cidade (Figura 16). Este povoado permaneceu praticamente inabitado por quase 300 anos, consolidando-se como local de passagem para quem se dirigia para Cotia, Parnaíba, Itu e Sorocaba, ao longo de um caminho precário. Figura 16 – Planta Geral da Capital de 1897. Fonte: CARDIM, 1897101. Destaque nosso. 99 AMARAL, Antonio Barreto do. O bairro de Pinheiros. São Paulo: Gráfica Municipal, 1979. 100 SAINT’HILAIRE, 1938 apud AMARAL, Antonio Barreto do. O bairro de Pinheiros. São Paulo: Gráfica Municipal, 1979, p. 23. 101 CARDIM, Gomes. Planta Geral da Capital de São Paulo. São Paulo, 1897. 1 mapa. Disponível em: http://www.arquiamigos.org.br/info/info20/i-1897.htm, acesso 13 nov. 2016. 86 A Rua Iguatemi, segundo Amaral, recebeu este nome em homenagem à Designação dada ao pôrto militar e povoação mandada fundar pelo governador e capitão general Dom Luís Antônio de Souza Mourão, à margem esquerda do rio de igual nome, por ordem do govêrno de Portugal a 26 de janeiro de 1765, visando impedir uma possível tentativa de invasão castelhana em território brasileiro102. Os primeiros indícios da existência da Rua Iguatemi, que posteriormente deu origem à Avenida Brigadeiro Faria Lima, só começam a aparecer nos mapas a partir de 1916, ainda sem a indicação do nome do logradouro (Figura 17), e além do perímetro do que era considerado suburbano na época (limite indicado em azul no mapa). Neste mesmo ano o logradouro foi oficializado pelo ATO nº 972 de 24 de agosto de 1916103. Rua Iguatemi Figura 17 – Indícios do início da Rua Iguatemi a partir da Rua dos Pinheiros na Planta da Cidade de São Paulo de 1916. Fonte: SÃO PAULO, 1916104. Recorte e destaque nosso. 102 AMARAL, Antonio Barreto do Amaral. O bairro de Pinheiros. São Paulo: Gráfica Municipal, 1979, p. 124. 103 RUA Iguatemi. Dicionário de ruas. c2019. Disponível em: https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/, acesso 27 jan. 2019. 104 SÃO PAULO (Cidade). Planta da Cidade de São Paulo. São Paulo, 1916. 1 mapa. Disponível em: http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/historico_demografico/1900.php, acesso 13 nov. 2016. 87 Porém no jornal O Estado de S. Paulo105 já era possível encontrar notícias sobre esta via desde 1915. Nas primeiras décadas de existência da Rua Iguatemi, os relatos do jornal trazem a imagem de uma via pacata e possivelmente bucólica. Na década de 1910, pouco se encontra sobre a via, exceto por queixas e reclamações sobre formigueiros que infestavam a região, problemas com lixeiros, a demora nas obras de abertura de valetas e limpeza do Rio Verde, que tinham o “intuito de enxugar os terrenos e evitar água parada” – esta reportagem citava que o trecho entre a Rua Pinheiros e a Rua Iguatemi como uma das partes mais habitadas, embora não haja o traçado da via no mapa de 1916 (Figura 17). A partir de 1917, até 1941 aparecem notícias de compra de terrenos e seus respectivos valores na moeda da época. Além de um anúncio de venda de vacas em 1919106. Rua Iguatemi Figura 18 – Indícios do início da Rua Iguatemi a partir da Rua dos Pinheiros a partir da Planta da Cidade de São Paulo de 1924. Fonte: PLANTA, 1924 107. Recorte e destaque nosso. 105 Busca feita no acervo digital do jornal O Estado de S. Paulo, com as palavras-chave: “Rua Iguatemy” e “Rua Iguatemi”. 106 QUEIXAS e reclamações. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 nov. 1915, p. 7; QUEIXAS e reclamações. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 nov. 1918, p. 5; NOTAS e Informações. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 4 nov. 1917, p. 4; ACQUISIÇÃO de Propriedades. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 jun. 1941, p. 7; NEGÓCIOS. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 mai. 1919, p. 8. 107 PLANTA da Cidade de São Paulo mostrando todos os arrabaldes e terrenos arruados. Rio de Janeiro, 1924. 1 mapa. Disponível em: http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/historico_demografico/1920.php, acesso 13 nov. 2016. 88 Na década de 1920, a via é pouco noticiada e também não aparece na Planta da Cidade de São Paulo de 1924 (Figura 18). Porém ao comparar o mapa de 1924 com o mapa de 1916 (Figura 17) é possível notar a expansão da cidade para oeste, e além da Vila Cerqueira César já aparece a Vila América e os Jardins América, Europa e Paulista. A expansão dos bairros residências de alto padrão para o vetor sudoeste está relacionada à atuação da City of São Paulo Improvements and Freehold Land Company Ltd, instalou-se em São Paulo em 1922, e passou a ser conhecida como Cia. City. A empresa adquiriu 15 milhões de metros quadrados em terrenos, que se estendiam desde a Avenida Paulista até as margens do Rio Pinheiros. Na época o investimento era considerado arriscado, pois as terras eram afastadas da região central da cidade, e formadas principalmente por charcos e pântanos, que exigiriam grandes obras de drenagem. A empresa estava “de olho na mudança demográfica pela qual passava São Paulo, em pleno declínio do ciclo do café e início da construção de seu polo industrial. A mudança de perfil atraiu mão de obra imigrante e investidores à cidade, ampliando a demanda por moradias.”108. Em 1915 abre as vendas do Jardim América, um bairro planejado com o conceito de “cidade-jardim” por Barry Parker e Raymond Unwin. A proposta da Cia. City era entregar junto com o loteamento a infraestrutura urbana, os terrenos eram servidos por água, esgoto, luz elétrica, gás e linhas de ônibus e bondes (Figura 19), o que atraiu uma população de maior poder aquisitivo109. Com o sucesso de vendas do loteamento do Jardim América, em 1922, Manoel Garcia da Silva decide dar a mesma finalidade para suas terras. Em sociedade com os irmãos 108 JANJÁCOMO, Mariana. Em SP, Jardim América e Pacaembu nasceram como bairros planejados. Folha de S. Paulo, São Paulo, 11 nov. 2018. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/morar/2018/11/1984226- regioes-tradicionais-de-sao-paulo-nasceram-como-bairros-planejados.shtml, acesso 31 mar 2019. 109 A HISTÓRIA do Jardim América. O Estado de São Paulo, São Paulo, 23 de nov. 2015. Disponível em: https://sao- paulo.estadao.com.br/noticias/geral,a-historia-do-jardim-america,1800919, acesso 30 mar. 2019; BATISTA, Liz. Jardim América: da lama ao luxo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 out. 2012. Disponível em: https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,jardim-america-da-lama-ao-luxo,7201,0.htm, acesso 31 mar. 2019; CIA. City Terrenos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 set. 1929, p. 7; COSTA, Oswaldo Antonio Ferreira. Presença e permanência do ideário da Cidade-Jardim em São Paulo: o bairro do Pacaembu. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2014; D’ELBOUX, Roseli Maria Martins. Joseph- Antoine Bouvard no Brasil. Os melhoramentos de São Paulo e a criação da Companhia City: ações interligadas. Tese (Doutorado – área de concentração: planejamento urbano e regional) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015; SETE curiosidades do Jardim América. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 nov. 2015. Disponível em: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sete-curiosidades- do-jardim-america,1800913, acesso 31 mar. 2019. 89 Klabin, contratou o engenheiro-arquiteto Hipólito Gustavo Pujol Jr., para lotear suas terras seguindo os mesmos conceitos de “cidade-jardim” do loteamento vizinho110 (Figura 20). Figura 19 – Anúncio dos Figura 20 – Anúncio do loteamento do Jardim Europa. Fonte: loteamentos da Cia. City. Fonte: JARDIM, 1928, p. 2112. CIA., 1929, p. 7111. Nesta época, no jornal, começaram a aparecer notificações de plantas aprovadas, como a de Leopoldo Couto de Magalhães Júnior para construção de uma cerca e também de indeferimento de plantas, como a de Leandro Delphino (Rua Iguatemy, 63). Em 1929, a Inspetoria de Policiamento de Alimentos, através da coluna do Serviço Sanitário, publicava uma autorização a título precário para a abertura de um estabelecimento à Rua Iguatemi, 147. Neste mesmo ano foi despachado um requerimento dos moradores que solicitavam “o prolongamento da canalização de água do actual ponto terminal (rua Dr. Leopoldo) até a travessa Ouro Preto, inclusive” sendo estes orientados a aguardar a execução do tronco geral – fato este que ajuda a enfatizar os problemas de drenagem e saneamento que os moradores da região enfrentavam na época. Além destas notificações, os fatos cotidianos da época eram “desastres” como o caso do menino Luiz, com 3 anos de idade, que fraturou o braço em uma queda em casa; leilão judicial de bens oriundos da falência de Carlos 110 O JARDIM Europa nasceu da elite para a elite. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 5 out. 2015. Disponível em: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,o-jardim-europa-nasceu-da-elite-para-a-elite,1774935, acesso 30 mar. 2019. 111 CIA. City Terrenos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 set. 1929, p. 7. 112 JARDIM Europa. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 nov. 1928, p. 2. 90 Ribeiro, pelo leiloeiro Pedro Ernesto na Rua Iguatemi, 5; campeonatos juvenis disputados no campo do Ítalo-Lusitano F. C. à Rua Iguatemi, 1.665 – por causa do posicionamento do Brasil na Segunda Guerra Mundial o clube passou a se chamar Ídolo-Lusitano e não existe mais atualmente113. O Rio Pinheiros se espraiava na região no período de chuvas, alagando as terras de sua várzea. Entre os anos de 1911 e 1930 o vale chegou a ficar inundado por 7% deste tempo, ou seja, cerca de 475 dias. Em 1927 a The São Paulo Tramway, Light and Power Company Ltd. foi autorizada pela Lei Estadual nº 2.249 a “canalizar, alargar, retificar e aprofundar os leitos dos rios Pinheiros e seus afluentes Grande e Guarapiranga, a jusante das respectivas barragens, nos municípios de Santo Amaro e da Capital, drenando, beneficiando e saneando assim os terrenos situados nas respectivas zonas inundadas”114. A Light elaborou um projeto declarando como uma de suas finalidades a criação de “condições que permitissem a urbanização do vale do Pinheiros, possibilitando a utilização daquelas áreas alagáveis” 115 (Figura 21). Figura 21 – Sobreposição dos traçados do Rio Pinheiros na década de 1930 e atualidade. Fonte: GOLDENSTEIN, 2017116. 113 PLANTAS Aprovadas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 jun. 1920, p. 4; PLANTAS Aprovadas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 nov. 1926, p. 16; SERVIÇO Sanitário. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 out. 1929, p. 6; NOTAS e Informações. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 mar. 1929, p. 4; DESASTRES. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 mar. 1922, p. 5; LEILÃO Judicial. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 mai. 1927, p. 8; CAMPEONATO Juvenil. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 set. 1924, p. 6; CAMPEONATO de Futebol do SESC-SENAC. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 mai. 1950, p. 8; NUNOMURA, Eduardo. A boemia paulistana de Vanzolini. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08 jan. 2004, p. C3. 114 AMARAL, Antonio Barreto do Amaral. O bairro de Pinheiros. São Paulo: Gráfica Municipal, 1979, p. 85. 115 Ibid., p. 85-86. 116 GOLDENSTEIN, Stela. Rio Pinheiros e seu território: conhecer para transformar. São Paulo: Água Claras, 2017, p. 64-65. 91 Em 1929 ocorreu uma grande enchente na cidade de São Paulo, em que o rio saiu de seu curso e cobriu quilômetros de várzea, fato que favoreceu a Light, pois um decreto de 1928 determinava que a “a linha máxima” de enchentes delimitaria a área que seria destinada a companhia, que posteriormente negociou os litígios com os proprietários de terras próximas ao rio, por meio da construção das marginais que consolidaram a ocupação das várzeas dos rios117 (Figura 22 e Figura 23). Figura 22 – Enchente no Rio Pinheiros, em 1929, na Figura 23 – Enchente no Rio Pinheiros, próximo à região da atual Ponte da Cidade Jardim. Fonte: Rua Augusta. Fonte: Acervo da Fundação Energia Acervo da Fundação Energia e Saneamento In e Saneamento In FIORAVANTI, 2013119. FIORAVANTI, 2013118. Em 1930, no levantamento aerofotogramétrico executado pela empresa Sara Brasil, aparece o pela primeira vez o traçado da Rua Iguatemi (Figura 24). Ao comparar o mapa de 1930 com o de 1924 (Figura 18) é possível verificar que a cidade continuava crescendo para oeste, porém com arruamento menos denso entre a Rua Iguatemi e o Rio Pinheiros. Aparece também neste mapa (Figura 24) O Sport Club Germânia, fundado em 7 de setembro de 1899, pelo alemão Hans Nobiling. O clube inicialmente não tinha sede, chegou a ocupar uma chácara no Bom Retiro e, em 1920, adquiriu 100 mil metros quadrados às margens do Rio Pinheiros (Figura 25). Assim como o Ítalo-Lusitano F. C. alterou seu nome, em 1942, por causa da Segunda Guerra Mundial, o Sport Club Germânia passou a se chamar Esporte Clube Pinheiros, em homenagem ao bairro120. 117 FIORAVANTI, Carlos. Entre paredes de concreto. Pesquisa Fapesp. Edição 214, dez. 2013. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/12/18/entre-paredes-de-concreto/, acesso 30 mar. 2019. 118 Ibid., p. 44-45. 119 Ibid., p. 48-49. 120 LOPES, Marcus. Ex-Germânia, Clube Pinheiros faz um século. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 set. 1999, p. C8. 92 Figura 24 – Traçado da Rua Iguatemi em 1930, com início à Rua dos Pinheiros e término à rua Tabapuan. Fonte: Sara, 1930, fls. 49, 50, 64 e 65121. Destaque nosso. Ao longo desta década o cotidiano era noticiado por compras de terrenos, plantas aprovadas (dentre elas uma para a Light) ou indeferidas, notificações do Serviço Sanitário quanto ao funcionamento de estabelecimentos e sobre fraude no leite. A descoberta de uma Tipografia Comunista em uma chácara localizada no número 135 e a venda de Vacas holandesas indicam que o bairro ainda era um tanto bucólico. Surgiram também as 121 SARA BRASIL. Mappa Topographico do Município de São Paulo. São Paulo, 1930. Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br, acesso 11 jan. 2017. 93 primeiras notícias de violência associadas à via, como a prisão de Sebastião Manuel Ramos, residente ao nº 40, pelo roubo de diversas mercadorias de um prédio na Rua Cardeal Arcoverde, 431; o assalto simulado de Thomaz Ruggero; e a tentativa de homicídio que o jardineiro Manuel Gomes da Silva, residente ao nº 169, fez contra sua esposa Rufina Pires da Silva, por desconfiar de sua fidelidade. Nota-se também que os arredores eram utilizados para lazer, como por exemplo a Festa Campestre do Clube Germânia e provas de ciclismo122. Figura 25 – Sport Club Germânia às margens do Rio Pinheiros nos anos 20, pouco após a inauguração da sede. Fonte: AE, 1994123. 122 OBRAS e Viação. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 mai. 1934, p. 4; SERVIÇO Sanitário. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 abr. 1930a, p. 6; SERVIÇO Sanitário. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 abr. 1930b, p. 2; SERVIÇO Sanitário. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 mar. 1935, p. 8; TYPOGRAPHIA Communista. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 nov. 1936, p. 11; ANIMAES. O Estado de S. Paulo, São Paulo 02 fev. 1933a, p. 9; ANIMAES. O Estado de S. Paulo, São Paulo 23 fev. 1933b, p. 10; ANIMAES. O Estado de S. Paulo, São Paulo 25 fev. 1933c, p. 10; ANIMAES. O Estado de S. Paulo, São Paulo 30 fev. 1933d, p. 8; NEGOCIOS. O Estado de S. Paulo, São Paulo 16 ago. 1933, p. 9; ANIMAES. O Estado de S. Paulo, São Paulo 19 jun. 1935, p. 13; GUARDA Nocturna. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 mar. 1935, p. 8; ASSALTO Simulado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 set. 1935, p. 6; TENTATIVA de Morte. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 6 set. 1939, p. 6; FESTA Campestre do E. C. Germania. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 ago. 1937, p. 5; CYCLISMO. O Estado de S. Paulo, São Paulo 23 jun. 1934, p. 7. 123 BAIROS, Ricardo. Clube foi fundado por alemães. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 mai. 1994, p. Z2. 94 Figura 26 – Sport Club Germânia e seus banhistas nas águas do Rio Pinheiros, década de 1930. Fonte: JAYO, 2012124. 124 JAYO, Martin. Não me incomodaria. Quando a cidade era mais gentil: foto e memória de São Paulo. 2012. Disponível em: https://quandoacidade.wordpress.com/2012/11/18/nao-me-incomodaria/, acesso 18 nov. 2017. 95 2.2. O Sítio Itaim Figura 27 – Sede do Sítio Itaim em 1913. Fonte: CONDEPHAAT, 1978, p. 13125. Um cortejo fúnebre com saída do Sanatório Bella Vista nos faz refletir sobre as mudanças de uso que começavam a ocorrer na região. A Sede do Antigo Sítio Itaim, era uma casa destinada a abrigar os bandeirantes que passavam pela região 126. Em 1896, o General Vieira Couto de Magalhães, ex-governador de São Paulo, comprou a casa. Em 1907, Leopoldo Couto de Magalhães resgata a propriedade de 125 CONDEPHAAT. Processo nº 20.640, de 15 de agosto de 1978. Levantamento métrico arquitetônico, fotográfico da Sede do Sanatório Bela Vista, à Rua Iguatemi, nº 09, para fins de tombamento. Disponível em: http://www.arquicultura.fau.usp.br/images/arquicultura/Processo_20640-78_- _Sitio_Itaim_Vol1.Image.Marked.pdf, acesso 03 jul. 2017. 126 FALLECIMENTOS. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 jan. 1938, p. 6; PFEIFER, Ismael. ‘Raízes’: centro financeiro, Faria Lima era várzea do rio Pinheiros há cem anos. Folha de São Paulo, São Paulo, 20 set. 2016. Disponível em: http://especial.folha.uol.com.br/2015/morar/vila-olimpia-itaim/2015/09/1693553-raizes-centro-financeiro-faria-lima- era-varzea-do-rio-pinheiros-ha-cem-anos.shtml, acesso 16 jun. 2017; CASA do Bandeirista: Residência do século XVIII. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 nov. 2012. Disponível em: http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,casa-do-bandeirista,7546,0.htm, acesso 03 jul. 2017; SEDE do Sítio Itaim. Arquicultura, São Paulo, [2009?]. Disponível em: http://www.arquicultura.fau.usp.br/index.php/encontre-o- bem-tombado/uso-original/arqueologico/sede-do-sitio-itaim, acesso 03 jul. 2017; SALA, Dalton. Itaim. Casas Bandeiristas. São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.casasbandeiristas.com.br/casa-itaim/, acesso 16 jun. 2017; CASA Bandeirista do Itaim Bibi. Encontra Itaim Bibi. São Paulo, [201-?]. Disponível em: http://www.encontraitaim.com.br/itaim/casa-bandeirista-do-itaim.shtml, acesso 16 jun. 2016; PFEIFER, Ismael. ‘Raízes’: centro financeiro, Faria Lima era várzea do rio Pinheiros há cem anos. Folha de São Paulo, São Paulo, 20 set. 2016. Disponível em: http://especial.folha.uol.com.br/2015/morar/vila-olimpia-itaim/2015/09/1693553-raizes- centro-financeiro-faria-lima-era-varzea-do-rio-pinheiros-ha-cem-anos.shtml, acesso 16 jun. 2017. 96 credores e se muda para a fazenda, que foi o embrião do bairro do Itaim-Bibi, com seu filho Leopoldo Couto de Magalhães Jr., ali residindo até os anos 1920 (Figura 27)127. A casa foi vendida e entre 1927 e 1980 funcionou como o Sanatório Bella Vista, depois foi comprada pela Aché e no final da década de 1980 foi comprada por grupos imobiliários, sofrendo com a especulação. Foi tombada em pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) em 13 de maio de 1982 e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) em 5 de abril de 1991128. Destelhada pelos proprietários, na década de 1990, passou por um processo de deterioração e abandono até ficar em ruínas (Figura 28 e Figura 29). Comprada pelo Grupo Victor Malzoni, passou por uma restauração (Figura 30)129. Figura 28 – Ruínas da Casa Bandeirista do Itaim Bibi em 1988. Fonte: Ana Carolina Fernandes / AE, 2012130. 127 Ibid. 128 Ibid. 129 Ibid. 130 CASA do Bandeirista: Residência do século XVIII. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 nov. 2012. Disponível em: http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,casa-do-bandeirista,7546,0.htm, acesso 03 jul. 2017. 97 Figura 29 – Ruínas da Casa Bandeirista do Itaim Bibi em 2008. Fonte: MAYUMI, 2016131. Figura 30 – Casa Bandeirista do Itaim Bibi em 2017. Fonte: acervo pessoal, 2017. 131 MAYUMI, Lia. Resgatar das ruínas: a casa bandeirista do Itaim Bibi. Revista Restauro, São Paulo, n. 0, 2016. Disponível em: http://web.revistarestauro.com.br/resgatar-das-ruinas-a-casa-bandeirista-do-itaim-bibi/?print=pdf, acesso 22 jan. 2019. 98 2.3. Um novo perfil: palacetes e o princípio do comércio de luxo Em 1937, Fabio da Silva Prado, então prefeito, promulga a Lei nº 3.629, que prolonga a Rua Iguatemi até a Rua Joaquim Floriano, é possível verificar este traçado no mapa produzido pela Light em 1943 (Figura 31). Figura 31 – Traçado da Rua Iguatemi prolongada até a Rua Joaquim Floriano. Fonte: Light, 1943132. Destaque nosso. Entre 1942 e 1945, Silva Prado constrói um solar na Rua Iguatemi, 774, próximo à Avenida Cidade Jardim (Figura 32), um dos fatos que provavelmente atraiu uma parte da 132 LIGHT. Planta da Cidade de São Paulo e Municípios Circumvizinhos. São Paulo, 1943. 1 mapa. Disponível em: http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/historico_demografico/1940.php, acesso 13/11/2016. 99 elite paulistana para a região. O edifício foi sua residência por 18 anos e abrigou diversas recepções oficiais. Após sua morte, Renata Crespi, sua esposa, mudou-se do imóvel e o doou para a Fundação Padre Anchieta, que em 1968, cedeu o prédio à Secretaria da Cultura do estado. Em 1972, o solar passou a sediar o Museu da Casa Brasileira 133. Figura 32 – Solar Silva Prado, década de 1950 – Fonte: OLIVEIRA, 2014134. A década de 1940 não traz grandes novidades para a região, porém é possível perceber uma maior agitação no mercado imobiliário local. Aquisições de propriedades continuam sendo noticiadas até 1941. Começam a aparecer com mais intensidade anúncios de casas para aluguel e venda de casas (Figura 33) e lotes na Rua Iguatemi. Nesta mesma época o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAP) também anunciava a venda de prédios nos números 1857 e 1869 da via. Alguns anúncios já descreviam as casas como Palacetes, o que pode indicar um novo perfil do público que passaria a frequentar a região. Também é possível notar que vários anúncios davam como referência um mesmo 133 APRESENTAÇÃO. Museu da Casa Brasileira (MCB). São Paulo, [201-]. Disponível em: http://www.mcb.org.br/pt- BR/institucional/apresentacao, acesso 17 jun. 2017. 134 OLIVEIRA, Abrahão. O Homem que moldou São Paulo – Fábio da Silva Prado. São Paulo in foco, São Paulo, 14 de jul. 2014. Disponível em: http://www.saopauloinfoco.com.br/fabio-da-silva-prado/, acesso 06 jul. 2017. 100 endereço (Rua Iguatemi, 1995, esquina com a Rebouças) e o mesmo contato (Sr. Roberto), o que demonstra a atividade de agentes imobiliários no local. Em contraste aos palacetes ainda era possível encontrar algum anúncio de chácara para aluguel e de armazéns com moradias135. Figura 33 – Anúncio de casa a venda à Rua Iguatemi em 1941. Fonte: SECÇÃO, 1941136. Nesta época, o lazer se fazia bastante presente nesta região, com as competições de futebol de várzea de casados versus solteiros no Italo-Lusitano F. C., o Sport Club 135 ACQUISIÇÃO de propriedades. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 jan. 1940, p. 9; PROPRIEDADES adquiridas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 ago. 1941, p. 7; ANNUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 fev. 1941, p. 12; SECÇÃO Livre. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 out. 1941, p. 19; ANNUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 jun. 1941, p. 13; SECÇÃO Livre. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 mar. 1942, p. 12; ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 abr. 1946, p. 13; ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 jul. 1946, p. 11; ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 jul. 1948., p. 14; ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 mar. 1949, p. 12. 136 SECÇÃO Livre. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 out. 1941, p. 19. 101 Germânia e o novo Hipódromo do Jockey Clube na Avenida Cidade Jardim, que também atuaram como indutores de novas ofertas de transporte público para seus arredores, inclusive para a Rua Iguatemi. Com o aumento do tráfego na região, começaram a ser noticiados acidentes de trânsito, especialmente no cruzamento da Avenida Cidade Jardim com a Rua Iguatemi, cruzamento este, que foi um dos mais perigosos da cidade de São Paulo durante muitos anos137. Na década de 1950, é possível observar mais badalação na região, indício de uma mudança de perfil da população local. Renata Crespi promoveu inúmeros eventos no Solar Fábio Prado, dentre estes a exposição de projetos do interior da Catedral de São Paulo; recebeu a esposa do chanceler norte-americano Dean Acheson em uma época que se reafirmava a importância da política de boa vizinhança; a entrega do prêmio Fábio Prado criado pela Sociedade Paulista de Escritores; Encontros Intelectuais; entre outros. O casal Cesar Giorgi, também promovia eventos em sua residência (nº 1.383) como Concerto em prol da “Casa do paraplégico” e Concerto de Cordas138. A oferta de comércios e serviços na via foi ampliada, com limpeza de tapetes e estofados, posto de gasolina, agência bancária, serviços automotivos, cabeleireiros de luxo, farmácias, venda de revestimentos cerâmicos, interessante notar que ainda havia venda de pintinhos. O Sanatório Bela Vista anunciou seus serviços inúmeras vezes ao longo desta década, assim como a Fundação Santa Teresinha anunciou cursos de religião a partir de 1958139. 137 FUTEBOL. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 01 mai. 1941, p. 10; TRANSPORTES para o campo de Germania. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08 de abr. 1941, p. 8; MEIOS de conducção para o novo hippodromo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 jan. 1941, p. 9; SERVIÇO de auto-omnibus feito pela empresa Auto-omnibus Pinheiros Ltda. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 02 fev. 1941, p. 15; COLISÃO de automóveis. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 jul. 1941, p. 6. 138 CATEDRAL de S. Paulo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 out. 1950, p. 6; ACHESON reafirma a vital importância da politica da Boa-Vizinhança. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 jul. 1952, p. 1-2; ENTREGA do premio Fabio Prado de 1952. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 ago. 1953, p. 11; PREMIO Fabio Prado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 out. 1954, p. 6; ENCONTROS Intelectuais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 ago, 1954, p. 13; CONCERTO pró “Casa do Paraplégico”. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 mai. 1959, p. 10; CONCERTO de cordas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 31 mai. 1959, p. 16 139 LIMPEZA de tapetes e estofados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 fev. 1951, p. 4; NOVA era dos postos de serviço. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 mai. 1956, p. 9; BANCO do Brasil S/A Agências Metropolitanas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 set. 1957, p. 21; WAGEN Serviços. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 mai. 1958, p. 9; ROJÁ Cabeleireiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 set. 1958, p. 6; WALTER Cabeleireiro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 mar. 1959, p. 42; FARMÁCIAS de plantão. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 01 jan. 1959, p. 9; H. Cerâmica Ltda. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 mar. 1959, p. 2; PINTOS New Hampshire. O Estado de S. Paulo, 102 O lazer continuava presente no cotidiano, haviam provas de rua de ciclismo e pedestrianismo, que passavam pela Rua Iguatemi. O Esporte Clube Pinheiros teve atividade intensa, especialmente a partir 1955, precisando inclusive ampliar suas instalações, com um novo salão de festas em 1958. Dentre as atividades haviam campeonatos de futebol e tênis, festas, jantares dançantes, bailes e apresentações de teatro140. O mercado imobiliário estava aquecido com inúmeros anúncios de venda e aluguel de casas e apartamentos, sendo possível observar cada vez mais a ação de imobiliárias na região, como por exemplo o Banco Nacional Imobiliário, Imobiliária Primor, Ofasa, C. Amaral, entre vários outros. É possível perceber, também, um aumento nos incidentes policiais, tais como colisões, atropelamentos e assaltos141. A década de 1960 traz uma série de mudanças tanto para o traçado quanto para o perfil da via. Em 1961, Francisco Prestes Maia, aprova a lei 5.899, que prevê o alargamento da Rua Iguatemi entre 15 e 16m e extensão aproximada de 80m no trecho entre as ruas Viradouro e Joaquim Floriano e o prolongamento da rua com largura variável entre 15 e São Paulo, 18 fev. 1959, Suplemento agrícola, p. 12; CURSO Superior de Religião. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 31 jan. 1958, p. 6. 140 CICLISMO. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 mar. 1952, p. 9; A PRIMEIRA prova do Campeonato Paulista de Ciclismo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 mar. 1952, p. 13; CICLISMO em São Paulo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 jul. 1956, p. 12; CAMPEONATO de pedestrianismo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 jun. 1953, p. 18; O CAMPEONATO Paulista de Pedestrianismo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 jul. 1954, p. 23; PROVA Pedestre Volta de Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 set. 1956, p. 22; ESPORTE Clube Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 jan. 1958, p. 7; FUTEBOL. O Estado de S. Paulo, 13 jul. 1955, p. 12; CAMPEONATO Aberto Nacional de Tenis. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 ago. 1958, p. 23; ELIMINATÓRIAS para os jogos da Taça “Davis”. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 mar. 1959, p. 12; REVEILLON no Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08 dez. 1957, p. 10; LIONS Clube do Jardim Paulista. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 jun. 1958, p. 13; FESTAS de junho. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 jun. 1958, p. 11; UNIÃO Paulista dos Estudantes Secundarios. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 ago, 1958, p. 7; BAILE Branco. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 mar. 1959, p. 9; BAILES e festivais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 mar. 1959, p. 9; TEATRO no Esporte Clube Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 ago. 1959, p. 9. 141 ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 mai. 1950, p. 14; ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 jul. 1950, p. 13; ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 jan. 1951, p. 10; ANUNCIOS Classificados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 mar. 1951, p. 10; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 ago. 1958, p. 11; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 dez. 1952, p. 20; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 jan. 1953, p. 10; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 jan. 1953, p. 10; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 fev. 1953, p. 12; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 nov. 1953; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 out. 1955, p. 12; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05, fev. 1956, p. 17; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 fev. 1956, p. 14; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo,28 ago. 1956, p. 16; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 jun. 1957, p. 10; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 02 jul. 1957, p; 16; NOTAS Policiais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 abr. 1958, p. 14. 103 16m e extensão aproximada de 90m até a Avenida Imperial, atual Horácio Lafer (Figura 34), este prolongamento só ocorreu em 2012142. Figura 34 – Traçado proposto pela lei 5.899/1961. Fonte: a autora, 2019. A expansão do comércio de luxo proveniente do Eixo Augusta é consolidada especialmente a partir de 1965, atividade verificada por um aumento considerável de notícias, notas e anúncios no jornal O Estado de S. Paulo (Figura 35)143. O Estado de S. Paulo 1000 800 600 400 200 0 1910 1920 1930 1940 1950 1960 Rua Iguatemy Rua Iguatemi Figura 35 – Notícias sobre a Rua Iguatemi, no acervo do jornal O Estado de S. Paulo em 14 jul. 2017. Fonte: a autora, 2017. 142 Google Earth, imagens históricas de 23 ago. 2012, acesso 03 set. 2017. 143 AUGUSTA, pequena cidade dentro da cidade grande. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16/05/1965, p. 21. 104 Figura 36 – Croqui da Rua Iguatemi e seu comércio / serviços ao longo da década de 1960, elaborado a partir de anúncios e notas em jornais. Em vermelho destaque dos edifícios A via agora conta com diversas lojas e serviços (Figura 36) dentre eles: lojas de decoração (Baú porcelanas e tecidos, Swiming Shop), automóveis e autopeças (Novocap, 105 Dicam, Dacon, Motormaster), locação de automóveis, padaria (Pão Kent), reuniões do Teatro Popular Brasileiro (TPB), delicatessen (Fasano), bancos (Banco Brasul, Banco Leme Ferreira, Banco do Brasil), restaurantes (O Maharajá, Theton, Para-TI), boliche (Paineira), o Buffet Torres que alugou o solar em 1965, após a morte de Fábio Prado em 3 de março de 1963, e o Shopping Iguatemi, inaugurado em 1966144. 144 BAÚ porcelanas e tecidos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16/10/1964, p. 18; ENDEREÇOS. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09/11/1969, Suplemento Feminino, p. 3; IGNIÇÃO Transistorizada CITRON. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21/03/1965, p. 7; DICAM 7 visões. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15/08/1962, p. 8; NÃO FAZEMOS mágica em mecânica Volkswagen. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21/10/1965, p. 8; MOTORMASTER. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11/11/1962, p. 7; ALUGUE um carro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17/08/1960, p. 2; BEBIDAS para as “festas”. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13/11/1960, p. 2; DEPARTAMENTOS novos do TPB. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22/09/1961, p. 9; NÃO há festas sem Fasano. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28/12/1961, p. 14; BRASUL. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12/07/1962, p. 1; BANCO Leme Ferreira S. A. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15/01/1963, p. 5; BANCO do Brasil S. A. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30/10/1965, p. 20; DIVERSOS. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29/06/1966, p. 41; BOLICHE Paineira. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15/08/1965, p. 9; REÚNE-SE turma do CPOR. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08/08/1965, p. 33. 106 2.4. O Shopping Center Iguatemi A construção do Shopping Center Iguatemi se deu por causa da iniciativa de Alfredo Mathias. Segundo Santos145, o engenheiro-arquiteto, então dono da construtora que levava seu nome, nasceu em São Paulo em 1906 e se formou em 1929 pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Inicialmente trabalhou na Diretoria de Obras Públicas, fiscalizando as obras do Palácio da Justiça, de Ramos de Azevedo, e da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, de Ricardo Severo. Com a Revolução Constitucionalista de 1932, se alistou e serviu como major na Delegacia Técnica de Itatinga. Após a revolução, atuou como construtor de casas de alto padrão e no início da década de 1950 fundou a Construtora Alfredo Mathias dedicada à construção de grandes estruturas, atuando principalmente no Centro Novo, seguindo posteriormente para o vetor sudoeste. A construtora trabalhou com diversos arquitetos, dentre eles o italiano Giancarlo Palanti, que foi diretor do departamento de projetos. Entre os trabalhos desta primeira década estão a reforma do cine Jussara, Edifício Chipre, Edifício Gibraltar, o Cine Belas Artes, Edifício Conde Prates, o Hospital São Joaquim da Beneficência Portuguesa (Projetado por Hipolyto Pujol e Oscar Defilippi), entre outros. No final da década, a construtora inicia uma segunda fase em que se destacaram edifícios comerciais e de serviços, dentre eles galerias do centro novo, além de edifícios residenciais em Higienópolis e na região Avenida Paulista. A Galeria Sete de Abril, projeto do Escritório de Arquitetura Siffredi & Bardelli, rendeu uma parceria entre a construtora, os arquitetos e investidores como Jacob Lerner e Filip Citron, com os projetos do Centro Comercial Presidente, As Grandes Galerias e a Rua Nova Barão146. Em 1963, foi lançado o Shopping Center do Méier, inaugurado em 27 de agosto de 1965, ainda hoje se intitula “O Primeiro Shopping Center do Brasil”147, viabilizado por Stanislaw Zaremba. Alfredo Mathias, ao ficar sabendo de tal empreendimento, convida 145 SANTOS, Demósthenes Magno. A História da Construtora Alfredo Mathias 1950-1985. 2013. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. 146 Ibid. 147 HISTÓRICO. Shopping Center o Méier, Rio de Janeiro, [c2016]. Disponível em: http://www.shoppingmeier.com.br/historico/, acesso 18 jul. 2017. 107 Zaremba para trabalhar na construtora e muda os rumos de um terreno junto à Rua Iguatemi, que a princípio teria um conjunto de prédios residenciais projetados pelo escritório Croce, Aflalo e Gasperini, e decide construir o Shopping Center Iguatemi, o segundo shopping do país, que suplantou em dimensões e importância seu antecessor do Méier148. Figura 37 – Anúncio da construção do Shopping Center Iguatemi. Fonte: QUEM, 1964, p. 15149. Para o projeto contratou o arquiteto João Henrique Rocha que trabalhou em conjunto com o Escritório Croce, Aflalo e Gasperini150 e para financiar as obras desenvolveu 148 SANTOS, Demósthenes Magno. A História da Construtora Alfredo Mathias 1950-1985. 2013. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. 149 QUEM abriu esta Rua no coração da cidade tem agora um presente de Festas para São Paulo! O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 dez. 1964, p. 15. 150 SANTOS, Demósthenes Magno. A História da Construtora Alfredo Mathias 1950-1985. 2013. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. 108 um sistema de cotas, ao todo 60.000, com a participação de 23.000 investidores151. Vale destacar que houve um grande trabalho antes da inauguração do shopping para formar um repertório para a população local sobre este tipo de empreendimento, que sucedeu as galerias, mas que até então era inédito em São Paulo. Em 27 de dezembro de 1964, Mathias anuncia a construção do Shopping Center Iguatemi152 (Figura 37) e na sequência promoveu uma série de reportagens, anúncios e notícias de cada etapa do empreendimento. Figura 38 – Você sabe o que é um shopping center? Fonte: VOCÊ, 1965, p. 15153. 151 CAMARGO, Adriana Rolim de. Continuidade e mudança em políticas urbanas: O caso da Avenida Faria Lima em São Paulo – 1968 e 1993. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2000 152 QUEM abriu esta Rua no coração da cidade tem agora um presente de Festas para São Paulo! O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 dez. 1964, p. 15. 153 VOCÊ sabe o que é um shopping center? O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 jan. 1965, p. 15 109 Ao longo de 1965, são feitas diversas publicações explicando e explicitando os principais pontos sobre o tema, como por exemplo o anúncio que perguntava “Você sabe o que é um shopping center?”154 (Figura 38), na qual explicava aos consumidores que poderiam encontrar de tudo em um só lugar, contando com a conveniência de “ruas cobertas”, estacionamento, cinema, restaurantes, teatro e playground. Aos lojistas prometia menor custo operacional, giro rápido e consumidores com alto poder aquisitivo, e que o aluguel seria uma percentagem sobre o volume de vendas; para os investidores vendia a “mais inteligente, segura e redonsa aplicação dos dias presentes”. Figura 39 – Receita para fazer um shopping center. Fonte: RECEITA, 1965, P. 31155. 154 VOCÊ sabe o que é um shopping center? O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 jan. 1965, p. 15 155 RECEITA para fazer um shopping center. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 jan. 1965, p. 31. 110 Uma “receita para fazer um shopping center”156 trazia os “ingredientes” que trariam sucesso ao empreendimento (Figura 39). Resultados de pesquisas também foram publicados, como por exemplo a matéria “Pesquisa mostra como donas de casa paulistas fazem compras”157, realizado pelo Instituto de Estudos Sociais e Econômicos, com o objetivo de atingir investidores, revelando o poder aquisitivo da população residente em uma área de influência de 15 minutos de carro em relação ao terreno proposto, ou seja, a população de Pinheiros, Jardim América, Jardim Europa, Jardim Paulistano e seus arredores. Figura 40 – Lançamento do Shopping Center Iguatemi. Fonte: LANÇADO, 1965, p. 12-13158. Em 14 de fevereiro de 1965 em um anúncio de página dupla foi feito o lançamento do Shopping Center Iguatemi (Figura 40), o shopping contaria com o seguinte programa: 50.000m² de terreno; 30.000m² de área construída; 7.000m² de amplas avenidas cobertas; 156 RECEITA para fazer um shopping center. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 jan. 1965, p. 31. 157 PESQUISA demonstra alto potencial de compra que 800 mil paulistanos têm. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 jan. 1965, p. 8. 158 LANÇADO! Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 fev. 1965, p. 12-13. 111 127 lojas famosas; gigantesco supermercado; 2 cinemas e um teatro, para 2.000 pessoas; 5 restaurantes; salões de beleza; confeitarias; casas de lanche; american-bars; playground; jardim interno; e música funcional159. Em 3 de abril de 1965 às 10 horas, foi lançada a pedra fundamental do Shopping, com a presença de autoridades e churrasco de confraternização para os representantes de venda160. Figura 41 – Fotos das obras do Shopping Center Iguatemi. Fonte: OBRA, 1965, p.4;161 ESTÁ, 1965, p. 15162. As obras aconteciam e ritmo acelerado (Figura 41) e havia a promessa de entregar o empreendimento em 18 meses. A aposta no empreendimento era tão grande que Alfredo Mathias, que em maio de 1965, anunciou que o Brasil teria uma rede de shopping centers. 159 LANÇADO! Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 fev. 1965, p. 12-13. 160 LANÇAMENTO da pedra fundamental. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 02 abr. 1965, p. 10. 161 OBRA em ritmo acelerado garante inauguração do Shopping Center Iguatemi em 18 meses. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 abr. 1965, p. 4. 162 ESTÁ crescendo a sua cidade de compras e diversões. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 out. 1965, p. 15. 112 Fato concretizado com outros empreendimentos da construtora como o Shopping Iguatemi de Salvador (1967), o Shopping Center Lapa (1968), o Shopping Center Continental (1975) e o Shopping Center Iguatemi Campinas (1980)163. Figura 42 – Anúncios apresentando a valorização do empreendimento. Fonte: SUCESSO, 1965, p. 13;164 11/8/65, 1965, p. 11; 165 OS TERRENOS, 1965, 11166. No lançamento as cotas valiam CR$ 290.000,00. Em março do mesmo ano, apenas 28 dias depois era informado que já haviam sido vendidas mais de 36.519 cotas, com um compromisso de acelerar o programa de execução das obras; em maio, 90 dias após o lançamento 91% das cotas haviam sido vendidas, agora valiam CR$ 350.000,00, ou seja, uma valorização de cerca de 20%; em agosto de 1965, as cotas eram vendidas a CR$ 450.000,00, ou seja, uma valorização de 55% em relação ao investimento inicial. Apesar do sucesso na venda de cotas, a divulgação do empreendimento não parou de ser veiculada. No dia 10 de junho o empreendimento foi apresentado simultaneamente em três canais de televisão 163 OBRA em ritmo acelerado garante inauguração do Shopping Center Iguatemi em 18 meses. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 abr. 1965, p. 4; ESTÁ crescendo a sua cidade de compras e diversões. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 out. 1965, p. 15; O BRASIL terá rede de shopping centers. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 mai. 1965, p. 5; SANTOS, Demósthenes Magno. A História da Construtora Alfredo Mathias 1950-1985. 2013. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. 164 SUCESSO Absoluto. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 mai. 1965, p. 13; 11/8/65. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 ago, 1965, p. 11. 165 11/8/65. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 ago, 1965, p. 11. 166 OS TERRENOS desta região já estão valendo mais graças ao Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 jun, 1965, p. 11. 113 simultaneamente (TV Tupi, Record e Excelsior); notícias do shopping eram publicadas periodicamente para que os cotistas pudessem acompanhar a evolução do empreendimento; e anunciou-se também uma valorização de 20% a 60% nos terrenos da área de influência do shopping (Figura 42)167. Assim como fez antes do lançamento do shopping, às vésperas da inauguração do empreendimento, em 27 de novembro de 1966, a construtora veiculou algumas matérias mostrando como a vida do paulistano iria mudar: “Paulista anda demais e cansa muito o corpo”168, “Vida fica mais fácil para o paulistano depois do dia 27”169. A partir do dia 22 de novembro publicou pequenos anúncios de cada uma das lojas que haveriam neste pioneiro empreendimento: Acapulco, Almeida & Irmão; Arvi, Assumpção Armarinho, Auto Serviço Rocar Iguatemi, Banco Commercio e Industria de São Paulo, Casa Buri, Casa Kosmos, Casa Salus-Iguatemi, Casa Sotero, Casa Valentim, Coliseu Móveis e Interiores, Corrêa, Depósito Normal, Escola Lanofix Tricotex, Farmácias e Drogaria Center Iguatemi, Foto Curt Colorprint, Fotoptica, Giuliano Jóias e Relógios, Gonçalves & Irmão, Grandela, Helfont Produtos Elétricos, Hi-Fi, Julie & Jim, Le Rideau, Lirs, Livraria Francisco Alves, Lojas Americanas, Lojas Brasília, Lojas Cerello, Lojas Clark, Mobilinea, Modas Reveillon, Monk, Móveis da Fazenda, Multisport, Novidade Fabril Tecidos, O Estado de S. Paulo, Ofner, Pão de Açúcar, Presentes Monita, Roupas AB, Sears, Sporting, Sul Americana-Iguatemi, Super Loja São Jorge, Translor, TV Regência e Ultralar170. 167 COMUNICADO. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 mar. 1965, p. 1; SUCESSO Absoluto. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 mai. 1965, p. 13; 11/8/65. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 ago, 1965, p. 11; REDE de televisão. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1965, p. 4; NOTÍCIAS do Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 out. 1965, p. 2; ESTÁ crescendo a sua cidade de compras e diversões. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 out. 1965, p. 15; NOTÍCIAS do Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 nov. 1965, p. 2; NOTÍCIAS do Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 dez. 1965, p. 2; OS TERRENOS desta região já estão valendo mais graças ao Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 jun, 1965, p. 11. 168 PAULISTA anda demais e cansa muito o corpo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 nov. 1966, p. 4. 169 VIDA fica mais fácil para o paulistano depois do dia 27. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 nov. 1966, p. 14. 170 ANÚNCIOS de lojas do Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22/11/1966, p. 6, 8, 11, 12, 14- 16; ANÚNCIOS de lojas do Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23/11/1966, p. 4, 6, 11, 12; ANÚNCIOS de lojas do Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24/11/1966, p. 8, 10, 12, 14-16, 18; ANÚNCIOS de lojas do Shopping Center Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27/11/1966, p. 23, 31, 39. 114 Figura 43 – Anúncios da Inauguração e abertura do shopping. Fonte: INAUFURA-SE, 1966, p. 11;171 GRANDE, 1966, p. 12-13172. Em 24 de novembro, a Alfredo Mathias Empreendimentos começa a publicar convites chamando os cotistas e a população de São Paulo para a inauguração do Shopping no dia 27 e sua abertura para o público no dia 28 de novembro. A inauguração aconteceu sem que a obra estivesse completamente concluída, e contou com a presença do governador Laudo Natel, do prefeito José Vicente Faria Lima, do cardeal-arcebispo de São Paulo D. Agnelo Rossi e shows com a participação de Chico Buarque de Holanda, Nara Leão, Chico Anísio, Eliana e Booker Pitman e conjunto de Caçulinha (Figura 43). Na inauguração, o shopping contava com apenas 70 das 120 lojas prometidas, o cinema Cine Center só foi inaugurado em maio de 1967, mas já contava com programação especial, como a visita do Papai Noel e pista de mini-carros. Importante notar que já nesta época o empreendimento atuou como polo gerador de tráfego, congestionando a Rua Iguatemi e fazendo com que o então prefeito, Faria Lima, determinasse a urgência em estudar a construção de vagas de estacionamento mínimas, para empreendimentos de grande porte. A previsão de faturamento era de oito bilhões de cruzeiros e segundo Camargo, muito conveniente para a Prefeitura, facilitando a arrecadação e a fiscalização, o que gerou desconfiança quando o prefeito anunciou o Projeto Iguatemi173. 171 INAUGURA-SE hoje. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 1966, p. 11 172 GRANDE venda inaugural. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 1966, p. 12-13. 173 ALFREDO Mathias Empreendimentos Convida. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 nov. 1966, p. 5; ABERTURA do Shopping Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 nov. 1966, p. 11; INAUGURA-SE hoje. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 1966, p. 11; GRANDE venda inaugural. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 1966, p. 12- 13; SHOPPING Center já funciona. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 nov. 1966, p. 13; INAUGURAM-SE novos cinemas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 mai. 1967, p. 7; PAPAI Noel já chegou. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 115 Figura 44 – Shopping Iguatemi em 1970. Fonte: Folhapress, 1970 In FOTO, 2012174. 30 nov. 1966, p. 13; A MAIS espetacular pista de mini-carros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 nov. 1966, p. 12; ACESSO ao “Shopping” em estudo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 dez. 1966, p. 13; SHOPPING Center vai faturar oito bilhões. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 1966, p. 35; CAMARGO, Adriana Rolim de. Continuidade e mudança em políticas urbanas: O caso da Avenida Faria Lima em São Paulo – 1968 e 1993. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2000. 174 FOTO acervo: Acervo Zona Oeste. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 set. 2012. Disponível em: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/10269-acervo-zona-oeste, acesso 07 set. 2017. 116 2.5. O Projeto Iguatemi O Projeto Iguatemi foi um polêmico plano para o prolongamento e alargamento da Rua Iguatemi. Em 10 de novembro de 1967, o prefeito Faria Lima apresentou para a Câmara Municipal um projeto que pretendia ligar Pinheiros ao Brooklin por uma via de 5km de extensão por no mínimo 40m de largura. A via teria início na Praça Roquete Pinto e iria até a avenida do Córrego da Traição, que na época era próxima às vias Texas e Guaraiuva, apropriando-se da Rua Iguatemi. Previa também que todos os cruzamentos desta via com outras vias importantes fossem feitos em desnível e após o alargamento das vias recuos mínimos de 6m deveriam ser respeitados175. Para a execução deste projeto seriam necessárias várias desapropriações176. Figura 45 – Trecho norte do Projeto Iguatemi em 1967177. Em pouco tempo as primeiras questões sobre o projeto começaram a ser levantadas, com objeções ao alargamento da Rua Iguatemi, uma vez que esta estava a menos de 800m da Marginal Pinheiros que estava em construção. Eduardo de Souza Queiroz, vereador nesta época, indicava o Shopping Iguatemi exercia pressão para que fosse feito o alargamento da via, e segundo Francisco Moraes a falta de critérios para o projeto gerou mal-estar e insegurança para todos da região afetada, além da constatação de que haveria a destruição parcial da área de comercial dos bairros atingidos pelo projeto178. 175 VIA de 5km vai ligar Pinheiros ao Brooklin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 nov. 1967, p. 12. 176 AVENINDA na Zona Sul exige desapropriações. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 nov. 1967, p. 28. 177 ZMITROWICZ, Witold; BORGHETTI, Geraldo. Avenidas 1950-2000: 50 anos de Planejamento da Cidade de São Paulo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009. 178 EDIS levantam séria dúvidas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 dez. 1967, p. 11. 117 Em 12 dezembro, 14 vereadores e 50 munícipes debateram a questão com o Secretário de Obras José Melches, que argumentou a favor do projeto. O vereador Scalamandré Sobrinho “criticou certas modificações de projetos que ultimamente têm sido feitas de maneira intempestiva e abrupta” e classificou o projeto como “desumano e anti- social”. O vereador Eduardo de Souza Queiroz considerou o projeto “oneroso e desnecessário”179. Melches, em defesa do projeto apontou que “o aspecto considerado ‘anti-social’ das desapropriações” era em prol do interesse maior da coletividade, e contra-argumentou que a Marginal Pinheiros não seria a solução do problema viário da região dando como exemplo “que se esse argumento fosse válido, não teríamos hoje a 9 de Julho, paralela à 23 de Maio e à Brigadeiro Luiz Antonio”, em resposta à crítica sobre um edifício de 5 andares na Rua João Teodoro, aprovado há cerca de 1 ano e em fase de conclusão de obra que deveria ser demolido, usou como exemplo outro edifício de 10 andares na Rua Jaceguai que foi demolido para a construção da radial Leste-Oeste180. Chegou a ser aprovado pela Câmara Municipal um requerimento que pedia a prorrogação do prazo para a votação do projeto181, porém o requerimento foi negado pelo prefeito Faria Lima, sob a alegação de que “o plano havia sido precedido de acurados estudos pelos órgãos técnicos”182. O vereador João Carlos Meirelles “comunicou que o prefeito não concederia a prorrogação e tampouco modificaria o projeto”183. O projeto em questão, passou por manobras políticas, dentre elas a ausência de quórum para a discussão do projeto, vereadores favoráveis ao prefeito respondiam sua presença e em seguida deixavam o plenário quando o tema entrava em pauta184. O prazo para a aprovação do projeto expirou em 20 de dezembro de 1967, curiosamente neste dia todos os taquígrafos faltaram aos seus expedientes, sob comentários de que estariam em greve por melhores salários, porém as faltas seriam justificadas por atestados médicos, 179 PROJETO de avenida é criticado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 dez. 1967, p. 17. 180 PROJETO de avenida é criticado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 dez. 1967, p. 17. 181 EDIS solicitam prazo a Faria. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 dez. 1967, p. 17. 182 AGITAÇÃO marca projeto Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 dez. 1967, p. 1. 183 NOVAS reações contra o projeto Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 dez. 1967, p. 23. 184 NOVAS reações contra o projeto Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 dez. 1967, p. 23. 118 descaracterizando a greve. Como esperado pela oposição não houve quórum na seção e o projeto foi aprovado por decurso de prazo185. Após a aprovação do projeto a população de Pinheiros “rompeu a barreira do silêncio” e o “bairro ferveu”. A Associação Comercial que tentava organizar a situação não conseguiu conter a população, que circulava pelo bairro com manifestos. A revolta era principalmente contra os vereadores, considerados omissos na questão. Para os moradores a proximidade da via proposta com outras duas que já estavam em obras, a Marginal Pinheiros e a Pedroso Alvarenga, era a prova cabal de que haviam motivações obscuras por trás deste projeto. Segundo a reportagem do Estado de S. Paulo186, havia um projeto anterior, proposto por Prestes Maia (Lei 5.899/1961), considerando o alargamento da via em 5m de cada lado, já o projeto de Faria Lima trazia uma proposta muito mais arrojada, alargar a via para 40 a 50, principalmente em um dos lados da via. A pressa pelas obras e o novo traçado fizeram com que se chegasse ao entendimento de “que o prefeito quer uma avenida política”. Figura 46 – Mercado Caipira [190-] e Cooperativa Agrícola de Cotia, [192-?]. Fonte: Raul Goldschmidt [190-]187; LARGO, 2014188. Haviam outros estranhamentos que se davam por conta do traçado proposto, que continha curvas que preservavam determinados imóveis em detrimento a outros, como é o caso da Cooperativa Agrícola de Cotia em detrimento à demolição do Mercado de 185 AGITAÇÃO marca projeto Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 dez. 1967, p. 1. 186 PROJETO Iguatemi revolta Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 dez. 1967, p. 14. 187 FOTOS guardam a história de Pinheiros para o Futuro. Gazeta de Pinheiros, São Paulo, 17 ago. 2012. Disponível em: http://www.gazetadepinheiros.com.br/cidades/fotos-guardam-a-historia-de-pinheiros-para-o-futuro-17-08- 2012-htm, acesso 21 jul. 2017. 188 LARGO da Batata: ponto histórico do bairro de Pinheiros. São Paulo, São Paulo, 24 fev. 2014. Disponível em: http://www.saopaulo.com.br/largo-da-batata/, acesso 21 jul. 2017. 119 Pinheiros, inaugurado em 10 de agosto de 1910 originado a partir do Mercado dos Caipiras, utilizado pelos comerciantes e produtores do interior de São Paulo189. Figura 47 – A Rua Iguatemi antes das obras. Fonte: PROJETO, 1967, p. 14 190; PINHEIROS, 1968, p. 18191. Reuniões foram convocadas e o Diretor da Divisão de Urbanismo da Prefeitura Geraldo Borghetti chegou a comparecer a uma delas, não respondendo claramente às questões levantadas. Houve uma série de divagações sobre alternativas ao projeto, como preparar vias que já faziam a ligação como a Marginal para um fluxo de tráfego maior, entre elas as Ruas Sumidouro, Butantã, Paes Leme, Rebouças e Campo Verde; o desvio dos caminhões através da Ponte da Cidade Universitária já havia ajudado bastante a desafogar o tráfego da Iguatemi; e também se pedia que caso o projeto fosse a diante, que houvesse a oportunidade de que os afetados tivessem tempo de se reestabelecer em outros locais e não sofressem tanto com os impactos da obra192, uma vez que projetos deste porte 189 PROJETO Iguatemi revolta Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 dez. 1967, p. 14; MERCADO Municipal de Pinheiros. Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo, São Paulo, [200-?]. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/trabalho/abastecimento/mercados_municipais_e_sacoloes/u nidades/mercados/index.php?p=11641, acesso 21 jul. 2017. 190 PROJETO Iguatemi revolta Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 dez. 1967, p. 14. 191 PINHEIROS lamenta a Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo 19 set. 1968, p. 18. 192 PROJETO Iguatemi revolta Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 dez. 1967, p. 14. 120 costumavam ser tratados com bastante antecedência, evitando aprovações de novas construções que seriam demolidas logo em seguida, o que afetava principalmente a coasse média, pois a cia apesar se ter um crescente número de estabelecimentos comerciais ainda era predominantemente residencial (Figura 47)193. Surgiram também suposições de que o Shopping Center Iguatemi, poderia ter tido informações privilegiadas, uma vez que foi construído no meio do terreno, não correndo o risco de ser demolido (Figura 48)194. Figura 48 – Rua Iguatemi em frete ao Shopping Center Iguatemi. Fonte: Folhapress, 1967 In FOTO, 2011195. No entanto, para iniciar as obras na via ainda era necessário sancionar a lei e completar o levantamento cadastral da área atingida pelo projeto para promover as desapropriações196. Houve a articulação de comerciantes e moradores que constituíram um comitê para “lutar contra as desapropriações”197, parte dos moradores e comerciantes procuraram os advogados Vicente Rao e Alfredo Buzaid, para defender seus interesses, outra parte queria um entendimento amigável, porém poucos consideravam que o prefeito poderia mudar de opinião. Uma das maiores divergências entre as partes era o valor a ser pago pelas indenizações, uma prática comum para driblar os valores dos impostos era 193 O CASO da Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 dez. 1967, p. 3. 194 PROJETO Iguatemi revolta Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 dez. 1967, p. 14. 195 FOTO São Paulo: Faria Lima – Pinheiros. Folha de São Paulo, São Paulo, 04 nov. 2011. Disponível em: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/11162-faria-lima-pinheiros, acesso 06 set. 2017. 196 PROJETO Iguatemi revolta Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 dez. 1967, p. 14. 197 PINHEIROS luta contra a via. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 dez. 1967, p. 13. 121 deixá-los com um valor venal bem abaixo do valor real do imóvel, no entanto na hora de uma desapropriação a prefeitura usaria o valor venal e especulava-se que este seria cerca de 10% do valor real dos imóveis198. Na época, buscou-se todos os recursos que pudessem alterar o projeto ou a decisão, entre eles, uma cláusula contida na escritura do Mercado de Pinheiros (Figura 49), a área com cerca de 5.000m² doada por Pedro Cristi ao município, previa que nesta área poderia ser construído somente um entreposto, caso contrário a área seria revertida à família do doador199, fato desmentido pela prefeitura que informou não haver condições associadas à doação200. Figura 49 – Mercado de Pinheiros, 1967. Fonte: PINHEIROS, 1967, p. 12201. As manifestações contra continuavam dentre eles um cortejo fúnebre para o “enterro” simbólico do prefeito Faria Lima, caso o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) autorizasse. A ideia dos partiu dos desapropriados da rua Texas, com adeptos da 198 PINHEIROS luta contra a via. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 dez. 1967, p. 13. 199 PINHEIROS tem trunfo: o Mercado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 dez. 1967, p. 12. 200 SANCIONADO o projeto Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 jan. 1968, p. 1. 201 PINHEIROS tem trunfo: o Mercado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 dez. 1967, p. 12. 122 Rua Iguatemi, Mercado de Pinheiros e moradores e comerciantes afetados por obras de outras regiões da cidade, tais como a Consolação, Paulista, Rua Minas Gerais, Dr. Arnaldo, Bresser e Pedroso de Morais. A adesão ao movimento foi tão grande que especulava-se fazer o enterro no Vale do Anhangabaú202. Havia também quem defendesse o prefeito, como era o caso do Clube de Lojistas do Shopping Center Iguatemi, que apoiavam o alargamento da via, alegando que o prejuízo era de uma minoria em face aos benefícios da coletividade, e rebatendo as especulações sobre o shopping ter informações privilegiadas sobre o alargamento da via, argumentaram que se “houvesse certeza absoluta do alargamento da Iguatemi, o posto de gasolina teria sido construído mais recuado, pois há terreno suficiente para isso”203. Em 3 de janeiro de 1968, a lei 7.104 foi promulgada, aprovando o “Plano de melhoramentos nos 45º, 20º, 28º e 30º subdistritos – Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulista e Ibirapuera, respectivamente”, com a seguinte redação: Art. 1º De acordo com as plantas anexas nºs 23.382, 23.383 e 33.384-I-540, do arquivo do Departamento de Urbanismo, rubricadas pelo Presidente da Câmara e pelo Prefeito como partes integrantes desta lei, fica aprovado plano de melhoramentos, nos 45º, 20º, 28º e 30º subdistritos - Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulista e Ibirapuera, respectivamente, compreendendo: I - alargamento da Rua Pedroso de Morais, entre as Praças Roquete Pinto e Professor Resende Puech, com largura variável de 40,00 e 50,00 metros, e concordância de alinhamentos com as vias transversais; II - alargamento da Rua Coropés, entre a Praça Professor Resende Puech e a Rua Miguel Isasa, com largura de 40,00 metros, e concordância de alinhamento com a Rua Pedroso de Morais; III - alargamento da Rua Miguel Isasa, entre as Ruas Coropés e Cardeal Arcoverde, com largura mínima de 40,00 metros, e respectivas concordâncias de alinhamentos com as vias transversais; IV - alargamento da Rua Martins Garcia, entre as Ruas Cardeal Arcoverde e Teodoro Sampaio, com largura de 40,00 metros, e concordância de alinhamentos com estas últimas; V - abertura de via, entre as Ruas Teodoro Sampaio e de Pinheiros, com 40,00 metros de largura, e concordância de alinhamentos com estas últimas; VI - alargamento da Rua Iguatemi, entre as Ruas de Pinheiros e Iraci, com 50,00 metros de largura; entre as Ruas Iraci e Tucumã, com 40,00 metros de largura; e entre esta última via e a Rua Jorge Coelho, com largura mínima de 50,00 metros; bem assim, respectivas concordâncias de alinhamentos com as vias transversais. VII - abertura de via, entre a Rua Jorge Coelho e a confluência das Ruas Gomes de Carvalho e Ribeirão Claro - incorporando o leito da Rua Sertãozinho com largura variável de 40,00 a 50,00 metros, e respectivas concordâncias de alinhamentos com as vias transversais; 202 DESAPROPRIADOS farão “enterro”. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 dez. 1967, p. 13. 203 LOJISTAS defendem o prefeito. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 jan. 1968, p. 9. 123 VIII - alargamento da Rua Ribeirão Claro, entre a Rua Gomes de Carvalho e a praça de que trata o item seguinte, com largura mínima de 50,00 metros, e concordância de alinhamentos com as Ruas Gomes de Carvalho, Alvorada e vias transversais; IX - formação de praça na área compreendida pela avenida ao longo do Córrego da Traição aprovada pela Lei nº 5771, de 21 de dezembro de 1960 Ruas Ribeirão do Vale, Texas e Guaraiuva, incorporando o leito da Rua Grama e trecho do da Rua Brejo Alegre; X - concordância de alinhamentos da praça de que trata o item anterior com a citada avenida ao longo do Córrego da Traição; XI - modificação de alinhamento das Ruas Ribeirão do Vale e Guaraiuva, entre as Ruas Kansas e Texas, e respectiva concordância com os desta última via; XII - formação de áreas ajardinadas junto às Ruas Cunha Gago, Cardeal Arcoverde, Martim Carrasco, confluência das Ruas Pinheiros e Teodoro Sampaio, Jorge Coelho e confluência das Ruas Casa do Ator e Ribeirão Claro; XIII - supressão da via cuja abertura foi aprovada pela Lei nº 5860, de 12 de novembro de 1961, entre as Ruas Fernão Dias e Miguel Isasa. Art. 2º Ficam sujeitas a afastamento mínimo de 6,00 metros, em relação aos alinhamentos da via estabelecida pela presente lei, as construções, reconstruções ou reformas que se fizerem na mesma ou em suas transversais. Art. 3º Os imóveis atingidos pelo plano ora aprovado serão declarados de utilidade pública, oportunamente, para efeito de desapropriação. [...]204 Após a aprovação da lei a Associação Comercial de Pinheiros declarou que somente poderia promover a troca de ideias entre as partes interessadas, os comerciantes possuíam diversas incertezas quanto aos pontos atingidos e às verbas necessárias para as indenizações205. Uma ação popular contra a prefeitura foi uma das formas dos afetados tentarem se defender, dentre eles o engenheiro agrônomo Antonio Queiroz do Amaral que enfatizou que a “ação popular é o único instrumento de que a população dispõe para se defender das tendências ditatoriais e das várias formas de abuso do poder”206. Segundo os advogados da ação, Vicente Rao e Frederico Marques, esperava-se que as ações de desapropriação fossem para o Fórum em junho e que houvesse um parecer favorável aos requerentes, pois a obra não era “inarredável”, por conta da construção da Marginal do Rio Pinheiros e de prejuízos aos munícipes e ao erário municipal207. Em setembro a Associação Comercial de São Paulo solicitou que a posse das desapropriações fosse adiada, pois as lojas queriam ficar até o fim do ano na via, a fim de minimizar seus prejuízos208, porém o prefeito não atendeu à solicitação alegando que as justificativas eram as mesmas 204 SÃO PAULO (SP). Lei 7.104, de 3 de janeiro de 1968. Aprova plano de melhoramentos nos 45º, 20º, 28º e 30º subdistritos - Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulista e Ibirapuera, respectivamente. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L7104.pdf, acesso 30 abr 2017. 205 PINHEIROS na expectativa. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 jan. 1968, p. 14. 206 PINHEIROS pretende um projeto humano. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 31 jan. 1968, p. 12. 207 IGUATEMI. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 mai. 1968, p. 12. 208 LOJAS querem ficar até o fim do ano. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 set. 1968, p. 16. 124 de outras regiões, como a Consolação e Radial Leste-Oeste, informando que o secretário de obras estava analisando o caso209. Segundo Jorge Nahas Siufi, superintendente da Associação Comercial de Pinheiros, as primeiras notificações de mudança começaram a chegar em 2 agosto de 1968, com prazo de apenas 10 dias para a desocupação dos imóveis210. A partir de 1969, os comerciantes do Mercado de Pinheiros começaram a migrar para a CEASA (Central Estadual de Abastecimento)211. Em abril de 1969, durante o golpe militar, Paulo Salim Maluf assume a prefeitura de São Paulo212. Novos projetos de lei com grandes obras continuavam a ser enviados pelo prefeito à Câmara Municipal, dentre eles um para o alargamento da Avenida Santo Amaro, junto a este projeto foi encaminhada uma alteração no Projeto Iguatemi, suprimindo um trecho de uma praça junto às ruas Guaraiúva, Texas e Ribeiro do Vale, sob a alegação de que era desnecessário o entrosamento viário entre os sistemas Iguatemi e Traição213. As obras que tinham a previsão de entregar o primeiro trecho entre as Avenidas Rebouças e Cidade Jardim no final de 1968214 estavam atrasadas, havia esgoto a céu aberto, vias bloqueadas e congestionamentos, faltava integração entre os diversos projetos de infraestrutura e Pinheiros era “um bairro arrasado pelas obras”215. Apesar da diminuição do ritmo das obras216, a prefeitura continuava anunciando novas obras. Em junho de 1969, foi anunciada a obra de um viaduto no cruzamento da Avenida Rebouças com a Rua Iguatemi217. 209 PREFEITO não adia Projeto Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 set. 1968, p. 13. 210 PINHEIROS lamenta a Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 set. 1968, p. 18. 211 ATÉ que um dia o cemitério morreu. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 mar. 1969, p. 14. 212 VEJA a lista de prefeitos da cidade de São Paulo. O Estado de S. Paulo, 02 out. 2016. Disponível em: http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,veja-a-lista-de-prefeitos-da-cidade-de-sao-paulo,12511,0.htm, acesso 26 jul. 2017. 213 SANTO Amaro será alargada. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 jun. 1969, p. 18. 214 PINHEIROS lamenta a Iguatemi. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 set. 1968, p. 18. 215 UM BAIRRO arrasado pelas obras. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 mai. 1969, p. 14. 216 O QUE mudou nas obras? O ritmo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 jun. 1969, p. 14. 217 PREFEITO anuncia dezenas de obras. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 jun. 1969, p. 12. 125 Figura 50 – Delimitação da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2019. O Brigadeiro Faria Lima, morre em 4 de setembro de 1969, no dia seguinte à sua morte Maluf encaminhou a Câmara Municipal um projeto de Lei para alterar o nome da Nova Iguatemi para Avenida Brigadeiro Faria Lima, em 2 de outubro de 1969 a lei 7.367 autorizou a alteração de nome da Rua Iguatemi e em 16 de março de 1970 o decreto 8.716 oficializou a denominação e delimitou a Avenida Faria Lima (a partir da Rua Teodoro Sampaio até a Rua Jerônimo da Veiga e futuro prolongamento até o Córrego da Traição – Avenida Bandeirantes) e a Rua Iguatemi (entre as ruas Joaquim Floriano e Jerônimo da Veiga) (Figura 50). Um primeiro trecho da Faria Lima entre a Rua Tucuman e Avenida Cidade Jardim foi entregue em dezembro de 1969218, ainda sem iluminação, inaugurada somente em 25 de janeiro do ano seguinte219. Somente em 28 de março de 1970 José Eduardo, filho do Brigadeiro Faria Lima, inaugura a obra parcial da Avenida Brigadeiro Faria Lima220. Figura 51 – Obras da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: Acervo UH / Folhapress, 1970? In FOTO, 2011221. 218 AVENIDA Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 dez. 1969m p. 13. 219 S. PAULO comemora seu 416º aniversário com a conclusão de novas obras públicas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 jan. 1970, p. 14. 220 INAUGURAÇÃO acaba, começam os buracos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 abr. 1970. 221 FOTO São Paulo: Faria Lima – Pinheiros. Folha de São Paulo, São Paulo, 04 nov. 2011. Disponível em: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/11162-faria-lima-pinheiros, acesso 06 set. 2017. 126 Figura 52 – Obras da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: Acervo UH / Folhapress, 1970? In FOTO, 2011222. Figura 53 – Obras da Avenida Brigadeiro Faria Lima, vista a partir da Avenida Cidade Jardim, sentido Rebouças. A esquerda a Esporte Clube Pinheiros e o Shopping Iguatemi. Fonte: Autor não identificado, 1969?223. 222 FOTO São Paulo: Faria Lima – Pinheiros. Folha de São Paulo, São Paulo, 04 nov. 2011. Disponível em: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/11162-faria-lima-pinheiros, acesso 06 set. 2017. 223 MACHADO, Maíra Corrêa. Avenida Brigadeiro Faria Lima Faria Lima. Pinterest, São Paulo 2o1-. Disponível em https://br.pinterest.com/pin/311452130458190336/, acesso 10/09/2017. 127 3. A ‘velha’ Faria Lima (1970-1995) 128 129 Após a inauguração do trecho da Avenida Brigadeiro Faria Lima, entre as Ruas Teodoro Sampaio e Jerônimo da Veiga, desencadeou-se o processo de verticalização da via, que ao final da década de 1960 era incipiente. Construtoras como a Construtora Adolpho Lindenberg (CAL) e Gomes de Almeida Fernandes, lançaram diversos empreendimentos, anunciando que a avenida Faia Lima seria o “amanhã” da cidade de São Paulo, reforçando esta que seria a construção da nova centralidade de cidade (Figura 54). Figura 54 – Publicidade do Edifício Novo São Paulo, enfatizando a Avenida Faria Lima como uma centralidade do amanhã. Fonte: ONTEM, 1971, p. 7224. 224 ONTEM Centro, hoje Av. Paulista, Amanhã Av. Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo 07 mar. 1971, p. 7. 130 Figura 55 – Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: EMPLASA, 1974, destaque nosso. 131 Dando prosseguimento ao Projeto Iguatemi, em janeiro de 1972, foi autorizada a abertura de mais um trecho da Avenida Brigadeiro Faria Lima, com cerca de 200m, entre as Ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde, pelo Prefeito Figueiredo Ferraz225. Neste mesmo ano, as obras de prolongamento da Faria Lima, deixaram de ser prioridade, e Figueiredo Ferraz anunciou que as desapropriações para o prolongamento começariam a ser feitas a partir de 1974 e sempre que possível com acordos amigáveis entre as partes226. Até então, vários expropriados enfrentavam problemas com as indenizações e apesar das declarações do prefeito, o discurso que se configurava através de funcionários da prefeitura efetivamente era outro, como podemos verificar em notícias da época, como por exemplo a resposta de Décio Malluf, que era assistente do diretor do Departamento de Cadastros de Avaliações e Taxa de Melhoria: “Para nós [a Prefeitura] tanto faz; não temos nada a perder. Mas quem recorrer à Justiça vai se estrepar”227; ou da assistente administrativa Alaide Mendonça, quando um dos afetados queria que fosse estudado um novo acordo: “Isto é uma oferta da Prefeitura. Não há contra-oferta: você aceita ou não. Se aceitar, dentro de 120 dias receberá seu dinheiro. Se não aceitar poderá recorrer à Justiça. Você tem sete dias para decidir.” 228 Em 1973, as demolições avançaram em direção ao Largo da Batata229. Ao longo da década de 1970, a Avenida Brigadeiro Faria Lima se configurou como um novo polo de progresso e já era possível perceber de maneira clara três etapas na transformação da avenida: a primeira ainda como a estreita Rua Iguatemi e suas chácaras no que ainda era a zona rural da cidade; a segunda quando as chácaras começam a dar espaço a residências e a um comércio local; e a terceira etapa com seu primeiro trecho de alargamento concluído e a partir de agora com uma ocupação comercial, especialmente de edifícios de escritórios. Este movimento também se deve à ocupação da Avenida Paulista, pois como os terrenos tornaram-se escassos naquela região, as classes mais abastadas começaram a seguir sentido sudoeste da cidade, como pode-se verificar pela Rua Augusta e os loteamentos da Companhia City que iam em direção à Marginal Pinheiros. O 225 AVENIDA Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08 jan. 1972, p. 13. 226 VIA expressa poderá mudar. O Estado de S. Paulo, São Paulo 01 jul. 1972, p. 60. 227 IMPOSTA indenização para o desapropriado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 jul. 1972, p. 20. 228 IMPOSTA indenização para o desapropriado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 jul. 1972, p. 20. 229 AVENIDA Faria Lima fica maior. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 abr. 1973, p. 26. 132 crescimento no vetor sudoeste, fez com houvesse uma enorme valorização nos terrenos, como por exemplo o caso do Shopping Iguatemi, que segundo Jorge Mathias, o terreno que custava 60 cruzeiros por metro quadrado, em 1973 já custava 8.000230. O perfil da via começa a ser remodelado, muitos empreendimentos são lançados, são cada vez mais sofisticados. Seguindo a tendência que a via já apresentava para o comércio de luxo, este agora é efetivamente consolidado e reconhecido pela população231. O Mercado de Pinheiros, foi transferido para um novo endereço próximo ao antigo que ficava na Rua Teodoro Sampaio em frente à Faria Lima232 e o Museu da Casa Brasileira se muda da Alameda Nothmann para o Solar Fábio Prado233. A primeira lei de parcelamento, uso e ocupação do solo foi aprovada em 1972 e até o final de sua vigência passou por inúmeras alterações. Figura 56 – Avenida Brigadeiro Faria Lima em 1987. Fonte: André Douek In PROJETO, 1987, p. 10.234 Os empreendimentos que vinham sendo construídos a todo vapor na década de 1970, passaram a ter uma velocidade muito mais lenta na década de 1980. A cidade apresentava um excedente de 224 mil metros quadrados de estoque de escritórios, porém a Avenida 230 CUNHA, Eduardo Brito da. Iguatemi, o novo pólo do progresso. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 nov. 1973, p. 58. 231 PARA cada compra uma rua da cidade. O Estado de Sâo Paulo, São Paulo, 19 abr. 1972, p. 21. 232 MERCADO de Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 mar. 1971, p. 10; PINHEIROS inaugura novo mercado amanhã. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 mai. 1971, p. 22. 233 MUSEU agora pode cresce. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 jan. 1972. 234 PROJETO da avenida ainda no papel. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 jun. 1987, p. 10 133 Brigadeiro Faria Lima, ainda apresentava uma grande demanda, segundo a Richard Ellis, o cruzamento da Faria Lima com a Rebouças já tinha os preços mais altos da cidade e a região tinha uma demanda de 30 mil m², com a previsão de esgotamento do estoque disponível em dois anos e na sequência um novo aumento de preços235. A procura por edifícios de escritórios começa a mudar de perfil, os edifícios que se instalaram na década de 1970 na Faria Lima em grande parte eram de conjuntos de escritórios (Office) e agora a procura por lajes maiores aumenta (Corporate). Além de se detectar problemas com a infraestrutura da Faria Lima, como por exemplo a falta de linhas telefônicas na região236, nesta década a construção de novos empreendimentos se concentrou na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e Marginal Pinheiros, avançando para o vetor sudoeste da cidade237. Figura 57 – O avanço do vetor sudoeste. Fonte: VUCOVIX, 1988, p. 70.238 Nesta época, diversos melhoramentos foram anunciados para a região, entre eles o Terminal de ônibus de Pinheiros, no Largo da Batata239; novas linhas de ônibus, micro- ônibus e trólebus240; obras de coletores nas imediações do Shopping Center Iguatemi e 235IMÓVEIS comerciais têm excedente de 224 mil m². O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 out. 1983, p. 33. 236 ESCRITÓRIOS buscam mais espaço e nova concepção. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 mai. 1982, p. 58. 237 VUCOVIX, Irene. Empresários descobrem a marginal. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 jun. 1988, p. 70; GÉIA, Ana Maria. Bancos também migram para a Marginal. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 set. 1989, p. 90. 238 VUCOVIX, Irene. Empresários descobrem a marginal. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 jun. 1988, p. 70. 239 PINHEIROS terá terminal. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 set. 1980, p. 15. 240 S. PAULO tem amanhã linha de micro-ônibus. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 set. 1980, p. 64; PASSE é livre hoje nos micro-ônibus dos Jardins. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 set. 1981, p. 16; TRÓLEBUS recebe verba de 134 Esporte Clube Pinheiros, com um minishield241; foi inaugurada uma cabine de informações turísticas242; um túnel (Túnel Sebastião Camargo) sob o Rio Pinheiros em continuação a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek; uma garagem subterrânea foi anunciada, porém nunca foi entregue243; outra obra não executada foi um monotrilho, que ligaria Pinheiros a Vila Mariana, este deveria ter seu início no Largo da Batata, passando pela Faria Lima, Parque do Ibirapuera e chegando ao metrô Vila Mariana (Figura 58)244. Figura 58 – Monotrilho de Pinheiros à Vila Mariana. Fonte: MONOTRILHO, 1986, p. 48245. Em 1987, é anunciado o prolongamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima até a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, já previsto no Projeto Iguatemi, que passou a chamar Projeto Boulevard Zona Sul246. Neste mesmo ano se iniciou o cadastramento da população que vivia na favela juntos a Juscelino Kubitschek (Figura 59), esta população seria removida para casas construídas pela COHAB em Itaquera e Campo Limpo, ou seja, seria deslocada para uma região mais periférica da cidade, com menor qualidade na infraestrutura247. Cr$ 100 milhões para segunda fase. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 dez. 1981, p. 34; OUTRA linha de trólebus circula nesta 6ª feira. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 dez. 1982, p. 14. 241 MINISHIELD parte para a fase final do novo coletor. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 01 out. 1981, p. 62. 242 CABINA de informações turísticas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 abr. 1984, p. 44. 243 GARAGEM subterrânea. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 jun. 1983, p. 14; GARAGENS: tumulto e decisão demora. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 fev. 1987, p. 12. 244 PINHEIROS à Vila Mariana, no monotrilho. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 mar. 1986, p. 1; MONOTRILHO vai ligar Pinheiros à Vila Mariana. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 mar. 1986, p. 48; RAMOS, Luiz Carlos. Seattle, o velho monotrilho sem demagogia. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 jul. 1986, p. 70. 245 MONOTRILHO vai ligar Pinheiros à Vila Mariana. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 mar. 1986, p. 48. 246 PROJETO da avenida ainda no papel. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 jun. 1987, p. 10; PREFEITURA prolongará avenida Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 jul. 1987, p. 9; PROJETO para a Faria Lima está em estudo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 ago. 1987, p. 8. 247 COM MEDO, favelados esperam a remoção. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 nov. 1987, p. 48; Prefeitura fica com área da Juscelino. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 abr. 1988, p. 10; MAIS cem vão sair da favela. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 mai. 1988, p. 14. 135 Também houve a retirada de ambulantes que comercializavam suas mercadorias as cercanias da Rua Teodoro Sampaio e do Largo da Batata248. Figura 59 – Favela junto à Avenida Juscelino Kubitschek. Fonte: COM MEDO, 1987, p. 48249. Começam a ser noticiados assaltos a bancos, tiroteios e sequestros, com consequente percepção de aumentou da insegurança na região250. Os shoppings passaram a ser uma opção de lazer com segurança251. Trânsito caótico e acidentes eram frequentes e o cruzamento das Avenidas Faria Lima com a Rebouças já era considerado um dos mais perigosos da cidade252. Em 1990, a prefeitura anuncia 50 obras para a região de Pinheiros, dentre elas o prolongamento da Faria Lima253. Em 1993, a especulação imobiliária se intensifica na região do Itaim e do Brooklin, devido ao anúncio feito pelo prefeito Paulo Maluf, sobre a continuidade das obras254, em fevereiro deste mesmo ano, técnicos da prefeitura fizeram levantamentos demarcações na Vila Olímpia, deixando os morados apreensivos, pois ainda não haviam recebido comunicações sobre o tema. As obras da via sempre foram polêmicas, muitas vezes conduzidas de maneira autoritária e sem a participação dos moradores locais, que se organizaram em uma comissão para tentar minimizar a quantidade de 248 PINHEIROS tira os ambulantes. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 04 jun. 1988, p. 12. 249 COM MEDO, favelados esperam a remoção. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 nov. 1987, p. 48. 250 LADRÕES levam Cr$ 3 milhões de banco. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 fev. 1982, p. 15; QUATRO assaltos a bancos, 1 morto. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 set. 1983, p. 12; BANCOS assaltados. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 set. 1983, p. 16. ITAIM-BIBI, um bairro com medo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 31 jan. 1984, p. 16. PM vai aos Jardins e evita mais um assalto. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 fev. 1984, p. 15; ATAQUE a cofres. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 jan. 1986, p. 10; CAOS no trânsito do corredor. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 jun. 1987, p. 12; TIROTEIO e morte na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 jun. 1987, p. 14; EXECUTIVOS: como não ser sequestrado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 jul. 1987, p. 75. 251 ROMANO, Célia. Shoppings, invadindo a cidade. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 ago. 1987, p. 24. 252 EM São Paulo, o mais elevado índice do Brasil. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 jun. 1984, p. 24; TRÂMSOTO, um problema que atormenta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 mar. 1987, p. 30. 253 PREFEITURA de SP faz obras em Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 1990, p. 78. 254 ESPECULAÇÃO Imobiliária. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 fev. 1993, p. 10. 136 desapropriações. Segundo Jamile Jabali Corradi, comerciante da região “Todos os moradores estão inquietos. Esta obra será um empreendimento muito grande e não pode ficar apenas nas mãos da Prefeitura e das empreiteiras”255, ao passo que Reynaldo Barros, secretário da prefeitura argumentava que a lei era de 1968 e que não havia razão para protestos, pois “Os proprietários já sabiam que uma hora ou outra seriam desapropriados”256. Figura 60 – Esquema do traçado previsto para o prolongamento da Av. Brig. Faria Lima. Fonte: FOLGATO, 1993, p. 24257. Devido aos protestos Maluf recuou e determinou que arquiteto Júlio Neves que revisse o projeto no trecho entre a Juscelino Kubitschek e a Berrini, com a finalidade de diminuir o número de desapropriações258. O projeto dividiu a opinião de especialistas (Figura 60). o Professor José Cláudio Gomes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU USP) destacou que outras obras mais importantes em áreas carentes estavam sendo deixadas de lado priorizando o vetor sudoeste que já era mais privilegiado; o Professor Nestor Goulart Reis Filho, FAU USP, não era totalmente contrário às obras, ressaltou que Pinheiros já tinha um perfil heterogêneo , mas que haveriam mais complicações na Vila Olímpia que tinha um perfil predominantemente 255 DEMARCAÇÕES assustam vizinhos da Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 fev. 1993, p. 21. 256 Ibid. 257 FOLGATO, Marisa. Especialistas criticam obras em Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 mar. 1993, p. 24. 258 LANCHA, Fernando. Maluf recua e manda rever projeto de desapropriações na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 mar. 1993, p. 15. 137 residencial. O Professor Benedito Lima de Toledo, ressaltava que era “preciso pensar em alternativas e em obras completas”259. Paulo Maluf, ainda em 1993, vai ao encontro de Edward Koch, ex-prefeito de Nova York por três mandatos, usando esta visita para anunciar a proposta de lançar um “Bônus de Valor Agregado” para permitir que obras como o prolongamento da Faria Lima, pudesse ser feito em sociedade com o setor privado. Koch, demonstrou seu apoio ao dizer que o mesmo foi feito em Nova York, só que em menor escala, que os projetos eram analisados caso a caso antes de sua aprovação, e que a cidade saiu da falência nos anos 1970 com a “concessão de isenções fiscais a empreiteiras, multiplicação dos impostos e redução de benefícios sociais e ensino gratuito”260, no entanto uma das lições aprendidas por Koch em seus mandatos era não gastar o que não tem, Maluf, por sua vez anunciou que as vezes era importante fazer dívidas para financiar projetos. Figura 61 – Projeto para a Nova Faria Lima com seus prolongamentos e demarcação de áreas que seriam desapropriadas. Fonte: NOVO, 1993, p. 99261. Em julho de 1993, o projeto para a Nova Faria Lima foi simplificado (Figura 62), sendo excluída a interligação com a Berrini, que teria início junto à Avenida Hélio Pellegrino, sendo proposto um desvio para o que hoje é a Rua Olimpíadas. Nesta versão do projeto as desapropriações seriam reduzidas de quase 500 para 58, e deveriam ser pagas com 259 FOLGATO, Marisa. Especialistas criticam obras em Pinheiros. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 mar. 1993, p. 24. 260 RABINOVICI, Moisés. Maluf usa visita de Koch para lançar bônus. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 01 abr. 1993, p. 21. 261 NOVO projeto será enviado dia 3 para os vereadores. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 jul. 1993, p. 99. 138 dinheiro da iniciativa privada, oriundo dos Bônus de Valor Agregado262, que posteriormente foram chamados de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC)263. Figura 62 – Traçado simplificado para o Prolongamento da Nova Faria Lima. Fonte: NOVO, 1993, p. 16264. O projeto seguiu gerando protestos e opiniões divididas. O Conselho Municipal do Meio Ambiente (CADES) analisou o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da via e exigiu uma série de compensações265, a prefeitura, por sua vez repudiou266 a intervenção na autonomia municipal, e neste mesmo ano a licença ambiental foi aprovada267. As desapropriações foram definidas (Figura 63), e os valores eram questionados pelos expropriados, que alegavam não saber o quanto iriam receber e que estavam sendo depositados os valores venais dos imóveis em juízo, valores estes que usualmente são menores que os valores reais268. 262 NOVO projeto será enviado dia 3 para os vereadores. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 jul. 1993, p. 99. 263 COMISSÃO recebe novo parecer contra Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05/11/1993, p. 22. 264 NOVO projeto será enviado dia 3 para os vereadores. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 jul. 1993, p. 99. 265 QUEIROZ, Luis Roberto de Souza. Conselho deve confirmar ampliação. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 fev. 1994, p. 34. 266 PREFEITURA de São Paulo repudia intervenção na autonomia municipal. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 mar. 1994, p. 19. 267 FARIA Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 mar. 1994, p. 103. 268 RUBERTI, Irene. Desapropriados desconhecem como será paga a indenização. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 mar. 1994, p. 38. 139 Figura 63 – Definidas desapropriações na Faria Lima. Fonte: FAGÁ, 1994, p. 19269. Neste momento a Operação Urbana Faria Lima já estava sendo formatada e seria enviada à Câmara Municipal270. Um novo perfil de usos foi definido para a avenida: prédios comerciais e de serviços entre o Largo da Batata e a Av. Pedroso de Moraes e entre as avenidas Cidade Jardim e Juscelino Kubitschek; somente edifícios residenciais no trecho da Vila Olímpia; e edifícios de serviços entre a Fiandeiras e a Funchal271. Poucos dias depois foi anunciada a necessidade de novas demolições para o alargamento do Largo da Batata com um novo terminal de ônibus e a linha 4 (amarela do metrô)272, cuja Estação Pinheiros ficou pronta somente em 16 de maio de 2011273. As demolições foram iniciadas em maio de 1994. Em 14 de março de 1995 a Operação Urbana Faria Lima (Lei nº 11.732) foi aprovada. 269 FAGÁ, Marcelo. Definidas desapropriações na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 mar. 1994, p. 19. 270 FAGÁ, Marcelo. Definidas desapropriações na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 mar. 1994, p. 19. 271 DEFINIDO perfil da Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 abr. 1994, p. 1; LANCHA, Fernando. Prefeitura define perfil da nova Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 abr. 1994, p. 17. 272 FAGÁ, Marcelo. Maluf quer mais desapropriações para Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 abr. 1994, p. 26. 273 PINHEIROS. Metrô. São Paulo, c2017. Disponível em: http://www.metro.sp.gov.br/sua-viagem/linha-4- amarela/estacao-pinheiros.aspx, acesso 18 set. 2017. 140 Figura 64 – Drive-thru bancário e agência bancária sem funcionários na Faria Lima. Fonte: GRANDE, 1991, p. 21274; Amancio Chiodi / AE In BANCO, 1991, p. 48275. Algumas mudanças no perfil dos consumidores e usuários da Avenida Brigadeiro Faria Lima, apresentou um novo conjunto de serviços e comodidades: a via que já era ocupada por inúmeras agências bancárias, começa a verificar uma tendência, a de implantar agências nos andares superiores dos edifícios, em geral para atendimentos personalizados; os restaurantes que serviam à la carte, agora apostavam na venda de comida por quilo; a oferta de serviços drive-thru foi ampliada, além de lanches era possível usar o banco, comprar flores ou jornais sem sair do carro, tendência que não foi efetivada nos dias atuais; agências bancárias sem funcionários também eram uma aposta da época. Surgiram também os primeiros escritórios virtuais, ou seja, escritórios eram montados e suas salas de trabalho e reunião eram alugadas para quem interessar, este modelo ainda existe hoje com empresas como Regus276. 274 GRANDE, Paulo Campo. Paulistano usa banco, come e faz compras sem sair do carro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 nov. 1991, p. 21. 275 BANCO Real inaugura uma agência sem funcionários. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 dez. 1991, p. 48. 276 CASTRO, Gleise de. BMC implanta agências bancárias “aéreas”. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 mar. 1991, p. 41; CRESCEM as ofertas de comida por quilo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 02 mai. 1991, p. 54; GRANDE, Paulo Campo. Paulistano usa banco, come e faz compras sem sair do carro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 03 nov. 1991, p. 21; BANCO Real inaugura uma agência sem funcionários. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 dez. 1991, p. 48; EMPRESA investe em escritório virtual. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 jun. 1995, p. 57; REGUS, São Paulo, c2017. Disponível em: https://www.regus.com.br/, acesso 18 set. 2017. 141 3.1. A primeira lei de parcelamento, uso e ocupação do solo 1972 Até 1972, não havia na cidade de São Paulo uma legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo. As construções obedeciam somente ao código de obras Arthur Saboya277, lei 3.427/1929, consolidado pelo Ato do Governo Provisório 663/1934278, que trazia alguns parâmetros urbanísticos, mas que enfatizava as questões edilícias. Em 1972, foi aprovada a primeira Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS 1972) da cidade279, que ficou vigente até 2004. Um fato marcante desta legislação é que ela sofreu inúmeras alterações ao longo dos anos, através de novas leis que alteravam ou revogavam aspectos pontuais, mas que quando analisadas em seu todo alteraram de maneira significativa o texto original. A análise desta lei demanda cruzar informações entre os usos e as zonas, como se pode constatar na Tabela 1. Os usos foram classificados em 5 grupos: • Residencial (R); • Comercio (C); • Industrial (I); • Serviços (S); e • Instituições (E). Estes grupos, por sua vez, foram subdivididos em subcategorias, que ao logo do tempo foram recebendo alterações e especificações complementares. Inicialmente foram definidas 8 zonas: • Z1 – uso estritamente residencial, de baixa densidade demográfica; • Z2 – uso predominantemente residencial, de densidade demográfica baixa; • Z3 – uso predominantemente residencial, de densidade demográfica média; • Z4 – uso misto, de densidade demográfica média alta; • Z5 – uso misto, de densidade demográfica alta; 277 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 3.427, de 19 de novembro de 1929. Código de obras Arthur Saboya. Disponível em http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L3427.pdf, acesso 14 fev. 2017. 278 SÃO PAULO (Cidade). Ato do Governo Provisório nº 663, de 10 de agosto de 1934. Aprova a consolidação do Código de Obras “Arthur Saboya”, (Lei n. 3.427, de 19 de novembro de 1929) e Atos em vigor nesta data, referentes a construções, arruamentos, etc. Disponível em: http://documentacao.saopaulo.sp.leg.br/iah/fulltext/atosgovernoprovisorio/AGP0663-1934.pdf, acesso 14 fev. 2017. 279 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 7.805, de 1º de novembro de 1972. Dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo do Município, e dá outras providências. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L7805.pdf, acesso 25 jan. 2017. 142 • Z6 – uso predominantemente industrial; • Z7 – uso estritamente industrial; e • Z8 – usos especiais. Posteriormente foram adicionadas mais 11 zonas: • Z9 – uso predominantemente residencial; • Z10 – uso predominantemente residencial de alta densidade; • Z11 – uso predominantemente residencial, de densidade demográfica baixa; • Z12 – uso predominantemente residencial, de densidade demográfica média; • Z13 – uso predominantemente residencial, de densidade demográfica média; • Z14 – uso predominantemente residencial, de densidade demográfica baixa; • Z15 – uso estritamente residencial, de densidade demográfica baixa; • Z16 – uso coletivo de lazer; • Z17 – uso predominantemente residencial de densidade demográfica baixa; • Z18 - uso predominantemente residencial de densidade demográfica; • Z19 – uso misto com predominância de comércio e serviços; • além da criação de subcategorias em algumas zonas, especialmente na Z8. A Figura 65 apresenta o mapa de zoneamento publicado pela Folha de São Paulo em 1972. Nota-se que o traçado da Avenida Brigadeiro Faria Lima é demonstrado conforme se pretendia no projeto, ou seja, com os prolongamentos que deveriam ser construídos ao norte e ao sul da ‘Velha’ Faria Lima, com sua extensão máxima. A Figura 66, por sua vez, apresenta o traçado efetivamente construído. E no trecho a construir, ao sul, indica com asteriscos azuis que há uma restrição de recuos especiais. É possível verificar, também, as alterações sofridas pela LPUOS de 1972 ao longo dos anos, desde mudanças de traçados das zonas, novas codificações e anotações. 143 Figura 65 – Trecho do mapa de uso e ocupação do solo (LPUOS 1972). Fonte: NOVO, 1972280. 280 NOVO mapa de Zoneamento da Cidade de São Paulo. Folha de S. Paulo, São Paulo, nov. 1972, p. 1-24. 144 Figura 66 – Trecho do mapa de uso e ocupação do solo LPUOS 1972, com alterações até 1997. Fonte: CAZOLLATO, 1997, P. 53-51, 69-70281. 281 CAZOLLATO, José Donizete (coord.). Código Geomapas de zoneamento: parcelamento, uso e ocupação do solo. 4ª edição. São Paulo: Geomapas, 1997. 145 A Tabela 1 apresenta uma síntese dos índices e dimensões apresentadas pela LPUOS 1972 (Lei nº 7.805/1972) e suas posteriores alterações até 1997. Para tanto, foram omitidas as subcategorias de uso e apresentados os valores mínimos e máximos para cada item dentro de categoria de uso (Residencial, Comércio, Industrial, Serviços e Instituições). Por exemplo, o uso de serviços na Z3 possui 18 subcategorias (S1.1 – S1.7; S2.1-2.9; S3.1-S3.2), na tabela está indicado os menores e os maiores valores para cada item, como no caso do Coeficiente de Aproveitamento máximo, que apresenta valores entre 2,5 e 8,0, sendo que o valor máximo só poderia ser utilizado por hotéis282. Tabela 1 – LPUOS 1972 – Síntese do zoneamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima e seus arredores 10 / 1,5m apenas de 3m em ambos R 1,0 0,5 250 5 5 / NA NA um lado / NA os lados / NA 1,0 a 250 / 10 / 3m em ambos 3m em ambos E 0,5 6 6 2,0 NA NA os lados os lados 1,0 a 0,5 a 62,5 a 5 a 10 1,5m apenas de 3m em ambos R 5 5 / NA 1,2 0,6 250 / NA um lado / NA os lados / NA 1,5m apenas de um lado / 3m 3m em ambos C 1,0 0,5 2,50 10 5 a 6 5 a 6 em ambos os os lados lados 1,5m apenas de 250 a 3,0 a 5,0m de 1,0 a 0,25 a 10 / um lado / 3,0 a S 5.000 5 a 10 5 a 10 ambos os 4,0 0,7 NA 5,0m de ambos / NA lados os lados 1,5m apenas de 3m em ambos I 1,0 0,5 250 10 5 5 um lado os lados 1,5m apenas de 1,0 a 250 / 10 / um lado / 3m 3m em ambos E 0,5 5 a 10 5 a 10 5,0 NA NA em ambos os os lados lados 282 Em CAZOLLATO, 1997 é possível encontrar as tabelas detalhadas e mapas de referência. Z2: uso predominantemente residencial, de Z1: uso estritamente residencial de densidade demográfica baixa Zona densidade demográfica baixa (Z1 012; Z1 013) Usos Coeficiente de aproveitamento Taxa de ocupação máxima Lote mínimo (m²) Frente mínima (m) Recuo de frente (m) Recuo de fundo (m) Recuo lateral até o 2º pavimento (m) Recuo lateral acima do 2º pavimento (m) 146 0,5 a 10 / 1,5m apenas de 3m em ambos R 2,5 250 5 5 / NA 0,6 NA um lado os lados 1,5m apenas de um lado / 3m 3m em ambos C 2,5 0,5 250 10 5 a 10 5 a 10 em ambos os os lados lados 1,5m apenas de 2,5 a 0,2 a 250 a 10 / um lado / 3m 3m em ambos S 5 a 10 5 a 10 8,0 0,5 2.500 NA em ambos os os lados lados 1,5m apenas de 3m em ambos I 2,5 0,5 250 10 5 5 um lado os lados 1,5m apenas de 1,5 a 3m em 1,5 a 250 / 10 / um lado / 3m E 0,5 5 a 10 5 a 10 ambos os 8,0 NA NA em ambos os lados lados 1,5m apenas de 62,5 a 10 / 5,0 / um lado / 3m 3m em ambos R 3,0 0,7 5,0 250 NA NA em ambos os os lados / NA lados / NA 3m em ambos 3m em ambos C 3,0 0,7 250 10 5 a 10 5 a 10 os lados / NA os lados 3,0 a 0,35 a 250 / 10 / 3m em ambos 3m em ambos S 5,0 5,0 8,0 0,70 NA NA os lados / NA os lados 3m em ambos 3m em ambos I 3,0 0,7 250 10 5 a 10 5 a 10 os lados / NA os lados 3,0 a 0,5 a 250 / 10 / 3m em ambos E 5,0 5,0 NA 8,0 0,7 NA NA os lados 62,5 a 10 / 5,0 / 3m em ambos R 3,0 0,7 5,0 NA 250 NA NA os lados / NA 3m em ambos 3m em ambos C 3,0 0,7 250 10,0 5 a 10 5 a 10 os lados / NA os lados 3m em ambos S 3,0 0,7 250 10 5 5 NA os lados 3m em ambos I 3,0 0,7 250 10 5 5 NA os lados 3m em ambos E 3,0 0,7 250 10 5 5 NA os lados Z8-CR3: Uso misto de Z4: Uso misto de densidade Z3: Uso predominantemente residencial, de Zona densidade demográfica alta demográfica média-alta densidade demográfica média (Z3 075) Usos Coeficiente de aproveitamento Taxa de ocupação máxima Lote mínimo (m²) Frente mínima (m) Recuo de frente (m) Recuo de fundo (m) Recuo lateral até o 2º pavimento (m) Recuo lateral acima do 2º pavimento (m) 147 62,5 a 5 a 10 1,5m apenas de 3m em ambos R 1,0 0,5 5 5 / NA 250 / NA um lado / NA os lados / NA 1,5m apenas de 3m em ambos C 1,0 0,5 250 10 5 5 um lado os lados 1,5m apenas de 3m em ambos S 1,0 0,5 250 10 5 5 um lado os lados I283 - - - - - - - - 1,5m apenas de 250 a 1,0 a 0,3 a 10 / um lado / 3m 3m em ambos E 2.500/ 5 a 6 5 a 6 6,0 0,5 NA em ambos os os lados NA lados Fonte: a autora, 2017, baseado em CAZOLLATO, 1997. A partir dos mapas e tabela apresentados neste item, é possível verificar que o zoneamento (Figura 65) da Faria Lima era originalmente composto pelas seguintes zonas: Z1, Z2, Z3 e Z4. Já em 1997 (Figura 66), após inúmeras alterações da lei o zoneamento era composto pelas zonas Z2, Z8-CR3 e Z9, ou seja, tornava-se cada vez mais evidente que a via já configurava um corredor diferenciado. No início da vigência desta lei, priorizava-se uma separação de usos dentro do tecido urbano, fato possível de ser constatada no mapa de 1972 (Figura 65) que, com exceção de alguns trechos de Z4 (uso misto) entre a Praça Prof. Resende Puech, a Avenida Rebouças e cercanias do Shopping Center Iguatemi, inseria a Faria Lima e seus arredores em zonas de uso predominantemente residencial, com densidades variadas. As inclusões de novas zonas e revisões que se deram ao longo do tempo, passaram a permitir uma variação maior de usos dentro das zonas. Quando se compara o mapa de 1972 com o mapa de 1997 (Figura 66) é possível notar uma alteração nas premissas dispostas pela lei para a via, especialmente no trecho que compreende a “Velha Faria Lima”, ou seja, foi ampliada a área afetada por zonas de uso misto, especialmente a Z8-CR3, com uma configuração linear a partir da Praça Prof. Resende Puech até a Avenida Cidade Jardim, mantendo a predominância residencial nos arredores e no que se tornou a “Nova Faria Lima”. O que 283 Permitida somente reforma com ampliação de área de indústrias não incômodas instaladas anteriormente a Lei 9.412/1981. Z9: Uso predominantemente residencial, de densidade Zona demográfica baixa (Z9 022) Usos Coeficiente de aproveitamento Taxa de ocupação máxima Lote mínimo (m²) Frente mínima (m) Recuo de frente (m) Recuo de fundo (m) Recuo lateral até o 2º pavimento (m) Recuo lateral acima do 2º pavimento (m) 148 ajuda a explicar porque ao longo da década de 1970, a maioria dos prédios de escritórios se concentraram especialmente no trecho entre a Avenidas Rebouças e Cidade Jardim. Ao analisar os índices (Tabela 1) é possível verificar que existem grandes variações dentro de um mesmo uso, isto se deve a incentivos que eram destinados a alguns tipos específicos de edificações, tais como escolas, hotéis e hospitais, que poderiam ter coeficientes de aproveitamento de até 8,0, os demais usos, em sua maioria, tinham seus coeficientes entre 1,0 e 3,0. 149 4. A ‘nova’ Faria Lima (1995-2018) 150 151 A ‘Nova’ Faria Lima é a continuidade do Projeto Iguatemi. A ‘Velha’ Faria Lima foi o primeiro trecho deste projeto a ser inaugurado em 1970. A inauguração dos demais trechos executados acontece somente duas décadas e meia, depois da primeira inauguração. A ‘Nova’ Faria Lima, contou com a inauguração de três trechos (Figura 67): • Pinheiros: localizado ao norte da ‘Velha’ Faria Lima, foi o segundo a ser inaugurado e está compreendido entre a Rua Teodoro Sampaio e a Avenida Pedroso de Moraes; • Itaim: localizado ao sul da ‘Velha’ Faria Lima, foi o terceiro a ser liberado e está compreendido entre a Rua Jerônimo da Veiga e Avenida Juscelino Kubitschek; e • Vila Olímpia: no extremo sul da Faria Lima, foi o quarto a ser liberado e está compreendido entre as Avenidas Juscelino Kubitschek e Hélio Pellegrino. Figura 67 – Definição dos trechos norte e sul da ‘nova’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. A escolha do ano de 1995 para iniciar o recorte temporal da ‘nova’ Faria Lima, se deu por três motivos: a aprovação da Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFL)284, a inauguração do trecho norte285 e a liberação parcial do trecho sul286. Neste ano, as obras do Projeto Iguatemi prosseguiam, sempre criando polêmica, especialmente por conta do número de desapropriações e seu traçado. Programada para acontecer em 3 etapas teve o trecho de Pinheiros (Largo da Batata – Av. Pedroso de Morais) inaugurado ainda em 1995 e os trechos Itaim (Av. Cidade Jardim – Av. Juscelino 284 SÃO PAULO (Cidade). Lei 11.732, de 14 de março de 1995. Estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presente Juscelino Kubitscheck, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luis Carlos Berrini e Cidade Jardim; cria incentivos e instrumentos para sua implantação e dá outras providências. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L11732.pdf, acesso 30 abr. 2017. 285 PROLONGAMENTO da Faria Lima é inaugurado hoje. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 out. 1995, p. 1. 286 ALVES, Tarcísio. Abertura de novo trecho da avenida traz confusão. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 nov. 1995, p. C11. 152 Kubitschek) e Vila Olímpia (Av. Juscelino Kubitschek – Av. Hélio Pellegrino) liberados gradativamente até 1996. Um exemplo das polêmicas causadas pela abertura da nova via foi a demolição dos anexos da Igreja de São João na Rua Coropés (Figura 68), a prefeitura precisou publicar uma nota de esclarecimento para a população afirmando que somente os anexos foram demolidos e que o prédio da Igreja São João foi mantido. A população comemorou a permanência da igreja com um culto ecumênico287. Figura 68 – Demolição dos anexos da Igreja São João, jan. 1995. Fonte: IGREJA, c2018288. Quando as demolições para a continuidade da obra estavam para ser retomadas em 1994, surgiram inúmeras questões que giravam principalmente em torno do traçado da via, das desapropriações e da forma como elas seriam feitas. A população local se uniu e surgiram movimentos, entre eles, o Movimento Pinheiros Vivo e o Movimento Vila Olímpia Viva. Estes movimentos lutavam para que houvesse uma negociação e número de demolições fosse reduzido. Apesar da Prefeitura ter declarado de utilidade pública 19.064,34m², desde 1968, os moradores sentiram-se traídos pelo Prefeito Paulo Maluf, quando foi negado que houvesse qualquer tipo de compromisso entre os líderes da Câmara e a população para negociar um menor número de desapropriações. O vereador Adriano Diogo, em apoio aos moradores, defendia que era necessário um novo estudo de impacto 287 ANEXOS de igreja são demolidos pela Prefeitura. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 jan. 1995, p. 1; A PREFEITURA esclarece que não demoliu igreja. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 jan. 1995, p. 7; CULTO ecumênico celebra manutenção de igreja. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 jan. 1995, p. 16. 288 IGREJA Episcopal Anglicana DO Brasil. História da Paróquia. Paróquia de São João. São Paulo, c2018. Disponível em: http://www.psj.org.br/quem-somos/nossa-historia/, acesso 14 fev. 2018. 153 ambiental e uma nova lei para amparar a continuidade das obras, ao invés de utilizar a lei de 1968, como a Prefeitura estava fazendo.289 Por sua vez, Júlio Neves, o arquiteto que liderava o projeto, atribuía a polêmica em torno das desapropriações na Faria Lima a um problema de marketing, uma vez que os moradores receberiam valores de mercado por seus imóveis além de valores relativos às mudanças290. Ainda em janeiro de 1994, foi apresentado um Eia-Rima (Estudo e relatório de impacto ambiental) favorável à continuidade das obras, indicando que o projeto não apresentava resultados negativos ou interferências ao meio ambiente. Seriam desapropriados 484 imóveis, cuja maioria eram residências. E 295 árvores seriam cortadas, número contestado pelo arquiteto Siegbert Zanettini, líder do movimento Viva Vila Olímpia, que afirmava que não estavam contabilizadas as árvores dos quintais dos imóveis que seriam desapropriados291. Zanettini, também se colocou contra o projeto de lei da Operação Urbana Faria Lima, pois, apesar de ser colocado como um programa de melhoria, expulsava a população que ali residia e priorizava o automóvel em detrimento de transportes coletivos de massa. Lastimou que a cidade não fosse compreendida “como um projeto cultural e coletivo, como o lugar da vida, encontro e convivência de seus habitantes, principais personagens e para os quais devem ser dirigidas todas as preocupações urbanas292. Em março de 1995, a Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFL)293 foi aprovada. Esta foi a segunda operação urbana da cidade de São Paulo, porém a primeira a ter sucesso financeiro. A OUCFL trouxe novas diretrizes urbanísticas para a região, permitindo que o coeficiente de aproveitamento chegasse a 4 vezes a área do terreno 289 AGOSTINHO, Victor. Demolição na Faria Lima começa até março. Folha de S. Paulo, São Paulo, 22 jan. 1994. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/1/22/cotidiano/28.html, acesso 18/01/2019. 290 AGOSTINHO, Victor. ‘Problema é de marketing’. Folha de S. Paulo, São Paulo, 22 jan. 1994. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/1/22/cotidiano/29.html, acesso 18 jan. 2019 291 RELATÓRIO é favorável à obra. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jan. 1994. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/1/28/cotidiano/25.html, acesso 18/01/2018. 292 ZANETTINI, Siegbert. Por que somos contra o projeto Faria Lima. Folha de S. Paulo, São Paulo, 20 fev. 1994. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/2/20/imoveis/4.html, acesso 18/01/2019. 293 SÃO PAULO (Cidade). Lei 11.732, de 14 de março de 1995. Estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presente Juscelino Kubitscheck, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luis Carlos Berrini e Cidade Jardim; cria incentivos e instrumentos para sua implantação e dá outras providências. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L11732.pdf, acesso 30 abr. 2017. 154 mediante contrapartida financeira. Um dos fatores que provavelmente colaboraram para o sucesso financeiro desta operação foi a agitação do mercado imobiliário da região em função das obras do Projeto Iguatemi, que teve inaugurações parciais neste mesmo ano. Especulava-se também outro projeto, a construção de um aero móvel, este era o segundo projeto do tipo proposto para a região, o primeiro faria a ligação com o Parque do Ibirapuera. Esta linha de aero móvel deveria ser construída a 5 metros de altura sobre o canteiro central da Avenida Brigadeiro Faria Lima, ligando o Largo da Batata à Avenida Luís Carlos Berrini (Figura 69). A capacidade seria de 20 mil passageiros por hora, a obra custaria U$15 milhões por quilômetro, e deveria retirar todo o transporte por ônibus da avenida294. O projeto não foi executado. Figura 69 – Traçado proposto para o trajeto do aero móvel Faria Lima – Berrini. Fonte: FOLGATO, 1995, p.6295. Aos poucos a ‘nova’ Faria Lima foi asfaltada, em maio de 1995 um trecho de 100m próximo à Rua Jorge Coelho em direção à Avenida Juscelino Kubitschek (Figura 70), no trecho norte as obras estavam adiantadas. Até que em junho foi anunciado um atraso de 5 meses nas obras do trecho norte em Pinheiros, em função da instalação de cabos de telefonia pela Telesp (Figura 71)296. Em 23 de outubro de 1995 o trecho Pinheiros, ao norte, da ‘nova’ Faria Lima foi inaugurado (Figura 72 e Figura 73), ainda com problemas na atualização cadastral e placas 294 FOLGATO, Marisa. Aeromóvel pode circular pela Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo 24 abr. 1995, p. 6. 295 FOLGATO, Marisa. Aeromóvel pode circular pela Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo 24 abr. 1995, p. 6. 296 QUEIROZ, Luiz Roberto de. Nova Faria Lima tem trecho asfaltado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 mai. 1995, p. 21; MELLO, Flávio. Obras na Faria Lima vão atrasar cinco meses. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 jun. 1995, p. 31. 155 de identificação da via. Apesar da confusão com a nomenclatura da via, o movimento comercial aos poucos foi voltando ao normal297. Figura 70 – Pistas do trecho sul da ‘nova’ Faria Lima, Figura 71 – Obras no largo da Batata, 1995. ao lado da Rua Iguatemi, 1995. Fonte: QUEIROZ, Fonte: Luiz Paulo Lima / AE In MELLO, 1995. 1995, p. 21298. Figura 72 – Inauguração do trecho norte da Faria Figura 73 – Vista aérea da Faria Lima próximo ao Lima. Fonte: MELLO, 1995, p. 19299. largo da Batata. Fonte: O MELLO, 1995, p. 13300. Havia a expectativa de 40% de aumento na circulação de automóveis pelo bairro, como alternativa à Marginal Pinheiros, porém em um primeiro momento verificou-se que o fluxo na via era pequeno, mas que as vias no entorno estavam mais congestionadas em 297 PROLONGAMENTO da Faria Lima é inaugurado hoje. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 out. 1995, p. 1; MOVIMENTO comercial está voltando ao normal. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 out. 1995. 298 QUEIROZ, Luiz Roberto de. Nova Faria Lima tem trecho asfaltado. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 05 mai. 1995, p. 21 299 MELLO, Flávio. Faria Lima é aberta com outros nomes. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 out. 1995, p. 19. 300 MELLO, Flávio. Tráfego pode aumentar 40% com Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 out. 1995, p. 13. 156 função do desconhecimento dos motoristas à nova condição da região301. Atualmente a Avenida Brigadeiro Faria Lima apresenta grandes congestionamentos nos horários de pico e um fluxo de automóveis carregado praticamente o dia todo (Figura 74). Figura 74 – Nó no trânsito da Av. Brig. Faria Lima com Av. Juscelino Kubitscheck, devido a falha nos semáforos, 2017. Fonte: Rodrigo Laranjeira In FERRARI, 2017302. Tanto as obras, quanto a inauguração do trecho norte da ‘nova’ Faria Lima agitaram o mercado imobiliário da região, a alta dos preços no trecho novo variava de 30% a 100% de acréscimo no valor praticado na época, acreditando-se em um possível interesse de incorporadores na região. A OUCFL já estava ativa e a venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) havia atingido a marca de R$12 milhões, a expectativa do então prefeito Paulo Maluf, era obter R$100 milhões até 1996. Nesta época, nem o prefeito sabia o custo total da obra, estimava-se que as três fases custariam R$20 milhões e as desapropriações outros R$120 milhões, no entanto haviam diversas ações sobre as desapropriações tramitando, o que impedia que fosse estabelecido o valor total da obra303. 301 MELLO, Flávio. Tráfego pode aumentar 40% com Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 out. 1995, p. 13; MELLO, Flávio. Faria Lima é aberta com outros nomes. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 out. 1995, p. 19; MOREIRA, Ivana. Nova Faria Lima empurra congestionamentos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 out. 1995, p. 20. 302 FERRARI, Sara. Foto de nó no trânsito da Faria Lima movimenta redes sociais. Veja São Paulo, São Paulo, 02 fev. 2017. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/cidades/foto-de-no-no-transito-da-faria-lima-movimenta-redes- sociais/, acesso 18 fev. 2018. 303 MELLO, Flávio. Nem Maluf sabe o custo total de avenida. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 out. 1995, p. 20; MELLO, Flávio. Preços na região da Faria Lima explodem. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 out. 1995, p. 21. 157 Ao contrário do que esperava Júlio Neves, autor do projeto da via, o trecho norte da via, atualmente, é o menos desenvolvido. A incorporação de prédios comerciais não ocorreu, a única exceção é a Torre Faria Lima que abriga o Instituto Tomie Ohtake construído entre 1998 e 2004. O tecido urbano desta região ainda é predominante horizontal, com áreas residuais da construção da via, casas e pequenos comércios em sua maioria degradados. Figura 75 – Escola Estadual Ceciliano José Ennes, demolida em 15 de jan. de 1996. Fonte: Nelson Almeida/AE In ESCOLA, 1996, p. 15304. No dia 28 de outubro de 1995, houve a liberação para a circulação de automóveis entre a Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr. e a Praça Luís Carlos Paraná, com confusão devido à falta de sinalização e calçadas na região. As obras seguiam e eram anunciados atrasos: em dezembro de 1995 o atraso nas obras da via foi atribuído a problemas burocráticos com desapropriação da Escola Estadual Ceciliano José Ennes, que ocorreu somente em janeiro de 1996 (Figura 75 e Figura 76); em março de 1996 o atraso foi atribuído a Telesp que ainda não havia concluído suas instalações (Figura 77) e a demolição dos últimos imóveis afetados pelo trecho305. 304 ESCOLA será demolida hoje para continuação da nova Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 jan. 1996, p. 15 305 ALVES, Tarcísio. Abertura de novo trecho da avenida traz confusão. O Estado de S. Paulo, 29 out. 1995, p. C11; MELLO, Flávio. Novo trecho da Faria Lima sofrerá atraso. O Estado de S. Paulo, 25 dez. 1995, p. 10; MELLO, Flávio. Prefeitura esvazia escola a ser demolida. O Estado de S. Paulo, 02 jan. 1996, p. 18; ESCOLA será demolida hoje para continuação da nova Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 jan. 1996, p. 15; MELLO, Flávio. Atrasa de novo 2º trecho da Faria Lima. O Estado de S. Paulo, 28 mar. 1996, p. 32. 158 Figura 76 – Obras no trecho sul da ‘nova’ Figura 77 – Trecho da ‘nova’ Faria Lima aguardando a Faria Lima. Fonte: Luludi/AE in MELLO, conclusão das instalações da Telesp. Fonte: MELLO, 1996, 1996, p. 10306. p. 32307. Em paralelo às obras da ‘nova’ Faria Lima e a OUCFL, voltava à tona a discussão sobre o zoneamento. A LPUOS de 1972 setorizava a cidade segregando usos, o que criou zonas estritamente residenciais em áreas nobres da cidade, que foram ocupadas por famílias de classe média alta ou alta, a polêmica nestas áreas girava em torno da criação de corredores de comércio em algumas vias destas zonas308. O perímetro da OUCFL já excluía estas zonas de sua área de influência. A discussão sobre o tema se estende até os dias atuais e a LPUOS 2016 cria oficialmente corredores dentro destas regiões. Em dezembro de 1995, a Comissão Normativa de Legislação Urbanística (CNLU) aprovou a construção de um novo Shopping Center na Faria Lima, no terreno de 19.366m² da Casa Bandeirista, que deveria ser mantida. O projeto do arquiteto Júlio Neves, que também era o autor do projeto de prolongamento da Faria Lima, utilizava o instrumento da OUCFL para atingir os 52.853,50m² necessários para a construção do shopping e de duas torres de escritórios, com um investimento de U$ 200 milhões309. O projeto não foi adiante e neste local foi implantado o Edifício Pátio Malzoni, projeto de Botti Rubin, em 2012. 306 MELLO, Flávio. Prefeitura esvazia escola a ser demolida. O Estado de S. Paulo, 02 jan. 1996, p. 18. 307 MELLO, Flávio. Atrasa de novo 2º trecho da Faria Lima. O Estado de S. Paulo, 28 mar. 1996, p. 32. 308 VENTURA, Marcelo. Reunião debate mudança em áreas de uso residencial. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 nov. 1995, p. 30. 309 MELLO, Flávio. Comissão aprova shopping na nova Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 01 dez. 1995, p. C4; ROCHA FILHO, Milton F. da. Novo shopping abre guerra total no setor. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 dez. 1995, p. B20. 159 As obras que aconteciam na cidade ganhavam cada vez mais caráter eleitoreiro, pois as eleições de 1996 se aproximavam. Os cronogramas das obras eram ajustados para que terminassem antes de outubro, e algumas obras como a passagem da via subterrânea no cruzamento das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Juscelino Kubitschek canceladas, pois não conseguiriam atender este prazo. Os débitos gerados nesta corrida pela conclusão de obras acabaram comprometendo e engessando o orçamento de São Paulo em 1997310. Em maio de 1996, a prefeitura antecipou a liberação de um retorno da terceira fase de implantação da ‘nova’ Faria Lima, para facilitar o fluxo de veículos que vinham da Avenida Juscelino Kubitschek. Em junho foi liberado mais um trecho até a Rua Ministro Jesuíno Cardoso. Por fim em agosto de 1996 o último trecho construído da ‘nova’ Faria Lima até a Avenida Hélio Pellegrino é inaugurado, com festa com cara de campanha eleitoral para Celso Pitta, que sucedeu a Paulo Maluf na Prefeitura de São Paulo311. A região da Avenida Brigadeiro Faria Lima teve uma grande valorização de seus imóveis devido às obras de seu prolongamento e investimentos em infraestrutura feitos na região. Em 12 meses o aumento do valor do aluguel comercial chegou a 20,77%, com o metro quadrado mais caro da cidade, entre R$16,00 e R$18,00 por metro quadrado312. Em 1998, estava em discussão a constitucionalidade da Lei Municipal 11.773/1995, conhecida como Lei das Operações Interligadas313, que visava alavancar recursos para a construção de moradias para população de habitações subnormais. Esta lei foi a precursora das operações urbanas, pois permitia que os donos dos terrenos ocupados por favelas obtivessem um coeficiente de aproveitamento maior do que o estabelecido na lei de 310 MELLO, Flávio. Maluf e Covas disputam ‘corrida’ por obras. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 jan. 1996, p. 13; PROJETO de via subterrânea pode ficar só no papel. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 dez 1995, p. 10; MELLO, Flávio. Pitta tira R$300 milhões de obras e põe no PAS. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 ago. 1997, p. 27; MELLO, Flávio. Débito herdado de Maluf ‘engessou’ SP em 97. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 dez. 1997, p. 13. 311 TRECHO da Faria Lima é aberto hoje. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 mai. 1996, p. 23; LIBERADO mais um trecho da Av. Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 jun. 1996, p. 30; CIOCCARI, Vanice. Festa na Faria Lima vira campanha para Pitta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 ago. 1996, p. 8. 312 ALUGUEL comercial caiu 2,62% em SP. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 ago. 1996. P. 39. 313 SÃO PAULO (Cidade. Lei nº 11.773, de 18 de mail de 1995. Dispõe sobre o programa “Direito à moradia”, visando a obtenção de recursos para construção de residências destinadas a moradores de habitações sub-normal. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L11773.pdf, acesso 25 fev. 2018. 160 zoneamento, a partir de contrapartidas financeiras. Após diversas ações e foi declarada inconstitucional314. O bairro de Pinheiros sofreu uma mudança gradativa em seu perfil, as residências até então predominantes na paisagem começam a dar lugar a lojas e bares. Foi constatada a diminuição da população entre 1991 e 1996 em cerca de 2,4% ao ano na região, ao passo que a cidade cresceu 0,4%. Apesar de queixas dos moradores mais antigos da região, a mescla de usos que começava a se instalar no local era defendida por urbanistas como Nádia Somekh e por representantes do SECOVI (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis), como Eduardo Della Manna315. Sinais de degradação já eram evidentes, como o abandono do galpão que abrigou a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) no Largo da Batata. A construção do terminal de ônibus contribuiu para a degradação da região, além da multiplicação de camelôs espalhados pelo entorno que atraiam um público com menor poder aquisitivo, o que acabava por afastar o público mais sofisticado que ocupava a região e que passou a frequentar os shopping centers ao invés do comércio de rua. Cândido Malta Filho, professor da USP (Universidade de São Paulo), atribuía grande parte desta situação ao terminal de ônibus instalado no Largo, que a seu ver, poderia ser pulverizado pelas ruas da região, diluindo seu impacto. Paulo Bastos, urbanista e vice-presidente da Sociedade Amigos do Alto de Pinheiros (Saap) considerava que a ampliação da Avenida Faria Lima teria contribuído para a decadência da região devido ao aumento no volume de tráfego316. Em 2004 houve uma revisão da Operação Urbana317, que transformou a área de influência indireta da lei de 1995 em área de influência direta, além de revisar os 314 MAGALHÃES, Thélio de. TJ julga mudança na Lei de Zoneamento. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 mar. 1998, p. C4; MELLO, Flávio. Processo pode acelera tramitação de projeto. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 mar. 1998, p. C4; URBANISTAS vêem falha na aplicação das interligadas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 mar. 1998, p. C4. 315 WASSERMAN, Rogério. Residências cedem lugar a bares e lojas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 02 ago. 1998, p. C4. 316 COMERCIANTES lamentam ‘mercado persa’ de camelôs. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 02 ago. 1998, p. C4. 317 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 13.769, de 26 de janeiro de 2004. Altera a Lei nº 11.732, de 14 de março de 1995, que estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presidente Juscelino Kubitschek, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luís Carlos Berrini e Cidade Jardim, adequando-a à Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L13769.pdf, , acesso 25 jan. 2017. 161 subperímetros e seus incentivos específicos (ver item 4.1.3). Ainda em 2004, foi promulgada uma nova Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS 2004)318, que passou a incentivar edifícios de uso misto, ao contrário da legislação anterior que induzia a um crescimento setorizado da cidade. O Plano Diretor Estratégico aprovado em 2014 (PDE 2014)319, trouxe uma nova abordagem para o enfrentamento de questões urbanas, tais como habitação social, incentivos mais efetivos para o uso misto, ativação dos térreos, entre outros elementos. Dentre as diretrizes do PDE, estava a revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS 2004), que ocorreu em 2016 (LPUOS 2016). É importante salientar que a OUCFL é, hoje, o instrumento principal de regulação dos parâmetros urbanísticos da Avenida Brigadeiro Faria Lima como um todo. Na ‘Velha’ Faria Lima é possível ver os efeitos do Código de Obras Arthur Saboya e da LPUOS 1972. A ‘nova’ Faria Lima, apesar de ter sido liberada pouco antes da OUCFL, quando inaugurada já estava sob influência desta e as LPUOS 2004 e 2016 são instrumentos que complementam as lacunas da OUCFL, e por isto a forma urbana resultante destas legislações não é tão evidente no tecido da cidade. Além de fatores legais, verifica-se uma alteração do padrão pelo qual o mercado imobiliário atuava na construção de edifícios de escritórios, que passou a demandar por lajes maiores e mais tecnologia embarcada, além de ocorrer uma mudança significativa no processo de incorporação para estes novos empreendimentos, como é possível observar no trecho sul a partir da década de 1990. 318 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004. Estabelece normas complementares ao Plano Diretor Estratégico, institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L13885.pdf, acesso 25 jan. 2017. 319 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/plano-diretor/arquivos/, acesso 15 jun. 2017. 162 4.1. Operação Urbana Consorciada Faria Lima (1995 / 2004) Atualmente as Operações Urbanas Consorciadas (OUCs) estão amparadas pelo Estatuto da Cidade, que as define da seguinte maneira: § 1º Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental320. Entre outras medidas as operações urbanas podem: modificar critérios de parcelamento, uso e ocupação do solo, além de normas edilícias; regularizar construções, reformas e ampliações em desacordo com a legislação vigente; incentivar a utilização de tecnologias para reduzir os impactos ambientais e economizar recursos naturais321. Os municípios devem fazer uma lei específica para aprovar a operação urbana, com seu respectivo plano, contendo no mínimo: I – definição da área a ser atingida; II – programa básico de ocupação da área; III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação; IV – finalidades da operação; V – estudo prévio de impacto de vizinhança; VI – contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I e II do § 2º do art. 32 desta Lei; VI – contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2º do art. 32 desta Lei; VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil. VIII – natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do § 2º do art. 32 desta Lei322. A partir da aprovação da lei específica que gerar a operação urbana, o Poder Público Municipal deverá emitir licenças e autorizações de acordo com a OUC, em detrimento de outras legislações que incidam sobre a mesma área, como por exemplo Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e Código de Obras. As OUCs, deverão emitir 320 BRAZIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Seção X, art. 32. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm#art58, acesso 13 jan. 2017. 321 Ibid., Seção X, art. 32, §2º. 322 Ibid., Seção X, art. 33. 163 Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) que serão livremente negociados, porém só poderão ser utilizados dentro do perímetro de cada operação. Os recursos arrecadados com CEPACs deverão ser utilizados exclusivamente na própria operação urbana323. Apesar desta definição mais precisa sobre as operações urbanas ter acontecido somente em 2001, o tema já era pauta de debates técnicos e acadêmicos desde a década de 1970 e as primeiras operações urbanas aprovadas em São Paulo datam da década de 1990324. Figura 78 – Representação do conceito de solo criado. Fonte: CJ Arquitetura nº 16, 1977 apud MALERONKA, 2017325. Um dos antecedentes das operações urbanas é o conceito de solo criado, que na década de 1970 já era abordado em outros países326 e que em São Paulo foi desenvolvido 323 Ibid., Seção X, art. 33-34. 324 MALERONKA, Camila. HOBBS, Jason. Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo? Nota técnica IDB-TN-1355. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, dez. 2017. Disponível em: https://publications.iadb.org/handle/11319/8703?locale-attribute=pt&, acesso 11 jan. 2018. 325 Ibid. 326 REZENDE, Vera F. et al. A outorga Onerosa do Direito de Construir e o Solo Criado: uma necessária avaliação das matrizes conceituais. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, [S.I.] v. 11, n.2, p. 51, nov. 2009. Disponível em: http://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/220/204, acesso 15 jan. 2018. 164 pelos pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal da Fundação Prefeito Faria Lima (CEPAM), com a definição de que “a criação de solo é a criação de áreas adicionais de piso utilizável não apoiados diretamente sobre o solo”327 (Figura 78), que nos moldes atuais, através do Plano Diretor é estabelecido um coeficiente de aproveitamento básico que é o direito de construir inerente a propriedade, geralmente fixado em 1 vez a área do terreno, e um coeficiente de aproveitamento máximo definido a partir da infraestrutura e das diretrizes para o crescimento da cidade, que é o ‘solo criado’ que pode ser adquirido através de contrapartida financeira como outorga onerosa ou CEPACs328. A aplicação parcial dos conceitos de solo criado ocorreu a partir das Operações Interligadas, em 1986, que deram respaldo para a Lei do Desfavelamento aprovada em 1988 por decurso de prazo. Esta lei previa que proprietários de terrenos invadidos por favelas poderiam ter maior direito de construir como contrapartida à construção de habitações populares. Em 1992, a lei passou a permitir que a contrapartida fosse paga em dinheiro. A lei foi bastante criticada, pois não previa a negociação com os favelados sobre o destino que teriam; a prefeitura seria responsável pela remoção das favelas; e não havia estudo prévio para a concessão de potencial construtivo adicional. O instrumento foi suspenso de maneira definitiva em 1998, por ferir a constituição estadual, ao permitir alterações pontuais no zoneamento sem autorização do poder legislativo329. A primeira tentativa de se aprovar Operações Urbanas aconteceu na proposta, não aprovada, do Plano Diretor 1985-2000, que sugeria 35 operações urbanas (Figura 79) 327 MOREIRA et al, 1975 apud MALERONKA, Camila. HOBBS, Jason. Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo? Nota técnica IDB-TN-1355. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, dez. 2017. P 21 Disponível em: https://publications.iadb.org/handle/11319/8703?locale- attribute=pt&, acesso 11 jan. 2018. 328 MALERONKA, Camila. HOBBS, Jason. Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo? Nota técnica IDB-TN-1355. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, dez. 2017. Disponível em: https://publications.iadb.org/handle/11319/8703?locale-attribute=pt&, acesso 11 jan. 2018. 329 SÁVIO, Viviane Paes de Barros Castanho. O Bairro da Vila Olímpia – Transformações Decorrentes das Novas Formas de Intervenção Urbana. 2003. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2003; MALERONKA, Camila. HOBBS, Jason. Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo? Nota técnica IDB-TN-1355. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, dez. 2017. Disponível em: https://publications.iadb.org/handle/11319/8703?locale- attribute=pt&, acesso 11 jan. 2018. 165 espalhadas por toda a cidade, com propostas pontuais para as regiões centrais e intervenções mais abrangentes para as periferias330. Figura 79 – Operações Urbanas propostas no Plano Diretor do Município de São Paulo 1985-2000. Fonte: São Paulo, 1985 apud MALERONKA, 2017331. Em 1991 foi aprovada a Operação Urbana Anhangabaú, a primeira da cidade de São Paulo, com a finalidade de recuperar recursos que já haviam sido aplicados na reurbanização do vale e da Avenida São João. A operação expirou em 1994 e não teve muitas propostas de adesão, talvez devido ao potencial construtivo da região já ser alto e pelo desinteresse do mercado pela área. Em 1997 a Operação Urbana Centro foi aprovada, incorporando e ampliando o perímetro da Operação Urbana Anhangabaú e trazendo novas abordagens após a reflexão sobre insucesso da implantação da operação anterior332. 330 MALERONKA, Camila. HOBBS, Jason. Operações Urbanas: o que podemos aprender com a experiência de São Paulo? Nota técnica IDB-TN-1355. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, dez. 2017. Disponível em: https://publications.iadb.org/handle/11319/8703?locale-attribute=pt&, acesso 11 jan. 2018. 331 Ibid. 332 Ibid. 166 Figura 80 – Perímetro da proposta de Júlio Neves para o Bulevar Zona Sul. Fonte: a autora, 2018333. A Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFL), já vinha sendo incubada desde a administração de Jânio Quadros, em 1986, quando a iniciativa privada apresentou uma proposta formulada pelo arquiteto Júlio Neves intitulada Bulevar Zona Sul (Figura 80). Esta proposta queria promover a valorização da área a partir de interesses do mercado imobiliário, com intervenções radicais que previam a remoção de quadras inteiras de imóveis residenciais para a construção de edifícios comerciais de última geração334. Em 1995, a primeira versão da OUCFL foi aprovada (Lei 11.732/1995) e em 2004 foi revisada (Lei 13.769/2004). 333 Baseado em SÁVIO, Viviane Paes de Barros Castanho. O Bairro da Vila Olímpia – Transformações Decorrentes das Novas Formas de Intervenção Urbana. 2003. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2003. P. 77; e no mapa SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Mapa do Município de São Paulo. São Paulo, 2005-2008. Disponível em http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br, acesso 16 jan. 2018 334 SÁVIO, Viviane Paes de Barros Castanho. O Bairro da Vila Olímpia – Transformações Decorrentes das Novas Formas de Intervenção Urbana. 2003. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2003. 167 4.1.1. A primeira versão da Operação Urbana Consorciada Faria Lima 1995 Em 1995 a primeira versão da OUC Faria Lima335 foi aprovada e posteriormente alterada em 2004336. Esta operação visava um programa de melhorias para a área de influência decorrente das interligações da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes ao norte, com as Avenidas Cidade Jardim e Juscelino Kubitschek ao centro e com as Avenidas Hélio Pellegrino, Bandeirantes e Engenheiro Luís Carlos Berrini ao sul. Para tanto contava com recursos da iniciativa privada, originados a partir da negociação de CEPACs para viabilizar um programa de investimentos que previa: • Realizar estudos, projetos, fazer a supervisão técnica e remunerar a EMURB; • Pagar desapropriações que ainda não haviam sido efetivadas em decorrência das leis 5.399/57337, 7.104/1968338, 8.126/1974339 e 8.274/1975340, além de outras que pudessem surgir dentro do perímetro da OUC. • Realizar todas as obras e serviços decorrentes da implantação dos melhoramentos, tais como: demolições, novas infraestruturas e remanejamento de infraestruturas existentes, terraplenagem, remoção de entulho, paisagismo, comunicação visual, mobiliário urbano, entre outros. • Realizar melhoramentos viários: viaduto na Av. dos Bandeirantes (entre a Praça Roger Patti e as Ruas Guaraiúva e Ribeiro do Vale); acessos viários e passarelas para as pontes 335 SÃO PAULO (Cidade). Lei 11.732, de 14 de março de 1995. Estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presente Juscelino Kubitscheck, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luis Carlos Berrini e Cidade Jardim; cria incentivos e instrumentos para sua implantação e dá outras providências. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L11732.pdf, acesso 30 abr. 2017. 336 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 13.769, de 26 de janeiro de 2004. Altera a Lei nº 11.732, de 14 de março de 1995, que estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presidente Juscelino Kubitschek, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luís Carlos Berrini e Cidade Jardim, adequando-a à Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L13769.pdf, acesso 25 jan. 2017. 337 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 5.399, de 24 de outubro de 1957. Aprova plano de retificação de alinhamento e de prolongamento da rua Sumidouro no 40º subdistrito – Vila Madalena e dá outras providências. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L5399.pdf, acesso 18 jan. 2018. 338 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 7.104, de 3 de janeiro de 1968. Aprova plano de melhoramentos nos 45º, 20º, 28º e 30º subdistritos – Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulista e Ibirapuera, respectivamente. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L7104.pdf, acesso 30 abr 2017. [Projeto Iguatemi] 339 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 8.126, de 27 de setembro de 1974. Aprova o plano de melhoramentos nos 28º e 30º subdistritos – Jardim Paulista e Ibirapuera, respectivamente, modificando parcialmente os estabelecidos pelas Leis nos 4.941, de 26 de março de 1956; 5.765, de 23 de junho de 1969, e dá outras providências. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L8126.pdf, acesso 13 set. 2017. 340 SÃO PAULO (SP). Lei nº 8.274, de 12 de agosto de 1975. Aprova o plano de urbanização no 28º subdistrito – Jardim Paulista, e dá outras providências. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L8274.pdf, acesso 12 jan. 2017. 168 Eusébio Matoso, Bernardo Goldfarb e Cidade Jardim; novo terminal de ônibus nos arredores do Largo da Batata. • Construir habitações sociais para os moradores das favelas do Coliseu, Jardim Edite, Real Parque e Panorama. • Construir habitações multifamiliares para a população de áreas desapropriadas em função dos melhoramentos e que tenham interesse em continuar morando na região. • Adquirir e implantar equipamentos necessários para absorver novas demandas populacionais da região decorrentes da operação urbana. Foram delimitados 5 subperímetros como área de influência direta da OUC, e um perímetro de influência indireta (Figura 81): • Subperímetro 1: Pinheiros – da Rua Martim Carrasco (arredores do atual Largo da Batata) até a Avenida Pedroso de Moraes; • Subperímetro 2: Itaim – da Rua Jorge Coelho até a Avenida Juscelino Kubitschek; • Subperímetro 3: Vila Olímpia – faixa de 90m a partir da Avenida Juscelino Kubitschek, sentido Rua Ministro Jesuíno Cardoso; • Subperímetro 4: Vila Funchal – entre a Rua Fiandeiras e a Avenida dos Bandeirantes; e • Subperímetro 5: Uberaba – a leste, entre as ruas Nova Cidade e Inhambu. Os objetivos específicos desta lei eram341: • Criar meios para que os beneficiados pela implantação de melhoramentos os custeassem, entre eles: os melhoramentos ainda não implantados e constantes nas Leis 7.104/1967 e 8.126/1974; melhoramentos viários, obras, equipamentos públicos e áreas verdes dentro do perímetro da OUCFL; • Dar alternativas para que os proprietários atingidos por melhoramentos tenham indenizações justas e que possam participar da valorização decorrente da OUCFL; • Melhorar a qualidade de vida dentro do perímetro da OUCFL; • Melhorar o aproveitamento de imóveis não construídos e subutilizados; • Melhorar e ampliar o aproveitamento de espaços públicos, especialmente os arborizados e destinados aos pedestres. 341 SÃO PAULO (Cidade). Lei 11.732, de 14 de março de 1995. Estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presente Juscelino Kubitscheck, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luis Carlos Berrini e Cidade Jardim; cria incentivos e instrumentos para sua implantação e dá outras providências. Capítulo II, art. 4º. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L11732.pdf, acesso 30 abr. 2017. 169 Figura 81 – Traçado estimado da OUC Faria Lima 1995. Fonte: a autora, 2018342. 342 Baseado no texto da Lei nº 11.732/1995, editado sobre o mapa SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Mapa do Município de São Paulo. São Paulo, 2005-2008. Disponível em http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br, acesso 16 jan. 2018. 170 As diretrizes urbanísticas eram343: • Complementar e integrar o sistema viário existente com o macrossistema de circulação da zona sul a fim de distribuir os novos fluxos gerados pela conclusão das obras da Ponte Bernardo Goldfarb, túnel sob o Rio Pinheiros, corredores de ônibus, Metrô e CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos); • Abertura de espaços públicos para a criação de áreas de lazer, circulação de pedestres e priorização do transporte coletivo sobre o individual; • Compatibilizar o uso do solo com a conformação das novas quadras geradas a partir da implantação dos melhoramentos viários e infraestrutura; • Ampliar a oferta de habitações multifamiliares; • Estimular o remembramento de lotes e o adensamento, com coeficiente de aproveitamento máximo de 4,00. • Interligar quadras utilizando o espaço aéreo e subterrâneo dos logradouros públicos; • Incentivar a mescla de usos, com ocupação para fins comerciais no térreo até 70% da área do lote; • Estimular o uso residencial com taxa de ocupação máxima de 50% do lote; • Criar áreas verdes, ciclovias e favorecer a absorção e escoamento de águas pluviais; • Construir HIS (Habitação de Interesse Social) destinada à população favelada residente no perímetro da OUCFL e seu entorno; • Atender a população desapropriada que tem interesse em continuar na região, através de financiamento para aquisição de habitações multifamiliares; • Ampliar a área de estacionamento para usos comerciais e de serviços; • Implantar Avenida Parque, no trecho entre as Avenidas Juscelino Kubitschek e Hélio Pellegrino. Estipulou-se também que os meios e recursos para a aplicação desta lei seriam alavancados a partir da compra de potencial construtivo e da alteração de parâmetros, que deveriam ser feitos através de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC), limitados a 1.250.000² dentro da área de influência direta e 1.000.000m² dentro da área de influência indireta. Poderiam usufruir dos incentivos e contrapartidas os proprietários de imóveis contidos nas áreas de influência direta da OUCFL, sendo estes344: 343 Ibid., Capítulo II, art. 5º. 344 Ibid., Capítulo V, art. 14-16. 171 • Estimular o remembramento de lotes de 2.000m² com áreas resultantes mínimas de 2.500m², com a concessão gratuita de 20% de área computável da área do lote resultante, respeitando o CAmáx de 4; • Conceder 20% de área computável para lotes com área igual ou superior a 2.000m², que disponham em seu pavimento térreo áreas destinadas à circulação e atividades de uso aberto ao público; • Conceder de maneira onerosa o aumento de potencial construtivo para lotes com área superior a 1.000m² até o CAmáx de 4; aumentar a taxa de ocupação para 70% para usos comercial e de serviços; permitir uso misto residencial e comercial ou de serviços em zonas de uso Z2; permitir mudança de uso no Corredor Z8-CR1-I345 (subperímetro de Pinheiros) e Zona Z9-022 (subperímetro Vila Olímpia); • Conceder de maneira onerosa a lotes com qualquer área a anexação de áreas remanescentes de imóveis desapropriados, quando lindeiros ao mesmo; ceder espaço público subterrâneo ou aéreo, resguardado o interesse público; • Os incentivos podem ser aplicados de maneira cumulativa até o coeficiente de aproveitamento máximo de 4; • Proprietários da área de influência indireta poderiam apresentar propostas para a alteração de parâmetros à SEMPLA (Secretaria Municipal do Planejamento). Haviam também algumas premissas que deveriam ser obedecidas para que os incentivos pudessem ser utilizados346: • No subperímetro 2 – Itaim, as edificações dos lotes com frente para o prolongamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima deveriam obedecer aos seguintes critérios: ter altura entre 6 e 9m para que se pudesse construir até o limite das divisas laterais e do recuo obrigatório; recuo de frente pavimentado e na mesma cota de nível da calçada, sem fechamentos frontais e laterais; marquise na cota de 3,50m de altura em toda a frente do lote, com projeção de 3,00m sobre o recuo; recuo de frente de 10,00m nos lotes lindeiros à Avenida Juscelino Kubitschek. • No subperímetro 3 – Vila Olímpica, a mudança de uso era permitida desde que cumpridas as seguintes exigências: uso comercial (C2), serviços (S2) ou institucional (E2) em uma faixa de 90m junto à Avenida Juscelino Kubitschek, com TOmáx De 70%; recuos de frente de 10m e laterais de 3m; 345 Para esta concessão haviam algumas exigências tais como não ter acesso pela Avenida Pedroso de Moraes; obrigatoriedade de acesso para via que não seja a do corredor; gabarito máximo de 25m. 346 SÃO PAULO (Cidade). Lei 11.732, de 14 de março de 1995. Estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presente Juscelino Kubitscheck, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luis Carlos Berrini e Cidade Jardim; cria incentivos e instrumentos para sua implantação e dá outras providências. Capítulo V, art. 14-16. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L11732.pdf, acesso 30 abr. 2017. 172 • No subperímetro 5 – Uberaba: só era admitido o aumento de potencial construtivo para uso residencial multifamiliar; • Para os usos C2 e S2 era obrigatória 1 vaga de estacionamento a cada 35m² de área computável; • Na área envoltória de vilas, com raio de 50m a partir de suas divisas, e que forem enquadradas em Z8-200, a volumetria dos edifícios vizinhos deverá ser contida em plano inclinado de 60º a partir de 6,00m de altura a partir da cota média do terreno da vila na respectiva divisa; • O pagamento da contrapartida financeira deveria ser feito através de CEPAC (Certificados de Potencial Adicional de Construção) Para o pagamento das contrapartidas através dos CEPACs foi estipulada a tabela a seguir, nota-se que não há menção de equivalência para a área de influência indireta: Tabela 2 – Equivalência do CEPAC, segundo a Lei 11.732/1995. Subperímetro Zonas de Equivalência de 1 CEPAC em m² Equivalência Equivalência de 1 CEPAC em uso de área de construção de 1 CEPAC em m² de área de terreno computável m² de área de referente a mudança de uso construção (com ou sem outorga de computável potencial adicional de para ocupação construção) no térreo Comercial / Habitação (acima de 50% Serviços multifamiliar Comercial / R2.02 R3.01 até 70%) Corredor Z8 R2.02 R3.01 Serviços CR1.1 1. Pinheiros Z.2 4,00 4,50 5,00 2,5 4,0 4,50 5,0 2. Itaim Z.2 1,50 1,8 2,20 1,0 - - - 3. V. Olímpia Frente J. 2,00 - 3,00 1,3 2,0 - 3,0 Kubtschek 4. V. Funchal Z.2 / Z.3 4,00 5,00 6,00 2,5 - - - Z.4 4,00 5,00 6,00 - - - - 5. Uberaba Z.2 - 4,00 6,00 - - - - Fonte: Lei 11.732/1995, anexo 2. 4.1.2. A reavaliação da OUC por um grupo de trabalho da SEMPLA. Em 2001, a Prefeitura criou um grupo de trabalho, coordenado pela Diretoria de Projetos Urbanos da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SEMPLA), para reavaliar a OUC Faria de 1995. Esta avaliação reconheceu que a OUC obteve êxito, ao menos na questão financeira, e tentou dar respostas à duas questões principais: como manter a remuneração e garantir o fluxo de recursos para as obras públicas pendentes; e rever e 173 aprimorar os critérios de aprovação e análise dos projetos a fim de compatibilizar a estrutura e a dinâmica urbana347. Neste processo verificou-se três eixos que poderiam contribuir para uma revisão normativa da operação348: • Adequar os estoques de potencial construtivo disponíveis a diretrizes urbanísticas definidas para cada setor; • Diferenciar os valores de contrapartidas para induzir a convergência das propostas às diretrizes urbanísticas; e • Automatizar os cálculos das contrapartidas para dar mais transparência e agilizar as análises a fim de disponibilizar ao mercado usuário informações para tomada de decisão. As análises do grupo de trabalho, apontaram pendências, distorções e equívocos ao longo da aplicação da OUC Faria Lima entre eles349: • A inexistência de projetos urbanos articulados e integrados; • Tratamento homogêneo para áreas heterogêneas; • Falta de visão de conjuntos na análise caso-a-caso; • Na área de influência indireta a inexistência de normas pré-fixadas para o cálculo e aprovação das contrapartidas; • Fixação arbitrária dos estoques de potencial construtivo; • Inexistência de mecanismos para controle de valorização da terra; • Decrescente interesse na aquisição de CEPACs nas áreas de influência direta; • Concentração espacial e especialização funcional; • Predominância de “edifícios torre” na paisagem; • Perda de escala em relação ao tecido urbano pré-existente; • Desprezo pelos espaços de circulação e espaços abertos ao público. Foi constatado que “essa operação reafirma, se não exacerbam as principais linhas de força da dinâmica imobiliária da área em que inscreve seu perímetro”350. Uma das propostas do grupo para a revisão normativa da lei era a subdivisão do território sob 347 SALES, Pedro Manuel Rivaben de. Operações Urbanas em São Paulo: crítica, plano e projetos. Parte 2 – Operação Urbana Faria Lima: relatório de avaliação crítica. Arquitextos, São Paulo, ano 05, n. 059.12, Vitruvius, abr. 2004. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/481, acesso 10 jan. 2018. 348 Ibid.. 349 Ibid.. 350 Ibid.. 174 influência da OUCFL, considerando áreas homogêneas entre si e estabelecendo “tetos” dentro do estoque de CEPACs para cada uma delas, além de revisar a tabela de equivalência das CEPACs, que efetivamente ocorreu na revisão da lei em 2004. 4.1.3. A segunda versão da Operação Urbana Consorciada Faria Lima 2004 Um dos intuitos desta revisão da lei foi a adequação ao Estatuto da Cidade, além de fazer ajustes conforme sugerido pelo grupo de trabalho da SEMPLA, entre outros. A primeira alteração que se observa entre as duas versões da OUC Faria Lima é relativa ao perímetro da área de intervenção. Deixou-se de ter áreas de influência direta e indireta e passou-se a ter 4 setores, subdivididos em 22 subsetores, agrupados de acordo com as características de cada lugar351 (Figura 82): • Setor 1: Pinheiros, com os subsetores 1a, 1b, 1c, 1d1, 1d2, 1d3 e 1d4; concentrados ao norte entre a Avenida Pedroso de Moraes, Avenida das Nações Unidas, e Avenida Rebouças. • Setor 2: Faria Lima, com os subsetores 2a, 2b, 2c1, 2c2, 2d, 2e; englobando o trecho mais antigo da avenida a partir da Avenida Rebouças e se estendendo até a Avenida Juscelino Kubitschek. • Setor 3: Hélio Pellegrino, com os subsetores 3a, 3b, 3c1, 3c2, 3d; concentrando-se no vetor leste, a partir das imediações da Avenida Cidade Jardim até os arredores da Avenida Hélio Pellegrino e Avenida dos Bandeirantes. • Setor 4: Olimpíadas, com os subsetores 4a, 4b, 4c e 4d: a sudoeste entre a Avenida Juscelino Kubitscheck, Avenida dos Bandeirantes e Marginal Pinheiros. 351 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 13.769, de 26 de janeiro de 2004. Altera a Lei nº 11.732, de 14 de março de 1995, que estabelece programa de melhorias para a área de influência definida em função da interligação da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Pedroso de Moraes e com as Avenidas Presidente Juscelino Kubitschek, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, Engº Luís Carlos Berrini e Cidade Jardim, adequando-a à Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L13769.pdf, acesso 25 jan. 2017. 175 Figura 82 – Mapa da OUC Faria Lima. Fonte: Lei 13.871/2004, anexo A. 176 Os objetivos específicos declarados em ambas as leis se mantiveram, entretanto, as diretrizes urbanísticas sofreram pequenas alterações entre as duas versões: • No inciso IX foi alterada a taxa de ocupação máxima para o uso residencial de 50% para 70% da área do terreno; • No inciso XI, além da provisão de Habitação de Interesse Social, foram inseridos melhoramentos e reurbanização, que de acordo com o parágrafo único, que também foi acrescido nesta versão da lei, poderia ser realizada através de: “a) carta de crédito; b) alienação de Habitação de Interesse Social; c) alienação de Habitação do Mercado Popular (HMP); d) locação social; e) outras soluções, mediante aprovação do Conselho Municipal de Habitação”352; • A redação dos incisos XII e XIII foi agrupada no inciso XII, sem alteração no seu conteúdo; • Foi suprimido o inciso XV que tratava da Avenida Parque entre as Avenidas Juscelino Kubitschek e Hélio Pellegrino. Quanto aos meios de recursos, em ambas as leis ficou estipulado que a compra de potencial construtivo e a alteração de parâmetros devem ser feitas através de CEPACs e a área de outorga fica limitada a 2.250.000m dentro do perímetro da operação urbana. A diferença entre as versões da lei é que na de 2004, com a nova divisão entre setores e subsetores, também se estipulou um teto para o estoque de potencial construtivo para cada um dos setores e se especificou de maneira mais precisa os critérios de equivalência de CEPACs em toda área da operação, o que na versão anterior só era claro dentro da área de influência direta (Tabela 3). 352 Ibid., Art. 5º, Parágrafo único. 177 Tabela 3 – Equivalência do CEPAC, segundo a Lei 13.871/2004. Perímetro Coluna A Coluna B Coluna C Equivalência de Equivalência de 1 CEPAC em Equivalência de 1 CEPAC em 1 CEPAC em m² m² de terreno para taxa de m² de área adicional de de área de ocupação adicional (acima construção computável terreno Setor Subsetores referente a de 50% até 70%) mudança de uso e Residencial Com / Serv parâmetros Residencial Com / Serv urbanísticos Setor 1 1a 1,2 0,8 2 1,2 0,8 Pinheiros 1b 1,8 1,5 2 1,8 1,2 1c 2,6 1,7 2 2,6 1,7 1d 2,8 1,8 2 2,3 1,5 Setor 2 2a 0,8 0,5 1,5 0,8 0,5 Faria Lima 2b 0,9 0,6 1,5 0,9 0,6 2c 1,1 0,8 1,5 1,2 0,8 2d 1,3 0,5 1,5 0,8 0,5 2e 1,8 1,2 1,5 1,8 1 Setor 3 3a 1,2 0,8 1,5 1,2 0,8 Hélio 3b 1,2 1 1,5 1,2 0,8 Pellegrino 3c 2,5 1 1,5 1,5 1 3d 1,5 1 1,5 1,5 1 3e 2,5 1,5 1,5 2,3 1,5 Setor 4 4a 0,9 0,6 2 0,9 0,6 Olimpíadas 4b 2 0,9 2 1,4 0,9 4c 2 1,2 2 1,8 1,2 4d 2 1 2 1,5 1 Fonte: Lei 13.871/2004, Anexo 1. Tabela 4 – Controle de estoques de área de construção adicional (ACA) – Posição em 22/12/2017. Percentagem Estoque consumido Estoque em Estoque estimado Estoque máximo (m²) consumida Setores (m²) análise (m²) disponível (m²) (m²) R nR R nR R nR R nR R nR Hélio 292.445,0 182.505, 194.451, 103.026, 0,0 97.993,2 79.478, 66,49 56,45 Pellegrin 0,00 0 00 72 03 0 8 97 % % o Faria 288.190,0 88.573,1 3.375,0 0,0 199.616, 30,73 73.715,00 73.714,27 0,73 100% Lima 0 5 0 0 85 % Pinheiros 286.695, 96.600,0 131.624, 96.599,9 0,0 155.070, 45,91 -225,92 0,02 100% 00 0 91 8 0 09 % Olimpíad 190.440,0 95.565,0 67.853,8 0,0 122.586,1 35,63 95.563,13 0,00 1,87 100% as 0 0 2 0 9 % Total 1.506.155,00 825.736,21 7.558,93 Fonte: SP Urbanismo, 2017353, destaque nosso. De acordo com o resumo do controle de estoque da OUCFL, de 22 de dezembro de 2017 é possível notar que os estoques da operação estão esgotados para usos não residenciais em 3 setores (Faria Lima, Pinheiros e Olimpíadas), restando ainda potencial 353 SP URBANISMO. Operação Urbana Consorciada Faria Lima Lei 13.769/04, alterada pela Lei. 13.871/04. Posição em 22/12/2017. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/desenvolvimento_urbano/sp_urbanismo/FARIA_LIMA /2017/OUCFariaLima22dez17_EstoqueGeral.pdf, acesso 25 fev. 2018. 178 adicional para o uso residencial em todos os setores e não residencial somente para o setor Hélio Pellegrino (Tabela 4). Como resultado da OUC FL pode-se observar as seguintes intervenções públicas foram concluídas354: • Túnel Jornalista Fernando Vieira de Mello, concluído em 2004; • Túnel Max Feffer, concluído em 2004; • Ciclovia, concluída; • Estação Pinheiros da linha amarela do metrô; • Terminal Pinheiros (Rua Capri), concluído em 2013; • HIS – Real Parque 1.246 unidades habitacionais, concluído em 2016; • Reconversão urbana do Largo da Batata. E estão em andamento ou em discussão as intervenções355: • Passarela e ciclo passarela Bernardo Goldfarb, a licitar; • HIS – Coliseu, estimativa de 272 unidades habitacionais, em revisão; • HIS – Real Parque, reforma do Conjunto Prover, em andamento; • HIS – Panorama, estimativa de 600 unidades habitacionais, em discussão; • Ciclo passarela HIS Panorama / Real Parque, em discussão; • Requalificação da Avenida Santo Amaro, em andamento. Atualmente a OUCFL é a legislação que deixa suas marcas de maneira mais evidente na Faria Lima. É a partir dela que há uma maior possibilidade de verticalização até o CAmáx de 4, a partir da compra de CEPACs, que de acordo com o mapa (Figura 82) e a Tabela 3 possuíam equivalências variáveis ao longo da Avenida Brigadeiro Faria Lima (subsetores 1a, 2a, 2b, 3a e 4a). Também é a partir do esgotamento dela que surge a oportunidade para se criar a cidade de uso misto na região, uma vez que os estoques de uso não residencial estão esgotados nos perímetros por onde passa a avenida, tendo seu primeiro resultado visível no edifício FL 4300, que será apresentado mais adiante. 354 Ibid. 355 SP URBANISMO. Operação Urbana Consorciada Faria Lima. São Paulo: SP Urbanismo, dez. 2016. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/12/OUCFL_caderno_GESTAO-URBANA.pdf, acesso 15 mar. 2017 179 4.2. Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo 2004 Em 2004 foi aprovada a lei nº 13.855, que instituía um novo zoneamento para a cidade de São Paulo356, ela foi elaborada a partir das premissas propostas no Plano Diretor Estratégico de 2002357. Este plano trazia a proposta de sintetizar a legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo, vigente desde 1972, trazendo entre outros elementos a reclassificação das categorias de usos e zonas. A LPUOS 1972, em seus 32 anos de vigência sofreu inúmeras alterações, totalizando 116 leis, 53 tipologias de zonas que se subdividiam em 76 tipos de zonas de uso358. A LPUOS de 2004, dividiu a cidade em duas macrozonas: macrozona de proteção ambiental; e macrozona de estruturação e qualificação urbana. Além de zonas especiais que poderiam estar inseridas em qualquer macrozona: • Zona especial de preservação ambiental: ZEPAM; • Zona especial de preservação cultural: ZEPEC; • Zona especial de produção agrícola e de extração mineral: ZEPAG; • Zona especial de interesse social: ZEIS; • Zona especial de preservação: ZEP; e • Zona de ocupação especial: ZOE. A Avenida Brigadeiro Faria Lima estava inserida na macrozona de estruturação e qualificação urbana, que por sua vez apresentava as seguintes zonas: • Zonas exclusivamente residenciais: ZER-1 (zona exclusivamente residencial de densidade demográfica baixa); ZER-2 (zona exclusivamente residencial de densidade demográfica média); ZER-3 (zona exclusivamente residencial de densidade demográfica alta); • Zona predominantemente industrial: ZPI; 356 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 13.885 de 25 de agosto de 2004. Estabelece normas complementares ao Plano Diretor Estratégico, institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/legislacao/planos_regionais/index.php?p=822, acesso 25 jan. 2017. 357 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 13.460, de 13 de setembro de 2002. Plano Diretor Estratégico. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L13430.pdf, acesso 10 fev. 2018. 358 VIEIRA, Jair Lot (supervisão editorial). Lei de zoneamento do Município de São Paulo: Lei nº 13.885, de 25.08.2004: Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo: Lei nº 13.430, de 13.09.3002. Bauru, SP: EDIPRO, 2005. 180 • Zonas mistas: ZM-1 (zona mista de densidades demográfica e construtiva baixas); ZM-2 (zona mista de densidades demográfica e construtiva médias); ZM-3a (zona mista de densidades demográfica e construtiva altas); ZM-3b (zona mista de densidades demográfica e construtiva altas); • Zonas de centralidade polar: ZCPa (zona de centralidade polar de densidades demográfica e construtiva médias); ZCPb (zona de centralidade polar de densidades demográfica e construtiva altas); • Zonas de centralidade linear: ZCLa (zona de centralidade linear de densidades demográfica e construtiva médias), ZCLb (zona de centralidade linear de densidades demográfica e construtiva médias), ZCLz-I (Zona de centralidade linear destinada à localização de atividades de comércio e serviços de baixa densidade), ZCLz-II (Zona de centralidade linear destinada à localização de atividades de comércio e serviços de baixa densidade); e • Zona de ocupação especial: ZOE. Cabe ressaltar que os parâmetros de cada uma destas zonas variavam de subprefeitura para subprefeitura, sendo necessário analisar os planos regionais anexos à lei. Cada zona passou a ter três coeficientes de aproveitamento: • Coeficiente de aproveitamento mínimo: área mínima de construção para que o imóvel não seja considerado subutilizado. • Coeficiente de aproveitamento básico: direito de construir adquirido junto com o terreno, geralmente 1 vez a área do terreno. • Coeficiente de aproveitamento máximo: direito de construir através de outorga onerosa ou compra de CEPACs. Ao analisar o plano da subprefeitura de Pinheiros (Figura 83), toda a extensão da Faria Lima estava contida em ZCL-a e ZCL-b, com o coeficiente de aproveitamento máximo de 2,5 (Tabela 5). No entanto, durante toda a vigência desta lei, a via também esteve sob influência da OUCFL, que efetivamente permitia a utilização de um coeficiente de aproveitamento máximo de 4. As imediações da via, eram compostas por zonas exclusivamente residenciais e zonas mistas de média e alta densidade (Tabela 5). 181 Zona de centralidade Linear – a (ZCL-a) Zona de centralidade Linear – b (ZCL-b) Zona de centralidade Linear – a (ZCL-a) e b (ZCL-b) Zona de Centralidade Linear I em ZER (ZCLz-I) Zona de Centralidade Linear II em ZER (ZCLz-II) Trechos de Logradouros Públicos Enquadrados em ZER-3 Zona de Centralidade Linear de Proteção Ambiental (ZCLp) Trechos de Logradouros Públicos Enquadrados em ZTLz-I Figura 83 – Trecho do mapa de uso e ocupação do solo (LPUOS 2004). Fonte: Lei 13.885/2004, Livro XI, Mapa 04. 182 Tabela 5 – LPUOS 2004 – Zoneamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima e seus arredores Coeficiente de aproveitamento 0,20 0,20 0,05 0,20 0,20 0,20 mínimo Coeficiente de aproveitamento 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 2,00 básico Coeficiente de 2,50 (ver 2,50 (ver aproveitamento 2,50 2,50 1,00 2,00 art. 55) art. 56) máximo Taxa de ocupação 0,50 (ver 0,50 (ver 0,50 (ver máxima 0,70 0,70 0,5 Livro XI, Livro XI, Livro XI, Art. 58) Art. 58) Art. 58) Taxa de 0,15 (ver 0,15 (ver 0,15 (ver permeabilidade 0,15 0,15 0,30 Livro XI, Livro XI, Livro XI, mínima Art. 59) Art. 59) Art. 59) Lote mínimo (m²) 125,00 125,00 250,00 125,00 125,00 125,00 Frente mínima (m²) 5,00 5,00 10,0 5,00 5,00 5,00 Gabarito de altura Sem Limite 25,00 (ver máximo (m) (ver Livro 25,00 Sem Limite 10,0 Livro XI, Sem Limite XI, Art. 56, Art. 54, §1º) §1º) Recuo de frente 5,00 5,00 5,00 (ver 5,00 (ver 5,00 (ver (m) (ver art. (ver art. 5,00 Art. 185) Art. 185) Art. 185) 185) 185) Recuo de fundos e Não Não Não Não Não laterais (h<6,0m) exigido exigido exigido exigido exigido Não (ver art. (ver art. (ver Art. (ver Art. (ver Art. exigido 186, §1º e 186, §1º e 186, §1º e 186, §1º e 186, §1º e 2º) 2º) 2º) 2º) 2º) Recuo de fundos e R=(H-6)/10 R=(H-6)/10 R=(H-6)/10 R=(H-6)/10 R=(H-6)/10 laterais (h>6,0m) (ver (ver (ver art. (ver art. (ver art. exceções exceções R=(H-6)/10 186, §1º e 186, §1º e 186, §1º e no art. 186, no art. 186, 2º) 2º) 2º) §1º e 2º) §1º e 2º) Exceções – ver Anexo 1. Fonte: Elaborada pela autora, 2018359. 359 Baseada na Lei 13.885/2004. ZCL-a: Zona de Centralidade Linear a ZCL-b: Zona de Centralidade Linear b ZER-1: Zona exclusivamente residencial de densidade demográfica baixa. (PI ZER-1/03, PI ZER-1/04) ZM-2: Zona mista de densidade demográfica e construtiva médias. (PI ZM-2/12, PI ZM-2/13, PI ZM-2/14, PI ZM-2/22) ZM-3a: Zona mista de densidade demográfica e construtiva altas. (PI ZM-3a/04) ZM-3b: Zona mista de densidade demográfica e construtiva altas. (PI ZM-3b/05, PI ZM-3b/14, PI ZM-3b/15) 183 As categorias de uso foram redefinidas e classificadas em (ver subcategorias no Anexo 2): • uso residencial – R; e • uso não residencial – nR. Também é possível observar que esta lei trouxe definições sobre os diferentes tipos de áreas e quais os critérios para se fazer o enquadramento, especialmente no que são consideradas áreas não computáveis, ou seja, áreas cobertas que não entram nos cálculos de coeficientes e índices, tais como360: • Residência do zelador com até 60m², exceto nos usos R1, R2h, nR1 e em edificações com menos de 300m²; • Área do pavimento térreo em pilotis, quando a circulação vertical e o controle de acesso ficarem limitados até 30% da área do pavimento; • Área do pavimento térreo de edificações com uso R2v, quando for destinado a áreas comuns; • Áreas destinadas à estacionamento nas categorias de uso R1, R2h e R2v na seguinte proporção: ‐ Habitação com até 200m²: 1 vaga; ‐ Habitação com área superior a 200m² e inferior a 500m²: 2 vagas; ‐ Habitação com área superior a 500m²: 3 vagas; ‐ Habitação com área privativa de até 50m², na categoria R2v: G>Sc/2,5 (onde G é a área mínima destinada a estacionamento de veículos e Sc área construída resultante do coeficiente de aproveitamento adotado no projeto). A lei trazia também incentivos para as edificações que permitissem o acesso de pedestres e acesso de não condôminos aos seus pavimentos térreos, tais como: a flexibilização na aplicação de recuos; e a concessão de acréscimo de área computável gratuita: 50% da área coberta destinada a circulação de pedestres entre vias no pavimento 360 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 13.885 de 25 de agosto de 2004. Estabelece normas complementares ao Plano Diretor Estratégico, institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo. Art. 2, 189-190. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/legislacao/planos_regionais/index.php?p=822, acesso 25 jan. 2017. 184 térreo ou praça de uso público, em terrenos com mais de 2.500m², averbada em Cartório de Registro de Imóveis361. Havia a exigência de quantidade mínima de vagas de estacionamento, que variavam de acordo com a zona, categoria de uso, tipo de via e área do imóvel. A quantidade de vagas geralmente era calculada em função da área computável, normalmente com valores de 1 vaga/50m² de área computável e 1 vaga/35m² de área computável362. Áreas para embarque e desembarque eram exigidas de acordo com os grupos de atividades e o pátio de carga e descarga também era exigido, ou não, em função dos grupos de atividades, e em geral era considerada 1 vaga/1.000m² de área computável. Esta legislação não deixou marcas muito aparentes na Faria Lima, pois a OUCFL esteve ativa durante todo o tempo de vigência desta legislação. A LPUOS 2004 propôs de maneira mais frequente o uso misto, de maneira mais diversificada, além de dar incentivos para permitir o acesso de pedestres aos pavimentos térreos e a abertura do pavimento térreo com a construção sobre pilotis. Contudo, estes incentivos não foram suficientes para fomentar animações efetivas nos pavimentos térreos. Eles traziam a oportunidade de passar pelo lote, porém não garantiam oportunidade para que as pessoas ali permanecessem por um longo período de tempo, ocupando e se apropriando do lugar. 361 Ibid. Art. 195-196. 362 Para mais detalhes ver quadros 02a-02j da Lei 13.885/2004. 185 4.3. Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo 2016 Em 2016, foi aprovada uma nova Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo363. Esta lei foi formulada para atender ao disposto no Plano Diretor Estratégico de 2014364, que trouxe diversas diretrizes que alteravam ou reforçavam parâmetros urbanísticos vigentes pela legislação anterior. As principais estratégias do PDE 2014 são: Socializar os ganhos da produção da cidade Assegurar o direito à moradia digna a quem precisa Melhorar a mobilidade urbana Qualificar a vida urbana dos bairros Orientar o crescimento da cidade nas proximidades do transporte público Reorganizar as dinâmicas metropolitanas Promover o desenvolvimento econômico da cidade Incorporar a agenda ambiental ao desenvolvimento da cidade Preservar o patrimônio e valorizar as iniciativas culturais Fortalecer a participação popular nas decisões dos rumos da cidade365 O PDE 2014 dividiu o município em duas macrozonas, subdivididas em 4 macro áreas: • Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana: ‐ Macro área de Estruturação Metropolitana; ‐ Macro área de Urbanização Consolidada; ‐ Macro área de Qualificação da Urbanização; ‐ Macro área de Redução da Vulnerabilidade Urbana. • Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental: ‐ Macro área de Redução da Vulnerabilidade e Recuperação Ambiental ‐ Macro área de Controle e Qualificação Urbana e Ambiental ‐ Macro área de Contenção Urbana e Uso Sustentável ‐ Macro área de Preservação de Ecossistemas Naturais A Avenida Brigadeiro Faria Lima está inserida na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, dentro da Macro área de Estruturação Metropolitana. Os objetivos da macrozona são: promover a convivência mais equilibrada entra a urbanização e a 363 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016. Disciplina o parcelamento, o uso e a ocupação do solo no Município de São Paulo, de acordo com a Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014 – Plano Diretor Estratégico (PDE). Disponível em http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L16402.pdf, acesso 13 fev. 2018. 364 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico de São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002. Disponível em http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L16050.pdf, acesso 13 fev. 2018. 365 SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP. Plano Diretor Estratégico do município de São Paulo: lei municipal nº 16.050, de 31 de julho de 2014: texto da lei ilustrado. São Paulo: PMSP, 2015. P. 15. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/01/Plano-Diretor- Estrat%C3%A9gico-Lei-n%C2%BA-16.050-de-31-de-julho-de-2014-Texto-da-lei-ilustrado.pdf, acesso 13 fev. 2017. 186 conservação ambiental; compatibilizar o uso e a ocupação do solo com a infraestrutura; orientar os processos de reestruturação urbana; reduzir situações de vulnerabilidade; diminuir desigualdades na distribuição de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas; desconcentrar oportunidades de trabalho; manter, proteger e requalificar zonas exclusivamente residenciais366. A macro área em questão, abrange as planícies pluviais, caracterizadas pela existência de vias estruturais (ferrovias ou rodovias), cujos territórios passam por processos de mudanças nos padrões de uso e ocupação e conversão econômica. Os objetivos desta macro área são: aumentar as densidades construtivas e demográficas; recuperar a qualidade dos sistemas ambientais existentes; manter a população moradora; produzir HIS e HMP; incrementar e qualificar o transporte coletivo; regular a produção imobiliária; redefinir parâmetros de uso e ocupação do solo; minimizar problemas de áreas de risco, de inundação e solos contaminados; recuperar, preservar e proteger patrimônios relacionados a indústria e a ferrovia; e manter o estímulo ao emprego industrial e atividades econômicas de abrangência metropolitana. Neste contexto a Faria Lima se insere no Arco Faria Lima – Águas Espraiadas – Chucri Zaidan367. A LPUOS 2016 cria uma nova classificação para os tipos de zonas, nas quais o município foi dividido. Ao contrário da LPUOS 2004, a legislação atual trata os parâmetros das zonas como comuns à toda a cidade, ou seja, uma zona mista terá sempre os mesmos parâmetros, independente da subprefeitura em que se localize. A zonas são368: • Zonas eixo de estruturação e transformação urbana: Zona eixo de estruturação e transformação urbana (ZEU); Zona eixo de estruturação e transformação urbana ambiental (ZEUa); Zona eixo de estruturação e transformação urbana previsto (ZEUP); Zona eixo de estruturação e transformação urbana previsto ambiental (ZEUPa); • Zonas eixo de estruturação da transformação metropolitana: Zona eixo de estruturação da transformação metropolitana (ZEM); Zona eixo de estruturação da transformação metropolitana previsto (ZEMP); • Zonas de centralidade: Zona de centralidade (ZC); Zona de centralidade ambiental (ZCa); Zona de centralidade lindeira à ZEIS (ZC-ZEIS); • Zonas corredor: Zona corredor 1 (ZCOR-1); Zona corredor 2 (ZCOR-2); Zona corredor 3 (ZCOR-3); Zona corredor ambiental (ZCORa); 366 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico de São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002. Disponível em http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L16050.pdf, acesso 13 fev. 2018. 367 Ibid. 368 SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016. Disciplina o parcelamento, o uso e a ocupação do solo no Município de São Paulo, de acordo com a Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014 – Plano Diretor Estratégico (PDE). Disponível em http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/leis/L16402.pdf, acesso 13 fev. 2018. 187 • Zonas mistas: Zona mista (ZM); Zona mista ambiental (ZMa); Zona mista de interesse social (ZMIS); Zona mista de interesse social ambiental (ZMISa); • Zonas especiais de interesse social: Zona especial de interesse social 1 • (ZEIS-1); Zona especial de interesse social (ZEIS-2); Zona especial de interesse social (ZEIS-3); Zona especial de interesse social (ZEIS-4); Zona especial de interesse social (ZEIS-5); • Zonas de desenvolvimento econômico: Zona de desenvolvimento econômico (ZDE-1); Zona de desenvolvimento econômico (ZDE-2); • Zonas predominantemente industriais: Zona predominantemente industrial 1 (ZPI-1); Zona predominantemente industrial 2 (ZPI-2); • Zona de ocupação especial (ZOE); • Zona predominantemente residencial (ZPR); • Zonas exclusivamente residenciais: Zona exclusivamente residencial 1 (ZER-1); Zona exclusivamente residencial 2 (ZER-2); Zona exclusivamente residencial ambiental (ZERa); • Zonas de preservação e desenvolvimento sustentável: Zona de preservação e desenvolvimento sustentável (ZPDS); Zona de preservação e desenvolvimento sustentável da zona rural (ZPDSr); • Zona especial de proteção ambiental (ZEPAM); • Zona Especial de Preservação (ZEP); e • Zona Especial de Preservação Cultural (ZEPEC). A lei mantém a nomenclatura dos parâmetros de ocupação do solo da legislação anterior, tais como coeficiente de aproveitamento mínimo (CAmín), coeficiente de aproveitamento básico (CAbás), coeficiente de aproveitamento máximo (CAmáx), taxa de ocupação (TO), gabarito de altura máxima (GAB), recuos mínimos e taxa de permeabilidade (TP). E acrescenta outros três: cota parte máxima de terreno por unidade (CPmáx), cota parte mínima de terreno por unidade (CPmín), e quota ambiental (QA)369. Os usos continuam classificados como residencial (R) e não residencial (nR). No entanto as categorias de usos têm uma nova classificação de acordo com a LPUOS 2016 (ver Anexo 3). 369 Obtida através a aplicação de fórmulas descritas ao longo da lei. 188 Figura 84 – Zoneamento da região da Avenida Faria Lima (LPUOS 2016). Fonte: Geosampa, acesso 16 ago. 2017. 189 Tabela 6 – LPUOS 2016 – Zoneamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima. LPUOS 2016 – Zoneamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima ZEU: zona eixo de AC-1: clubes estruturação da ZCOR-2: zona ZM: zona mista esportivos sociais transformação corredor urbana Coeficiente de aproveitamento NA 0,30 0,50 0,05 mínimo Coeficiente de aproveitamento 0,60 1,00 1,0 1 básico Coeficiente de aproveitamento 0,60 2,00 4,0 1 máximo Taxa de ocupação máxima para lotes 0,60 0,85 0,85 0,50 <500m² Taxa de ocupação máxima para lotes 0,60 0,70 0,70 0,50 >500m² (PA4 / PA5) Taxa de permeabilidade 0,15 0,15 0,15 0,30 mínima Lote < 500m² (PA4 / PA5) Taxa de permeabilidade 0,25 0,25 0,25 0,30 mínima Lote > 500m² Lote mínimo (m²) - 125,00 1.000,00 250,00 Lote máximo (m²) - 20.000,00 20.000,00 10.000,00 Frente mínima (m²) - 5,00 20,00 10,00 Frente máxima (m²) - 150,00 150,00 100,00 Gabarito de altura 20,00 28,00 NA 10,00 máximo (m) Recuo de frente (m) 5,00 5,00 NA 5,00 (ver Art. 67 ou 69) Recuo de fundos e 3,00 NA NA NA laterais (h<10,0m) Recuo de fundos e 3,00 (ver Art. 66, 3,00 (ver Art. 66, 3,00 (ver Art. 66, 3,00 laterais (h>10,0m) incisos II e III) incisos II e III) incisos II e III) Cota parte máxima de terreno por unidade NA NA 20,00 NA (m²) Exceções – ver Anexo 4 Fonte: Elaborada pela autora, 2018370. Ao analisar a Figura 84, é possível verificar que a Faria Lima está sob influência de basicamente 4 zonas, que deixam a região com coeficientes de aproveitamento máximos entre 0,6 e 4,0 (Tabela 6): • AC-1 (clubes esportivos sociais): na região do Esporte Clube Pinheiros; • ZCOR-2 (zona corredor): destinada a usos não residenciais compatíveis com o uso residencial em lotes lindeiros à ZER ou ZPR, com frente para vias que exercem 370 Baseada na Lei 16.402/2016. 190 estruturação local ou regional e à conformação de subcentro regional – na ‘velha’ Faria Lima; • ZM (zona mista): destinada a promover usos residenciais e não residências, com predominância residencial e densidades construtivas e demográficas baixas e médias – na ‘nova’ Faria Lima e em um trecho da ‘velha’ Faria Lima; e • ZEU (zona eixo de estruturação da transformação urbana): destinada a usos residenciais e não residenciais de alta densidade demográfica e construtiva articuladas com o transporte público coletivo. No entanto, a área ainda está sob influência da OUC Faria Lima, que apesar de ter seus estoques não residenciais esgotados em toda a extensão da Avenida Brigadeiro Faria Lima, ainda permite o adensamento de construções residências e já começou a contribuir para o surgimento de empreendimentos de uso misto, como por exemplo o empreendimento FL 4300, que tira proveito deste tipo de recurso para ter um retorno maior. Houve também novas definições para o que é considerado área não computável, dentre elas: • Nas zonas eixo (ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM e ZEMP): 1 vaga por unidade habitacional e 1 vaga a cada 70m² para uso não residencial, desde que observada a cota máxima de garagem de 32m²; • Áreas ocupadas por vagas especiais até o limite mínimo solicitado por lei. • Áreas cobertas destinadas a circulação vertical e horizontal até 20% da área do pavimento em usos residenciais exceto nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM e ZEMP; • Áreas previstas no COE vigente; • Fachadas ativas com no mínimo 25%371 de cada uma das testadas, destinadas a uso não residencial com área máxima de 50% da área do lote em ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC e ZCa e 20% da área do lote nas demais zonas; • 20% da área computável total para uso não residencial em ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC, ZCa, EHIS; • 20% da área computável total para uso não residencial; • Áreas ocupadas por vestiários de bicicletas. As vagas de estacionamento deixam de ser vinculadas diretamente às zonas, ficam diretamente associadas às subcategorias de usos, e calculadas em função da área computável geralmente utilizando as razões de 1/35m², 1/50m², 1/75m² e 1/100m². Passam a ser exigidas para quase todas a subcategorias de uso vagas para bicicletas nas razões de 371 Caso o valor seja inferior a 3,00m usar 3,00m como valor mínimo. 191 1/125m², 1:250m² e 1/500m². As áreas de carga e descarga, quando exigidas, pedem vagas para utilitários nas razões de 1+1/1.000m² e 1+1/4.000m² de acordo com a subcategoria de uso e vagas para caminhões, quando exigidas, na razão de 1+1/4.000m². as áreas de embarque e desembarque de passageiros também é exigida de acordo com a subcategoria de uso, e não há dimensionamento prévio estipulado372. 372 Para mais informações ver o quadro 4a da Lei 16.402/2016. 192 193 5. A Faria Lima hoje 194 195 Este capítulo dedicado à Avenida Brigadeiro Faria Lima atual, que a partir de um olhar sistêmico alterna entre as escalas micro e macro. O processo foi iniciado com visitas para o reconhecimento do local, que de maneira empírica apresentou um elemento predominante na paisagem, que são os edifícios de escritórios e a presença de dualidades entre os diferentes trechos da via. A partir destas primeiras constatações foi elaborado um inventário dos edifícios de escritórios da avenida, contemplando entre outros elementos ano de construção, uso do térreo, agentes responsáveis pela sua construção entre outros. Após os levantamentos foram elaborados mapas para sintetizar o que foi verificado. A seguir foi abordada a morfologia da avenida; a arquitetura predominante na década de 1970, que foi o auge da construção dos edifícios da ‘Velha’ Faria Lima; e a arquitetura contemporânea, que é o auge da construção dos edifícios da ‘Nova’ Faria Lima nos trechos Itaim e Vila Olímpia, cujos edifícios são das décadas de 2000 e 2010. Por fim foram estabelecidos critérios para elaborar análises para estudar estes edifícios e sua inserção na avenida comprovando a constatação empírica da presença de dualidades na avenida. 196 5.1. O inventário dos edifícios de escritórios da Avenida Brigadeiro Faria Lima Pouco sobrou da estreita e pacata Rua Iguatemi, talvez seus remanescentes mais importantes sejam o Museu da Casa Brasileira, a Casa Bandeirista, o Esporte Clube Pinheiros e o Shopping Center Iguatemi. Após a inauguração do primeiro trecho da Avenida Brigadeiro Faria Lima em 1970, houve um grande boom na construção de edifícios de escritórios, que se tornaram o elemento predominante na via. A década de 1980 é marcada por uma baixa produção arquitetônica, decorrente da crise econômica, que deixou este período marcado como a década perdida. A década de 1990, foi marcada pela aprovação da Operação Urbana Consorciada Faria Lima, em 1995, e pela inauguração de novos trechos da avenida: • Pinheiros, ao norte, em 1995; e • entre 1995 e 1996, ocorreram diversas pequenas liberações de tráfego nos trechos ao sul, Itaim e Vila Olímpia, conforme iam sendo concluídos. A partir deste panorama histórico e das visitas técnicas ao local, foi possível demarcar de maneira mais específica a divisão da avenida em quatro trechos (Figura 85): • Trecho 1 - ‘Velha’ Faria Lima (ao centro): entre a Figura 85 – Setorização da Av. Brig. Rua Teodoro Sampaio e Jerônimo da Veiga, Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. inaugurado em 1970; 197 • Trecho 2 - ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros (ao norte): entre a Avenida Pedroso de Moraes e Rua Teodoro Sampaio, inaugurada em 1995. • Trecho 3 - ‘Nova’ Faria Lima – Itaim: entre a Rua Teodoro Sampaio e Avenida Juscelino Kubitschek, inaugurado entre 1995 e 1996; e • Trecho 4 - ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia: entre a Avenidas Juscelino Kubitschek e Hélio Pellegrino, inaugurado em 1996. O levantamento, que deu origem ao inventário dos edifícios da Avenida Brigadeiro Faria Lima, levou em conta os seguintes critérios: • Numeração dos edifícios: foi mantida a numeração atual dos edifícios, que foi aferida em levantamentos de campo. • Nome do edifício: foram registrados todos os nomes encontrados para um mesmo edifício; • Ano de construção: foram levantados a partir de diversas fontes de pesquisa (jornais, revistas, anúncios, base de dados de brokers, sites, dissertações, teses, entre outros). Na ausência de registros foi feita uma estimativa da década de construção em função das características do edifício, versus as características predominantes de cada época; • Arquitetura, Construção, Incorporação: foram pesquisadas diversas fontes em busca dos responsáveis por cada um dos edifícios, nos casos em que não foi possível identificá-los os campos foram omitidos; • Térreo: a partir de levantamento de campo foram identificadas as características predominantes, especialmente quanto aos seus usos: ‐ Uso privado: restrito apenas a condôminos do edifício; ‐ Comércio local: comércio para abastecimento da população local, tais como pequenas lojas, restaurantes, entre outros, com acesso direto à via; ‐ Serviços locais: pequenos serviços tais como agências bancárias, com acesso direto à via; ‐ Galerias: conjuntos de lojas e/ou serviços acessadas por corredores internos aos edifícios; ‐ Fruição: área que permita a livre circulação de pedestres dentro de um lote • Andares: quantificação dos pavimentos tipo através de fontes de pesquisa ou por observação in loco. • Área do terreno: as áreas dos terrenos foram extraídas preferencialmente de registros constantes nas referências consultadas, na ausência de informações foram extraídas do mapa utilizado como referência para o processamento das informações. • Área construída: as áreas construídas foram extraídas de registros constantes nas referências consultadas, na ausência de informações o campo foi omitido. 198 • Classificação: levou em conta os parâmetros utilizados pela Revista Buildings373, que divide os edifícios de escritórios em duas categorias básicas: office – salas comerciais até 100m²; e Corporate – salas comerciais e/ou lajes corporativas acima de 100m². Além de classificar sua qualidade em uma escala que varia entre padrões AAA e C, conforme tabelas a seguir. Tabela 7 – Classificação Buildings para edifícios Corporate374 Corporate Tamanho médio dos conjuntos >=100m² Classificação macro A B C Classificação fina AAA AA A BB B C Critérios objetivos Laje >=1.500 >=1.000 >=500 >=500 >=250 N/A Área locável total >=20.000 >=10.000 >=5.000 >=5.000 >=2.500 N/A (Empreendimento) Idade (Entrega / Retrofit) <=20 anos <=40 anos N/A Critérios subjetivos (notas) Somatória das notas >=13 >=11 >=8 >=5 >=5 >=5 Padrão das especificações De 1 a De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 técnicas 5 Imagem corporativa De 1 a De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 5 Padrão da ocupação De 1 a De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 5 Fonte: O CONCEITO, 2014, p. 20. Tabela 8 - Classificação Buildings para edifícios Office375 Office Tamanho médio dos conjuntos <100m² Classificação macro A B C Classificação fina AA A B C Critérios objetivos Laje >=1.000 >=500 >=250 N/A Área locável total >=10.000 >=5.000 >=2.500 (Empreendimento) Idade (Entrega / Retrofit) <=20 anos <=20 anos <=40 anos N/A Critérios subjetivos (notas) Somatória das notas >=11 >=8 >=5 >=3 Padrão das especificações De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 técnicas Imagem corporativa De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 Padrão da ocupação De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 De 1 a 5 Fonte: O CONCEITO, 2014, p. 20. Em cada um dos trechos será apresentado inicialmente um mapa com a quantidade de quadras pertencentes a cada trecho, uma tabela com os edifícios inventariados e mapas 373 O CONCEITO da classificação Buildings para os edifícios de escritórios. Buildings Escritório & Industrial, São Paulo, ano 7, edição 26, 3º trimestre, 2014. Disponível em: http://www.buildings.com.br/revista_buildings/ed25/files/assets/downloads/publication.pdf, acesso 16 set. 2017. 374 Ver Anexo 5 para mais explicações sobre os critérios adotados pela Revista Buildings. 375 Ver Anexo 5 para mais explicações sobre os critérios adotados pela Revista Buildings. 199 síntese dos dados obtidos em cada trecho. Na sequência, os edifícios catalogados são apresentados, inicialmente o lado ímpar da rua e posteriormente o lado par. Cada um dos edifícios será apresentado em uma página contendo: • Número e nome do edifício; • Ficha técnica; • Foto e/ou outra mídia pertinente ao edifício; • Planta chave da quadra na qual se localiza; e • Vista 3D de sua volumetria em relação ao entorno. 200 5.1.1. ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros (norte) O trecho Pinheiros da ‘Nova’ Faria Lima, ao norte, foi o segundo a ser inaugurado e é o menos desenvolvido de toda a avenida, apesar de estar contemplado pela OUCFL desde sua primeira edição. Neste trecho constatou-se a existência de 15 quadras (Figura 86): Figura 86 – Quadras do trecho norte da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. Diferente dos demais trechos da avenida, os edifícios de escritórios não se consolidaram como elemento predominante na paisagem (Figura 87), verificou-se a existência de somente três edifícios de escritórios relacionados na Tabela 9. 201 Figura 87 – Edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. Tabela 9 – Edifícios da ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros (norte) Décadas Nº Edifício 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 201 Torre Faria Lima (Instituto Tomie Ohtake) X 558 Alzira Dias X 628 Maria Christina X Total 1 0 1 0 0 1 0 Fonte: a autora, 2018. Na Figura 88 podemos verificar que dos três edifícios de escritórios existentes neste trecho, dois são remanescentes da ocupação anterior ao alargamento da via (décadas de 1950 e 1970), e somente um deles, a Torre Faria Lima, que abriga o Instituto Tomie Ohtake foi construído na década de 2000. 202 Figura 88 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. O uso dos pavimentos térreos destes edifícios segue a tendência das décadas em que foram construídos (Figura 89). Os edifícios Maria Christina e Alzira Dias são dedicados a comércios locais, enquanto o da Torre Faria Lima é de uso privado aos condôminos na face voltada para a Avenida Brigadeiro Faria Lima. Cabe ressaltar que os edifícios de escritórios deste trecho estão dispersos, de maneira que não há uma dinâmica entre eles que exerça um papel condicionador do entorno, como ocorre nos demais trechos. 203 Figura 89 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. Além da divergência do elemento predominante na paisagem em relação aos demais trechos da avenida, o trecho Pinheiros da ‘Nova’ Faria Lima ainda apresenta características distintas entre o lado ímpar e o lado par da via (Figura 90 e Figura 91). 204 Figura 90 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, lado ímpar a esquerda e lado par a direita. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017. Figura 91 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, nas proximidades do Largo da Batata, velha Faria Lima ao fundo. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017. O lado ímpar é marcado por ‘cicatrizes’ da obra da avenida (Figura 92), resultantes de uma ocupação residencial de baixa densidade com fundos para a avenida e com áreas residuais sem uso ou transformadas em pequenas praças, inclusive com a ocupação de moradores de rua (Figura 93 e Figura 96), fato menos frequente na ‘Velha” Faria Lima e no trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima. 205 Figura 92 – Mapeamento das áreas remanescentes da obra da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. Figura 93 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, lado ímpar. Fonte: Google Street view, jun. 2016, acesso 18 set. 2017. 206 Figura 94 – ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros, lado ímpar. Fonte: Google Street view, jun. 2016, acesso 18 set. 2017. O lado par, tem a predominância de construções baixas, geralmente comércios e serviços locais em decadência (Figura 95 a Figura 97), com um princípio de verticalização de edifícios residenciais nas quadras posteriores. Excetuando-se o Largo da Batata e as imediações da Estação Faria Lima do Metrô, é possível notar que não há grande fluxo de pedestres na região. Figura 95 – Nova Faria Lima, trecho norte, lado par. Fonte: Google Street View, mar. 2016, acesso 18 set. 2017. 207 Figura 96 – Nova Faria Lima, trecho norte, lado par. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017. Figura 97 – Nova Faria Lima, trecho norte, lado par. Fonte: Google Street view, jan. 2016, acesso 18 set. 2017. Ao longo das visitas realizadas ao local foi possível notar um aumento no número de imóveis com placas de vende-se ou aluga-se presentes neste trecho, especialmente no lado par da via, fato que corrobora para os sinais de estagnação e decadência do trecho Pinheiros. No entanto, nota-se também uma atividade imobiliária crescente com lançamentos residenciais nos arredores da via. 5.1.1.1. Ficha técnica dos edifícios376 376 Ver referências dos edifícios no Anexo 5. 208 Lado ímpar 201 – Torre Faria Lima (Instituto Tomie Ohtake) Ficha técnica Ano: 1ª fase 1998-2001 – Torre Pedroso de Moraes + Instituto Tomie Ohtake / 2ª fase 2000-2004: Torre Faria Lima Arquitetura: Ruy Ohtake Construção: Método Engenharia Gerenciamento: Serplan Proprietário: Aché Laboratórios Farmacêuticos S. A. Térreo: uso privado Andares: 27 (612,5 a 1233m²) Área do terreno: 7.653m² Área construída: 15.810m² Torre Faria Lima / 32.820m² o complexo todo Classificação: Corporate A Observações: O Complexo Ohtake Cultural está listado no portfólio da SDI. Figura 99 – Instituto Tomie Ohtake. Fonte: Figura 98 – Torre Faria Lima. Fonte: Acervo INSTITUTO, 2000, p. D3. pessoal, 2018. Figura 100 – Mapa chave quadra Q2.01. Fonte: a Figura 101 – Torre Faria Lima. Fonte: Google Earth, autora, 2018. 2008. Acesso 11 nov. 2018. 209 Lado par 558 – Alzira Dias Ficha técnica Ano: 1978 Térreo: comércio local Andares: 9 (140m²) Classificação: Office C Figura 102 - Edifício Alzira Dias. Fonte: Google Street View, jan. 2016, acesso 10/09/2017. Figura 103 – Mapa chave quadra Q2.13. Fonte: a Figura 104 – Edifício Alzira Dias. Fonte: Google autora, 2018. Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. 210 628 – Maria Christina Ficha técnica Ano: 1959 Térreo: comércio local Andares: 11 (280 a 320m²) Classificação: Office C Figura 105 – Edifício Maria Christina. Fonte: Acervo pessoal, 2017 e 2018. Figura 106 – Mapa chave quadra Q2.13. Fonte: a Figura 107 – Ed. Maria Christina. Fonte: Google autora, 2018. Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. 211 5.1.2. ‘Velha’ Faria Lima (centro) O trecho conhecido como ‘Velha’ Faria Lima é o mais antigo dos quatro, inaugurado em 1970. Neste trecho constatou-se a existência de 35 quadras (Figura 108). Figura 108 – Quadras da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. O alargamento da antiga Rua Iguatemi e a oferta de nova infraestrutura urbana abriram espaço para a construção de novos edifícios de escritórios que se consolidaram como elemento predominante na paisagem (Figura 109). 212 Figura 109 – Edifícios de escritórios da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. 213 Foi verificada a existência de 62 edifícios de escritórios, relacionados na Tabela 10: Tabela 10 – Edifícios da ‘Velha’ Faria Lima ‘Velha’ Faria Lima Décadas Nº Edifício 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 1059 CREA X S/N Sul América / Teoemp X 1188 Faria Lima 1.188 X 1226 Armando Shibata X 1234 Conselheiro Paranaguá X 1306 Faria Lima 1.306 (Pedra Grande) X 1309 FLBC (Faria Lima Business Center) X 1336 Alvino Slaviero X 1355 Faria Lima X 1384 UOL Faria Lima X 1461 Centro Empresarial Mário Garnero (Torre X Norte) 1478 Edifício Monumento X 1485 Centro Empresarial Mário Garnero (Torre Sul) X 1571 Novo Horizonte X 1572 Barão de Rothschild X 1597 Barão de Pedro Afonso X 1606 Barão de Água Branca X 1656 Novo São Paulo X 1663 Plaza São Lourenço X 1685 Conselheiro Antônio Prado X 1690 Conselheiro João Alfredo X 1713 Diâmetro X 1744 Olívia Fernandes X 1755 Royal Street X 1768 Conselheiro Souza e Mello X 1779 Maurício X 1800 Liége X 1811 CEPAV (Palácio das Américas / Shopping X Vitrine Iguatemi) 1826 Barão da Torre X 1847 Gilberto de Ulhôa Canto X 1853 Itaquera X 1884 Calcenter – Torre I X 1893 CIAM X 1903 Conselheiro Lafayete X 1912 Calcenter – Torre II X 1931 Regent’s Park X 1982 Campo Verde X 1993 Visconde de Jerumirim X 2012 Fernando Arens X 2013 Faria Lima X 2055 San Paolo X 2070 Parque Iguatemi X 2081 Irapurú X 2113 Banco Original (Faria Lima 2113) X 214 ‘Velha’ Faria Lima Décadas Nº Edifício 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2121 Ferraz de Almeida X 2128 Park Center X 2152 Cidade Jardim I X 2157 Banco Bradesco X 2179 Os Bandeirantes X 2229 Iramaia X 2277 Plaza Iguatemi X 2369 Barão de Iguatemi X 2391 Jaguari X 2413 Park Plaza X 2601 New Star X 2631 Barão de Atibaia X 2639 Conselheiro Rodrigues Alves X S/N Dacon X 2894 Capitânia X 2927 New Place X 2941 Sérgio de Magalhães X 2954 Hyde Park X Total 0 3 40 7 8 2 2 Fonte: a autora, 2018. Ao analisar as datas de entrega dos edifícios de escritórios deste trecho é possível verificar que a década de 1970 foi o período em que o processo de verticalização da ‘Velha’ Faria Lima foi mais intenso (Figura 110). Os 40 edifícios entregues nesta década retratam um período de prosperidade, não só desta região, mas do país de uma maneira geral. Neste período, cabe destaque a atividade de duas construtoras: a Construtora Adolpho Lindenberg (CAL) e a Construtora Gomes de Almeida Fernandes (GAF). Na maioria das vezes estas construtoras incorporavam e construíam os prédios, cujos escritórios e/ou lajes eram comercializações por elas mesmas ou por parceiros como por exemplo a Lopes Imóveis. Modelo bastante semelhante ao utilizado para os imóveis residenciais ainda hoje. A década de 1980 não sustenta a prosperidade da década anterior, como evidenciado na Tabela 10, que aponta a construção de 40 edifícios na década de 1970 versus 7 edifícios na década de 1980. As décadas seguintes tem uma produção pequena, apesar dos incentivos da OUCFL, pois este trecho da avenida já estava consolidado e que a oferta de terrenos para novos empreendimentos ficou mais escassa. 215 Figura 110 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. 216 Figura 111 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. 217 Outro aspecto marcante dos edifícios realizados neste trecho é que na década de 1970 tanto o Código de Obras Arthur Saboya e a LPUOS de 1972, não traziam incentivos aos térreos ativos, porém, considerável parte dos empreendimentos possuem térreos com comércios e serviços locais e/ou galerias comerciais. Provavelmente este fato se deve à cultura do comércio de rua, uma vez que a inauguração do primeiro shopping center da cidade ainda era recente (1966) e população como um todo ainda não estava habituada a esta nova maneira de comprar. Já os empreendimentos a partir da década de 1980 têm a tendência de ter os pavimentos térreos de uso privado (Figura 111), muitas vezes justificado por questões relativas à insegurança que aumentou neste período. Figura 112 – Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1982. Fonte: Folhapress, 1982.377 5.1.2.1. Ficha técnica dos edifícios378 377 FOTO São Paulo: Faria Lima – Pinheiros. Folha de São Paulo, São Paulo, 04 nov. 2011. Disponível em: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/11162-faria-lima-pinheiros, acesso 06 set. 2017. 378 Ver referências dos edifícios no Anexo 5. 218 Lado ímpar 1.059 – CREA Ficha técnica Ano: 1980 Térreo: uso privado Andares: 14 (250m²) Classificação: Corporate B Figura 113 - Edifício do CREA. Fonte: Acervo pessoal, 2017 Figura 114 – Mapa chave quadra Q1.01. Fonte: a Figura 115 – Ed. do CREA. Fonte: Google Earth, autora, 2018. 2008. Acesso 11 nov. 2018. 219 1.309 – FLBC (Faria Lima Business Center) Ficha técnica Ano: 1997 Arquitetura: Itauplan - Júlio Vieira e Carlos Eduardo Sguillaro Operação: CBRE Térreo: uso privado Andares: 11 (506,75 a 507,15m²) Área do terreno: 1.786m² Área construída: 14.905m² Classificação: Corporate BB Figura 116 – Edifício FLBC. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 04/09/2017. Figura 117 – Mapa chave quadra Q1.02. Fonte: a Figura 118 – Ed. FLBC. Fonte: Google Earth, 2008. autora, 2018. Acesso 11 nov. 2018. 220 1.355 – Faria Lima Ficha técnica Ano: 1986 Arquitetura: Roberto Candusso Operação: CBRE Térreo: uso privado / parcialmente gradeado Andares: 23 (887m²) Classificação: Corporate BB Figura 119 – Edifício Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 120 – Mapa chave quadra Q1.02. Fonte: a Figura 121 – Edifício Faria Lima. Fonte: Google autora, 2018. Earth, 2018. Acesso 11 nov. 2018. 221 1.461 / 1.485 – Centro Empresarial Mário Garnero – Torres Norte e Sul (Centro Empresarial Faria Lima / Brasilinvest) Ficha técnica Ano: 1981 Arquitetura: Júlio Neves Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: CAL Empreendimentos Imobiliários Térreo: privado / fruição pública Andares: 20 Torre Norte (730,84m²) / 18 Torre Sul (725,49m²) Classificação: Corporate BB / A Figura 122 – Centro Empresarial Mário Figura 123 – Centro Empresarial Mário Garnero. Fonte: Garnero. Fonte: acervo pessoal, 2018. NA MELHOR ESQUINA, 1978, p. 5. Figura 124 – Mapa chave quadra Q1.03. Fonte: Figura 125 – Centro Empresarial Mário Garnero. Fonte: a autora, 2018. Google Earth, 2008. Acesso 11 nov. 2018. 222 1.571 – Novo Horizonte Ficha técnica Ano: 1973 Térreo: privado (Banco Safra) Andares: 17 (200m²) Classificação: Office C Figura 126 – Edifício Novo Horizonte. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 127 – Mapa chave quadra Q1.04. Fonte: a Figura 128 – Ed. Novo Horizonte. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 11 nov. 2018. 223 1.597 – Barão de Pedro Afonso Ficha técnica Ano: 1975 Construção e incorporação: Gomes de Almeida Fernandes Vendas: Lopes Imóveis Térreo: comércio local Andares: 12 (200m² / 301,69m²) Classificação: Office C Figura 130 – Edifício Barão de Pedro Afonso. Fonte: NA AV. FARIA LIMA, 1972, p. 25. Figura 129 – Edifício Barão de Pedro Afonso. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 131 – Mapa chave quadra Q1.04. Fonte: a Figura 132 – Ed. Barão de Pedro Afonso. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 11 nov. 2018. 224 1.663 – Plaza São Lourenço Ficha técnica Ano: 2009 Construção e incorporação: Grupo São Lourenço Térreo: Privado / parcialmente gradeado Andares: 15 (419,28 a 759,70m²) Classificação: Corporate A Figura 133 – Edifício Plaza São Lourenço. Fonte: EMPREENDIMENTOS, [2009?]. Figura 134 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a Figura 135 – Ed. Plaza São Lourenço. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 11 nov. 2018. 225 1.685 – Conselheiro Antônio Prado Ficha técnica Ano: 1975 Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: Cal Empreendimentos Ltda. Térreo: comércio local Andares: 5 (634,96m²) Classificação: Office C (conjuntos de 52,12 a 634,96m²) Figura 136 – Conselheiro Antonio Prado. Fonte: Google Street View, Figura 137 – Edifício ago. 2016, acesso 06/09/2017. Conselheiro Antônio Prado. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1972, p. 7. Figura 138 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a Figura 139 – Ed. Conselheiro Antônio Prado. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 11 nov. 2018. 226 1.713 – Diâmetro Ficha técnica Ano: 1976 Arquitetura: João Kon Incorporação: Diâmetro Empreendimentos S/A Vendas: Prisma Empreendimentos imobiliários Térreo: comércio local Andares: 18 (320,00m²) Classificação: Office B (4 conjuntos por andar) Figura 141 – Edifício Diâmetro. Fonte: A DIÂMETRO, 1972, p. 30. Figura 140 – Edifício Diâmetro. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 142 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a Figura 143 – Ed. Diâmetro. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 11 nov. 2018. 227 1.755 – Royal Street (Coworking YouW) Ficha técnica Ano: 1972? Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Proprietário: Wall Street Empreendimentos e Participações (2011) Térreo: comércio local Andares: 9 (97,96 a 281,76m²) Classificação: Office C Figura 144 – Royal Street. Fonte: acervo pessoal, 2017. Figura 145 – Mapa chave quadra Q1.05. Fonte: a Figura 146 – Ed. Royal Street. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 11 nov. 2018. 228 1.779 – Maurício Ficha técnica Ano: 1977 Térreo: comércio local Andares: 8 (300,00m²) Classificação: Office C Figura 147 – Edifício Maurício. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 148 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a Figura 149 – Ed. Maurício. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 11 nov. 2018. 229 1.811 - CEPAV (Palácio das Américas / Shopping Vitrine Iguatemi) Ficha técnica Ano: 1977 Arquitetura: Edison Musa e Jaci Hargreaves Construção e incorporação: Construtora Gomes de Almeida Fernandes Vendas: Lopes Consultoria de Imóveis Térreo: galeria Andares: 15 (1.195,00 m²) Classificação: Corporate / Office B Observações: O Ed. Cine Espacial, de 4 pavimentos, foi demolido para a construção do Ed. Palácio das Américas. Figura 151 – Edifício Palácio das Américas. Figura 150 – Edifício CEPAV. Fonte: acervo pessoal, 2018. Fonte: HOJE, 1974, p. 15. Figura 152 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a Figura 153 – Ed. CEPAV. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 11 nov. 2018. 230 1.847 – Gilberto de Ulhôa Canto Ficha técnica Ano: 1970 Térreo: privado Andares: 5 (270m²) Classificação: Corporate C Figura 154 – Edifício Gilberto de Ulhôa Canto. Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso 06/09/2017. Figura 155 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a Figura 156 – Ed. Gilberto de Ulhôa Canto. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 11 nov. 2018. 231 1.853 – Itaquera Ficha técnica Ano: 1976 Arquitetura: Júlio Neves Térreo: comércio local Andares: 8 (250m²) Classificação: Corporate C Figura 157 – Edifício Itaquera. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 158 – Mapa chave quadra Q1.06. Fonte: a Figura 159 – Ed. Itaquera. Fonte Google Earth, autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 232 1.893 – CIAM Ficha técnica Ano: 1968 Térreo: comércio local Andares: 8 (300,00m²) Classificação: Corporate C Figura 160 – Edifício CIAM. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 161 – Mapa chave quadra Q1.07. Fonte: a Figura 162 – Ed. CIAM. Fonte: Google Earth, acesso autora, 2018. 20 nov. 2018. 233 1.903 – Conselheiro Lafayete Ficha técnica Ano: 1975 Térreo: privado Andares: 15 (328,00m²) Classificação: Office C Figura 163 – Edifício Conselheiro Lafayete. Fonte: Google Street View, jan. 2016, acesso 06/09/2017. Figura 164 – Mapa chave quadra Q1.07. Fonte: a autora, Figura 165 – Ed. Conselheiro Lafayete. Fonte: 2018. Google Earth, acesso 20 nov. 2018. 234 1.931 – Regent´s Park Ficha técnica Ano: 197? Arquitetura: Júlio Neves Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Térreo: comércio local Andares: 16 Figura 166 – Edifício Regent’s Park. Fonte: Figura 167 – Edifício Regent’s Park. Fonte: Google acervo pessoal, 2018. Street View, jul. 2016, acesso 06/09/2017. Figura 168 – Mapa chave quadra Q1.07. Fonte: a Figura 169 – Ed. Regent’s Park. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 235 1.993 – Visconde de Jerumirim Ficha técnica Ano: 1972 Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: Cal Empreendimentos Ltda. Térreo: galeria Andares: 13 (525m²) Classificação: Office (a partir de 56m²) C Figura 171 – Edifício Visconde de Jerumirim. Fonte: A ONDA, 1972, p. 42. Figura 170 – Edifício Visconde de Jerumirim. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 172 – Mapa chave quadra Q1.08. Fonte: a autora, Figura 173 – Edifício Visconde de Jerumirim. 2018. Fonte: Google Earth, acesso 20 nov. 2018. 236 2.013 – Faria Lima Ficha técnica Ano: 1972 Construção: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg S.A.) Térreo: comércio local Andares: 12 (250,00m²) Classificação: Office C Figura 174 – Edifício Faria Lima. Fonte: acervo Figura 175 – Faria Lima. Fonte: A pessoal, 2018. ESTÓRIA, 1972, p. 11. Figura 176 – Mapa chave quadra Q1.08. Fonte: a Figura 177 – Ed. Faria Lima. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 237 2.055 – San Paolo Ficha técnica Ano: 1999 Arquitetura: Israel Rewin Construção: JHS-J Engenharia: MHA Térreo: privado Andares: 20 (540,00m²) Classificação: Corporate A Figura 178 – Edifício San Paolo. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 179 – Mapa chave quadra Q1.09. Figura 180 – Ed. San Paolo. Fonte: Google Earth, acesso 20 Fonte: a autora, 2018. nov. 2018. 238 2.081 – Irapurú Ficha técnica Ano: 1964 Térreo: privado Andares: 10 (480m²) Classificação: Corporate C Figura 181 – Edifício Irapurú. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 182 – Mapa chave quadra Q1.09. Figura 183 – Ed. Irapurú. Fonte: Google Earth, acesso 20 Fonte: a autora, 2018. nov. 2018. 239 2.113 – Banco Original (Faria Lima 2113) Ficha técnica Ano: 1992 Arquitetura: MGóes Arquitetura + Design (projeto de 2014/2015) Construção: Tetrabase (projeto de 2014/2015) Térreo: privado Andares: 3 (315,00m²) Área construída: 1.468,00m² Classificação: Corporate C Figura 184 – Banco Original. Fonte: Acervo Figura 185 – Café do Banco Original. Fonte: BANCO pessoal, 2018. ORIGINAL, [2015]. Figura 186 – Mapa chave quadra Q1.09. Figura 187 – Ed. Banco Original. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 240 2.121 – Ferraz de Almeida Ficha técnica Ano: 1976? Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: Cal Empreendimentos Ltda. Térreo: comércio local Andares: 10 (192m²) Classificação: Office C (conjuntos a partir de 45m²) Figura 189 – Edifício Ferraz de Almeida. Fonte: O SEU LUGAR, 1972, p. 13. Figura 188 – Edifício Ferraz de Almeida. Fonte: acervo pessoal, 2017. Figura 190 – Mapa chave quadra Q1.09. Figura 191 – Ed. Ferraz de Almeida. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 241 2.157 – Banco Bradesco Ficha técnica Ano: 1986 Térreo: privado Andares: 5 Figura 192 – Banco Bradesco. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 193 – Mapa chave quadra Q1.10. Figura 194 – Banco Bradesco. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2016. 242 2.179 – Os Bandeirantes Ficha técnica Ano: 1995 Arquitetura: Aflalo & Gasperini Administração: Hersil Administração (02/2008) Térreo: privado Andares: 11 (382m²) Área do terreno: 1.275m² Área construída: 10.352m² Área privativa: 4.968,63m² Classificação: Corporate B Observações: O edifício faz parte do portfólio da SDI. Figura 195 – Os Bandeirantes. Fonte: Acervo pessoal, 2018. Figura 196 – Mapa chave quadra Figura 197 – Ed. Os Bandeirantes. Fonte: Google Earth, acesso 20 Q1.10. Fonte: a autora, 2018. nov. 2018. 243 2.229 – Iramaia Ficha técnica Ano: 1960 Térreo: comércio local Andares: 9 (320m²) Classificação: Corporate C Figura 198 – Edifício Iramaia. Fonte: Acervo pessoal, 2018. Figura 199 – Mapa chave quadra Q1.11. Fonte: Figura 200 – Ed. Iramaia. Fonte: Google Earth, acesso 20 a autora, 2018. nov. 2018. 244 2.277 – Plaza Iguatemi Ficha técnica Ano: 2002 Arquitetura: Israel Rewin Construção: JHS Controladora: IGW Trust Térreo: privado Andares: 21 (836,37 a 1027,24m²) Classificação: Corporate AA Figura 201 – Edifício Plaza Iguatemi. Fonte: Apu Gomes / Folha Imagem (PRÉDIO, 2006). Figura 202 – Mapa chave quadra Q1.11. Fonte: Figura 203 – Ed. Plaza Iguatemi. Fonte: Google Earth, a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 245 2.369 – Barão de Iguatemi Ficha técnica Ano: 1973 Arquitetura: Salvador Candia Construção: Gomes de Almeida Fernandes Térreo: Galeria Andares: 20 (300m²) Classificação: Office C Figura 205 – Edifício Barão de Figura 204 – Barão de Iguatemi. Fonte: acervo pessoal, 2018. Iguatemi. Fonte: FARIA LIMA, 1971, p. 42 Figura 206 – Mapa chave quadra Q1.12. Figura 207 – Ed. Barão de Iguatemi. Fonte: Google Fonte: a autora, 2018. Earth, acesso 20 nov. 2018. 246 2.391 – Jaguari Ficha técnica Ano: 1976 Térreo: galeria Andares: 13 (290m²) Classificação: Corporate B Figura 208 – Edifício Jaguari. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 209 – Mapa chave quadra Q1.12. Figura 210 – Ed. Jaguari. Fonte: Google Earth, acesso 02 Fonte: a autora, 2018. dez. 2018. 247 2.413 – Park Plaza Ficha técnica Ano: 1974 Arquitetura: Júlio Neves Térreo: comércio local Andares: 18 (150m²) Classificação: Office C Figura 211 – Edifício Park Plaza. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 212 – Mapa chave quadra Q1.12. Fonte: Figura 213 – Ed. Park Plaza. Fonte: Google Earth, acesso a autora, 2018. 02 dez. 2018. 248 2.601 – New Star Ficha técnica Ano: 1976 Construção: Sobloco Construtora S.A. Térreo: comércio local Andares: 12 (506,73 a 823,68m²) Classificação: Corporate BB Figura 215 – Edifício New Star. Fonte: AV. BRIG., 1977, p. 16. Figura 214 – Edifício New Star. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 216 – Mapa chave quadra Q1.13. Fonte: Figura 217 – Ed. New Star. Fonte: Google Earth, acesso a autora, 2018. 02 dez. 2018. 249 2.631 – Barão de Atibaia Ficha técnica Ano: 1974 Construção: Gomes de Almeida Fernandes Térreo: comércio local Andares: 12 (188m²) Classificação: Office C Figura 218 – Edifício Barão de Atibaia. Fonte: Figura 219 – Edifício Barão de Atibaia. Fonte: GOMES, acervo pessoal, 2018. 1972, p. 39. Figura 220 – Mapa chave quadra Q1.13. Figura 221 – Ed. Barão de Atibaia. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 02 dez. 2018. 250 2.639 – Conselheiro Rodrigues Alves Ficha técnica Ano: 1973 Construção: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Térreo: comércio local Andares: 10 (183m²) Classificação: Office C Figura 222 – Edifício Conselheiro Rodrigues Alves. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 223 – Mapa chave quadra Q1.13. Figura 224 – Ed. Cons. Rodrigues Alves. Fonte: Google Fonte: a autora, 2018. Earth, acesso 02 dez. 2018. 251 S/N – Dacon (Avenida Cidade Jardim, 400) Ficha técnica Ano: 1981 Arquitetura: Ricardo Julião Térreo: privado Andares: 22 (500m²) Classificação: Office B Observações: Na década de 1980 foi cenário para a novela Cortina de Vidro do SBT. Figura 226 – Edifício Dacon. Fonte: EDIFÍCIO DACON, 1987, p. 10. Figura 225 – Edifício Dacon. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 227 – Mapa chave quadra Q1.15. Figura 228 – Ed. Dacon. Fonte: Google Earth, acesso 02 Fonte: a autora, 2018. dez. 2018. 252 2.927 – New Place Ficha técnica Ano: 1977 Arquitetura: Croce, Aflalo e Gasperini Térreo: comércio local Andares: 11 (240m²) Classificação: Office B Observações: Atualmente faz parte do portfólio da Stan. Figura 229 – Edifício New Place. Fonte: Acervo pessoal, 2017. Figura 230 – Mapa chave quadra Q1.18. Figura 231 – Ed. New Place. Fonte: Google Earth, acesso Fonte: a autora, 2018. 02 dez. 2018. 253 2.941 – Sérgio de Magalhães Ficha técnica Ano: 1976 Térreo: comércio local (Alfagraphics) Andares: 9 (150m²) Classificação: Office C Figura 232 – Edifício Novo Horizonte. Fonte: Acervo pessoal, 2017. Figura 233 – Mapa chave quadra Q1.18. Figura 234 – Ed. Sérgio de Magalhães. Fonte: Google Fonte: a autora, 2018. Earth, acesso 02 dez. 2018. 254 Lado par S/N – Sul América / Teoemp (Rua dos Pinheiros, 1629) Ficha técnica Ano: 2015 Arquitetura: Aflalo e Gasperini Construção e incorporação: Engeform / Bratke Collet Térreo: uso privado / gradeado Andares: 13 (950m²) Área do terreno: 3.230m² Área construída: 27.126m² Classificação: Corporate A Figura 235 – SulAmérica. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 236 – Mapa chave quadra Q1.35. Figura 237 – Ed. SulAmérica. Fonte: Google Earth, 2018. Fonte: a autora, 2018. Acesso 11 nov. 2018. 255 1.188 – Faria Lima 1.188 Ficha técnica Ano: 1998 Arquitetura: Botti Rubin Proprietário: Serplan, Racinvest e Fortaleza Operação: Hersil Térreo: privado Andares: 14 (524,13 a 811,12m²) Área construída: 19.118,70m² Área privativa: 9.074,18m² Classificação: Corporate BB Observações: O edifício está listado no portfólio da SDI. Figura 238 – Edifício Faria Lima 1.188. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 239 – Mapa chave quadra Q1.34. Figura 240 – Ed. Faria Lima 1.188. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. 2018. Acesso 11 nov. 2018. 256 1.226 – Armando Shibata Ficha técnica Ano: 1992 Térreo: comércio local / gradeado Andares: 10 (182m²) Classificação: Office C Figura 241 – Edifício Armando Shibata. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 04/09/2017. Figura 242 – Mapa chave quadra Q1.34. Figura 243 – Ed. Armando Shibata. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 11 nov. 2018. 257 1.234 – Conselheiro Paranaguá Ficha técnica Ano: 1977 Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: Cal Empreendimentos Ltda. Administração: GTI (Grupo Técnico Incorporador Ltda.) Térreo: comércio local Andares: 19 (341m²) Classificação: Office B (conjuntos de 74 a 184m²) Figura 244 – Edifício Conselheiro Paranaguá. Figura 245 – Edifício Conselheiro Paranaguá. Fonte: Fonte: acervo pessoal, 2018. NÃO É POSSÍVEL!, 1975, p. 9. Figura 246 – Mapa chave quadra Q1.34. Fonte: a Figura 247 – Ed. Conselheiro Paranaguá. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 11 nov. 2018. 258 1.306 – Faria Lima 1306 (Pedra Grande) Ficha técnica Ano: 1983 Arquitetura: Júlio Neves Térreo: Privado Andares: 10 (650m²) Classificação: Corporate BB Figura 248 – Edifício Faria Lima 1306. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 249 – Mapa chave quadra Q1.34. Fonte: a Figura 250 – Ed. Faria Lima 1.306. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 11 nov. 2018. 259 1.336 – Alvino Slaviero Ficha técnica Ano: 2013 Arquitetura: Edo Rocha Construção: Sanca Incorporação: Brasilincorp / Sanca Térreo: Privado (Core + Pilotis) Andares: 12 (492m²) Área do terreno: 1.527m² Área construída: 2.170,13m² Área privativa: 5.904m² Classificação: Corporate A Figura 251 – Edifício Alvino Slaviero. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 252 – Mapa chave quadra Q1.33. Fonte: a Figura 253 – Ed. Alvino Slaviero. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 11 nov. 2018. 260 1.384 – UOL Faria Lima Ficha técnica Ano: 1995 Térreo: Privado / gradeado Andares: 11 (871,00m²) Classificação: Corporate BB Figura 254 – Edifício UOL Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 255 – Mapa chave quadra Q1.33. Figura 256 – Ed. Uol Faria Lima. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 11 nov. 2018. 261 1.478 – Edifício Monumento Ficha técnica Ano: 1976 Construtora: Gomes de Almeida Fernandes Térreo: Privado Andares: 22 (632,45m²) Classificação: Office B Figura 258 – Edifício Monumento. Fonte: Figura 257 – Edifício Monumento. Fonte: acervo DIRETOR, 1973, p. 18. pessoal, 2018. Figura 259 – Mapa chave quadra Q1.32. Fonte: a Figura 260 – Ed. Monumento. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 11 nov. 2018. 262 1.572 – Barão de Rothschild Ficha técnica Ano: 1974 Construção e incorporação: Gomes de Almeida Fernandes Vendas: Lopes Imóveis Ltda. Térreo: privado Andares: 16 (500m²) Classificação: Office C Figura 261 – Edifício Barão de Rothschild. Figura 262 – Edifício Barão de Rothschild. Fonte: Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso CENÁRIO, 1971, p. 34. 09 set. 2017. Figura 263 – Mapa chave quadra Q1.31. Figura 264 – Ed. Barão de Rothschild. Fonte: Google Fonte: a autora, 2018. Earth, acesso 20 nov. 2018. 263 1.606 – Barão de Água Branca Ficha técnica Ano: 1975 Construção e incorporação: Gomes de Almeida Fernandes Vendas: Lopes Imóveis Ltda. Térreo: comércio local Andares: 12 (350m²) Classificação: Office C Figura 265 – Edifício Barão de Água Branca. Figura 266 – Edifício Barão de Água Branca. Fonte: 10 Fonte: Google Street View, ago. 2016, acesso ANOS, 1973a, p.9. 09 set. 2017. Figura 267 – Mapa chave quadra Q1.31. Figura 268 – Ed. Barão de Água Branca. Fonte: Google Fonte: a autora, 2018. Earth, acesso 20 nov. 2018. 264 1.656 – Novo São Paulo Ficha técnica Ano: 1973 Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: Aureliano Fonseca Filho – Imóveis Térreo: privado Andares: 13 Classificação: Corporate C (200 a 893m²) Figura 270 – Edifício Novo São Paulo. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1971, p. 7. Figura 269 – Edifício Novo São Paulo. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 271 – Mapa chave quadra Q1.30. Figura 272 – Ed. Novo São Paulo. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 265 1.690 – Conselheiro João Alfredo Ficha técnica Ano: 1973 Construção: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Térreo: comércio local Andares: 16 (160m²) Classificação: Office C Figura 274 – Edifício Conselheiro João Alfredo. Fonte: A LINDENBERG, 1973, p. 21. Figura 273 – Edifício Conselheiro João Alfredo. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 275 – Mapa chave quadra Q1.30. Figura 276 – Ed. Conselheiro João Alfredo. Fonte: Fonte: a autora, 2018. Google Earth, acesso 20 nov. 2018. 266 1.744 – Olívia Fernandes Ficha técnica Ano: 1974 Térreo: privado (Banco do Brasil) Andares: 11 (205m²) Classificação: Corporate C Figura 277 – Edifício Olívia Fernandes. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 278 – Mapa chave quadra Q1.29. Figura 279 – Ed. Olívia Fernandes. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 267 1.768 – Conselheiro Souza e Mello Ficha técnica Ano: 1975 Construção e incorporação: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: Cal Empreendimentos Ltda. Térreo: comércio local Andares: 9 Classificação: Corporate C (126 a 151m²) Figura 280 – Edifício Conselheiro Souza e Figura 281 – Edifício Conselheiro Souza e Melo. Fonte: Mello. Fonte: acervo pessoal, 2018. QUANTAS, 1973, p. 39. Figura 282 – Mapa chave quadra Q1.29. Figura 283 – Ed. Conselheiro Souza e Melo. Fonte: Fonte: a autora, 2018. Google Earth, acesso 20 nov. 2018. 268 1.800 – Liége Ficha técnica Ano: 1992 Arquitetura: Luiz Alcino Teixeira Leite Construção: França Ferraz Térreo: comércio local Andares: 11 (243m²) Classificação: Corporate C Figura 284 – Edifício Liége. Fonte: acervo Figura 285 – Edifício Liége. Fonte: A FRANÇA FERRAZ, pessoal, 2018. 1986, p. 9. Figura 286 – Mapa chave quadra Q1.28. Figura 287 – Ed. Liége. Fonte: Google Earth, acesso 20 Fonte: a autora, 2018. nov. 2018. 269 1.826 – Barão da Torre Ficha técnica Ano: 1976 Construção e incorporação: Gomes de Almeida Fernandes Vendas: Lopes Consultoria de Imóveis Ltda. Térreo: comércio local Andares: 11 (420m²) Classificação: Office B Figura 288 – Edifício Barão da Torre. Fonte: Figura 289 – Edifício Barão da Torre. Fonte: Google Street View, jan. 2016, acesso ESCRITÓRIOS, 1974, p. 9. 09/09/2017. Figura 290 – Mapa chave quadra Q1.28. Figura 291 – Ed. Barão da Torre. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 270 1.884 / 1.912 – Calcenter – Torres I e II Ficha técnica Ano: 1975? / 1976 Incorporação e Construção: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Vendas: Cal Empreendimentos Ltda. Administração: Hersil Administração (Calcenter II) Retrofit: HTB (atualmente em obras) Térreo: galeria Andares: 11 (Calcenter I – 260m²) / 19 (Calcenter II – 873,95m²) Padrão: Office B (Calcenter I) / Corporate BB (Calcenter II) Figura 293 – Edifício Calcenter. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1975, P. Figura 292 – Edifício Calcenter. Fonte: acervo pessoal, 2018. 18. Figura 294 – Mapa chave quadra Q1.27. Figura 295 – Edifício Calcenter. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 271 1.982 – Campo Verde Ficha técnica Ano: 1974 Térreo: comércio local Andares: 13 (180m²) Classificação: Office C Figura 296 – Edifício Campo Verde. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 09/09/2017. Figura 297 – Mapa chave quadra Q1.26. Figura 298 – Ed. Campo Verde. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 272 2.012 – Fernando Arens Ficha técnica Ano: 1974 Térreo: comércio local Andares: 14 (420m²) Classificação: Corporate C Figura 299 – Edifício Fernando Arens. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 09/09/2017. Figura 300 – Mapa chave quadra Q1.26. Figura 301 – Ed. Fernando Arens. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 273 2.070 – Parque Iguatemi Ficha técnica Ano: 1976 Autores: Croce, Aflalo e Gasperini Incorporação: Grupo Adolpho Lindenberg / SPECI (Sociedade Paulista de Empreendimentos Comerciais e Imobiliários Ltda.) Construção CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Térreo: galeria Andares: 15 (997m²) + 4 sobressolos de garagens Área do terreno: 2.400m² Área construída: 20.000m² Classificação: Corporate B Figura 303 – Edifício Parque Figura 302 – Edifício Parque Iguatemi. Fonte: acervo pessoal, 2018. Iguatemi. Fonte: MONUMENTAL, 1972, p. 29. Figura 304 – Mapa chave quadra Q1.25. Figura 305 – Ed. Parque Iguatemi. Fonte: Google Earth, Fonte: a autora, 2018. acesso 20 nov. 2018. 274 2.128 – Park Center Ficha técnica Ano: 1975 Arquitetura: Croce, Aflalo & Gasperini Construção: Gomes de Almeida Fernandes Incorporação: SPECI S/A Vendas: Lopes Imóveis Ltda. Térreo: galeria Andares: 12 (200 a 600m²) Classificação: Office B Observações: Atualmente faz parte do portfólio da Stan Figura 306 – Park Center. Fonte: acervo pessoal, Figura 307 – Edifício Park Center. Fonte: O Estado 2018. de S. Paulo, 24/05/1973, p. 9 Figura 308 – Mapa chave quadra Q1.24. Fonte: a Figura 309 – Ed. Center. Fonte: Google Earth, acesso autora, 2018. 02 dez. 2018. 275 2.152 – Cidade Jardim I Ficha técnica Ano: 1976 Construção: CAL (Construtora Adolpho Lindenberg) Térreo: comércio local Andares: 11 (320m²) Classificação: Office B Figura 310 – Edifício Cidade Jardim. Fonte: Google Street View, jul. 2016, acesso 06/09/2017. Figura 311 – Mapa chave quadra Q1.24. Fonte: a Figura 312 – Ed. Cidade Jardim I. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 02 dez. 2018. 276 2.894 – Capitânia Ficha técnica Ano: 1976? / 1977 Arquitetura: Pedro Paulo de Mello Saraiva, Sérgio Ficher e Henrique Cambiaghi Construção e incorporação: ACAL (Augusto C. de Almeida Lima) Vendas: Predial Novo Mundo Térreo: comércio local (restaurante Eu, Tu Eles Bar e Grelha) Andares: 12 (440m²) Área do terreno: 2.200m² Área construída: 10.430m² Classificação: Corporate B Figura 314 – Edifício Capitânia. Fonte: VOCÊ, 1972b, p. 12. Figura 313 – Edifício Capitânia em 1973. Fonte: ZEIN, 2006. Figura 315 – Mapa chave quadra Q1.20. Fonte: a Figura 316 – Ed. Capitânia. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 02 dez. 2018. 277 2.954 – Hyde Park Ficha técnica Ano: 1975 Arquitetura: Ruy Ohtake / Michel Lieders Térreo: privado (Rubayat Faria Lima) Andares: 11 (427m²) Classificação: Corporate C Figura 318 – Edifício Hyde Park. Fonte: acervo pessoal, 20018. Figura 317 – Hyde Park em 1985. Fonte: Cristiano Alckmin Mascaro, 1985 (ARQUIGRAFIA, [2017?]). Figura 319 – Mapa chave quadra Q1.19. Fonte: a Figura 320 – Ed. Hyde Park. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 02 dez. 2018. 278 5.1.3. ‘Nova’ Faria Lima – trecho Itaim (sul) O trecho Itaim da ‘Nova’ Faria Lima, ao sul, foi o terceiro trecho a ser inaugurado. A diferença de mais de duas décadas entre a inauguração do primeiro trecho, ‘Velha’ Faria Lima, e este se deu por conta da estagnação do país na década de 1980. A entrega das obras da avenida teve impulso por conta das eleições de 1996, cuja a estratégia do prefeito da época era entregar o maior número de obras possíveis, inclusive excluindo aquelas que não ficariam prontas a tempo antes das eleições. Neste trecho constatou-se a existência de 16 quadras (Figura 321): Figura 321 – Quadras do trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima – Itaim. Fonte: a autora, 2018. Assim como na ‘Velha’ Faria Lima os edifícios de escritórios são o elemento predominante na paisagem como podemos verificar na Figura 322. 279 Figura 322 – Edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima - Itaim. Fonte: a autora, 2018. Foi verificada a existência de 12 edifícios de escritórios, relacionados na Tabela 11: Tabela 11 – Edifícios da ‘Nova’ Faria Lima – trecho Itaim ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros (norte) Décadas Nº Edifício 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 3015 Millennium – Faria Lima X 3064 Faria Lima Tower (HSBC Tower / L’Arche) X 3144 Seculum X 3311 Icon Faria Lima X 3355 Spazio Faria Lima X 3400 Faria Lima Financial Center (FLFC) X 3477 Pátio Malzoni X 3500 FL 3500 X 3600 Faria Lima Square X 3729 Antônio Alves Ferreira Guedes (Birmann 29) X 3732 B32 (Birmann 32) X 3900 Birmann 31 (Pedro Mariz) X Total 0 0 0 0 2 6 4 Fonte: a autora, 2018. 280 Este trecho da avenida está sob a influência da OUCFL desde sua primeira edição, porém, é possível notar que apesar da primeira lei ter sido promulgada em 1995, os seus efeitos não apareceram de imediato. Na década de 1990 podemos observar a entrega de somente dois edifícios o Faria Lima Tower (antigo L’Arche) em 1994, antes da inauguração deste trecho da via e da vigência da OUCFL; e o edifício Antônio Alves Ferreira Guedes (antigo Birmann 29) em 1999. Na década de 2000 foram entregues outros seis edifícios e na década de 2010 mais quatro. É possível verificar um incremento substancial no porte dos empreendimentos, enquanto na ‘Velha’ Faria Lima temos um número maior de edifícios, neste trecho temos uma menor quantidade de edifícios, porém com áreas maiores, especialmente nos edifícios entregues na década de 2010, fato que pode ajudar a explicar porque houve uma demora maior para os edifícios de escritórios se consolidarem na paisagem desta área (Figura 323). Figura 323 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Nova’ Faria Lima – Itaim. Fonte: a autora, 2018. Assim como verificado nos demais trechos, a tendência para a ocupação dos pavimentos térreos dos edifícios construídos a partir da década de 1980 é que sejam 281 privados, porém neste trecho observa-se que parte considerável de seus edifícios, apesar de terem os térreos com uso privado permitem a fruição de pedestres em seus terrenos. Isto pode ser considerado reflexo da OUCFL que traz incentivos para este tipo de ocupação (Figura 324). Figura 324 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. 5.1.3.1. Ficha técnica dos edifícios379 379 Ver referências dos edifícios no Anexo 5. 282 Lado ímpar 3.015 – Millennium – Faria Lima Ficha técnica Ano: 2001 Incorporação: Yuny Térreo: privado Andares: 16 (362m²) Área privativa: 6.110m² Classificação: Corporate A Figura 325 – Edifício Millenium Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 326 – Mapa chave quadra Q3.01. Fonte: a Figura 327 – Edifício Millenium Faria Lima. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 24 out 2018. 283 3.311 – Icon Faria Lima Ficha técnica Ano: 2007 Arquitetura: Aflalo & Gasperini Administração: Hersil Administração (2016) Térreo: privado Andares: 16 (286 a 713,15m²) Área do terreno: 2.900m² Área construída: 23.549, 41m² Área privativa: 10.915,54m² Classificação: Corporate A Figura 328 - Edifício Icon Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 329 – Mapa chave quadra Q3.03. Fonte: a Figura 330 – Edifício Icon Faria Lima. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 24 out 2018. 284 3.355 – Spazio Faria Lima Ficha técnica Ano: 2010 Incorporadora: Yuny Operação: Hersil Administração Térreo: privado Andares: 29 (577,38m²) Área construída: 33.893,76m² Área privativa: 15.701,83m² Classificação: Corporate A Figura 331 – Edifício Spazio Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 332 – Mapa chave quadra Q3.04. Fonte: a Figura 333 – Ed. Spazio Faria Lima. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 26 dez. 2018. 285 3.477 - Pátio Malzoni Ficha técnica Ano: 2012 Arquitetura: Botti Rubin Construção: Brookfield Incorporação: Brookfield (atual Tegra Incorporações) / Grupo Victor Malzoni Operação: CBRE Térreo: privado / fruição Andares: 18 (Bloco A: 1.004,41 a 1.897,54m²; Bloco B: 1.480,48 a 2.417,67m²; Bloco C: 1.437,74 a 1.710,40m²) Área do terreno: ~20.000m² Área construída: 170.861,15m² Classificação: Corporate AAA Figura 335 – Edifício Pátio Malzoni. Fonte: O Estado de S. Paulo, 13/09/2012, p. B10-B11. Figura 334 - Edifício Pátio Malzoni. Fonte: GELINSKI, 2012. Figura 336 – Mapa chave quadra Q3.05. Fonte: a Figura 337 – Ed. Pátio Malzoni. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 26 dez. 2018. 286 3.729 – Antônio Alves Ferreira Guedes (Birmann 29) Ficha técnica Ano: 1999 Arquitetura: Skidmore, Owings & Merrill (SOM) / Pontual Arquitetura Construção: Birmann Térreo: privado Andares: 16 (1.380m²) Área construída: 45.700m² Classificação: Corporate AA / AAA Observações: Eleito o melhor triple A de 2003 pela Folha de São Paulo. Figura 338 - Edifício Antônio Alves Ferreira Guedes. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 339 – Mapa chave quadra Q3.07. Fonte: a Figura 340 – Ed. Antônio Alves Ferreira Guedes. autora, 2018. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. 287 Lado par 3.064 – Faria Lima Tower (HSBC Tower / L´Arche) Ficha técnica Ano: 1994 Arquitetura: Júlio Neves Térreo: privado / gradeado Andares: 15 (1.304 a 1.524m²) Classificação: Corporate BB Figura 341 - Edifício Faria Lima Tower. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 342 – Mapa chave quadra Q3.16. Fonte: a Figura 343 – Ed. Faria Lima Tower. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 26 dez. 2018. 288 3.144 – Seculum Ficha técnica Ano: 2004 Arquitetura: Sérgio D´Ávila Térreo: privado Andares: 13 (815 a 825m²) Área construída: 23.549,41m² Área privativa: 10.915,54m² Figura 344 - Edifício Seculum. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 345 – Mapa chave quadra Q3.15. Fonte: a Figura 346 – Ed. Seculum. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 26 dez. 2018. 289 3.400 – Faria Lima Financial Center (FLFC) Ficha técnica Ano: 2003 Arquitetura: (HOK) Hellmuth Obata + Kassabaum, Inc. / Collaço & Monteiro Arquitetos Associados / Fernando Iglesias Arquitetos Associados. Construção: Cyrela Incorporação: Cyrela / Brazil Realty Térreo: privado / com pequena fruição Andares: 17 (1227 a 2219m²) Área privativa: 26.5122m² Classificação: Corporate AAA Figura 347 - Edifício Faria Lima Financial Center. Figura 348 – Ed. Faria Lima Financial Center. Fonte: acervo pessoal, 2018. Fonte: NÃO IMPORTA, 2002, p. A7. Figura 349 – Mapa chave da quadra Q3.13. Fonte: a Figura 350 – Ed. Faria Lima Financial Center. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 26 dez. 2016. 290 3.500 – FL 3500 Ficha técnica Ano: 2013 Arquitetura: KOM Arquitetura / MOED do Arkas & Shannon Archtects Construção: Hochtief (atual HTB) Incorporação: Tishman Speyer Térreo: privado / fruição Andares: 6 (2.571,83 a 5,041,60m²) Área do terreno: 10.341m² Área construída: ~45.000m² Classificação: Corporate AAA Figura 351 - Edifício do FL 3500. Fonte: Acervo pessoal, 2018. Figura 352 – Divulgação Tishman Speyer. Fonte: FARIA LIMA 3500, 2017. Figura 353 – Mapa chave da quadra Q3.13. Fonte: a Figura 354 – Ed. FL 3500. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 26 dez. 2018. 291 3.600 – Faria Lima Square Ficha técnica Ano: 2006 Arquitetura: Collaço & Monteiro Arquitetos Associados Incorporação: CCP -Cyrela Construção: Cyrela Térreo: privado / fruição Andares: 11 (1771 a 1824m²) Classificação: Corporate AAA Figura 356 – Divulgação do Ed. Faria Lima Square, Fonte: TÃO, 2006, p. B10-B11. Figura 355 - Edifício Faria Lima Square. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 357 – Mapa chave da quadra Q3.12. Fonte: a Figura 358 – Ed. Faria Lima Square. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 26 dez. 2018. 292 3732 – B32 (Birmann 32)380 Ficha técnica Ano: 2018 previsão – atualmente em obras Arquitetura: Pei Partners (Didi Pei) (Concepção) / Contier Arquitetura (Projeto Básico e Executivo) / Collaço e Monteiro (Desenvolvimento da arquitetura da torre) / Eiji Hayakawa (arquitetura do teatro) Incorporação: Faria Lima Prime Properties (Rafael Birman – CEO) Construção: Hochtief / Partage Locação: CBRE Térreo: privado / fruição Andares: 24 (2.000m²) Área do terreno: 13.000m² Área construída: 120.000m² Área privativa: 52.000m² Classificação: Corporate AAA Site: www.b32.com.br / https://b32.squarespace.com/ Figura 359 - Edifício B32. Fonte: TORRE, [2015]. Figura 360 – Mapa chave da quadra Q3.11. Fonte: a Figura 361 – Ed. B32. Fonte: Google Earth, acesso autora, 2018. 26 dez. 2018.381 380 Em 11 de março de 2019 – após a data de depósito desta tese –, foi noticiado que a entrega do edifício foi adiada para 2020 (D’ÁVILA, 2019). 381 Atualmente a obra já está levantando a estrutura. 293 3900 – Birmann 31 (Pedro Mariz) Ficha técnica Ano: 2003 Arquitetura: Skidmore, Owings & Merrill (SOM) / Pontual Arquitetura Construção: Matec Engenharia Incorporação: Birmann Térreo: privado / fruição Andares: 15 (749 a 1401m²) Área construída: 23.540m² Classificação: Corporate AA Figura 362 - Edifício Birmann 31. Fonte: MELENDEZ, 2003. Figura 363 – Mapa chave da quadra Q3.10. Fonte: a Figura 364 – Ed. Birmann 31. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 26 dez. 2018. 294 5.1.4. ‘Nova’ Faria Lima – trecho Vila Olímpia (sul) O trecho Vila Olímpia da ‘Nova’ Faria Lima, ao sul, foi o quarto e último trecho a ser inaugurado. Sua liberação se deu em 1996 e de lá para cá não houve mais obras com o intuito de concluir o Projeto Iguatemi, que previa a extensão da via até a Avenida dos Bandeirantes. Neste trecho constatou-se a existência de 15 quadras (Figura 365): Figura 365 – Quadras do trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. Assim como a ‘Velha’ Faria Lima e o trecho Itaim da ‘Nova’ os edifícios de escritórios são o elemento predominante neste trecho, conforme podemos verificar na Figura 366. 295 Figura 366 – Edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. Foi verificada a existência de 9 edifícios de escritórios, relacionados na Tabela 12: Tabela 12 – Edifícios da ‘Nova’ Faria Lima – trecho Vila Olímpia ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros (norte) Décadas Nº Edifício 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 S/N International Plaza II X 4045 Helbor Lead Offices Faria Lima X 4055 HBR Lead Corporate Faria Lima X 4100 Miss Silvia Morizono X 4221 Praça Faria Lima X 4285 Vera Cruz II X 4300 FL 4300 X 4400 FL 4400 X 4509 Zabo FL Corporate X Total 0 0 0 0 0 0 9 Fonte: a autora, 2018. Assim como o trecho Itaim, o trecho Vila Olímpia está sob influência da OUCFL desde sua primeira edição. No entanto, foi verificado que os edifícios de escritórios se consolidaram na paisagem somente na década de 2010. Outro fato relevante é que os edifícios entregues nesta década tem, em geral, porte maior que os edifícios concluídos 296 nas décadas anteriores (Figura 367). Para a construção destes edifícios foi necessário remembramento de inúmeros lotes, o que faz com que o processo de incorporação possa levar anos até ser concluído. Figura 367 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. Neste trecho, verifica-se a manutenção da tendência de ter térreos privados e fruição de pedestres nos lotes (Figura 368). Cabe destaque a alguns indícios de mudanças como por exemplo a presença discreta de um comércio local em um dos edifícios deste trecho e um primeiro empreendimento que mescla o uso de serviços com habitação, provavelmente devido ao esgotamento dos estoques de CEPACs de uso não residencial neste trecho. 297 Figura 368 – Mapeamento do uso do pavimento térreo dos edifícios de escritórios da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. Alguns dos edifícios inventariados trazem algumas peculiaridades, como por exemplo o Complexo International Plaza, que apesar de ter fechamento de vidro delimitando seu lote, foi classificado como comércio local / fruição, devido a permanecer aberto durante o dia e permitir o acesso de pedestres a uma praça dentro do lote, além de possuir um comércio próximo à Avenida Brigadeiro Faria Lima (Figura 369). Figura 369 – Praça e comércio local do Complexo International Plaza. Fonte: a autora, 2018. 298 Os edifícios Praça Faria Lima e Zabo FL Corporate (Figura 370) tiveram seus térreos considerados como privados, pois apesar de terem integrado seus recuos frontais ao passeio fazem o fechamento de seus lotes com vidros, permitindo a continuidade visual, porém segregando fisicamente o espaço público do espaço privado. Figura 370 – Recuo frontal e acesso dos Edifícios Praça Faria Lima e Zabo FL Corporate. Fonte: a autora, 2018. O Complexo FL 4300 é o primeiro da avenida com o uso misto de serviços e habitação. Apesar de ter restaurantes no térreo foi classificado como térreo privado / fruição, pois estes estão localizados na rua lateral, mantendo na Faria Lima a dinâmica dos demais edifícios que possuem fruição na via (Figura 371). Figura 371 – Vista do Complexo FL 4300 a partir da Avenida Brigadeiro Faria Lima e vista da rua lateral – acesso para a torre residencial e restaurantes. Fonte: a autora, 2018. 5.1.4.1. Ficha técnica dos edifícios382 382 Ver referências dos edifícios no Anexo 5. 299 Lado ímpar 4.045 – Helbor Lead Offices Faria Lima (Rua Atílio Innocenti, 474) Ficha técnica Ano: 2015 Arquitetura: Jonas Birger Incorporação: Toledo Ferrari Construtora e Incorporadora / AAM Incorporadora / Helbor Vendas: Lopes Térreo: privado / fruição (contígua ao nº 4.055 da Faria Lima) Andares: 12 (347,78 a 683,44m²) Classificação: Office A (conjuntos de 42,5 a 524,63m²) Figura 373 – Edifício Helbor Lead Offices Faria Lima – lançamento. Fonte: EDIFÍCIO, 2011. Figura 372 – Edifício Helbor Lead Offices Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 374 – Mapa chave da quadra Q4.01. Fonte: a Figura 375 – Ed. Helbor Lead Offices Faria Lima. autora, 2018. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018. 300 4.055 – HBR Lead Corporate Faria Lima Ficha técnica Ano: 2018 (previsão) Arquitetura: Jonas Birger Construção: Toledo Ferrari Construtora e Incorporadora Incorporação: Toledo Ferrari Construtora e Incorporadora / HBR Realty Gestão: HBR Realty Gerenciamento de obra: Geplan Vendas: JLL (Jones Lang Lasalle) Térreo: privado / fruição (contígua ao nº 4.045 da Faria Lima) Andares: 11 (933,70²) Classificação: Corporate A Figura 377 – Ed. HBR Lead Corporate Faria Lima. Fonte: Acervo pessoal, 2018. Figura 376 - Edifício HBR Lead Corporate Faria Lima. Fonte: ED. LEAD, [201-] Figura 378 – Mapa chave da quadra Q4.01. Fonte: a Figura 379 – Ed. HBR Lead Corporate Faria Lima. autora, 2018. Fonte: Google Earth, acesso 26 dez. 2018.383 383 A imagem 3D do edifício ainda não está disponível nos bancos de imagens do Google Earth. 301 4.221 – Praça Faria Lima Ficha técnica Ano: 2014 Arquitetura: Botti Rubin Engenharia: Aluízio D´Avila Construção: Hochtief (atual HTB) Incorporação: Etoile Desenvolvimento Imobiliário Operação: Hersil Administração Térreo: privado (fechamento em vidro) Andares: 16 (399,96 a 1545,82m²) Área construída: ~34.000,00m² Área privativa: 14.979,80m² Figura 380 - Edifício Praça Faria Lima. Fonte: acervo pessoal, 2017. Figura 381 – Mapa chave da quadra Q4.03. Fonte: a Figura 382 – Ed. Praça Faria Lima. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 26 dez. 2018. 302 4.285 – Vera Cruz II Ficha técnica Ano: 2015 Arquitetura: Collaço e Monteiro Arquitetos Associados Construção: RFM Incorporação: Jaguar Capital Térreo: privado / fruição Andares: 11 (1.800m²) Área do terreno: 6.317m² Área construída: 38.070m² Área privativa: 16.473m² Classificação: Corporate AA Figura 383 - Edifício Vera Cruz II. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 384 – Mapa chave da quadra Q4.04. Fonte: Figura 385 – Ed. Vera Cruz II. Fonte: Google Earth, a autora, 2018. acesso 26 dez. 2018. 303 4.509 – Zabo FL Corporate Ficha técnica Ano: 2017 (em fase de finalização de obra) Construção e incorporação: Zabo Engenharia Térreo: privado / fechamento em vidro Andares: 12 (1.165 a 1.343m²) Classificação: Corporate AA Figura 386 - Edifício do Zabo FL Corporate. Fonte: Acervo pessoal, 2018 Figura 387 – Mapa chave da quadra Q4.03. Fonte: a Figura 388 – Ed. Zabo FL Corporate. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 26 dez. 2018.384 384 O edifício ainda está em fase de elevação no banco de imagens do Google Earth. 304 Lado par S/N – International Plaza I e II (Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1.309/1.327) Ficha técnica Ano: 2003 (Torre I) / 2010 (Torre II) Arquitetura: Júlio Neves Térreo: comércio local / fruição Andares: 14 (Torre I – 1.220m²) / 22 (628 a 866m²) Área construída: 17.080m² (Torre I) / 17.320m² (Torre II) Classificação: Corporate A / Corporate AAA Observações: A torre do International Plaza II originalmente seria um hotel 5 estrelas da rede Kempinski Hotels. Figura 389 – Complexo International Plaza. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 390 – Mapa chave da quadra Q4.14. Fonte: a Figura 391 – Complexo International Plaza. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 26 dez. 2016. 305 4.100 – Miss Silvia Morizono Ficha técnica Ano: 2017 Arquitetura: Collaço & Monteiro Arquitetos Associados Construção: Cyrela Térreo: privado / fruição Andares: 13 (1.394m²) Área do terreno: 7.356m² Área privativa: 1.394m² Classificação: Corporate AAA Figura 392 - Edifício Miss Silvia Morizono. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 393 – Mapa chave da quadra Q4.14. Fonte: a Figura 394 – Ed. Miss Silvia Morizono. Fonte: autora, 2018. Google Earth, acesso 26 de dez. 2018. 385 385 A imagem 3D do edifício ainda não está disponível nos bancos de imagens do Google Earth. 306 4.300 – FL 4300 (FL Corporate / FL Office / FL Residence) Ficha técnica Ano: 2015 Arquitetura: Aflalo e Gasperini Construção: RFM (FL Corporate) / Gafisa (FL Office / FL Residence) Incorporação: Stan / SDI / Bramex Realty Vendas: Lopes Operação: Hersil (FL Corporate) Térreo: privado / fruição Andares: 15 (FL Corporate – 860 a 1075m²) / 11 (FL Office – conjuntos de 58 a 95m²) / 16 (FL Residence – apartamentos de 35 a 64m²) Área do terreno: 7200m² Área construída: 40.008m² Observações: Complexo de uso misto. Figura 395 – Edifício FL 4300 (Corporate). Fonte: Figura 396 – Complexo FL 4300. Fonte: O NOVO, acervo pessoal, 2018. 2015, p. H22. Figura 397 – Mapa chave da quadra Q4.12. Fonte: a Figura 398 – Complexo FL 4300. Fonte: Google autora, 2018. Earth, acesso 26 dez. 2018. 307 4.400 – FL 4400 (Acqua) Ficha técnica Ano: 2011 Arquitetura: Collaço e Monteiro Arquitetos Construção: Triângulo / Gafisa Incorporação: VBI Real Estate Gerenciamento da obra: SDI / Bueno Netto Térreo: privado / fruição Andares: 15 (1161 a 2212m²) Área construída: 38.422m² Área privativa: 22.111m² Classificação: Corporate AAA Figura 399 – Edifício FL 4400. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 400 – Mapa chave da quadra Q4.11. Fonte: a Figura 401 – Ed. Fl. 4400. Fonte: Google Earth, autora, 2018. acesso 26 dez. 2018. 308 5.2. A morfologia da Faria Lima O estudo da morfologia nos ajuda a compreender os processos de crescimento e desenvolvimentos das cidades. Estudiosos como Moudon386 destacam três princípios pelos quais a forma urbana pode ser lida: 1. A forma urbana é definida pelos elementos físicos fundamentais: as edificações e os espaços livres a elas relacionados, ou seja, as áreas livres privativas e públicas, os lotes, os quarteirões e as vias. 2. A forma urbana pode ser compreendida a partir dos diferentes tipos de resolução, que de modo geral, correspondem às escalas que institucionalizam a relação construtiva entre o edifício e o lote, as vias e as quadras, a cidade e a região. 3. A forma urbana só pode ser compreendida a partir da história, porque os elementos que a compõem têm origem social e estão sempre em transformação e substituição formal. Pode-se destacar duas escolas tradicionais da morfologia urbana a Escola Inglesa e a Escola Italiana, que possuem abordagens distintas quanto a investigação da morfologia. A Escola Inglesa tem como objeto de estudo a evolução das formas urbanas a partir das modificações e transformações com a finalidade de estabelecer uma teoria sobre a construção das cidades. A Escola Italiana estuda a morfologia como um modelo projetual para a cidade levando em conta como deveriam ser traçadas, suas tradições históricas e a relação com o espaço urbano 387. Dentro do pensamento da Escola Inglesa ainda cabe destaque a três categorias que ajudam a formar uma base para a investigação morfológica: 1. O Plano urbano: com o sistema viário e o padrão de parcelamento do solo associado. 2. O tecido urbano: formado pelas quadras e lotes com os tipos edilícios semelhantes. 3. O padrão de uso e ocupação do solo: tanto do solo quanto das edificações.388 Olhando para a Avenida Brigadeiro Faria Lima, podemos estipular inicialmente uma linha do tempo baseada nas inaugurações de cada trecho: • Antes de 1970 – Rua Iguatemi; 386 MOUDON, 1997 apud COSTA, Staël de Alvarenga Pereira; NETTO, Maria Manoela Gimmler. Fundamentos de morfologia urbana. Belo Horizonte: C/Arte, 2015, p. 35. 387 COSTA, Staël de Alvarenga Pereira; NETTO, Maria Manoela Gimmler. Fundamentos de morfologia urbana. Belo Horizonte: C/Arte, 2015. 388 Ibid., p. 65. 309 • 1970 – inauguração da ‘Velha’ Faria Lima; • 1995 – inauguração da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros; • 1996 – inauguração da ‘Nova’ Faria Lima – Itaim; • 1996 – inauguração da ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. A primeira consideração acerca do sítio onde está a atual Faria Lima, é que ali existem diversos córregos que deságuam no Rio Pinheiros, conformando desta maneira uma área de várzea (Figura 402 e Figura 403). Figura 402 – Croqui esquemático dos corpos d’água dos arredores da Av. Brig. Faria Lima, baseado no PDE 2014. Fonte: a autora, 2019. Figura 403 – Traçado sinuoso do Rio Pinheiros e sua área de várzea antes de retificação. Fonte: RIO PINHEIROS, [2014?]389. Por estar na além dos limites suburbanos da cidade, a Rua Iguatemi demora a aparecer nos mapas, no mapa de 1916 (Figura 17) aparece o seu primeiro indício a partir da Rua dos Pinheiros (Figura 404). 389 RIO PINHEIROS. Encontra Pinheiros. [2014?]. Disponível em: https://www.encontrapinheiros.com.br/pinheiros/rio-pinheiros/, acesso 5 jan. 2019. 310 Figura 404 – Croqui esquemático da localização da R. Iguatemi em 1916. Fonte: a autora, 2019. No mapa de 1930 (Figura 24) o traçado da Rua Iguatemi aparece pela primeira vez, com seu início da Rua dos Pinheiros e término na Rua Tabapuã (Figura 405). Figura 405 – Croqui esquemático do traçado da Rua Iguatemi em 1930. Fonte: a autora, 2019. Em 1937, Fábio da Silva Prado assinou a lei 3.629/1937, que prolongava a Rua Iguatemi até a Rua Joaquim Floriano (Figura 406), alteração que pode ser vista no mapa de 1943 (Figura 31). Figura 406 – Croqui esquemático do traçado da Rua Iguatemi por volta de 1937-1943. Fonte: a autora, 2019. Em 1961 foi assinada a lei 5.899/1961, para prolongar a Rua Iguatemi até a Rua Horácio Lafer (antiga Av. Imperial), o que só ocorreu na década de 2010 com a construção do Edifício Pátio Malzoni. Além do alargamento da via para larguras entre 15 e 16m. 311 Em 1968 o Projeto Iguatemi previa o alargamento da via para 40 a 50m e o prolongamento da Rua Iguatemi desde a Avenida Pedroso de Moraes até o Córrego da Traição (atual Avenida dos Bandeirantes), as obras iniciaram pelo trecho mais nobre da via entre as Avenida Rebouças e Cidade Jardim. Em 1970 foi inaugurado o primeiro trecho da Avenida Brigadeiro Faria Lima, que ia do Largo da Batata até a Rua Jerônimo da Veiga, no entanto a Rua Iguatemi não deixou de existir, ela manteve sua nomenclatura no trecho entre a Rua Jerônimo da Veiga e Joaquim Floriano (Figura 407). Nos mapas da década de 1970 também é possível verificar o tamponamento de diversos córregos da região, as Marginais ao longo do Rio Pinheiros e a Avenida dos Bandeirantes sobre o Córrego da Traição. Figura 407 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1970. Fonte: a autora, 2019. As obras são retomadas na década 1990, e em 1995 foi inaugurado o trecho Pinheiros do que ficou conhecido como ‘Nova’ Faria Lima (Figura 408). Figura 408 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1995 – Inauguração do trecho Pinheiros. Fonte: a autora, 2009. Em 1996 houve a inauguração de dois outros trechos da ‘Nova’ Faria Lima, o trecho que corta o Itaim-Bibi (Figura 409) e o trecho que corta a Vila Olímpia (Figura 410). O Projeto Iguatemi não foi finalizado até os dias atuais, faltando para a sua conclusão o trecho que faria a ligação com a Avenida dos Bandeirantes. 312 Figura 409 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1995 – Inauguração do trecho Itaim. Fonte: a autora, 2009. Figura 410 – Croqui esquemático do traçado da Av. Brig. Faria Lima em 1995 – Inauguração do trecho Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2009. Aproximando um pouco a escala de análise, podemos verificar que em um primeiro momento a Rua Iguatemi passou por um processo de crescimento suburbano, de acordo com o critérios estipulados por Solà-Morales i Rubió390 (Figura 411) em que primeiro ocorre a urbanização, seguida do parcelamento e concluído pelas edificações. Figura 411 – Crescimento suburbano, onde U: urbanização, P: parcelamento, E: edificação. Fonte: SOLÀ- MORALES I RUBIÓ, 2008. Em um segundo momento vemos uma intervenção sobre um tecido urbano que já estava previamente consolidado. O conceito de tecido urbano faz metáforas biológica e 390 SOLÀ-MORALES I RUBIÓ, Manuel de. Las formas de crecimiento urbano. Barcelona: Edicions UPC, 2008. 313 têxtil, “evoca ideias de trama, uma solidariedade entre as partes e sua capacidade de adaptação”391. Segundo Panerai, o tecido urbano parece ser um sistema que articula a cidade e que culmina em três lógicas: • a lógica das vias, dentro de seu papel duplo de movimento e distribuição; • a lógica do parcelamento do solo, que define as questões fundiárias e onde as iniciativas privadas e públicas se manifestam; • a lógica das edificações que acomodam diferentes atividades 392. No caso da Avenida Brigadeiro Faria Lima o Projeto Iguatemi rasga o tecido urbano pré- existente, aplicando as políticas arrasa quarteirão, também conhecidas como bulldozer (trator) e urban removal (remoção urbana), aplicadas amplamente na década de 1970 em diversas partes do mundo393. O desenho da avenida priorizou o fluxo de automóveis em detrimento ao fluxo de pedestres e também ignorou alguns dos marcos da região como o antigo Mercado de Pinheiros demolido no trecho norte da Avenida e a Escola Estadual Ceciliano José Ennes demolida no trecho sul da avenida. Além da remoção da favela junto a Juscelino Kubitschek. Apesar das demolições para a abertura do traçado da avenida, a transformação ao longo de mais de um século, nos deixou alguns marcos em sua paisagem, que segundo Rossi394 permitem que se compreenda melhor o espírito do lugar. Na Figura 412 foram considerados como marcos edifícios históricos, equipamentos e grandes centros de comércio (shoppings). Na avenida temos apenas 9 marcos: • Colégio Palmares; • Instituto Tomie Ohtake; • Largo da Batata com a Estação Faria Lima do Metrô; • CREA; • Colégio 24 de Março; 391 PANERAI, Phillippe; CASTEX, Jean; DEPAULE, Jean-Charles. Formas urbanas: a dissolução da quadra. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 201. 392 Ibid., p. 202. 393 DEL RIO, Vicente. Introdução ao desenho urbano no processo de planejamento. São Paulo: Pini, 2001. 394 ROSSI, Aldo. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1995. (Primeira edição publicada em 1966) 314 • Shopping Center Iguatemi; • Esporte Clube Pinheiros; • Museu da Casa Brasileira; e • Casa Bandeirista (atrás do Edifício Pátio Malzoni). Figura 412 – Marcos da Av. Brig. Faria Lima (em vermelho) e seus arredores (em cinza). Fonte: a autora, 2019. Existem outros marcos nos arredores da avenida, especialmente na região correspondente ao bairro de Pinheiros, entre eles a Subprefeitura de Pinheiros, a CET, a Cetesb, a ETEC Guaracy Silveira, Delegacia, o Mercado Central de Pinheiros, a Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, o SESC Pinheiros, o Shopping Eldorado, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o Clube Hebraica, o Parque do Povo, a Biblioteca Infantil Anne Frank, uma unidade da APAE. Voltando a linha do tempo e analisando a produção dos edifícios de escritórios ao longo da via verificamos que a transformação de cada um dos trechos não está necessariamente atrelada imediatamente à sua inauguração, excetuando-se o primeiro trecho inaugurado a ‘Velha’ Faria Lima. A nova infraestrutura implantada no local abriu caminho para a verticalização, com o predomínio de edifícios de escritórios em ambos os lados da via. Na Figura 413, que reflete o traçado da Faria Lima atual, podemos verificar que antes da década de 1970 os edifícios de escritórios não eram o elemento predominante na paisagem, havendo hoje poucos edifícios remanescentes deste período. 315 Figura 413 – Edifícios de escritórios construídos antes da década de 1970. Fonte: a autora, 2018. Em 1970 a inauguração do trecho conhecido como ‘Velha’ Faria Lima trouxe um boom para o desenvolvimento da avenida, conforme verificado na Figura 414. Figura 414 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 1970. Fonte: a autora, 2018. A ‘Velha’ Faria Lima teve o ápice de seu desenvolvimento na década de 1970 (Figura 415), nas décadas seguintes os edifícios de escritórios continuam sendo o principal elemento da paisagem (Figura 416). 50 40 30 20 10 0 1 9 5 0 1 9 6 0 1 9 7 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 Figura 415 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Velha’ Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. Em meados da década de 1990 a aprovação da primeira versão da OUCFL e a inauguração de três trechos da ‘Nova’ Faria Lima, traziam a especulação de um rápido desenvolvimento e consolidação de edifícios de escritórios na paisagem como se deu em 1970 no primeiro trecho da avenida. No entanto, até o final da década de 1990, foi observado que o mercado imobiliário ainda procurava espaço para novos 316 empreendimentos na ‘Velha’ Faria Lima, em detrimento aos demais trechos recém- inaugurados (Figura 416). Figura 416 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 1990. Fonte: a autora, 2018. A década de 2000 indica um vetor de crescimento para o sul da via (Figura 417). Figura 417 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 2000. Fonte: a autora, 2018. O trecho Pinheiros, ao norte, segundo a ser inaugurado está praticamente estagnado. Nele os edifícios de escritórios não se consolidaram na paisagem e a produção de edifícios se resume a dois edifícios residuais da ocupação que existia antes da inauguração deste trecho e a Torre Faria Lima inaugurada na década de 2000 (Figura 418). 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 1 9 5 0 1 9 6 0 1 9 7 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 Figura 418 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Nova’ Faria Lima - Pinheiros. Fonte: a autora, 2018. 317 Figura 419 – Imagem aérea da ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros. Fonte: Google Earth, acesso 2 jan. 2019. Atualmente alguns fatores podem contribuir para a estagnação deste trecho: • O esgotamento dos estoques de CEPACs de uso não residencial neste trecho, limitando a construção de áreas destinadas a novos escritórios ao coeficiente de aproveitamento 1; • Os lotes pequenos com múltiplos donos contribuem para uma demora maior no processo de incorporação de novos empreendimentos; • No canto superior esquerdo da Figura 419 podemos verificar a existência de diversos empreendimentos residenciais, este fato aliado à proximidade com bairros residenciais nobres da Cidade de São Paulo pode ser um indicativo que a vocação desta região esteja mais voltada ao uso residencial. • No lado par da avenida existem grandes quadras que dão fundos para a Rua Fernão Dias, na Figura 419 verifica-se a existência de alguns edifícios residências que de certa forma limitam as possibilidades para incorporações de grande porte em alguns trechos destas quadras. As décadas de 2000 e 2010, por sua vez, consolidaram a expansão dos edifícios de escritórios no sentido sul da avenida (Figura 417 e Figura 420). 318 Figura 420 – Edifícios de escritórios construídos até a década de 2010. Fonte: a autora, 2018. O trecho Itaim tem seu ápice na década de 2000 e sua consolidação na década de 2010 (Figura 421). Uma das diferenças fundamentais entre este e o trecho da ‘Velha’ Faria Lima é a escala dos empreendimentos, que aqui são muito mais monumentais. Neste trecho ainda existem oportunidades para a verticalização, porém os estoques de CEPACs de uso não residencial para este trecho também estão esgotados para compra, podendo haver unidades passíveis de uso já adquiridas por incorporadores que especulam na região. 7 6 5 4 3 2 1 0 1 9 5 0 1 9 6 0 1 9 7 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 Figura 421 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Nova’ Faria Lima - Itaim. Fonte: a autora, 2018. Podemos considerar que o ápice da construção do trecho Vila Olímpia da ‘Nova’ Faria Lima se deu na década de 2010 (Figura 422), apesar da datação tão recente esta consideração é possível pois podemos verificar que a maioria das oportunidades de terrenos para a construção de grandes empreendimentos já foi utilizada. Outro ponto relevante é que assim como nos demais trechos da via o estoque de CEPACs para uso não residencial está esgotado. 319 10 8 6 4 2 0 1 9 5 0 1 9 6 0 1 9 7 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 Figura 422 – Gráfico da construção de edifícios de escritórios na ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. Fonte: a autora, 2018. O esgotamento do estoque de CEPACs não residenciais pode também ser visto como uma oportunidade, uma vez que pode fomentar uma maior mistura de usos nos trechos ao sul da avenida que já tem muito marcada a vocação para abrigar edifícios de escritórios. O primeiro exemplar desta mistura é o Complexo FL 4300 com uma de suas três torres destinada ao uso habitacional. Ao aproximarmos nosso olhar para a escala das quadras pode-se observar que não há um tamanho ou forma padrão para elas (Figura 423). Figura 423 – Formato das quadras da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2019. Como a Avenida Brigadeiro Faria Lima teve sua origem a partir do alargamento e prolongamento de outra via, é possível comparar os lotes das quadras e reparar que os lotes voltados para a Faria Lima passaram por um processo de remembramento. No trecho da ‘Velha’ Faria Lima observa-se que os lotes predominantes nas quadras têm entre pouco menos de 250m² a cerca de 500m², e os lotes voltados para a Faria Lima tem entre 300 e 3.500m². 320 Figura 424 – Lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima e arredores. Fonte: a autora, 2018. No trecho Pinheiros da ‘Nova’ Faria Lima (Figura 425), ao norte, por não ter sofrido um processo de verticalização intenso como o ocorrido nos demais trechos, nos mostra resquícios do parcelamento anterior à abertura da via em seu lado par (parte inferior); e as áreas residuais das desapropriações da via, especialmente do lado ímpar (parte superior). Figura 425 – Lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima e áreas residuais de sua abertura. Fonte: a autora, 2018. No trecho sul (Itaim / Vila Olímpia) a verticalização foi mais intensa nas décadas de 2000 e 2010, utilizando os recursos disponíveis na OUCFL, que estimula o remembramento de lotes, processo que por vezes demanda anos de trabalho dos incorporadores para a compra dos diversos lotes e processos administrativos, cujo resultado pode alcançar lotes 321 com pouco mais de 1.000m², como é o caso do Edifício Millenium – Faria Lima, até lotes com ~20.000m², como é o caso do Pátio Malzoni (Figura 426) ou ~14.000m² como o Edifício FL.4300 (Figura 427). Figura 426 – Remembramento de lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima (Itaim) – Edifícios Faria Lima Financial Center (3400), FL 3500 (3500), Spazio Faria Lima (3355) e Pátio Malzoni (3477). Fonte: a autora, 2018. Figura 427 – Remembramento de lotes lindeiros à Avenida Brigadeiro Faria Lima (Vila Olímpia) – Edifícios FL 4300 (4300), Praça Faria Lima (4221) e Vera Cruz (4285). Fonte: a autora, 2018. 322 5.3. A arquitetura da Faria Lima A Avenida Brigadeiro Faria Lima é marcada por seus edifícios de escritório. Porém, ao olhar de maneira mais atenta pode-se verificar que a arquitetura destes edifícios se transformou ao longo do tempo. Cabe destaque a duas épocas específicas: a década de 1970 e a contemporaneidade (décadas de 2000 e 2010). Na década de 1970 houve o auge da produção de edifícios de escritórios na via, foram entregues 41 unidades. As décadas de 1980 e 1990, têm uma produção menos expressiva, poucas unidades e uma arquitetura que aponta para a transição entre as duas épocas em destaque. A contemporaneidade entrega menos edifícios que a década de 1970, porém com dimensões monumentais e com modernas tecnologias embarcadas que impactam significativamente nas feições da via. A Figura 428 apresenta o gráfico geral da quantidade de edifícios por décadas da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fica claro o boom que ocorreu na década de 1970, logo após a inauguração do primeiro trecho. Quantidade de edifícios de escritórios por décadas 50 40 30 20 10 0 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Figura 428 – Quantidade de edifícios de escritórios por décadas. Fonte: a autora, 2019. Metragem estimada dos terrenos edificados por décadas 120000 100000 80000 60000 40000 20000 0 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Figura 429 – Metragem estimada dos terrenos edificados por décadas. Fonte: a autora, 2019. Porém, quando se elabora um gráfico baseado na metragem estimada dos terrenos edificados por décadas (Figura 429), verifica-se que a década de 2010 é a que possui os maiores empreendimentos. A área média [estimada] dos terrenos incorporados na década 323 de 1970 era de 1.242,51m², ao passo que esta média [estimada] na década de 2010 é de 7.602,60m². 5.3.1. A arquitetura década de 1970 O cenário arquitetônico dos anos 1960 e 1970, permitia certo grau de experimentação e diversidade. O traço marcante desta tentativa de afirmar uma arquitetura moderna brasileira seria a exploração plástica do concreto armado. 395 Nas diversas referências consultadas396 não há um consenso sobre um estilo arquitetônico que possa ser considerado característico da década de 1970 na Avenida Brigadeiro Faria Lima. A arquitetura da avenida sempre esteve associada à forte atuação do mercado imobiliário na região. As principais características dos edifícios implantados na década de 1970 são: “construções racionalizadas, estruturas de concreto, plantas livres com maiores áreas internas, predomínio de edifícios isolados no lote, as fachadas cortina de vidro e o emprego de brises ou elementos de concreto aparente em destaque, como as grelhas estruturais e as empenas trabalhadas”397. Conforme pode-se observar no inventário de edifícios de escritórios, a produção da década de 1970, em geral, conta com pavimentos térreos ativos, com comércios e galerias. 395 BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Verde. Brasil: Arquiteturas após 1950. São Paulo, Perspectiva, 2011. 396 BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Verde. Brasil: Arquiteturas após 1950. São Paulo, Perspectiva, 2011; FÉLIX, Amanda Bárbara. Os edifícios de escritórios na cidade de São Paulo: transformações e tipologias. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2006; FIALHO, Roberto Novelli. Edifícios de escritórios na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007; GUERREIRO, Isadora de Andrade. Arquitetura-capital: a funcionalidade dos edifícios corporativos paulistas. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010; HORSCHUTZ, Alessandra Maria Cerqueira Lima. Ocupação de edifícios de escritórios corporativos em São Paulo: o caso do edifício IBM Tutóia. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007; SANTOS, Andrezza Pimentel dos. Rumo aos céus: permanência e transformação do arranha-céu na cidade moderna e contemporânea. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2018; SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. 3ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010; SEGRE, Roberto. América Latina, fim de milênio: raízes e perspectivas de sua arquitetura. São Paulo: Studio Nobel, 1991; ZEIN, Ruth Verde. A Arquitetura da Escola Paulista Brutalista 1953-1973. 2005. Tese (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. 397 FÉLIX, Amanda Bárbara. Os edifícios de escritórios na cidade de São Paulo: transformações e tipologias. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2006. 324 O edifício Capitânia e o Acal (nas proximidades da Faria Lima) foram classificados por Zein398 como pertencentes a Escola Paulista Brutalista (Figura 430). Segundo Zein399 as características desta escola podem ser agrupadas em: partido; composição; elevações; sistema construtivo; texturas e ambiência lumínica; e características simbólico-conceituais. Parte destas características podem ser extrapoladas para os outros edifícios do mesmo período na avenida. Figura 430 – Edifício Capitânea (1973) e Edifício Acal (1974). Fonte: SARAIVA 1973 e 1974 In ZEIN, 2006. 400 Quanto ao partido: a) Preferência pela solução em monobloco, ou em volume único abrigando todas as atividades e funções do programa atendido; b) Na existência de mais de um volume, ou corpo, há uma evidente hierarquia entre aquele principal e os demais, claramente secundários e apensos ao primeiro; c) A relação com o entorno se dá claramente por contraste visual, realizando a integração com o sítio basicamente através da franqueza dos acessos401; 398 ZEIN, Ruth Verde. Breve introdução à Arquitetura da Escola Paulista Brutalista. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n 069, Vitruvius, fev. 2006. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/375, acesso 24 jan. 2019. 399 ZEIN, Ruth Verde. A Arquitetura da Escola Paulista Brutalista 1953-1973. 2005. Tese (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. 400 ZEIN, Ruth Verde. Breve introdução à Arquitetura da Escola Paulista Brutalista. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n 069, Vitruvius, fev. 2006. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/375, acesso 24 jan. 2019. 401 Ibid., p. 33. 325 O Edifício Parque Iguatemi apresenta uma solução em monobloco, ao passo que os Edifícios Barão de Iguatemi e Calcenter têm mais de um volume com que podem ser identificados como principal e secundários (Figura 431). Figura 431 – Edifícios Parque Iguatemi, Barão de Iguatemi e Calcenter. Fonte: acervo pessoal, 2018. A relação de contraste com o entorno hoje não é muito perceptível, pois a avenida, em seu trecho ‘velho’ já está consolidada com dezenas de edifícios de escritórios, no entanto, se analisarmos a relação com os bairros jardim à sua volta fica evidente um corredor de edifícios altos em contraste com as casas e o baixo potencial construtiv0 da sua vizinhança (Figura 432). Figura 432 – Vista aérea da ‘Velha’ Faria Lima, evidenciando o contraste dos seus edifícios com o casario dos bairros adjacentes. Fonte: Google Earth, acesso 06 jul. 2018. Quanto à composição: [...] f) Preferência pela solução em “planta genérica” [vãos completamente livres, Mies]; [...] i) Os espaços internos são freqüentemente organizados de maneira flexível, interconectada e não compartimentada; 326 [...] k) Freqüente concentração horizontal e vertical das funções de serviço, em núcleos compactos que muitas vezes definem a distribuição e zoneamento funcional dos demais ambientes402. Relativo a composição é possível observar a planta livre, com o agrupamento da circulação vertical, dos sanitários e das áreas técnicas, desta maneira o investidor poderia adquirir mais de um conjunto, e até utilizar um andar inteiro (Figura 433). Figura 433 – Plantas dos edifícios Conselheiro Antonio Prado e Conselheiro Souza e Melo, em que é possível verificar o agrupamento das circulações, sanitários e áreas técnicas no core, deixando a área de escritórios flexível para a composição dos conjuntos. Fonte: ESCRITÓRIOS, 1972, P. 7; QUANTAS, 1973, p. 39. Quanto às elevações: l) predominância dos cheios sobre os vazios nos paramentos, com poucas aberturas, ou com aberturas protegidas por balanços de extensões das lajes, inclusive de cobertura, com ou sem o auxílio de panos verticais pendurados [à maneira de lambrequins ou platibandas]; [...] n) inserção ou aposição de elementos complementares de caráter funcional-decorativo, como sheds, gárgulas, buzinotes, vigas-calha, canhões de luz, etc., realizados quase sempre em concreto aparente403. Nos edifícios Barão de Pedro Afonso, Itaquera, Conselheiro Antônio Prado e Barão da Torre, entre tantos outros, é possível verificar uma maior proporção de cheios em 402 Ibid., p. 33. 403 Ibid., p. 34. 327 relação aos vazios e a existência de elementos complementares de concreto nas fachadas (Figura 434). Figura 434 – Edifícios Barão de Pedro Afonso, Itaquera, Conselheiro Antônio Prado e Barão da Torre. Fonte: Ed. Barão de Pedro Afonso e Ed. Itaquera – acervo pessoal, 2018; Ed. Cons. Antônio Prado e Barão da Torre – Google Street View, 2016, acesso 6 e 9 set. 2017. Quanto ao sistema construtivo: o) o emprego quase exclusivo de estruturas de concreto armado, algumas vezes protendido, utilizando lajes nervuradas uni ou bidirecionais, pórticos rígidos ou articulados, pilares com desenho trabalhado analogamente às forças estáticas suportadas, opção por vãos livres e balanços amplos; p) emprego freqüente de fechamentos em concreto armado fundido in loco, eventualmente aproveitado também em paredes e divisórias internas; q) as estruturas em concreto são quase sempre realizadas in loco, embora freqüentemente o projeto preveja a possibilidade de sua pré- fabricação; r) emprego menos frequente, mas bastante habitual, de fechamentos em alvenaria de tijolos e/ou de blocos de concreto deixados aparentes; em alguns casos, prescindindo da estrutura em concreto; s) os volumes anexos são geralmente realizados em estrutura independente, mesmo quando internos ou abrigados sob o corpo principal404. É possível afirmar que a maioria dos edifícios da década de 1970 construídos na Faria Lima possuem estrutura de concreto, em alguns edifícios como Royal Street, Barão de Pedro Afonso, Diâmetro, Novo São Paulo, Olívia Fernandes, entre outros, deixam marcada sua estrutura em suas fachadas (Figura 435). Nas plantas apresentadas na Figura 433 também é possível verificar a disposição de pilares típica de estruturas de concreto. 404 Ibid., p. 34. 328 Figura 435 – Edifícios Royal Street, Barão de Pedro Afonso, Diâmetro, Novo São Paulo e Olívia Fernandes. Fonte: acervo pessoal, 2017-2018. Quanto às texturas e ambiência lumínica: t) as superfícies em concreto armado ou alvenaria de tijolos ou blocos de concreto são deixadas aparentes, valorizando a rugosidade de textura obtida por sua manufatura, algumas vezes recebendo proteção por pintura, algumas vezes colorida, que ocorre apenas pontual e diretamente, sedo quase sempre aplicadas diretamente sobre os materiais, sem prévio revestimento; [...] 405 O concreto aparente está presente em praticamente todos os edifícios produzidos na década de 1970. Porém, a presença de outros materiais aparentes também é observada em edifícios como Regent’s Park, Jaguari e Park Plaza (Figura 436). Figura 436 – Edifícios Regent’s Park, Jaguari e Park Plaza. Fonte: acervo pessoal, 2018. Características simbólico-conceituais: u) ênfase na austeridade e homogeneidade da solução arquitetônica obtidas por meio do uso de uma paleta bastante restrita de materiais; v) ênfase na construtividade da obra, no didatismo e clareza da solução estrutural; [...] y) ênfase na idéia de pré-fabricação como método ideal para a construção, apesar da rara possibilidade de sua realização efetiva; 405 Ibid., p. 34. 329 z) ênfase no caráter experimental de cada exercício arquitetônico, tanto construtiva quanto programaticamente406. A ênfase na austeridade e homogeneidade através do uso de uma paleta restrita de materiais / cores é perceptível em praticamente todos os edifícios da avenida, como por exemplo o Parque Iguatemi, de Aflalo e Gasperini, com a predominância do concreto aparente permeado por janelas e o Barão de Iguatemi, de Salvador Cândia, que mescla a ‘dureza’ do concreto com a ‘suavidade’ de murais em azul e branco (Figura 431). Na maioria dos edifícios também é possível estabelecer um ritmo estrutural ou plástico nas composições da fachada de maneira muito evidente. Apesar da maioria dos elementos destes edifícios ter sido moldada in loco é possível ver uma intenção de racionalização da construção, com a repetição dos elementos propostos. Cada um dos edifícios é único e é possível ver experimentações nos materiais, nas composições de fachada, na interação com via. 5.3.2. A arquitetura contemporânea Os avanços tecnológicos e as mudanças culturais do início do século XX foram o berço para o Movimento Moderno, que por sua vez foi capaz de criar modelos universais. Posteriormente a crise da modernidade resultou na ruptura destes modelos. A arquitetura passa a enfatizar mais a comunicação e o desenho com um predomínio evidente das formas. “Parece que se pode dizer: vale tudo”407. Os arquitetos passam a “dar valor ao complexo, ao irônico e ao ambíguo como características positivas”408, os modelos universais passam a ser rompidos, descontruídos. As grandes metrópoles e suas inerentes contradições impulsionaram um novo ciclo, baseado na forma em detrimento das estruturas que sustentam o âmbito físico, na tecnologia e na escala planetária das suas propostas. Este processo experimental abriu novas possibilidades metodológicas para a arquitetura contemporânea, que em sua abstração pode se assemelhar a ideia de não lugares409. 406 Ibid., p. 34. 407 PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à história da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2010, p. 293. 408 Ibid., p.294. 409 Ibid. 330 Durante o movimento moderno o conceito de lugar foi adotado em diferentes escalas, culminando no genius loci, em que entende-se que a cidade desenvolve a sua identidade através da história. Nos últimos anos do século XX, a megalópole passou a ser valorizada, “amorfa, desagregada e caótica” ao mesmo tempo em que agrupa funções, conexões e intercâmbios em transformação contínua – o conceito de genius loci perde força410. A arquitetura contemporânea nos leva ao “desafio da contemporaneidade” 411, uma vez que quando discutimos o presente não é possível ter o mesmo grau de certeza que temos sobre o nosso passado. A defesa de Aldo Rossi da cidade tradicional e dos tipos históricos tem sido negada pelas gerações atuais que buscam um retorno ao experimental e têm especial fascínio pela escala colossal dos novos empreendimentos urbanos. É uma arquitetura de experiências, pouco programática e peculiar a cada situação. Podemos evidenciar duas correntes dominantes quanto aos argumentos da produção arquitetônica. Uma liderada por Lewis Munford, tratando a arquitetura de maneira regional, ou seja, ela deveria favorecer a absorção da sociedade, da cultura e do lugar. Outra corrente, liderada por Henry Russel Hitchcock e Alfred Barr, trata a arquitetura como monumento, formas poderosas que dispensam o entorno e os monumentos – “ressoando como objetos descontextualizados” – preconizando que “os edifícios deveriam ser avaliados estritamente por critérios formais”412. O edifício, enquanto objeto, é um signo. A partir destes signos a história da arquitetura estabelece relações entre formas, épocas e características que os construíram. O caráter simbólico dos edifícios e de sua arquitetura tornam-se atraentes como “instrumento de demonstração de poder”413. As obras arquitetônicas estão expostas ao olhar público. Os arquitetos almejam obras singulares e monumentais que os destaquem e esta visibilidade se confunde com a 410 Ibid. 411 Ibid., p. 308. 412 VARGAS, Heliana Comin. Da arquitetura corporativa à cidade corporativa. Arquitextos, São Paulo, ano 04, n. 040.06, Vitruvius, set. 2003. Disponível em: http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.040/655, acesso 10 nov. 2018. 413 Ibid.. 331 empresa, a cidade ou o país a qual representam – a arquitetura fica refém desde desejo de poder.414. A arquitetura corporativa – do edifício isolado – como símbolo de poder das classes dominantes remonta os primórdios da história da humanidade e é consolidada como representante do “grande capital nos seus mais diversos formatos”. Investidores muitas vezes veem os edifícios como mercadorias, preocupados com sua liquidez de mercado, facilitada por características de universalidade, ou seja, determinadas características comuns a todos os homens e empresas. Repetidas tentativas de se sobressair levaram esta arquitetura a uma uniformidade e consequente perda de identidade, desencadeando a busca da diferenciação através de uma arquitetura mais complexa415. A competitividade entre as cidades, devido aos avanços tecnológicos, de transportes e comunicações, gera oportunidade para a associação entre a ação do capital imobiliário associado ao capital mercantil e financeiro em novas formas de acumulação. Estas novas intervenções urbanas mudam a imagem da cidade e aumentam sua atratividade, porém muitas cidades têm perdido seu caráter individual devido a neutralidade arquitetônica416. Segundo Arantes417, os arquitetos não procuram mais soluções universalistas, como faziam os modernos. A busca é por exclusividade, por obras únicas, que fazem sucesso e acabam tendo suas fórmulas projetuais replicadas, o que paradoxalmente faz com que a arquitetura perca o seu valor e os arquitetos sejam obrigados a adotar soluções cada vez mais inusitadas e chamativas. A cidade torna-se genérica. Aparentemente serena, pois as pessoas não estão mais na superfície urbana, que passa a abrigar o movimento dos automóveis alterando nossa percepção em função de sua velocidade418. 414 Ibid.. 415 Ibid.. 416 Ibid.. 417 ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na era digital-financeira: desenho, canteiro e renda da forma. São Paulo: Editora 34. 418 KOOLHASS, Rem. Três textos sobre a cidade: Grandeza ou o problema do grande; A cidade genérica; Espaço- lixo. 1ª ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2014. 332 Para Koolhass419, através da “grandeza” a arquitetura busca se dissociar do movimento moderno. O edifício, enquanto objeto, adquire uma escala maior, a arquitetura perde um pouco de sua autonomia ao tornar-se um instrumento de outras forças. O arquiteto não está mais condenado ao estrelato, pois “a Grandeza significa a rendição às tecnologias; aos engenheiros, empreiteiros, fabricantes; aos políticos, aos outros. Promete uma espécie de estatuto pós-heróico da arquitetura – um realinhamento com a neutralidade”420. Ferreira421 em sua tese São Paulo: o mito da cidade-global, faz uma análise dos diversos pontos de vista que apontaram para a Cidade de São Paulo como uma cidade global. Mostrou os esforços de alguns setores para definir o Centro e a Paulista como as mais adequadas “conexões” com a globalidade, porém apontou como tendência identificar a região da Marginal Pinheiros como o cenário dessa transformação. Nenhuma região retrata melhor a metamorfose por que vem passando São Paulo do que uma extensa área situada na Zona Sul junto a uma das margens do Rio Pinheiros. Ali, onde até alguns anos atrás havia terrenos vazios e galpões industriais desativados, surgem agora hotéis, centros de convenção, supermercados, shopping centers e até um parque de diversão. Prédios comerciais de vidro e aço sucedem-se pelas avenidas Luiz Carlos Berrini e das Nações Unidas (a Marginal do Rio Pinheiros) e por outras partes da cidade, como a Avenida Faria Lima e a Avenida Paulista. Em muitas dessas torres de escritórios, instalaram-se nos últimos anos bancos de investimento de peso das finanças internacionais, como o Merrill Lynch, o Salomon Smith Barney, o Morgan Stanley, o Goldman Sachs e o Crédit Suisse First Boston, entre outros422. A manutenção da tendência deste polo terciário se desenvolver no vetor sudoeste, se confirma com a produção arquitetônica de sofisticados edifícios de escritórios que vem sendo entregues no trecho sul da Faria Lima, e se prolongando para além da Avenida Luís Carlos Berrini, sentido Chácara Santo Antônio. Os trechos Itaim e Vila Olímpia da ‘Nova’ Faria Lima que são os detentores da maior porção da arquitetura contemporânea construída na avenida, estão sob acentuada influência do mercado imobiliário. Assim como na ‘Velha’ Faria Lima, os edifícios de 419 Ibid. 420 Ibid., p. 25. 421 FERREIRA, João Sette Whitaker. São Paulo: o mito da Cidade-Global. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Cidade de São Paulo, São Paulo, 2003. 422 CAIXETA, 1998 apud FERREIRA, João Sette Whitaker. São Paulo: o mito da Cidade-Global. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Cidade de São Paulo, São Paulo, 2003, p. 35. 333 escritórios são o elemento predominante na paisagem, porém o porte dos edifícios é uma diferença marcante. A ‘Nova’ Faria Lima segue os parâmetros da arquitetura contemporânea, com edifícios monumentais se comparados aos da ‘Velha’ Faria Lima. Figura 437 – Edifícios da década de 1980: Crea, Conjunto Empresarial Mário Garnero, Faria Lima 1.306, Faria Lima e Banco Bradesco. Fonte: acervo pessoal, 2018. Figura 438 – Edifícios da década de 1990: Armando Shibata, Faria Lima Tower, Os Bandeirantes e Antônio Alves Ferreira Guedes. Fonte: Armando Shibata – Google Street View, 2016, acesso 4 set. 2017; os demais – acervo pessoal, 2018. Esses grandes edifícios são resultantes da OUCFL, que permite uma maior verticalização, além de estimular o remembramento dos lotes. Estes edifícios são conhecidos em São Paulo por seu padrão triple A, e considerando sua tecnologia embarcada poderiam estar em qualquer lugar do mundo. A arquitetura dos grandes edifícios, também é a arquitetura das grandes lajes, ou seja, o padrão office, corriqueiro na ‘Velha’ Faria Lima foi sendo substituído pelo corporate, para atender às novas demandas do mercado que vinham sendo supridas pela Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e pela Marginal Pinheiros nas décadas anteriores. Enquanto, na Faria Lima, a produção das décadas de 1980 e 1990, era pequena e apontava para a transição entre o modelo arquitetônico da década de 1970 para a contemporaneidade. Pode-se observar um aumento no uso das cortinas de vidro, novas experimentações plásticas e um aumento na dimensão dos edifícios (Figura 437 e Figura 438). 334 A partir dos anos 2000, a avenida começa a ganhar novos empreendimentos, mais luxuosos que os da Berrini, com grandes lajes; espaços de entre forro, entrepiso e shafts que comportavam novas tecnologias, estas muito demandas por bancos, empresas do setor financeiros e grandes multinacionais. Figura 439 - Edifícios das décadas de 2000 e 2010: Torre Faria Lima, Birmann 31, Sul América e FL 4.300. Fonte: Birmann 31 – MELENDEZ, 2003; os demais acervo pessoal, 2018. Segundo Fernando Belloube423, country manager da Turner & Townsend no Brasil, o modelo de negócio apresentado por estes novos edifícios é completamente diferente do que era habitual na velha Faria Lima, em que construtoras como a CAL e a Gomes de Almeida Fernandes, normalmente eram responsáveis pela incorporação e busca de linhas de financiamento para vender as unidades aos usuários finais, prática muito semelhante ao modelo aplicado pelo mercado imobiliário no setor residencial atualmente. Nos edifícios da ‘nova’ Faria Lima nota-se a presença de diversas empresas nos empreendimentos, aqui o incorporador não é necessariamente quem irá construir, ele é o agente que prospecta e negocia os terrenos, que são remembrados para que sejam possíveis os grandes empreendimentos, além de serem responsáveis pelo estudo de viabilidade e projetos necessários para a incorporação. Este processo pode demandar anos de trabalho até que se consiga um produto adequado à região. O incorporador pode ou não ser o investidor. No caso da ‘nova’ Faria Lima, todos os edifícios (ou sua imensa maioria) são de propriedade de investidores profissionais, muitas vezes de capitais estrangeiros. Caso o incorporador não seja o investidor, ele poderá oferecer seu produto a um investidor ou grupo de investidores, a partir de vendas de cotas 423 BELLOUBE, Fernando. Depoimento concedido a Joice Chimati Giannotto. São Paulo, 13 set. 2017. [o depoimento encontra-se transcrita no Anexo 7 desta tese] 335 do empreendimento, ou de lajes inteiras, e a partir deste momento quem incorporou deixa de ser o grande detentor do capital do empreendimento, muitas vezes ele terá somente uma pequena fração que será absorvida pelos demais investidores quando o prédio entrar em operação. Estes investidores profissionais, por sua vez, irão calcular o retorno esperado em função da locação dos andares para o usuário final. Que, ao contrário dos pequenos proprietários e investidores da ‘Velha’ Faria Lima, possuem o capital necessário para arcar com melhorias que serão necessárias ao longo do ciclo de vida do edifício sem ter que travar batalhas condominiais em empreendimentos com múltiplos donos com capacidades de investimento descasadas, o que muitas vezes compromete a realização de obras de melhoria e manutenção. Ainda, segundo Belloube424, baseado em dados de 2013/2014 enquanto autuou diretamente com brokers do mercado imobiliário, os térreos em São Paulo, são valorizados, a locação destas áreas chega a custar entre 2,5 a 3 vezes o valor de locação dos andares. E uma explicação provável para a ‘inatividade’ destes espaços seria associada a própria vacância dos edifícios. Na época em que os empreendimentos, entregues nesta década (2010), começaram a ser construídos a vacância estava em torno de 7%, as empresas como Cushman, CBRE e JLL já previam em 2012 que a vacância subiria brutalmente, porém o cenário era otimista: o mercado estava acelerando e a economia ia bem. Acreditava-se que haveria uma rápida absorção destes espaços. A vacância atualmente é de cerca de 40% nesta região, ficando bastante distante do ponto de equilíbrio que gira em torno de 14%. 424 BELLOUBE, Fernando. Depoimento concedido a Joice Chimati Giannotto. São Paulo, 13 set. 2017. [o depoimento encontra-se transcrita no Anexo 7 desta tese] 336 Figura 440 – Evolução do estoque de m² de edifícios AA & A na cidade de São Paulo. Fonte JLL, 2015.425 A superoferta gerada com a entrega dos grandes empreendimentos na década atual, desencadeou um movimento de flight to quality, que permitiu que empresas negociassem melhores lugares por preços mais acessíveis. Consequentemente há um fluxo de pessoas menor do que o potencial esperado para a região, elemento necessário para sustentar qualquer tipo de comércio. A Faria Lima tem um potencial para sustentar um comércio de luxo, tendo como referência o comércio da 5ª Avenida em Nova York, porém a ocupação da região deve ser muito mais densa do que é na atualidade, inclusive com a possibilidade de se assumir coeficientes de aproveitamento maiores que 4 para utilizar de maneira mais intensiva a infraestrutura da região. Outro ponto relevante é o ciclo de violência da cidade que traz uma percepção de insegurança, a partir década de 1980, o levou a população considerar locais fechados como shopping centers opções mais seguras para compras ou lazer. Percepção que pode ser melhorada com o incremento da segurança pública e/ou privada426. 425 ON Point: pesquisa imobiliária. Jones Lang Lasalle, São Paulo, 3º trimestre de 2015. 426 BELLOUBE, Fernando. Depoimento concedido a Joice Chimati Giannotto. São Paulo, 13 set. 2017. [o depoimento encontra-se transcrita no Anexo 7 desta tese] 337 5.4. A relação entre os edifícios, as pessoas e a consequente ativação da cidade Ao caminhar pela Avenida Brigadeiro Faria Lima em diversas visitas técnicas realizadas no local, foi possível constatar, de maneira empírica, trechos mais ativos aos pedestres e outros menos ativos. O trecho mais ativo é aquele que conhecemos por ‘velha’ Faria Lima, especialmente entre a Avenida Cidade Jardim e o Largo da Batata. No trecho sul da ‘nova’ Faria Lima verifica-se menor quantidade de pedestres transitando na região, no entanto, não há uma sensação de insegurança, visto que os grandes edifícios deste trecho contam com seguranças particulares, que de certa forma ‘vigiam’ também um pouco da cidade. O trecho norte da ‘nova’ Faria Lima, por sua vez, também é menos ativo. O comércio local está bastante degradado e existe uma maior presença de moradores de rua, que são pouco observados nos demais trechos, fatos que colaboram para uma maior sensação de insegurança aos transeuntes da região. Esta observação, em um primeiro momento empírica, traz à tona a inquietação de diversos autores e pesquisadores sobre a questão da ativação dos térreos, tão em voga na cidade de São Paulo, especialmente a partir da publicação do Plano Diretor Estratégico de 2014. Karssenberg e Laven têm uma atenção especial aos térreos dos edifícios em seus estudos e a eles atribuem o termo plinth, que em holandês “significa rodapé, porém também descreve o andar térreo de um prédio” 427. Eles consideram o térreo como parte essencial para a composição da cidade ao nível dos olhos. A função da cidade foi o objeto predominante no planejamento das cidades nas últimas décadas, porém as economias ocidentais começam a apontar para uma mudança de “fazer a cidade” para “viver a cidade”. 427 KARSSEMBERG, Hans [et al]. A cidade ao nível dos olhos: lições para os plinths. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015, p. 10. 338 Os pedestres experenciam a “esfera pública”, que engloba e extrapola o espaço público (Figura 441), ou seja, a experiência vai além dos passeios e das via, ela inclui as fachadas e tudo o esteja ao alcance visual, ao nível dos olhos428. Figura 441 – O espaço público, a esfera pública e o espaço privado. Fonte: KARSSEMBERG, 2015, p. 15. Um prédio pode ser feio, porém, com um plinth vibrante, a experiência pode ser positiva. O contrário também é possível: um prédio pode ser muito bonito, porém se o andar térreo é um muro cego, a experiência na rua pouco será positiva429. Os térreos ocupam a menor parte dos prédios, porém determinam 90% da contribuição do edifício para a cidade. Lugares seguros, limpos, relaxados e fáceis de compreender e que atendem ou superam as expectativas dos visitantes, farão com que eles permaneçam mais tempo e até gastem mais, em detrimento de lugares com estrutura antipática e confusa430. Plinths bem feitos muitas vezes proporcionam lucros mais altos ao comércio varejista que ali se instala, por isso projetos de (re)desenvolvimento fazem o direcionamento destas áreas para funções comerciais, no entanto, estudos realizados na Holanda apontam que podemos ter novas tendências para esta ocupação, pois o aumento da quantidade de estabelecimentos comerciais, não necessariamente implica em um aumento do volume de negócios, pois as compras via internet tendem a ocupar um espaço maior. Essa nova tendência implica em uma nova perspectiva, em que outras funções 428 Ibid. 429 Ibid., p. 15. 430 Ibid. 339 ativem os térreos com a criação de espaços flexíveis que possam periodicamente mudar de acordo com novos usos431. Em conjunto com o Departamento de Planejamento Urbano e Assuntos Econômicos da Cidade de Roterdã, Karssenberg e Laven desenvolveram critérios para avaliar a qualidade dos plinths baseados em três níveis: prédio, rua e contexto432. 1. O prédio: • Unidades de pequena escala • Variedade de funções • Fachadas transparentes • Caráter especial de arquitetura • Riqueza de material • Orientação vertical da fachada • Uma zona híbrida funcionando bem (a transição de privado para público) • Sinalização apropriada • Flexibilidade na altura (4m) • Flexibilidade no plano de uso da terra (zoneamento) 2. A rua: • Passear nela é prazeroso • Conforto físico (vento, som, sol, sombra, manutenção) • Definição (a altura do prédio deve ser pelo menos a metade da largura da rua) • Variação de prédios • Qualidade que capta o olho • Boa cobertura de árvores • Facilidade de estacionamento • Claro começo e fim da rua • Possibilidade de sentar • Densidade 3. O contexto • Público consumidor orientado ao plinth (fluxos de pedestres de dia e à noite, 5-20 passantes por metro de largura por minuto, capital econômico e cultural nos bairros no entorno) • Programa urbano especial ou um conjunto especial ou funções econômicas ou criativas • Boas conexões com a rede de praças e parques • Parcerias que tomam iniciativa • Desenho urbano coerente • Uma boa posição no tecido urbano e nas rotas urbanas para pedestres e ciclistas433 Jan Gehl434 em seu livro ‘Cidade para pessoas’ discute a dimensão humana perante a cidade, que muitas vezes é negligenciada de diversas maneiras, como por exemplo a 431 Ibid. 432 Ibid. 433 Ibid., p. 25. 434 GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. 340 priorização do automóvel em detrimento ao pedestre; a desvalorização do espaço público em relação ao espaço privado; a falta de locais de encontro; a cidade setorizada em detrimento ao uso misto. Destaca também que existe um desejo universal em relação às cidades, que elas sejam vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis. Para tanto mostra que é necessário trabalhar melhor os espaços entre os edifícios, que acabam por construir a cidade: Como conceito “a vida entre edifícios” inclui todas as diferentes atividades em que as pessoas se envolvem quando usam o espaço comum da cidade: caminhadas propositais de um lugar para outro; calçadões; paradas curtas/ paradas mais longas; ver vitrines; bater papo e encontrar pessoas; fazer exercícios; dançar; divertir-se; comércio de rua; brincadeiras infantis; pedir esmolas; e entretenimento de rua. [...] Uma caraterística comum da vida no espaço da cidade é a versatilidade e a complexidade das atividades, com muitas sobreposições e mudanças frequentes entre caminhada intencional, parada, descanso, permanência e bate-papos. Aleatoriamente e sem planejamento, ações espontâneas constituem parte daquilo que torna a movimentação e a permanência do espaço da cidade tão fascinantes. Enquanto caminhamos para o nosso destino, somos inspirados a parar e olhar mais detidamente ou mesmo a parar e participar435. O planejamento urbano pode induzir à união ou dispersão das pessoas, Gehl436 aponta cinco princípios de planejamento para deixar as cidades mais humanas: 1. Distribuir, cuidadosamente, as funções da cidade para garantir menores distâncias entre elas, além de uma massa crítica de pessoas e eventos. 2. Integrar várias funções nas cidades para garantir versatilidade, riqueza de experiências, sustentabilidade social e uma sensação de segurança nos diversos bairros. 3. Projetar o espaço urbano de forma a torna-lo convidativo tanto para o pedestre quanto para o ciclista. 4. Abrir os espaços de transição entre a cidade e os edifícios, para que a vida no interior das edificações e a vida nos espaços urbanos funcionem conjuntamente. 5. Reforçar os convites para permanências mais longas no espaço público, porque algumas pessoas por muito tempo em um local proporcionam a mesma sensação de vitalidade do que muitas pessoas por pouco tempo. De todos os princípios e métodos disponíveis para reforçar a vida nas cidade, o mais simples e o mais eficaz é convidar as pessoas a passar mais tempo no espaço público437. Para deixar as cidades convidativas se faz necessário que as construções de novos edifícios não se encerrem somente em seus lotes, mas que pensem em sua integração com 435 Ibid., p. 19-20. 436 Ibid.. 437 Ibid., p. 232. 341 o tecido urbano, fazendo com que sua configuração seja um convite à interação das pessoas. Convidar requer vistas desobstruídas, curtas distâncias, baixa velocidade, permanência no mesmo nível e orientação em direção ao que deve ser visto e experenciado. [...] Contrariamente, linhas de visão interrompidas, grandes distâncias, alta velocidade, implantação de edifícios com muitos andares e orientações contrárias à direção das pessoas impedem os contatos de ver e ouvir438. A cidade fica mais atrativa quando é pensada ao nível dos olhos, ou seja, não se faz somente um planejamento de zonas e setores, mas se atenta à pequenos detalhes que visam à proteção, conforto e prazer das pessoas439. Tabela 13 – Lista de palavras-chave: 12 critérios de qualidade com respeito à paisagem do pedestre Proteção contra o tráfego e Proteção contra o crime e a Proteção contra experiências acidentes – sensação de violência – sensação de sensoriais desconfortáveis segurança segurança • Vento • Proteção aos pedestres • Ambiente público cheio de • Chuva / neve • Eliminar o medo do vida • Frio / calor tráfego • Olhos da rua • Poluição • Sobreposição de funções • Poeira, barulho, de dia e à noite ofuscamento • Boa iluminação Oportunidades para caminhar Oportunidades para Oportunidades para sentar-se • Espaço para caminhar permanecer em pé • Zonas para sentar-se • Ausência de obstáculos • Efeito de transição / zonas • Tirar proveito das • Boas superfícies atraentes para vantagens: vista, sol, • Acessibilidade para todos permanecer em pé / ficar pessoas • Fachadas interessantes • Apoios para pessoas em • Bons lugares para sentar- pé se • Bancos para descanso Oportunidades para ver Oportunidades para ouvir e Oportunidades para brincar e • Distâncias razoáveis para conversar praticar atividade física observação • Baixos níveis de ruído • Convites para criatividade, • Linhas de visão • Mobiliário urbano com atividade física, ginástica e desobstruídas disposição para paisagens jogos • Vistas interessantes / para conversas • Durante o dia e à noite • Iluminação (quando • No verão e no inverno escuro) Escala Oportunidades de aproveitar Experiências sensoriais • Edifícios e espaços os aspectos positivos do clima positivas projetados de acordo com • Sol / sombra • Bom projeto e a escala humana • Calor / frescor detalhamento • Brisa • Bons materiais • Ótimas vistas • Árvores, plantas, águas Fonte: Gehl, 2013, p. 239. 438 Ibid., p. 236. 439 Ibid. Prazer Conforto Proteção 342 Os pavimentos térreos podem ser considerados como a zona de transição entre as edificações e a cidade. É aqui que o pedestre consegue interagir visual ou fisicamente com a edificação. Com base em experiências na cidade de Estocolmo, Suécia, Gehl classifica os térreos em cinco categorias: A – Ativo Pequenas unidades, muitas portas (15 – 20 portas a cada 100m) Ampla variedade de funções Nenhuma unidade cega e poucas unidades passivas Muitos detalhes no relevo da fachada Predominância de articulação vertical da fachada Bons detalhes e materiais B – Convidativo Unidades relativamente pequenas (10 – 14 portas a cada 100m) Modesta variação de funções Poucas unidades cegas e passivas Relevo na fachada Muitos detalhes C – Misto Unidades grandes e pequenas (6-10 portas a cada 10m) Modesta variação de funções Algumas unidades passivas e cegas Relevo modesto na fachada Pouco detalhes D – Monótono Grandes unidades, poucas portas (2-5 portas a cada 100m) Variação de função quase inexistente Muitas unidades cegas ou desinteressantes Poucos (ou nenhum) detalhes E – Inativo Grandes unidades, poucas (ou sem) portas (0-2 portas a cada 100m) Nenhuma variação visível de função Unidades passivas ou cegas Fachadas uniformes, nenhum detalhe, nada para se ver440. Em visita à Faria Lima em 2014, Gehl percebe as dualidades existentes na avenida, especialmente no trecho sul (Itaim e Vila Olímpia) em que verifica a falta do uso habitacional nas modernas torres de escritórios, a falta de estímulos visuais, lugares para sentar, vitrines e cafés. No trecho do Itaim destaca a priorização dos acessos de veículos nos edifícios em detrimento do acesso de pedestres e ao fato das pessoas se dirigirem em direção à ‘velha’ Faria Lima, onde os edifícios têm comércios e pequenos restaurantes nos térreos e no trecho Vila Olímpia critica a falta de marcos, os jardins dos térreos dos edifícios 440 Ibid., p. 241. 343 que não convidam os pedestres a permanecer neles com lugares para sentar e as estreitas ciclovias441. Tabela 14 – Atributos de pavimentos térreos ativos, segundo diversos autores Atributos de pavimento térreo ativos, segundo diversos autores Autor Como devem ser? Camillo Sitte Arborizado ou com algum tipo de vegetação. Jane Jacobs Contínuos e interligados para darem forma ao resto da cidade. Devem ser pequenos e estarem bem disseminados por todo o tecido, se tornando acessíveis a maioria das pessoas. Gordon Cullen Com fachadas que apresentam reentrâncias, formando lugares para permanecer e se proteger. Sem esses elementos a rua e a calçada se tornam monótonas e sem abrigos ou proteção, surpresas ou diversidade. Christopher Humanos e cheios de vida, para que as pessoas possam se apegar a esses espaços. Alexander Ian Bentley Acessibilidade. É necessário que haja um maior número de entradas possível nas bordas dos espaços públicos. Permeabilidade física e visual. Pois somente lugares que são acessíveis ao público podem proporcionar alternativas. As fachadas frontais devem estar perto do alinhamento da calçada ou apresentar um espaço intermediário livre entre a edificação e a rua para que usuários possam desfrutar das atividades públicas. É importante que os espaços principais da edificação ocupem as posições frontais da planta, pois a maioria dos edifícios contém atividades que podem contribuir para a animação e vitalidade dos espaços externo. Isso contribui para a versatilidade do terreno. Willian White Deviam ter locais para sentar, pontos de venda de comida, sombra e água. Jan Gehl Unificados e acolhedores, com bastante detalhes. Precisam ser suaves, agradáveis e ter atividades. Se isso acontecer, mesmo a noite, eles serão atrativos, pois quando esses locais são ocupados, eles se tornam mais humanos, e é através do mobiliário, das flores, das bicicletas, que esses locais se constituem próximos a outras pessoas. Em fachadas e térreos comerciais deve-se evitar o uso de portas metálicas ou vedações que não permitem o contato visual com o espaço, mesmo que sejam fechadas somente a noite. Os térreos se tornam muito mais convidativos quando utilizam grades mais abertas ou transparências, isso garante ao caminhante o prazer de olhar as vitrines e ainda cria um sentido de segurança. Nichos e reentrâncias nas fachadas, são elementos que se configuram como bons lugares para as pessoas ficarem, pois elas podem se apoiar, sentar-se e se sentirem protegidas. Devem ter caves, nichos e reentrâncias. Pois é fácil encontrar apoio nesses elementos, e é onde há proteção contra vento e chuva e uma boa visão do entorno. Degraus, nichos e colunas também devem ser sempre considerados no pavimento térreo. Giselle Diziura Devem ser acessíveis para que possam servir como conexão. Devem ter a capacidade de serem alcançados pelas pessoas, para isso, devem estar bem posicionados. Hans Karssemberg Conectados com os outros prédios, as ruas e os espaços públicos. John Worthington Permeáveis e transparentes, além de oferecer motivos para que as pessoas interajam com eles bem posicionados. Marlies Rohmer Com os estacionamentos escondidos ou embaixo dos prédios, deixando para o limite do lote pátios e pequenos jardins. Fonte: SCOPEL, 2017, p. 73-74. 441 LORES, Raul Juste. Sinto pena de quem trabalha na Faria Lima, diz urbanista dinamarquês. Folha de São Paulo, São Paulo, 29 nov. 2016. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/11/1836502-sinto-pena-de- quem-trabalha-na-faria-lima-diz-urbanista-dinamarques.shtml, acesso 22 jul. 2018. 344 Vanessa Guerini Scopel442 em sua dissertação de mestrado intitulada ‘Térreos Ativos: a conexão entre arquitetura e cidade’ aborda o desenho urbano e os espaços da cidade fazendo um contraponto com os térreos, além de explorar o poder público como incentivador de térreos ativos. Ela coloca como questão o central como devem ser os pavimentos térreos ativos, faz alguns estudos de caso referenciais e depois se concentra em casos de Porto Alegre. Na Tabela 14, Scopel faz a síntese dos pensamentos dos autores selecionados respondendo à sua questão principal. Cada um dos autores citados por Scopel, a seu tempo e a sua maneira, trazem elementos que contribuem para uma maior permanência dos pedestres no convívio com a rua, com a cidade. Simone Caberlon443, por sua vez, elabora a dissertação ‘A qualidade da paisagem urbana de Porto Alegre: critérios de avaliação’, aborda neste trabalho a paisagem urbana levando em conta diversas abordagens: morfológica, estética, cognitiva, visual, ambiente- comportamento, fenomenológica, cultura material, topoceptiva e múltipla. Após alguns estudos de caso é feita uma investigação sobre o contexto da cidade de Porto Alegre, delimitadas áreas de estudo e desenvolvido um método de análise a partir de um modelo matemático em que se pontuam diversas categorias conforme seus atributos. São coletados dados de cinco trechos da cidade, sendo um deles eleito como trecho de controle. Foi feita uma tabulação dos dados e apresentada uma comparação entre os trechos procurando identificar os que possuem maior ou menor qualidade ambiental e a necessidade de se intervir ou não nestes trechos. Nesta pesquisa foram criadas sete categorias com atributos que poderiam ser de alguma maneira mensuráveis, conforme síntese apresentada na Tabela 15: 442 SCOPEL, Vanessa Guerrini. Térreos Ativos: a conexão entre a arquitetura e a cidade. 2017. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Ritter dos Reis, Porto Alegre, 2017. 443 CABERLON, Simone. A qualidade da paisagem urbana de Porto Alegre: critérios de avaliação. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Ritter dos Reis, Porto Alegre, 2015. 345 Tabela 15 – Categorias e atributos de análise da qualidade da paisagem urbana de Porto Alegre Categorias Atributos C1 Morfologia da planta baixa Permeabilidade; versatilidade; patrimônio; traçado viário; limites; bairros; cruzamentos; lugar de convivência; área Reserva C2 Morfologia vertical Proporção volumétrica; cor; textura; escala; estilo; ponto focal; variação de perspectiva C3 Subjetiva e sensorial Oportunidade para sentar e descansar; oportunidade para ouvir e conversar; oportunidade para praticar atividade física; oportunidade para aproveitar o clima; sensação de segurança; apropriação do espaço; identificabilidade; espírito do lugar; tratamento especial de piso; publicidade Iluminação especial; odores desagradáveis; ruídos desagradáveis C4 Sustentabilidade Qualidade do ar; redução de emissões; energia não poluente; reaproveitamento de água de chuva; coleta seletiva de lixo; oportunidade para produção de alimentos urbanos C5 Conectividade circulação de veículos individuais motorizados; passeios; circulação diferenciada para pedestres; circulação de ônibus e lotação; presença de estações de metrô e trem; ciclovias; circulação de veículos C6 Infraestrutura e mobiliário Fiação elétrica; esgoto pluvial; lixeiras e containers; acessibilidade; orientabilidade; mobiliário urbano; estado de conservação C7 Elementos naturais Vegetação; cursos d’água; relevos significativos; fenômenos específicos Fonte: a autora, 2018 – baseado em CABERLON, 2015. 346 5.5. Critérios e análises A partir do modelo proposto por Caberlon444 e dos conceitos apontados pelos diversos autores elencados neste item, foi elaborado um modelo com a proposta de criar parâmetros para que se possa medir e comparar as atividades dos pavimentos térreos dos edifícios e a contribuição deles em suas quadras e para a cidade. Foram estipulados 21 critérios: • Critério 1 – quantidade de trechos: indica a quantidade de trechos analisados. No caso da Avenida Brigadeiro Faria Lima foram considerados quatro: ‐ Trecho 1: ‘Velha’ Faria Lima; ‐ Trecho 2: ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros; ‐ Trecho 3: ‘Nova’ Faria Lima – Itaim; ‐ Trecho 4: ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia. • Critério 2 – quantidade de quadras: indica a quantidade de quadras obtida a partir de levantamento no mapa de referência. • Critério 3 – quantidade de quadras analisadas: indica a quantidade de quadras efetivamente analisadas. • Critério 4 – tamanho da amostra: indica o tamanho da amostra utilizado neste modelo; • Critério 5 – comprimento das quadras: indica o comprimento das quadras, em metros, obtido a partir do mapa de referência. • Critério 6 – quantidade de edifícios: identifica a quantidade de edifícios / lotes das quadras analisadas. • Critério 7 – quantidade de edifícios de escritórios: indica a quantidade de edifícios de escritórios presentes em cada quadra. • Critério 8 – uso dos pavimentos térreos dos edifícios: identifica os usos presentes nos pavimentos térreos dos edifícios. Este critério foi estabelecido a partir da ênfase que diversos autores e legislações atuais dão a cidade de uso misto. Entre estes autores podemos citar Karssemberg e Laven, Gehl, Jane Jacobs, além do PDE de 2014 e da LPUOS 2016 que trazem isto como uma diretriz para a cidade. • Critério 9 – uso dos pavimentos superiores dos edifícios: identifica os usos presentes nos pavimentos superiores dos edifícios. • Critério 10 – mix de usos por edifício: Este critério identifica quantos usos estão presentes em cada edifício. 444 CABERLON, Simone. A qualidade da paisagem urbana de Porto Alegre: critérios de avaliação. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Ritter dos Reis, Porto Alegre, 2015. 347 • Critério 11 – Quantidade de acessos (portas) de pedestres: identifica a quantidade de acessos voltados para a Avenida Brigadeiro Faria Lima nos edifícios e lotes da amostra. Gehl445 dá uma ênfase especial às portas, segundo ele, elas são indicadores da existência de pequenas unidades nos térreos que acabam contribuindo de maneira mais efetiva que térreos com grandes unidades. Karssemberg e Laven446 também utilizam a avaliação da escala das unidades nos térreos dos prédios como critérios para seus estudos. Assim como nos estudos de Gehl, neste modelo foi adotada a unidade referencial de 100m, que serviu de base para a ponderação dos dados. Este recurso foi utilizado pois as quadras da Avenida Brigadeiro Faria Lima não têm um padrão de dimensão fixo, ela tem quadras pequenas com menos de 25m de comprimento e grandes quadras com mais de 450m de comprimento. Ao ponderar os valores é possível estabelecer uma comparação mais direta. • Critério 12 – Proximidade / integração do edifício com a rua: identifica se os edifícios estão no alinhamento; possuem recuos integrados com o passeio; são segregados dos passeios, mas permitem continuidade visual; ou se são segregados dos passeios sem continuidade visual. Este critério está baseado nos conceitos de Karssemberg e Laven, Janes Jacob, Ghel, John Worthington e Ian Bentley, que dão importância a transparência, continuidade, contato visual e proximidade com o alinhamento. • Critério 13 – Permeabilidade: baseado nos mesmos conceitos dos autores apontados no critério anterior, identifica quanto os pedestres conseguem ingressar dentro dos lotes/edifícios, quer seja por comércios e serviços locais instalados nos térreos, galerias comerciais, fruições, etc. • Critério 14 – Composição de fachadas: identifica se as fachadas possuem riqueza de detalhes e diferenciação na altura dos plinths447. Este critério está baseado nos estudos de Karssemberg e Laven que utilizam como critério de análise a transparência da fachada, o caráter da arquitetura, a riqueza de material e a orientação vertical da fachada; de Gehl, que procura detalhes nas fachadas; e de Cullen, que procura movimentos, como por exemplo, reentrâncias nas fachadas. • Critério 15 – Proteção contra adversidades climáticas: este critério está baseado nos estudos de Gehl, que leva em conta aspectos como a proteção dos pedestres de experiências sensoriais desconfortáveis e de oportunidades para aproveitar o clima. Este item identifica a existência de proteção contra adversidades climáticas para pedestres. 445 GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. 446 KARSSEMBERG, Hans [et al]. A cidade ao nível dos olhos: lições para os plinths. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015. 447 Neste estudo o plinth, pode compreender visualmente a altura de lojas e sobrelojas. 348 • Critério 16 – passeios acessíveis: diretamente associado às oportunidades para caminhar elencadas por Jan Gehl. Este item verifica se os passeios permitem que pessoas, inclusive portadoras de deficiências, tem calçadas adequadas para caminhar. • Critério 17 – oportunidade para permanecer em pé: a partir dos conceitos de Gehl, este item identifica se é possível que as pessoas permaneçam em pé sem que atrapalhem o fluxo de pedestres. • Critério 18 – oportunidade para sentar-se: também baseado nos estudos de Gehl, analisa as oportunidades para sentar-se, considerando mobiliário ou elementos que permitam as pessoas sentarem sem atrapalhar o fluxo de pessoas. • Critério 19 – oportunidade para brincar e praticar esportes: Gehl utiliza este critério de maneira mais ampla do que foi abordado aqui. Ele procura espaços que convidem a criatividade, atividades físicas e jogos em qualquer horário e com qualquer clima. Aqui, este critério apenas identifica se há alguma oportunidade para brincar e praticar esportes, buscando locais em que estas atividades não entrem em conflito com o fluxo de pessoas passantes. • Critério 20 – presença de vegetação: Karssemberg e Laven e Camillo Sitte prezam pela arborização ou cobertura vegetal, como um elemento importante na composição da cidade. Este item identifica a presença de vegetação nos lotes, quer seja em vasos, pequenos canteiros, jardins ou praças. • Critério 21 – patrimônio histórico ou edifício notável: Este critério está relacionado com os estudos de Aldo Rossi, que procura determinar marcos e referências na cidade. Foram identificados os edifícios que tem valor histórico e os edifícios que de alguma maneira se destacam na leitura da paisagem. As informações coletadas in loco foram classificadas em quatro conjuntos (Figura 442): • Edifício: menor unidade de referência para este estudo; • Quadra: consolidação dos valores dos edifícios de uma mesma quadra; • Trecho: consolidação dos valores das quadras fisicamente locadas em um mesmo trecho; • Global: resultados da avenida como um todo. 349 Global Trecho Quadra Edifício Figura 442 – Organização dos conjuntos de informações das coletadas in loco. Fonte: a autora, 2019. Afim de conseguir transformar todos estes critérios em parâmetros comparáveis foi elaborada uma matriz que estabelece pontuações e organiza as diferentes escalas de análise, detalhada na Tabela 16. Para conseguir identificar o impacto dos edifícios de escritórios os dados coletados foram filtrados em dois cenários: • Cenário 1: considera a quadra e todos os seus edifícios; • Cenário 2: considera a quadra e somente os edifícios de escritórios. 350 Tabela 16 – Matriz e critérios de pontuação. Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima It Trechos e Critério Quadras média ponderada a média ponderada a total média m média ponderada a total média cada 100m Edifícios Total média cada 100m cada 100m I II III IV V VI VII VIII IX X Registro dos Totais relativos às quadras Médias relativas às Médias relativas às Totais relativos aos Médias relativas aos Médias relativas ao trecho Totais globais da avenida Médias globais da avenida Médias globais da avenida Descrição levantamentos dos quadras quadras ponderadas a trechos trechos ponderadas a cada 100m ponderadas a cada 100m elementos relativos aos cada 100m edifícios A1 n/a Quantidade 1 n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a Quantidade de trechos n/a de trechos analisados. B1 B2 B3 Quantidade Quantidade de quadras Quantidade de quadras da Quantidade média de 2 n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a de quadras por trecho. avenida quadras por trecho. B2=ΣB1 B3=B2/A1 C1 C2 C3 Quantidade Quantidade de quadras Quantidade de quadras Quantidade média de 3 de quadras n/a n/a n/a n/a analisadas por trecho n/a n/a analisadas na avenida. quadras analisadas por n/a analisadas C2=ΣC1 trecho. C3=C2/A1 D1 D2 Tamanho da Tamanho da amostra em Tamanho da amostra em 4 n/a n/a n/a n/a n/a percentagem. n/a n/a percentagem. n/a amostra D1=C1/B1. D2=C2/B2. E1 E2 E3 E4 E5 Comprimento da quadra Somatória dos Comprimento médio das Somatória do Comprimento médio das Compriment obtido a partir do mapa de comprimentos das quadras analisadas por comprimento das quadras quadras analisadas. 5 n/a n/a n/a n/a n/a o da quadra referência. quadras analisadas por trecho. analisadas. E5=E4/C2 trecho. E3=E2/C1. E4=ΣE2 E2=ΣE1 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 Quantidade Quantidade de imóveis Média ponderada de Somatória dos imóveis por Quantidade média de Média ponderada de Somatória da quantidade Quantidade média de Média ponderada de 6 de edifícios / n/a por quadra. n/a imóveis a cada 100m. trecho. imóveis por quadra. imóveis a cada 100m. imóveis analisados na imóveis por quadra imóveis a cada 100m. lotes F2=(F1x100)/E1 F3=ΣF1 F4=F3/C1 F5=(F3x100)/E2 avenida. analisada. F8=(F6x100)/E4 F6=ΣF3 F7=F6/C2 G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 Quantidade Quantidade de edifícios de Média ponderada de Somatória dos edifícios de Quantidade média de Média ponderada de Somatória da quantidade Quantidade média de Média ponderada de 7 de edifícios n/a escritórios por quadra n/a edifícios de escritórios a escritórios por trecho. edifícios de escritório por edifícios de escritórios a de edifícios de escritórios edifícios de escritório por edifícios de escritórios a de escritórios cada 100m. G3=ΣG1 quadra. cada 100m. analisados na avenida. quadra analisada. cada 100m. G2=(G1x100)/E1 G4=G4/C1 G5=(G3x100)/E2 G6=ΣG3 G7=G6/C2 G8=(G6x100)/E4 H1 H2 H3 H4 H5 H6 H7 H8 H9 Registro dos usos do Pontuação obtida a partir Média ponderada da Somatória da quantidade Quantidade média de usos Média ponderada da Somatória da quantidade Quantidade média de usos Média ponderada de usos pavimento térreo do do registro dos usos para quantidade de usos dos de usos dos pavimentos dos pavimentos térreos quantidade de usos dos de usos dos pavimentos dos pavimentos térreos dos pavimentos térreos Uso dos imóvel: residencial, a quadra: pavimentos térreos térreos por quadra, por por quadra, por trecho. pavimentos térreos a cada térreos analisados na analisados. analisados. comercial, serviços, lazer, • 10 pontos por tipo de presentes na quadra a trecho. H5=H4/C1 100m. avenida. H8=H7/C2 H9=(H7x100)/E4 8 pavimentos n/a outros. uso por quadra; cada 100m. H4=ΣH2 H6=(H4x100)/E2 H7=ΣH4 térreos • 5 pontos para imóveis H3=(H2x100)/E1 subutilizados; • 0 ponto para imóveis sem uso. I1 I2 I3 I4 I5 I6 I7 I8 I9 Registro dos usos dos Pontuação obtida a partir Média ponderada da Somatória da quantidade Quantidade média de usos Média ponderada da Somatória da quantidade Quantidade média de usos Média ponderada de usos pavimentos superiores do do registro dos usos para quantidade de usos dos de usos dos pavimentos dos pavimentos quantidade de usos dos de usos dos pavimentos dos pavimentos dos pavimentos imóvel: residencial, a quadra: pavimentos superiores superiores por quadra, por superiores por quadra, por pavimentos superiores a superiores analisados na superiores superiores analisados. Uso dos comercial, serviços, lazer, • 10 pontos por tipo de presentes na quadra a trecho. trecho. cada 100m. avenida. analisados.I8=I7/C2 I9=(I7x100)/E4 outros e n/a (quando não uso por quadra. cada 100m. I4=ΣI2 I5=I4/C1 I6=(I4x100)/E2 I7=ΣI4 9 pavimentos n/a houver pavimento • 5 pontos para imóveis I3=(I2x100)/E1 superiores superior) subutilizado; • 0 ponto para imóveis sem uso ou que não possuem pavimento superior; 351 Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima It Trechos e Critério Quadras média ponderada a média ponderada a total média m média ponderada a total média cada 100m Edifícios Total média cada 100m cada 100m J1 J2 J3 J4 J5 J6 J7 n/a Pontuação obtida a partir Somatória da quantidade Quantidade média de usos Somatória da quantidade Quantidade média de usos Somatória da quantidade Quantidade média de usos dos registros em H1 e I1: de usos por edifício. dos edifícios. de usos dos edifícios por dos edifícios por quadra, de usos dos edifícios por dos edifícios por trecho. Mix de usos • 0 ponto quando não J2=ΣJ1 Cenário 1: J3=J2/F1 quadra, por trecho. por trecho. trecho. Cenário 1: J7=J6/F6 10 n/a n/a nos edifícios houver uso; Cenário 2: J3=J2/G1 J4=ΣJ2 Cenário 1: J5=J4/F3 J6=ΣJ4 Cenário 2: J7=J6/G6 • 0,5 ponto para Cenário 2: J5=J4/G3 subutilizado; • 1 ponto para cada uso K1 K2 K3 K4 K5 K6 K7 K8 K9 Registro da quantidade de Somatória da quantidade Média ponderada da Somatória da quantidade Quantidade média de Média ponderada da Somatória da quantidade Quantidade média de Média ponderada de Quantidade acessos de pedestres por de acessos de pedestres quantidade de acessos de acessos de pedestres por acessos de pedestres por quantidade de acessos de de acessos de pedestres acessos de pedestres acessos de pedestres de acessos edifício, considerando 1 por quadra. pedestres dos edifícios a quadra, por trecho. quadra, por trecho. pedestres a cada 100m. analisados na avenida. analisados. analisados. 11 n/a (portas) de ponto por acesso voltado K2=ΣK1 cada 100m. K4=ΣK2 K5=K4/C1 K6=(K4x100)/E2 K7=ΣK4 K8=K7/C2 K9=(K7x100)/E4 pedestres para a Av. Brig. Faria Lima. K3=(K2x100)/E1 Imóveis vazios não pontuam neste critério. L1 L3 L4 L5 L6 L7 L8 L9 L10 Registro textual da Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da proximidade / integração dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a do edifício com a rua. L3=ΣL2 cada 100m. L5=ΣL3 L6=L5/C1. L7=(L5x100)/E2 L8=ΣL5 L9=L8/C2 cada 100m. L2 L4=(L3x100)/E1 L10=(L8x100)/E4 Indicação da pontuação obtida a partir dos registros em L1: • 1 ponto: no alinhamento ou recuo Proximidade frontal integrado com / integração o passeio; 12 • 0,5 ponto: n/a do edifício continuidade visual - com a Rua recuo segregado do passeio com fechamento ou obstáculo permeável a visão • 0 ponto: segregado - recuo segregado do passeio com fechamento ou obstáculo impermeável a visão. M1 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 Registro textual da Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da permeabilidade dos lotes dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a M2 M3=ΣM2 cada 100m. M5=ΣM3 M6=M5/C1. M7=(M5x100)/E2 M8=ΣM5 M9=M8/C2 cada 100m. Indicação da pontuação M4=(M3x100)/E1 M10=(M8x100)/E4 obtida a partir dos registros em M1: • 1,5 ponto: fruição com animação; Permeabilida • 1 ponto: presença de 13 n/a de galeria comercial; • 0,5 ponto: presença de comércio / serviço no térreo voltado para a via ou fruição sem animação; • 0 ponto: térreo privado que não permite o acesso de não condôminos 352 Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima It Trechos e Critério Quadras média ponderada a média ponderada a total média m média ponderada a total média cada 100m Edifícios Total média cada 100m cada 100m N1 N3 N4 N5 N6 N7 N8 N9 N10 Registro textual da Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da composição de fachada dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a N3=ΣN2 cada 100m. N5=ΣN3 N6=N5/C1. N7=(N5x100)/E2 N8=ΣN5 N9=N8/C2 cada 100m. N4=(N3x100)/E1 N10=(N8x100)/E4 N2 Indicação da pontuação obtida a partir dos registros em N1: Composição • 1 ponto: fachada c/ 14 riqueza de detalhes e n/a de fachadas tratamento diferenciado na altura dos plinths; • 0,5 ponto: fachada c/ riqueza de detalhes, s/ tratamento diferenciado na altura do plinths; • 0 ponto: fachada s/ riqueza de detalhes O1 O3 O4 O5 O6 O7 O8 O9 O10 Registro textual da Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da presença de proteção dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a Proteção adversidades climáticas O3=ΣO2 cada 100m. O5=ΣO3 O6=O5/C1. O7=(O5x100)/E2 O8=ΣO5 O9=O8/C2 cada 100m. contra O2 O4=(O3x100)/E1 O10=(O8x100)/E4 15 n/a adversidades Indicação da pontuação climáticas obtida a partir dos registros em O1: • 1 ponto: sim • 0 ponto: não P1 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Registro textual da Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da acessibilidade dos dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a passeios P3=ΣP2 cada 100m. P5=ΣP3 P6=P5/C1. P7=(P5x100)/E2 P8=ΣP5 P9=P8/C2 cada 100m. P2 P4=(P3x100)/E1 P10=(P8x100)/E4 Indicação da pontuação Passeios obtida a partir dos 16 registros em P1: n/a acessíveis • 1 pontos: sim (cadeirante + def. visual) • 0,5 ponto: parcial (cadeirante ou def. visual) • 0 ponto: não Q1 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q10 Registro textual das Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da oportunidades para dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a Oportunidad permanecer em pé Q3=ΣQ2 cada 100m. Q5=ΣQ3 Q6=Q5/C1. Q7=(Q5x100)/E2 Q8=ΣQ5 Q9=Q8/C2 cada 100m. e para Q2 Q4=(Q3x100)/E1 Q10=(Q8x100)/E4 17 n/a permanecer Indicação da pontuação em pé obtida a partir dos registros em O1: • 1 ponto: sim • 0 ponto: não 353 Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima It Trechos e Critério Quadras média ponderada a média ponderada a total média m média ponderada a total média cada 100m Edifícios Total média cada 100m cada 100m R1 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R10 Registro textual das Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da oportunidades para dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a sentar-se R3=ΣR2 cada 100m. R5=ΣR3 R6=R5/C1. R7=(R5x100)/E2 R8=ΣR5 R9=R8/C2 cada 100m. R4=(R3x100)/E1 R10=(R8x100)/E4 Oportunidad 18 e para sentar- n/a se R2 Indicação da pontuação obtida a partir dos registros em R1: 1 ponto: sim 0 ponto: não S1 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 Registro textual das Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da Oportunidad oportunidades para dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a e para brincar e praticar esportes S3=ΣS2 cada 100m. S5=ΣS3 S6=S5/C1. S7=(S5x100)/E2 S8=ΣS5 S9=S8/C2 cada 100m. S2 S4=(S3x100)/E1 S10=(S8x100)/E4 19 brincar e n/a Indicação da pontuação praticar obtida a partir dos esportes registros em S1: 1 ponto: sim 0 ponto: não T1 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Registro textual da Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da presença de vegetação dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a T3=ΣT2 cada 100m. T5=ΣT3 T6=T5/C1. T7=(T5x100)/E2 T8=ΣT5 T9=T8/C2 cada 100m. Presença de T2 20 Indicação da pontuação n/a T4=(T3x100)/E1 T10=(T8x100)/E4 vegetação obtida a partir dos registros em T1: 1 ponto: sim 0 ponto: não U1 U3 U4 U5 U6 U7 U8 U9 U10 Registro textual da Somatória da pontuação Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média das Média ponderada da Somatória da pontuação Pontuação média da Média ponderada da presença de patrimônio dos edifícios da quadra. pontuação dos edifícios a dos edifícios por trecho. quadras, por trecho. pontuação a cada 100m. da avenida. avenida. pontuação da avenida a Patrimônio histórico ou edifícios U3=ΣU2 cada 100m. U5=ΣU3 U6=U5/C1. U7=(U5x100)/E2 U8=ΣU5 U9=U8/C2 cada 100m. histórico ou notáveis (marcos) U4=(U3x100)/E1 U10=(U8x100)/E4 21 n/a edifício U2 notável Indicação da pontuação obtida a partir dos registros em U1:1 ponto: sim0 ponto: não V1 V2 n/a V3 Somatória dos resultados Somatória dos resultados Somatória dos resultados obtidos nos critérios 8 a obtidos nos critérios 8 a obtidos nos critérios 8 a Pontuação n/a n/a n/a 21. n/a n/a 21. n/a 21. total V1=H3+I3+J3+K3+L4+M4+ V2=H6+I6+J5+K6+L7+M7+ V3=H9+I9+J7+K9+L10+M1 N4+O4+P4+Q4+R4+S4+T4 N7+O7+P7+Q7+R7+S7+T7+ 0+N10+O10+P10+Q10+R10 +U4 U7 +S10+T10+U10 Fonte: a autora, 2018. 354 5.5.1. Análises Os critérios estipulados no item anterior foram aplicados a 19 quadras (Figura 443). As quadras analisadas compõem uma amostra de 23,46% do todo da avenida e estão distribuídas ao longo de seus quatro trechos: 8 no trecho 1 – ‘Velha’ Faria Lima; 2 no trecho 2 – ‘Nova’ Faria Lima Pinheiros; 4 no trecho 3 – ‘Nova’ Faria Lima Itaim; e 5 no trecho 4 – ‘Nova’ Faria Lima Vila Olímpia. Os dados apresentados nas tabulações a seguir foram extraídos dos mapas de base das Folhas MDC, disponíveis no site Geosampa448, com pequenas atualizações de traçado, especialmente no trecho norte, a partir do Google Earth449; e de levantamentos in loco. As informações obtidas em cada trecho foram agrupadas em dois cenários, para que também se pudesse perceber qual o impacto dos edifícios de escritórios em cada trecho: • Cenário 1: considera a quadra e todos os seus edifícios; • Cenário 2: considera a quadra e somente os edifícios de escritórios. Figura 443 – Mapa das quadras analisadas. Fonte: a autora, 2018. 448 FOLHAS MDC. Geosampa. 2005-2006. Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/, acesso 15 nov. 2017. 449 GOOGLE Earth Pro. Google. C2018. Disponível em: https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html, acesso 1 fev. 2019. 355 Figura 444 – Amostra das fotos tiradas durante os levantamentos. Fonte: acervo pessoal, 2017-2018. 356 5.5.1.1. Trecho 1: ‘Velha’ Faria Lima O trecho 1, ‘Velha’ Faria Lima, é composto por 35 quadras, das quais 8 foram analisadas. Totalizando uma amostra de 22,9% do trecho. No cenário 1 as quadras pontuaram entre 21,81 e 181,33 pontos; e no cenário 2 as quadras pontuaram entre 16,73 e 181,33 pontos. No gráfico da Figura 445, as linhas relativas aos dois cenários caminham muito próximas, o que permite concluir que os edifícios de escritório são o elemento predominante na paisagem das quadras analisadas. Pontuação das quadras - Trecho 1 200,00 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 Quadra Quadra Quadra Quadra Quadra Quadra Quadra Quadra 1.01 1.03 1.06 1.11 1.17 1.20 1.24 1.32 Cenário 1 67,48 40,92 61,13 40,34 181,33 95,49 21,81 56,86 Cenário 2 27,30 40,92 61,13 33,52 181,33 95,49 16,73 34,25 Figura 445 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. Pontuação total 357 Tabela 17 – ‘Velha’ Faria Lima resumo dos cenários. Trecho - Cenário 1 Trecho - Cenário 1 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras 35 --- --- 35 --- --- Quantidade de quadras 3 8 --- --- 8 --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- 22,9% --- --- 22,9% --- 5 Comprimento da quadra 763,91 95,49 --- 763,9 95,49 --- Quantidade de edifícios / 6 25,00 3,13 3,27 25 3,13 3,27 lotes Quantidade de ediícios 7 15,00 1,88 1,96 15 1,88 1,96 de escritórios Uso dos pavimentos 8 140,00 17,50 18,33 110 13,75 14,40 térreos Uso dos pavimentos 9 80,00 10,00 10,47 80 10,00 10,47 superiores Mix de usos nos 10 32,00 1,28 --- 22 1,47 --- edifícios Quantidade de acessos 11 69,00 8,63 9,03 46 5,75 6,02 (portas) de pedestres Proximidade / 12 integração do edifício 20,50 2,56 2,68 11,50 1,44 1,51 com a Rua 13 Permeabilidade 12,00 1,50 1,57 6,50 0,81 0,85 14 Composição de fachadas 12,00 1,50 1,57 11,50 1,44 1,51 Proteção contra 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 adversidades climáticas 16 Passeios acessíveis 20,00 2,50 2,62 13,00 1,63 1,70 Oportunidade para 17 6,00 0,75 0,79 6,00 0,75 0,79 permanecer em pé Oportunidade para 18 3,00 0,38 0,39 3,00 0,38 0,39 sentar-se Oportunidade para 19 2,00 0,25 0,26 2,00 0,25 0,26 brincar e praticar 20 Presença de vegetação 12,00 1,50 1,57 10,00 1,25 1,31 Patrimônio histórico ou 21 2,00 0,25 0,26 1,00 0,13 0,13 edifício notável Pontuação total --- --- 50,83 --- --- 40,80 Fonte: a autora, 2019. total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 358 Tabela 18 – Tabulação dos dados do trecho 1. Quadra 1.01 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- --- --- --- 104,55 --- --- 104,55 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- --- --- --- 7 --- 6,70 7 --- 6,70 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- --- --- --- 1 --- 0,96 1 --- 0,96 de escritórios Uso dos pavimentos 8 inst. serv. com. com. com. com. com. 30 --- 28,69 10 --- 9,56 térreos Uso dos pavimentos 9 inst. n/a n/a n/a n/a n/a n/a 10 --- 9,56 10 --- 9,56 superiores Mix de usos nos 10 1 1 1 1 1 1 1 7 1,00 --- 1 1,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 4 3 2 2 1 1 1 14 --- 13,39 4 --- 3,83 (portas) de pedestres Proximidade / cont. no no no no no no 12 integração do edifício visual alinh. alinh. alinh. alinh. alinh. alinh. 6,5 --- 6,22 0,5 --- 0,48 com a Rua 0,5 1 1 1 1 1 1 privad com. / com. / com. / com. / com. / com. / 13 Permeabilidade o serv. serv. serv. serv. serv. serv. 3 --- 2,87 0 --- 0,00 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 c/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas 0,5 --- 0,48 0,5 --- 0,48 0,5 0 0 0 0 0 0 Proteção contra não não não não não não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 0 0 0 0 0 parcial parcial parcial parcial parcial parcial parcial 16 Passeios acessíveis 3,5 --- 3,35 0,5 --- 0,48 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Oportunidade para não não não não não não não 17 0 --- 0,00 0 --- 0,00 permanecer em pé 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 0 0 0 0 sim não não não não não não 20 Presença de vegetação 1 --- 0,96 1 --- 0,96 1 0 0 0 0 0 0 Patrimônio histórico ou sim não não não não não não 21 1 --- 0,96 1 --- 0,96 edifício notável 1 0 0 0 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- --- --- --- 67,48 --- --- 27,30 1051 - CREA 1071 - Lotérica 1077 - Pastelaria 1087 Mercadão de Carnes Chega Mais Lanchonete Nova Faria Lima Xocoatl total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 359 Quadra 1.03 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- 90,17 --- --- 90,17 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- 2 --- 2,22 2 --- 2,22 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- 2 --- 2,22 2 --- 2,22 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. serv. 10 --- 11,09 10 --- 11,09 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. serv. 10 --- 11,09 10 --- 11,09 superiores Mix de usos nos 10 1 1 2 1,00 --- 2 1,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 2 0 2 --- 2,22 2 --- 2,22 (portas) de pedestres Proximidade / cont. cont. 12 integração do edifício visual visual 1 --- 1,11 1 --- 1,11 com a Rua 0,5 0,5 fruição fruição 13 Permeabilidade 1 --- 1,11 1 --- 1,11 0,5 0,5 c/ det + c/ det + 14 Composição de fachadas plinth plinth 2 --- 2,22 2 --- 2,22 1 1 Proteção contra não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 sim sim 16 Passeios acessíveis 2 --- 2,22 2 --- 2,22 1 1 Oportunidade para sim sim 17 2 --- 2,22 2 --- 2,22 permanecer em pé 1 1 Oportunidade para sim sim 18 2 --- 2,22 2 --- 2,22 sentar-se 1 1 Oportunidade para sim sim 19 2 --- 2,22 2 --- 2,22 brincar e praticar 1 1 sim sim 20 Presença de vegetação 2 --- 2,22 2 --- 2,22 1 1 Patrimônio histórico ou não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 Pontuação total --- --- --- --- 40,92 --- --- 40,92 1461 - Centro Empresarial Mário Garnero - Torre Norte 1486 - Centro Empresarial Mário Garnero - Torre Sul total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 360 Quadra 1.06 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- 106,09 --- --- 106,09 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- 4 --- 3,77 4 --- 3,77 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- 4 --- 3,77 4 --- 3,77 de escritórios Uso dos pavimentos 8 com. com. serv. com. 20 --- 18,85 20 --- 18,85 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. serv. serv. serv. 10 --- 9,43 10 --- 9,43 superiores Mix de usos nos 10 2 2 1 2 7 1,75 --- 7 1,75 --- edifícios Quantidade de acessos 11 5 10 1 2 18 --- 16,97 18 --- 16,97 (portas) de pedestres Proximidade / no no no no 12 integração do edifício alinh. alinh. alinh. alinh. 4 --- 3,77 4 --- 3,77 com a Rua 1 1 1 1 com. / galeria com. / privado 13 Permeabilidade serv. com. serv. 2 --- 1,89 2 --- 1,89 0,5 1 0 0,5 c/ det + c/ det + c/ det. c/ det. 14 Composição de fachadas plinth plinth 3 --- 2,83 3 --- 2,83 0,5 0,5 1 1 Proteção contra não não não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 0 0 sim sim sim sim 16 Passeios acessíveis 4 --- 3,77 4 --- 3,77 1 1 1 1 Oportunidade para não sim não não 17 1 --- 0,94 1 --- 0,94 permanecer em pé 0 1 0 0 Oportunidade para não não não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 0 sim não não não 20 Presença de vegetação 1 --- 0,94 1 --- 0,94 1 0 0 0 Patrimônio histórico ou não não não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- 61,13 --- --- 61,13 1779 - Ed. Maurício 1811 - CEPAVI / Shpping Vitrine Iguatemi 1847 - Ed. Gilberto de Ulhoa Cânto 1853 - Ed. Itaquera total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 361 Quadra 1.11 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- 95,33 --- --- 95,33 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- 3 --- 3,15 3 --- 3,15 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- 2 --- 2,10 2 --- 2,10 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. serv. serv. 10 --- 10,49 10 --- 10,49 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. n/a serv. 10 --- 10,49 10 --- 10,49 superiores Mix de usos nos 10 1 1 1 3 1,00 --- 2 1,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 4 3 1 8 --- 8,39 5 --- 5,24 (portas) de pedestres Proximidade / no cont. integr. 12 integração do edifício alinh. visual 2,5 --- 2,62 1,50 --- 1,57 com a Rua 1 1 0,5 com. / com. / privado 13 Permeabilidade serv. serv. 1 --- 1,05 0,50 --- 0,52 0,5 0,5 0 c/ det + s/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas plinth 1 --- 1,05 1,00 --- 1,05 0 0 1 Proteção contra não não não 15 0 --- 0,00 0,00 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 0 sim sim sim 16 Passeios acessíveis 3 --- 3,15 2,00 --- 2,10 1 1 1 Oportunidade para não não não 17 0 --- 0,00 0,00 --- 0,00 permanecer em pé 0 0 0 Oportunidade para não não não 18 0 --- 0,00 0,00 --- 0,00 sentar-se 0 0 0 Oportunidade para não não não 19 0 --- 0,00 0,00 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 não sim sim 20 Presença de vegetação 2 --- 2,10 1,00 --- 1,05 0 1 1 Patrimônio histórico ou não não não 21 0 --- 0,00 0,00 --- 0,00 edifício notável 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- 40,34 --- --- 33,52 Ed. Iramaia 2255 - Banco Itaú Ed. Plaza Iguatemi total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 362 Quadra 1.17 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- 24,19 --- --- 24,19 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- 2 --- 8,27 2 --- 8,27 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- 2 --- 8,27 2 --- 8,27 de escritórios Uso dos pavimentos com. / 8 serv. 20 --- 82,68 20 --- 82,68 térreos serv. Uso dos pavimentos 9 serv. serv. 10 --- 41,34 10 --- 41,34 superiores Mix de usos nos 10 2 1 3 1,50 --- 3 1,50 --- edifícios Quantidade de acessos 11 4 2 6 --- 24,80 6 --- 24,80 (portas) de pedestres Proximidade / cont. cont. 12 integração do edifício visual visual 1 --- 4,13 1 --- 4,13 com a Rua 0,5 0,5 com. / com. / 13 Permeabilidade serv. serv. 1 --- 4,13 1 --- 4,13 0,5 0,5 c/ det + c/ det. 14 Composição de fachadas plinth 1,5 --- 6,20 1,5 --- 6,20 0,5 1 Proteção contra não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 parcial parcial 16 Passeios acessíveis 1 --- 4,13 1 --- 4,13 0,5 0,5 Oportunidade para sim não 17 1 --- 4,13 1 --- 4,13 permanecer em pé 1 0 Oportunidade para não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 Oportunidade para não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 sim sim 20 Presença de vegetação 2 --- 8,27 2 --- 8,27 1 1 Patrimônio histórico ou não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 Pontuação total --- --- --- --- 181,33 --- --- 181,33 2937 - New Place 2941 - Sérgio de Magalhães total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 363 Quadra 1.20 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- 44,39 --- --- 44,39 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- 1 --- 2,25 1 --- 2,25 lotes Quantidade de ediícios 7 --- 1 --- 2,25 1 --- 2,25 de escritórios Uso dos pavimentos com. / 8 20 --- 45,06 20 --- 45,06 térreos serv. Uso dos pavimentos 9 serv. 10 --- 22,53 10 --- 22,53 superiores Mix de usos nos 10 2 2 2,00 --- 2 2,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 5 5 --- 11,26 5 --- 11,26 (portas) de pedestres Proximidade / cont. 12 integração do edifício visual 0,5 --- 1,13 0,5 --- 1,13 com a Rua 0,5 com. / 13 Permeabilidade serv. 0,5 --- 1,13 0,5 --- 1,13 0,5 c/ det + 14 Composição de fachadas plinth 1 --- 2,25 1 --- 2,25 1 Proteção contra não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 parcial 16 Passeios acessíveis 0,5 --- 1,13 0,5 --- 1,13 0,5 Oportunidade para sim 17 1 --- 2,25 1 --- 2,25 permanecer em pé 1 Oportunidade para sim 18 1 --- 2,25 1 --- 2,25 sentar-se 1 Oportunidade para não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 sim 20 Presença de vegetação 2 --- 4,51 2 --- 4,51 1 Patrimônio histórico ou não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 Pontuação total --- --- --- 95,49 --- --- 95,49 2894 - Ed. Capitânia total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 364 Quadra 1.24 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- 224,00 --- --- 224,00 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- 4 --- 1,79 4 --- 1,79 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- 2 --- 0,89 2 --- 0,89 de escritórios Uso dos pavimentos 8 com. com. com. com. 10 --- 4,46 10 --- 4,46 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. serv. com. n/a 10 --- 4,46 10 --- 4,46 superiores Mix de usos nos 10 2 2 1 1 6 1,50 --- 4 2,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 2 3 4 1 10 --- 4,46 5 --- 2,23 (portas) de pedestres Proximidade / no no cont. integr. 12 integração do edifício alinh. alinh. visual 3,5 --- 1,56 2 --- 0,89 com a Rua 1 1 1 0,5 com. / galeria galeria com. / 13 Permeabilidade serv. com. com. serv. 3 --- 1,34 1,5 --- 0,67 0,5 1 1 0,5 c/ det. c/ det. c/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas + plinth 2 --- 0,89 1,5 --- 0,67 0,5 1 0,5 0 Proteção contra não não não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 0 0 sim sim sim sim 16 Passeios acessíveis 4 --- 1,79 2 --- 0,89 1 1 1 1 Oportunidade para não sim não não 17 1 --- 0,45 1 --- 0,45 permanecer em pé 0 1 0 0 Oportunidade para não não não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 0 não não sim não 20 Presença de vegetação 1 --- 0,45 0 --- 0,00 0 0 1 0 Patrimônio histórico ou não não sim não 21 1 --- 0,45 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 1 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- 21,81 --- --- 16,73 2128 - Park Center 2152 - Cidade Jardim 2232 - Shopping Center Iguatemi Posto Shell total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 365 Quadra 1.32 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- 75,19 --- --- 75,19 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- 2 --- 2,66 2 --- 2,66 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- 1 --- 1,33 1 --- 1,33 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. com. 20 --- 26,60 10 --- 13,30 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. n/a 10 --- 13,30 10 --- 13,30 superiores Mix de usos nos 10 1 1 2 1,00 --- 1 1,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 1 5 6 --- 7,98 1 --- 1,33 (portas) de pedestres Proximidade / cont. integr. 12 integração do edifício visual 1,5 --- 1,99 1 --- 1,33 com a Rua 1 0,5 com. / privado 13 Permeabilidade serv. 0,5 --- 0,66 0 --- 0,00 0 0,5 c/ det + s/ det. 14 Composição de fachadas plinth 1 --- 1,33 1 --- 1,33 1 0 Proteção contra não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 sim sim 16 Passeios acessíveis 2 --- 2,66 1 --- 1,33 1 1 Oportunidade para não não 17 0 --- 0,00 0 --- 0,00 permanecer em pé 0 0 Oportunidade para não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 Oportunidade para não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 sim não 20 Presença de vegetação 1 --- 1,33 1 --- 1,33 1 0 Patrimônio histórico ou não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 Pontuação total --- --- --- --- 56,86 --- --- 34,25 Fonte: a autora, 2019. 1478 - Monumento Posto Risel total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 366 5.5.1.2. Trecho 2: ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros O trecho 2, ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros, é composto por 15 quadras, das quais 2 foram analisadas. Totalizando uma amostra de 13,3% do trecho. No cenário 1 as quadras pontuaram entre 33,92 e 34,52 pontos; e no cenário 2 as quadras pontuaram entre 8,42 e 13,49 pontos. No gráfico da Figura 446, as linhas relativas aos dois cenários caminham afastadas, o que permite concluir que os edifícios de escritório não são o elemento predominante na paisagem das quadras analisadas. Pontuação das quadras - Trecho 2 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Quadra 2.01 Quadra 2.13 Cenário 1 33,92 34,52 Cenário 2 13,49 8,42 Figura 446 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. Pontuação total 367 Tabela 19 – ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros: resumo dos cenários. Trecho 2 - Cenário 1 Trecho 2 - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras 15 --- --- 15 --- --- Quantidade de quadras 3 2 --- --- 2 --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- 13% --- --- 13% --- 5 Comprimento da quadra 693,48 346,74 --- 693,48 346,74 --- Quantidade de edifícios / 6 49,00 24,50 7,07 49,00 24,50 7,07 lotes Quantidade de ediícios 7 3,00 1,50 0,43 3,00 1,50 0,43 de escritórios Uso dos pavimentos 8 75,00 37,50 10,82 20,00 10,00 2,88 térreos Uso dos pavimentos 9 60,00 30,00 8,65 20,00 10,00 2,88 superiores Mix de usos nos 10 40,50 0,83 --- 6,00 2,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 37,00 18,50 5,34 7,00 3,50 1,01 (portas) de pedestres Proximidade / 12 integração do edifício 28,50 14,25 4,11 3,00 1,50 0,43 com a Rua 13 Permeabilidade 8,00 4,00 1,15 1,00 0,50 0,14 14 Composição de fachadas 1,50 0,75 0,22 1,50 0,75 0,22 Proteção contra 15 1,00 0,50 0,14 0,00 0,00 0,00 adversidades climáticas 16 Passeios acessíveis 16,00 8,00 2,31 1,50 0,75 0,22 Oportunidade para 17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 permanecer em pé Oportunidade para 18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 sentar-se Oportunidade para 19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 brincar e praticar 20 Presença de vegetação 2,00 1,00 0,29 1,00 0,50 0,14 Patrimônio histórico ou 21 3,00 1,50 0,43 1,00 0,50 0,14 edifício notável Pontuação total --- --- 34,28 --- --- 10,08 Fonte: a autora, 2019. total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 368 Tabela 20 – Tabulação dos dados do trecho 2. Quadra 2.01 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- --- 226,31 --- --- 226,31 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- --- 5 --- 2,21 5 --- 2,21 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- --- 1 --- 0,44 1 --- 0,44 de escritórios outros Uso dos pavimentos outros serv. (+ 8 (não inst. inst. 30 --- 13,26 10 --- 4,42 térreos (vazio) inst.) ident.) outros Uso dos pavimentos outros 9 (não inst. serv. inst. 30 --- 13,26 10 --- 4,42 superiores (vazio) ident.) Mix de usos nos 10 0 1 1 2 1 5 1 --- 2 2 --- edifícios Quantidade de acessos 11 0 0 2 2 0 4 --- 1,77 2 --- 0,88 (portas) de pedestres Proximidade / no cont. segreg. integr. integr. 12 integração do edifício alinh. visual 3,5 --- 1,55 1 --- 0,44 com a Rua 1 0,5 0 1 1 privado privado privado privado privado 13 Permeabilidade 0 --- 0,00 0 --- 0,00 0 0 0 0 0 s/ det. s/ det. s/ det. c/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas 0,5 --- 0,22 0,5 --- 0,22 0 0 0 0,5 0 Proteção contra não não não não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 0 0 0 não não parcial parcial parcial 16 Passeios acessíveis 1,5 --- 0,66 0,5 --- 0,22 0 0 0,5 0,5 0,5 Oportunidade para não não não não não 17 0 --- 0,00 0 --- 0,00 permanecer em pé 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 0 0 não não não sim sim 20 Presença de vegetação 2 --- 0,88 1 --- 0,44 0 0 0 1 1 Patrimônio histórico ou não não sim sim sim 21 3 --- 1,33 1 --- 0,44 edifício notável 0 0 1 1 1 Pontuação total --- --- --- --- --- --- --- 33,92 --- --- 13,49 s/n s/n - azul s/n - Colégio Palmares 201 - Torre Faria Lima (Instituto Tomie Ohtake) Paróquia Anglicana de São João total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 369 Quadra 2.13 Edifícios Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- de escritórios Uso dos pavimentos outros outros 8 com. com. com. com. com. res. res. res. res. térreos (vazio) (sub util.) Uso dos pavimentos 9 res. com. com. com. com. res. res. res. n/a n/a res. superiores Mix de usos nos 10 2 1 1 1 1 1 1 1 0 0,5 1 edifícios Quantidade de acessos 11 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 (portas) de pedestres Proximidade / no no no no no cont. cont. cont. cont. cont. segreg. 12 integração do edifício alinh. alinh. alinh. alinh. alinh. visual visual visual visual visual com a Rua 1 1 1 1 1 0,5 0,5 0,5 0 0,5 0,5 com. / com. / com. / com. / privado privado privado privado privado privado privado 13 Permeabilidade serv. serv. serv. serv. 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0 0 0 0 0 s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Proteção contra não não não não não não não não não não não 15 adversidades climáticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 parcial parcial parcial parcial parcial parcial parcial parcial não não parcial 16 Passeios acessíveis 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0 0,5 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 17 permanecer em pé 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 18 sentar-se 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 19 brincar e praticar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 não não não não não não não não não não não 20 Presença de vegetação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Patrimônio histórico ou não não não não não não não não não não não 21 edifício notável 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- s/n - Ciao Mao 260 s/n 268 272 276 280 284 292 324 - Estacionamento 344 370 Quadra 2.13 Edifícios Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- de escritórios outros Uso dos pavimentos outros outros outros outros 8 res. com. res. inst. (sub com. com. térreos (vazio) (vazio) (vazio) (vazio) util.) Uso dos pavimentos 9 res. n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a superiores Mix de usos nos 10 1 1 1 1 0 0,5 0 1 0 0 1 edifícios Quantidade de acessos 11 1 2 1 1 0 0 0 1 0 0 1 (portas) de pedestres Proximidade / cont. no cont. cont. cont. cont. cont. segreg. integr. segreg. segreg. 12 integração do edifício visual alinh. visual visual visual visual visual com a Rua 0,5 1 0 1 0 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 com. / com. / com. / com. / privado privado privado privado privado privado privado 13 Permeabilidade serv. serv. serv. serv. 0 0,5 0 0,5 0 0 0 0,5 0 0 0,5 s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Proteção contra não sim não não não não não não não não não 15 adversidades climáticas 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 parcial parcial parcial parcial não não não parcial não não parcial 16 Passeios acessíveis 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0 0 0,5 0 0 0,5 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 17 permanecer em pé 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 18 sentar-se 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 19 brincar e praticar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 não não não não não não não não não não não 20 Presença de vegetação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Patrimônio histórico ou não não não não não não não não não não não 21 edifício notável 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 350 364 - Canto da Ema 376 382 - 39º Cartório de Registro Civil da Vila Madalena 398 - terreno vazio s/n - estacionamento 426 432 - Bar 438 442 452 - Na Aba (Bar) 371 Quadra 2.13 Edifícios Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- de escritórios Uso dos pavimentos outros outros outros outros outros outros 8 serv. res. res. serv. com. térreos (vazio) (vazio) (vazio) (vazio) (vazio) (vazio) Uso dos pavimentos outros outros 9 n/a n/a n/a n/a res. n/a res. serv. serv. superiores (vazio) (vazio) Mix de usos nos 10 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 2 edifícios Quantidade de acessos 11 0 0 1 0 1 1 1 0 1 0 2 (portas) de pedestres Proximidade / cont. no no no no cont. cont. cont. cont. segreg. integr. 12 integração do edifício visual alinh. alinh. alinh. alinh. visual visual visual visual com a Rua 0,5 1 1 1 1 0,5 0,5 0,5 0 0,5 1 com. / com. / privado privado privado privado privado privado privado privado privado 13 Permeabilidade serv. serv. 0 0 0,5 0 0 0 0 0 0 0 0,5 s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Proteção contra não não não não não não não não não não não 15 adversidades climáticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 não não parcial não parcial parcial parcial não parcial não parcial 16 Passeios acessíveis 0 0 0,5 0 0,5 0,5 0,5 0 0,5 0 0,5 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 17 permanecer em pé 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 18 sentar-se 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não não 19 brincar e praticar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 não não não não não não não não não não não 20 Presença de vegetação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Patrimônio histórico ou não não não não não não não não não não não 21 edifício notável 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 458 s/n 482 - H Office / vende 490 508/594 514 522 s/n - sobrado fechado s/n - Mapfre Seguros 544 - Escola CEAD 558 - Ed. Alzira Dias 372 Quadra 2.13 Edifícios Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- de escritórios outros Uso dos pavimentos outros 8 serv. serv. com. com. (sub com. serv. serv. com. térreos (vazio) util.) Uso dos pavimentos outros (não 9 n/a serv. n/a com. serv. n/a res. serv. res. superiores ident.) Mix de usos nos 10 0 1 1 1 2 0,5 2 2 1 2 edifícios Quantidade de acessos 11 0 1 0 2 3 0 2 1 1 1 (portas) de pedestres Proximidade / no cont. no cont. cont. no segreg. segreg. segreg. no alinh. 12 integração do edifício alinh. visual alinh. visual visual alinh. com a Rua 1 0 0 0,5 1 0 1 0,5 0,5 0,5 com. / com. / com. / com. / com. / privado privado privado com. / serv. privado 13 Permeabilidade serv. serv. serv. serv. serv. 0 0 0,5 0,5 0,5 0 0,5 0,5 0 0,5 c/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas + plinth 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 Proteção contra não não não não não não não não não não 15 adversidades climáticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 não parcial parcial parcial parcial não parcial parcial parcial parcial 16 Passeios acessíveis 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0,5 0,5 0,5 0,5 Oportunidade para não não não não não não não não não não 17 permanecer em pé 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não 18 sentar-se 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não não não não não não 19 brincar e praticar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 não não não não não não não não não não 20 Presença de vegetação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Patrimônio histórico ou não não não não não não não não não não 21 edifício notável 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 566 - "com.izado" 580 - Universo Assessoria Contábil 592 - Vistoria Brasil 600 - Firma casa outlet 628 - Ed. Maria Cristina 650 - estacionamento 660/658 - Restaurante e Bar 664 674 + imóvel vizinho 682 373 Quadra 2.13 Edifíci Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 os Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- 467,17 --- --- 467,17 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- 44 --- 9,42 44 --- 9,42 lotes Quantidade de ediícios 7 --- 2 --- 0,43 2 --- 0,43 de escritórios Uso dos pavimentos outro 8 45 --- 9,63 10 --- 2,14 térreos (vazio) Uso dos pavimentos 9 n/a 30 --- 6,42 10 --- 2,14 superiores Mix de usos nos 10 0 35,5 0,81 --- 4 2,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 0 33 --- 7,06 5 --- 1,07 (portas) de pedestres Proximidade / segreg. 12 integração do edifício 25 --- 5,35 2 --- 0,43 com a Rua 0 privado 13 Permeabilidade 8 --- 1,71 1 --- 0,21 0 s/ det. 14 Composição de fachadas 1 --- 0,21 1 --- 0,21 0 Proteção contra não 15 1 --- 0,21 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 não 16 Passeios acessíveis 14,5 --- 3,10 1 --- 0,21 0 Oportunidade para não 17 0 --- 0,00 0 --- 0,00 permanecer em pé 0 Oportunidade para não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 Oportunidade para não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 não 20 Presença de vegetação 0 --- 0,00 0 --- 0,00 0 Patrimônio histórico ou não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 Pontuação total --- --- --- 34,52 --- --- 8,42 Fonte: a autora, 2019. s/n - Nível Qualy Construções e Empreendimentos total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 374 5.5.1.3. Trecho 3: ‘Nova’ Faria Lima – Itaim O trecho 3, ‘Nova’ Faria Lima - Itaim, é composto por 16 quadras, das quais 4 foram analisadas. Totalizando uma amostra de 25% do trecho. No cenário 1 as quadras pontuaram entre 15,69 e 51,49 pontos; e no cenário 2 as quadras pontuaram entre 13,69 e 45,02 pontos. No gráfico da Figura 447, as linhas relativas aos dois cenários caminham muito próximas, o que permite concluir que os edifícios de escritório são o elemento predominante na paisagem das quadras analisadas. Pontuação das quadras - Trecho 3 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Quadra 3.01 Quadra 3.05 Quadra 3.13 Quadra 3.16 Cenário 1 51,49 19,06 15,69 45,02 Cenário 2 24,02 19,06 13,69 45,02 Figura 447 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. Pontuação total 375 Tabela 21 – ‘Nova’ Faria Lima – Itaim: resumo dos cenários. Trecho 3 - Cenário 1 Trech0 3 - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras 16 --- --- 16 --- --- Quantidade de quadras 3 4 --- --- 4 --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- 25,0% --- --- 25,0% --- 5 Comprimento da quadra 638,92 159,73 --- 638,92 159,73 --- Quantidade de edifícios / 6 8,00 2,00 1,25 8,00 2,00 1,25 lotes Quantidade de ediícios 7 5,00 1,25 0,78 5,00 1,25 0,78 de escritórios Uso dos pavimentos 8 60,00 15,00 9,39 50,00 12,50 7,83 térreos Uso dos pavimentos 9 50,00 12,50 7,83 40,00 10,00 6,26 superiores Mix de usos nos 10 11,00 1,38 --- 7,00 1,40 --- edifícios Quantidade de acessos 11 15,00 3,75 2,35 12,00 3,00 1,88 (portas) de pedestres Proximidade / 12 integração do edifício 6,00 1,50 0,94 4,00 1,00 0,63 com a Rua 13 Permeabilidade 3,50 0,88 0,55 2,00 0,50 0,31 14 Composição de fachadas 4,50 1,13 0,70 3,50 0,88 0,55 Proteção contra 15 1,00 0,25 0,16 1,00 0,25 0,16 adversidades climáticas 16 Passeios acessíveis 4,00 1,00 0,63 2,50 0,63 0,39 Oportunidade para 17 5,00 1,25 0,78 4,00 1,00 0,63 permanecer em pé Oportunidade para 18 2,00 0,50 0,31 1,00 0,25 0,16 sentar-se Oportunidade para 19 1,00 0,25 0,16 1,00 0,25 0,16 brincar e praticar 20 Presença de vegetação 7,00 1,75 1,10 5,00 1,25 0,78 Patrimônio histórico ou 21 1,00 0,25 0,16 1,00 0,25 0,16 edifício notável Pontuação total --- --- 26,42 --- --- 21,28 Fonte: a autora, 2019. total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 376 Tabela 22 – Tabulação dos dados do trecho 3. Quadra 3.01 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- 107,67 --- --- 107,67 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- 3 --- 2,79 3 --- 2,79 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- 1 --- 0,93 1 --- 0,93 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. serv. com. 20 --- 18,58 10 --- 9,29 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. serv. res. 20 --- 18,58 10 --- 9,29 superiores Mix de usos nos 10 1 1 2 4 1,33 --- 1 0,33 --- edifícios Quantidade de acessos 11 1 2 1 4 --- 3,72 2 --- 1,86 (portas) de pedestres Proximidade / cont. cont. cont. 12 integração do edifício visual visual visual 1,5 --- 1,39 0,5 --- 0,46 com a Rua 0,5 0,5 0,5 com. / com. / privado 13 Permeabilidade serv. serv. 1 --- 0,93 0 --- 0,00 0,5 0 0,5 c/ det. c/ det. s/ det. 14 Composição de fachadas 1 --- 0,93 0,5 --- 0,46 0,5 0,5 0 Proteção contra não não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 0 parcial parcial parcial 16 Passeios acessíveis 1,5 --- 1,39 0,5 --- 0,46 0,5 0,5 0,5 Oportunidade para não sim sim 17 2 --- 1,86 1 --- 0,93 permanecer em pé 0 1 1 Oportunidade para não não sim 18 1 --- 0,93 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 1 Oportunidade para não não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 sim sim não 20 Presença de vegetação 2 --- 1,86 1 --- 0,93 1 1 0 Patrimônio histórico ou não não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- 51,49 --- --- 24,02 3003 - Banco do Brasil Estilo 3015 - Milenium Casa do Pão de Queijo total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 377 Quadra 3.05 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- 178,74 --- --- 178,74 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- 1 --- 0,56 1 --- 0,56 lotes Quantidade de ediícios 7 --- 1 --- 0,56 1 --- 0,56 de escritórios Uso dos pavimentos serv. (/ 8 10 --- 5,59 10 --- 5,59 térreos com.) Uso dos pavimentos 9 serv. 10 --- 5,59 10 --- 5,59 superiores Mix de usos nos 10 2 2 2,00 --- 2 2,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 4 4 --- 2,24 4 --- 2,24 (portas) de pedestres Proximidade / integr. 12 integração do edifício 1 --- 0,56 1 --- 0,56 com a Rua 1 fruição 13 Permeabilidade 0,5 --- 0,28 0,5 --- 0,28 0,5 c/ det. 14 Composição de fachadas 0,5 --- 0,28 0,5 --- 0,28 0,5 Proteção contra não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 parcial 16 Passeios acessíveis 0,5 --- 0,28 0,5 --- 0,28 0,5 Oportunidade para sim 17 1 --- 0,56 1 --- 0,56 permanecer em pé 1 Oportunidade para não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 Oportunidade para sim 19 1 --- 0,56 1 --- 0,56 brincar e praticar 1 sim 20 Presença de vegetação 1 --- 0,56 1 --- 0,56 1 Patrimônio histórico ou não 21 1 --- 0,56 1 --- 0,56 edifício notável 1 Pontuação total --- --- --- 19,06 --- --- 19,06 3477 - Pátio Victor Malzoni total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 378 Quadra 3.13 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- 268,82 --- --- 268,82 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- 3 --- 1,12 3 --- 1,12 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- 2 --- 0,74 2 --- 0,74 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. serv. serv. 10 --- 3,72 10 --- 3,72 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. serv. serv. 10 --- 3,72 10 --- 3,72 superiores Mix de usos nos 10 1 1 1 3 1,00 --- 2 0,67 --- edifícios Quantidade de acessos 11 1 1 2 4 --- 1,49 3 --- 1,12 (portas) de pedestres Proximidade / integr. integr. integr. 12 integração do edifício 3 --- 1,12 2 --- 0,74 com a Rua 1 1 1 com. / fruição fruição 13 Permeabilidade serv. 1,5 --- 0,56 1 --- 0,37 0,5 0,5 0,5 c/ det + c/ det + c/ det. 14 Composição de fachadas plinth plinth 2,5 --- 0,93 2 --- 0,74 0,5 1 1 Proteção contra não sim não 15 1 --- 0,37 1 --- 0,37 adversidades climáticas 0 1 0 parcial parcial parcial 16 Passeios acessíveis 1,5 --- 0,56 1 --- 0,37 0,5 0,5 0,5 Oportunidade para não sim sim 17 2 --- 0,74 2 --- 0,74 permanecer em pé 0 1 1 Oportunidade para não não sim 18 1 --- 0,37 1 --- 0,37 sentar-se 0 0 1 Oportunidade para não não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 sim sim sim 20 Presença de vegetação 3 --- 1,12 2 --- 0,74 1 1 1 Patrimônio histórico ou não não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- 15,69 --- --- 13,69 Banco Bradesco Prime 3400 - Faria Lima Financial Center 3500 - FL 3500 total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 379 Quadra 3.16 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- 83,69 --- --- 83,69 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- 1 --- 1,19 1 --- 1,19 lotes Quantidade de ediícios 7 --- 1 --- 1,19 1 --- 1,19 de escritórios Uso dos pavimentos com. / 8 20 --- 23,90 20 --- 23,90 térreos serv. Uso dos pavimentos 9 serv. 10 --- 11,95 10 --- 11,95 superiores Mix de usos nos 10 2 2 2,00 --- 2 2,00 --- edifícios Quantidade de acessos 11 3 3 --- 3,58 3 --- 3,58 (portas) de pedestres Proximidade / cont. 12 integração do edifício visual 0,5 --- 0,60 0,5 --- 0,60 com a Rua 0,5 com. / 13 Permeabilidade serv. 0,5 --- 0,60 0,5 --- 0,60 0,5 c/ det. 14 Composição de fachadas 0,5 --- 0,60 0,5 --- 0,60 0,5 Proteção contra não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 parcial 16 Passeios acessíveis 0,5 --- 0,60 0,5 --- 0,60 0,5 Oportunidade para não 17 0 --- 0,00 0 --- 0,00 permanecer em pé 0 Oportunidade para não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 Oportunidade para não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 sim 20 Presença de vegetação 1 --- 1,19 1 --- 1,19 1 Patrimônio histórico ou não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 Pontuação total --- --- --- 45,02 --- --- 45,02 Fonte: a autora, 2019. 3064 - Faria Lima Tower total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 380 5.5.1.4. Trecho 4: ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia O trecho 4, ‘Nova’ Faria Lima – Vila Olímpia, é composto por 15 quadras, das quais 5 foram analisadas. Totalizando uma amostra de 33,3% do trecho. No cenário 1 as quadras pontuaram entre 27,41 e 57,44 pontos; e no cenário 2 as quadras pontuaram entre 16,66 e 33,79 pontos. No gráfico da Figura 448, as linhas relativas aos dois cenários caminham relativamente próximas, o que permite concluir que os edifícios de escritório são presentes na paisagem, porém não são elementos exclusivos neste trecho. Pontuação das quadras - Trecho 4 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Quadra 4.01 Quadra 4.03 Quadra 4.06 Quadra 4.11 Quadra 4.15 Cenário 1 29,75 29,66 57,44 45,72 27,41 Cenário 2 16,66 29,66 27,83 33,79 27,41 Figura 448 – Gráfico da pontuação total das quadras em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. Pontuação total 381 Tabela 23 – ‘Nova’ Faria Lima – Itaim: resumo dos cenários. Trecho 4 - Cenário 1 Trecho 4 - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras 15 --- --- 15 --- --- Quantidade de quadras 3 5 --- --- 5 --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- 33,3% --- --- 33,3% --- 5 Comprimento da quadra 646,73 129,35 --- 646,73 129,35 --- Quantidade de edifícios / 6 12,00 2,40 1,86 12,00 2,40 1,86 lotes Quantidade de ediícios 7 7,00 1,40 1,08 7,00 1,40 1,08 de escritórios Uso dos pavimentos 8 80,00 16,00 12,37 60,00 12,00 9,28 térreos Uso dos pavimentos 9 70,00 14,00 10,82 50,00 10,00 7,73 superiores Mix de usos nos 10 13,00 1,08 --- 9,00 1,29 --- edifícios Quantidade de acessos 11 23,00 4,60 3,56 16,00 3,20 2,47 (portas) de pedestres Proximidade / 12 integração do edifício 9,00 1,80 1,39 5,00 1,00 0,77 com a Rua 13 Permeabilidade 5,00 1,00 0,77 3,50 0,70 0,54 14 Composição de fachadas 6,50 1,30 1,01 4,00 0,80 0,62 Proteção contra 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 adversidades climáticas 16 Passeios acessíveis 4,50 0,90 0,70 3,50 0,70 0,54 Oportunidade para 17 5,00 1,00 0,77 5,00 1,00 0,77 permanecer em pé Oportunidade para 18 2,00 0,40 0,31 2,00 0,40 0,31 sentar-se Oportunidade para 19 1,00 0,20 0,15 1,00 0,20 0,15 brincar e praticar 20 Presença de vegetação 11,00 2,20 1,70 7,00 1,40 1,08 Patrimônio histórico ou 21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 edifício notável Pontuação total --- --- 34,64 --- --- 25,56 Fonte: a autora, 2019. total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 382 Tabela 24 – Tabulação dos dados do trecho 4. Quadra 4.01 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- --- --- --- 194,80 --- --- 194,80 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- --- --- --- 5 --- 2,57 5 --- 2,57 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- --- --- --- 2 --- 1,03 2 --- 1,03 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. hotel serv. serv. serv. 20 --- 10,27 10 --- 5,13 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. hotel serv. serv. serv. 10 --- 5,13 10 --- 5,13 superiores Mix de usos nos 10 1 1 1 1 1 5 1 --- 2 1 --- edifícios Quantidade de acessos 11 1 3 2 1 1 8 --- 4,11 2 --- 1,03 (portas) de pedestres Proximidade / integr. integr. integr. integr. integr. 12 integração do edifício 5 --- 2,57 2 --- 1,03 com a Rua 1 1 1 1 1 com. / com. / privado fruição fruição 13 Permeabilidade serv. serv. 2 --- 1,03 1 --- 0,51 0,5 0 0,5 0,5 0,5 c/ det + c/ det + c/ det. c/ det. c/ det. 14 Composição de fachadas plinth plinth 3,5 --- 1,80 1,5 --- 0,77 0,5 1 0,5 1 0,5 Proteção contra não não não não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 0 0 0 parcial não não parcial parcial 16 Passeios acessíveis 1,5 --- 0,77 1 --- 0,51 0,5 0 0 0,5 0,5 Oportunidade para não não não não sim 17 1 --- 0,51 1 --- 0,51 permanecer em pé 0 0 0 0 1 Oportunidade para não não não não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 0 0 0 Oportunidade para não não não não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 0 0 0 sim sim sim sim sim 20 Presença de vegetação 5 --- 2,57 2 --- 1,03 1 1 1 1 1 Patrimônio histórico ou não não não não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 0 0 0 Pontuação total --- --- --- --- --- --- --- 29,75 --- --- 16,66 Banco Santander 3989 - Blue Tree Premium 4023 - Banco Caixa 4045 - Helbor Lead Offices Faria Lima 4055 - Helbor Lead Faria Lima total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 383 Quadra 4.03 Edifíci Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 os Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- 88,97 --- --- 88,97 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- 1 --- 1,12 1 --- 1,12 lotes Quantidade de ediícios 7 --- 1 --- 1,12 1 --- 1,12 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. 10 --- 11,24 10 --- 11,24 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. 10 --- 11,24 10 --- 11,24 superiores Mix de usos nos 10 1 1 1 --- 1 1 --- edifícios Quantidade de acessos 11 1 1 --- 1,12 1 --- 1,12 (portas) de pedestres Proximidade / cont. 12 integração do edifício visual 0,5 --- 0,56 0,5 --- 0,56 com a Rua 0,5 privado 13 Permeabilidade 0 --- 0,00 0 --- 0,00 0 c/ det. 14 Composição de fachadas 0,5 --- 0,56 0,5 --- 0,56 0,5 Proteção contra não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 parcial 16 Passeios acessíveis 0,5 --- 0,56 0,5 --- 0,56 0,5 Oportunidade para sim 17 1 --- 1,12 1 --- 1,12 permanecer em pé 1 Oportunidade para sim 18 1 --- 1,12 1 --- 1,12 sentar-se 1 Oportunidade para não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 sim 20 Presença de vegetação 1 --- 1,12 1 --- 1,12 1 Patrimônio histórico ou não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 Pontuação total --- --- --- 29,66 --- --- 29,66 4221 - Praça Faria Lima total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 384 Quadra 4.06 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- 84,16 --- --- 84,16 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- 2 --- 2,38 2 --- 2,38 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- 1 --- 1,19 1 --- 1,19 de escritórios Uso dos pavimentos 8 serv. com. 20 --- 23,76 10 --- 11,88 térreos Uso dos pavimentos 9 serv. com. 20 --- 23,76 10 --- 11,88 superiores Mix de usos nos 10 1 1 2 1 --- 1 0,5 --- edifícios Quantidade de acessos 11 1 1 2 --- 2,38 1 --- 1,19 (portas) de pedestres Proximidade / segreg. integr. 12 integração do edifício 1 --- 1,19 0 --- 0,00 com a Rua 0 1 com. / privado 13 Permeabilidade serv. 0,5 --- 0,59 0 --- 0,00 0 0,5 c/ det. c/ det. 14 Composição de fachadas 1 --- 1,19 0,5 --- 0,59 0,5 0,5 Proteção contra não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 parcial parcial 16 Passeios acessíveis 1 --- 1,19 0,5 --- 0,59 0,5 0,5 Oportunidade para não não 17 0 --- 0,00 0 --- 0,00 permanecer em pé 0 0 Oportunidade para não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 Oportunidade para não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 sim sim 20 Presença de vegetação 2 --- 2,38 1 --- 1,19 1 1 Patrimônio histórico ou não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 Pontuação total --- --- --- --- 57,44 --- --- 27,83 4509 - Zabo FL Corporate 4531 - Suxxar total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 385 Quadra 4.11 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- 83,86 --- --- 83,86 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- 2 --- 2,38 2 --- 2,38 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- 1 --- 1,19 1 --- 1,19 de escritórios Uso dos pavimentos outros serv. (+ 8 10 --- 11,92 10 --- 11,92 térreos (vazio) com.) Uso dos pavimentos serv. + 9 n/a 20 --- 23,85 10 --- 11,92 superiores res. Mix de usos nos 10 0 2 2 1 --- 2 1 --- edifícios Quantidade de acessos 11 0 3 3 --- 3,58 3 --- 3,58 (portas) de pedestres Proximidade / segreg. integr. 12 integração do edifício 1 --- 1,19 1 --- 1,19 com a Rua 0 1 privado fruição 13 Permeabilidade 0,5 --- 0,60 0,5 --- 0,60 0 0,5 s/ det. c/ det. 14 Composição de fachadas 0,5 --- 0,60 0,5 --- 0,60 0 0,5 Proteção contra não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 não parcial 16 Passeios acessíveis 0,5 --- 0,60 0,5 --- 0,60 0 0,5 Oportunidade para não sim 17 1 --- 1,19 1 --- 1,19 permanecer em pé 0 1 Oportunidade para não não 18 0 --- 0,00 0 --- 0,00 sentar-se 0 0 Oportunidade para não não 19 0 --- 0,00 0 --- 0,00 brincar e praticar 0 0 não sim 20 Presença de vegetação 1 --- 1,19 1 --- 1,19 0 1 Patrimônio histórico ou não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 Pontuação total --- --- --- --- 45,72 --- --- 33,79 s/n - terreno à venda 4300 - F.L 4300 total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 386 Quadra 4.15 Edifícios Quadra - Cenário 1 Quadra - Cenário 2 Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- 2 Quantidade de quadras --- --- --- --- --- --- --- --- Quantidade de quadras 3 --- --- --- --- --- --- --- --- analisadas 4 Tamanho da amostra --- --- --- --- --- --- --- --- 5 Comprimento da quadra --- --- 194,94 --- --- 194,94 --- --- Quantidade de edifícios / 6 --- --- 2 --- 1,03 2 --- 1,03 lotes Quantidade de ediícios 7 --- --- 2 --- 1,03 2 --- 1,03 de escritórios Uso dos pavimentos com. / 8 serv. 20 --- 10,26 20 --- 10,26 térreos serv. Uso dos pavimentos 9 serv. serv. 10 --- 5,13 10 --- 5,13 superiores Mix de usos nos 10 2 1 3 1,5 --- 3 1,5 --- edifícios Quantidade de acessos 11 2 7 9 --- 4,62 9 --- 4,62 (portas) de pedestres Proximidade / cont. integr. 12 integração do edifício visual 1,5 --- 0,77 1,5 --- 0,77 com a Rua 0,5 1 fruição fruição 13 Permeabilidade + anim. 2 --- 1,03 2 --- 1,03 1,5 0,5 c/ det. c/ det. 14 Composição de fachadas 1 --- 0,51 1 --- 0,51 0,5 0,5 Proteção contra não não 15 0 --- 0,00 0 --- 0,00 adversidades climáticas 0 0 parcial parcial 16 Passeios acessíveis 1 --- 0,51 1 --- 0,51 0,5 0,5 Oportunidade para sim sim 17 2 --- 1,03 2 --- 1,03 permanecer em pé 1 1 Oportunidade para sim não 18 1 --- 0,51 1 --- 0,51 sentar-se 1 0 Oportunidade para sim não 19 1 --- 0,51 1 --- 0,51 brincar e praticar 1 0 sim sim 20 Presença de vegetação 2 --- 1,03 2 --- 1,03 1 1 Patrimônio histórico ou não não 21 0 --- 0,00 0 --- 0,00 edifício notável 0 0 Pontuação total --- --- --- --- 27,41 --- --- 27,41 Fonte: a autora, 2019. s/n - International Plaza (Carrefour Express) 4100 - Miss Silvia Morizono total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 387 5.5.1.5. Síntese dos cenários da Avenida Brigadeiro Faria Lima A Avenida Brigadeiro Faria Lima é composta por 81 quadras, das quais 19 foram analisadas e agrupadas em 4 trechos. No cenário 1 os trechos pontuaram entre 26,42 e 50,83; e no cenário 2 os trechos pontuaram entre 10,08 e 40,80. No gráfico da Figura 449, as linhas relativas aos dois cenários tendem a caminhar próximas, o que permite concluir que os edifícios de escritórios são elementos predominantes na paisagem de quase todos os trechos. Pontuação dos trechos 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Trecho 1 Trecho 2 Trecho 3 Trecho 4 Cenário 1 50,83 34,28 26,42 34,64 Cenário 2 40,80 10,08 21,28 25,56 Figura 449 – Gráfico da pontuação total dos trechos em dois cenários. Fonte: a autora, 2019. Pontuação total 388 Tabela 25 – Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima – Cenário 1 Fonte: a autora, 2019. Trecho 1 - Velha Faria Trecho 2 - Nova Faria Trecho 3 - Nova Faria Trecho 4 - Nova Faria Resultados globais da Lima Lima - Pinheiros Lima - Itaim Lima - V. Olímpia Av. Brig. Faria Lima Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 4 --- --- 2 Quantidade de quadras 35 --- --- 15 --- --- 16 --- --- 15 --- --- 81 --- --- 3 Quantidade de quadras analisadas 8 --- --- 2 --- --- 4 --- --- 5 --- --- 19 --- --- 4 Tamanho da amostra --- 23% --- --- 13,3% --- --- 25% --- --- 33% --- --- 23,46% --- 5 Comprimento da quadra 763,91 95,49 --- 693,5 346,7 --- 638,9 159,7 --- 646,7 129,35 --- 2743,04 144,4 --- 6 Quantidade de edifícios / lotes 25 3,13 3,27 49 24,5 7,07 8 2,00 1,25 12 2,40 1,86 94 4,95 3,43 7 Quantidade de ediícios de escritórios 15 1,88 1,96 3 1,5 0,43 5 1,25 0,78 7 1,40 1,08 30 1,58 1,09 8 Uso dos pavimentos térreos 140,00 17,50 18,33 75,00 37,50 10,82 60,00 15,00 9,39 80,00 16,00 12,37 355,00 18,68 12,94 9 Uso dos pavimentos superiores 80,00 10,00 10,47 60,00 30,00 8,65 50,00 12,50 7,83 70,00 14,00 10,82 260,00 13,68 9,48 10 Mix de usos nos edifícios 32,00 1,28 --- 40,50 0,83 --- 11,00 1,38 --- 13,00 1,08 --- 96,50 1,03 --- Quantidade de acessos (portas) de 11 69 8,63 9,03 37 18,5 5,34 15 3,75 2,35 23 4,60 3,56 144 7,58 5,25 pedestres Proximidade / integração do edifício 12 20,50 2,56 2,68 28,50 14,25 4,11 6,00 1,50 0,94 9,00 1,80 1,39 28,50 1,50 2,33 com a Rua 13 Permeabilidade 12,00 1,50 1,57 8,00 4,00 1,15 3,50 0,88 0,55 5,00 1,00 0,77 24,50 1,29 1,04 14 Composição de fachadas 12,00 1,50 1,57 1,50 0,75 0,22 4,50 1,13 0,70 6,50 1,30 1,01 2,00 0,11 0,89 15 Proteção contra adversidades 0,00 0,00 0,00 1,00 0,50 0,14 1,00 0,25 0,16 0,00 0,00 0,00 44,50 2,34 0,07 16 Passeios acessíveis 20,00 2,50 2,62 16,00 8,00 2,31 4,00 1,00 0,63 4,50 0,90 0,70 16,00 0,84 1,62 17 Oportunidade para permanecer em pé 6,00 0,75 0,79 0,00 0,00 0,00 5,00 1,25 0,78 5,00 1,00 0,77 7,00 0,37 0,58 18 Oportunidade para sentar-se 3,00 0,38 0,39 0,00 0,00 0,00 2,00 0,50 0,31 2,00 0,40 0,31 4,00 0,21 0,26 Oportunidade para brincar e praticar 19 2,00 0,25 0,26 0,00 0,00 0,00 1,00 0,25 0,16 1,00 0,20 0,15 32,00 1,68 0,15 esportes 20 Presença de vegetação 12,00 1,50 1,57 2,00 1,00 0,29 7,00 1,75 1,10 11,00 2,20 1,70 6,00 0,32 1,17 Patrimônio histórico ou edifício 21 2,00 0,25 0,26 3,00 1,50 0,43 1,00 0,25 0,16 0,00 0,00 0,00 6,00 0,32 0,22 notável Pontuação total --- --- 50,83 --- --- 34,28 --- --- 26,42 --- --- 34,64 --- --- 37,03 total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 389 Tabela 26 – Resultados globais da Avenida Brigadeiro Faria Lima – Cenário 2 Fonte: a autora, 2019. Trecho 1 - Velha Faria Trecho 2 - Nova Faria Trecho 3 - Nova Faria Trecho 4 - Nova Faria Resultados globais da Lima Lima - Pinheiros Lima - Itaim Lima - V. Olímpia Av. Brig. Faria Lima Item Critério 1 Quantidade de trechos --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 4 --- --- 2 Quantidade de quadras 35 --- --- 15 --- --- 16 --- --- 15 --- --- 81 --- --- 3 Quantidade de quadras analisadas 8 --- --- 2 --- --- 4 --- --- 5 --- --- 19 --- --- 4 Tamanho da amostra --- 23% --- --- 13,3% --- --- 25% --- --- 33% --- --- 23,46% --- 5 Comprimento da quadra 763,9 95,49 --- 693,5 346,7 --- 638,9 159,7 --- 646,7 129,3 --- 2743,04 144,37 --- 6 Quantidade de edifícios / lotes 25 3,13 3,27 49 24,5 7,07 8 2 1,25 12 2,40 1,86 94 4,95 3,43 7 Quantidade de ediícios de escritórios 15 1,88 1,96 3 1,5 0,43 5 1,25 0,78 7 1,40 1,08 30 1,58 1,09 8 Uso dos pavimentos térreos 110,00 13,75 14,40 20,00 10,00 2,88 50,00 12,50 7,83 60,00 12,00 9,28 240,00 12,63 8,75 9 Uso dos pavimentos superiores 80,00 10,00 10,47 20,00 10,00 2,88 40,00 10,00 6,26 50,00 10,00 7,73 190,00 10,00 6,93 10 Mix de usos nos edifícios 22,00 1,47 --- 6,00 2,00 --- 7,00 1,40 --- 9,00 1,29 --- 44,00 1,47 --- Quantidade de acessos (portas) de 11 46 5,75 6,02 7 3,5 1,01 12,00 3,00 1,88 16 3,20 2,47 81 4,26 2,95 pedestres Proximidade / integração do edifício 12 11,50 1,44 1,51 3,00 1,50 0,43 4,00 1,00 0,63 5,00 1,00 0,77 23,50 1,24 0,86 com a Rua 13 Permeabilidade 6,50 0,81 0,85 1,00 0,50 0,14 2,00 0,50 0,31 3,50 0,70 0,54 13,00 0,68 0,47 14 Composição de fachadas 11,50 1,44 1,51 1,50 0,75 0,22 3,50 0,88 0,55 4,00 0,80 0,62 20,50 1,08 0,75 15 Proteção contra adversidades 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,25 0,16 0,00 0,00 0,00 1,00 0,05 0,04 16 Passeios acessíveis 13,00 1,63 1,70 1,50 0,75 0,22 2,50 0,63 0,39 3,50 0,70 0,54 20,50 1,08 0,75 17 Oportunidade para permanecer em pé 6,00 0,75 0,79 0,00 0,00 0,00 4,00 1,00 0,63 5,00 1,00 0,77 15,00 0,79 0,55 18 Oportunidade para sentar-se 3,00 0,38 0,39 0,00 0,00 0,00 1,00 0,25 0,16 2,00 0,40 0,31 6,00 0,32 0,22 Oportunidade para brincar e praticar 19 2,00 0,25 0,26 0,00 0,00 0,00 1,00 0,25 0,16 1,00 0,20 0,15 4,00 0,21 0,15 esportes 20 Presença de vegetação 10,00 1,25 1,31 1,00 0,50 0,14 5,00 1,25 0,78 7,00 1,40 1,08 23,00 1,21 0,84 Patrimônio histórico ou edifício 21 1,00 0,13 0,13 1,00 0,50 0,14 1,00 0,25 0,16 0,00 0,00 0,00 3,00 0,16 0,11 notável Pontuação total --- --- 40,80 --- --- 10,08 --- --- 21,28 --- --- 25,56 --- --- 24,82 total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m total média média ponderada a cada 100m 390 5.5.2. Resultado das análises 5.5.2.1. Composição da amostra A avenida é composta por 81 quadras, sendo: 35 no trecho 1; 15 no trecho 2; 16 no trecho 3; e 15 no trecho 4 (Figura 450). Quantidade de Quadras Quadras analisadas Trecho 4: 'Nova' Faria Lima Trecho 4: - Vila 'Nova' Trecho 1: Trecho 1: Olímpia Faria Lima 'Velha' 'Velha' 19% - Vila Faria Lima Faria LimaOlímpia 42% Trecho 3: 43% 26% 'Nova' Faria Lima Trecho 2: Trecho 2: - Itaim 'Nova' Trecho 3: 'Nova' 20% Faria Lima 'Nova' Faria Lima - Faria Lima - Pinheiros - Itaim Pinheiros 18% 21% 11% Figura 450 – Gráficos da quantidade de quadras e quadras analisadas por trecho. Fonte: a autora, 2019. O levantamento de dados considerou 19 quadras, sendo: 8 no trecho 1 (23% do trecho); 2 no trecho 2 (25% do trecho); 4 no trecho 3 (25% do trecho); e 5 no trecho quatro (33% do trecho), constituindo uma amostra de 23,5% do total de quadras (Figura 451). Amostra 90 35,0% 80 30,0% 70 60 25,0% 50 20,0% 40 15,0% 30 10,0% 20 10 5,0% 0 0,0% Trecho 1: 'Velha' Trecho 2: 'Nova' Trecho 3: 'Nova' Trecho 4: 'Nova' Total Faria Lima Faria Lima - Faria Lima - Itaim Faria Lima - Vila Pinheiros Olímpia Quantidade de Quadras Quadras analisadas Tamanho da amostra Figura 451 – Gráfico da amostra. Fonte: a autora, 2019. 5.5.2.2. Morfologia das quadras O tamanho das quadras na avenida é bastante heterogêneo, dentro da amostra encontram-se quadras a partir de 24,19m até 467,17m (Figura 452). No mapa de referência 391 é possível constatar que a geometria das quadras também é bastante variável em todos os trechos (Figura 443). Morfologia das quadras 500,00 400,00 300,00 200,00 100,00 0,00 Trecho 1: 'Velha' Trecho 2: 'Nova' Trecho 3: 'Nova' Trecho 4: 'Nova' Total Faria Lima Faria Lima - Pinheiros Faria Lima - Itaim Faria Lima - Vila Olímpia Menor quadra Maior quadra Dimensão média Figura 452 – Gráfico da morfologia das quadras. Fonte: a autora, 2019. O trecho 1 possui a menor quadra da via com 24,19m, sua maior quadra tem 224,00m e a dimensão média neste trecho é de 95,49m de comprimento. O trecho 2 possui a maior quadra analisada, com 467,17m, que mostra um parcelamento típico de quando o bairro era predominante residencial com pequenos lotes. A menor quadra analisada neste trecho tem 226,31m e a média é de 346,70. O trecho 3 tem as dimensões das quadras analisadas entre 83,69m a 268,82m (quadra dos edifícios Faria Lima Financial Center e FL 3500), com a dimensão média de 159,73m. O trecho 4, por sua vez é o mais homogêneo, pois possui a menor variação entre sua menor e sua maior quadra analisadas, 83,86m e 194,94m respectivamente. A dimensão média é de 129,35m. O comprimento médio das quadras analisadas considerando a avenida como um todo é de 144,37m. O trecho 1 fica abaixo desta média e é o mais próximo da dimensão de 100m utilizada por Jan Gehl450 como unidade de referência para análise de quadras em seus estudos. 450 GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. 392 Corroborando com os mapas apresentados no Item 5.2, os indicadores apontam que três dos quatro trechos da avenida já passaram por um processo de remembramento de lotes. A média é de 4,95 imóveis por quadra (Figura 453). O trecho 2 tem a média de 24,5 imóveis por quadra, o que indica que ainda possui pequenos lotes e diferente dos outros trechos que as médias estão entre 2,00 e 3,13, ainda não passou por um processo de remembramento dos lotes. Quantidade média de edifícios por quadra 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 453 – Gráfico da quantidade média de edifícios por quadra. Fonte: a autora, 2018. O trecho 2 é o que atualmente possui o maior potencial para o adensamento, visto que sua ocupação é predominantemente horizontal com residências, comércios e serviços locais; seguido dos trechos 3 e 4, que apesar de terem edifícios monumentais ainda apresentam a oportunidade de alguns pequenos lotes com pequenos comércios e estacionamentos que podem ser reagrupados. Por fim o trecho 1 já consolidado, ainda possui algumas poucas oportunidades de adensamento. Porém os estoques de CEPACs para uso não residencial estão esgotados nos quatro trechos da via. 5.5.2.3. Os edifícios de escritórios e os dois cenários da análise Os edifícios de escritórios são o elemento predominante da paisagem da avenida em três dos seus quatro trechos, por isto foram eleitos, neste estudo, para ser um dos motes principais para as análises aqui elaboradas. A partir do inventário apresentado no Item 5.1 observa-se que a Avenida Brigadeiro Faria Lima possui 86 edifícios de escritórios, destes 62 estão na ‘Velha’ Faria Lima (72,09%), 393 3 estão no trecho Pinheiros da ‘Nova’ Faria Lima (3,49%), 12 estão no trecho Itaim da ‘Nova’ Faria Lima (13,95%) e 9 no trecho Vila Olímpia da ‘Nova’ Faria Lima (10,47%). Nesta análise foram estudados 30 edifícios de escritórios, presentes nas quadras analisadas, ou seja, uma amostra de 34,9% (Figura 454). Neste contexto foram analisados 15 edifícios na ‘Velha’ Faria Lima (24,2%), 3 edifícios em Pinheiros (100%), 5 edifícios no Itaim (41,7%) e 7 Edifícios na Vila Olímpia (77,8%). Edifícios de escritórios 70 120,0% 60 100,0% 50 80,0% 40 60,0% 30 40,0% 20 10 20,0% 0 0,0% Trecho 1: 'Velha' Faria Trecho 2: 'Nova' Faria Trecho 3: 'Nova' Faria Trecho 4: 'Nova' Faria Lima Lima - Pinheiros Lima - Itaim Lima - Vila Olímpia Ed. existentes Ed. analisados Amostra Figura 454 – Gráfico dos edifícios de escritórios na Av. Brig. Faria Lima. Fonte: a autora, 2019. A partir deste ponto, os dados obtidos no levantamento in loco serão analisados a partir de dois cenários: o cenário 1 considerando todos os edifícios das quadras e o cenário 2 considerando somente os edifícios de escritórios. 5.5.2.4. Os usos das quadras e dos edifícios Os critérios de análise 8 (uso dos pavimentos térreos) e 9 (usos dos pavimentos superiores) possuem pesos maiores que os demais critérios, pois são pontuações relativas às quadras, ou seja, são contados quantos usos distintos coexistem em uma determinada quadra. Desta maneira podemos considerar que os térreos de uma quadra possuem um único uso, como, por exemplo, a Quadra 1.24, que possui 4 edifícios, mas todos com o mesmo uso no térreo ou vários usos distintos como a Quadra 4.06, que possui 2 edifícios com usos distintos. Quanto maior o número obtido neste indicador, maior a variedade de usos e integração com a cidade. Quanto menor este número, maiores são os indícios de subutilização da área, ou seja, além da monotonia de haver um mix de usos pobre em uma 394 determinada quadra, ainda há uma possível ou vacância subutilização de imóveis (Figura 455). Uso dos pavimentos térreos 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 455 – Gráfico dos usos dos pavimentos térreos ponderados a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. No cenário 1, a média ponderada da avenida é de 12,94. Somente o trecho 1 fica acima da média ponderada com 18,33, indicando que as quadras deste trecho têm uma mescla de usos mais diversificada que os demais. No cenário 2 quando se isolam os edifícios de escritórios, a média ponderada cai para 8,75, o que indica que os demais imóveis da avenida exercem uma colaboração para uma maior diversidade de uso. Nota-se que o trecho 2 tem uma redução drástica em seus índices, de 10,82 para 0,43, enquanto nos demais trechos os dados são mais proporcionais. Isto se deve ao fato de que os edifícios de escritórios não são o elemento predominante na paisagem neste trecho e que estes edifícios tem um impacto menor na leitura do trecho. O critério 10 traz um indicador do mix de usos nos edifícios, ou seja, se este item for inferior a 1 indica que existe subutilização no imóveis nos trechos, se o número for 1 indica que o imóvel possui um único uso, e acima de 1 indica que o trecho tem mais de um uso coexistindo nos edifícios (Figura 456). 395 Mix de usos nos edifícios 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 456 – Gráfico do mix de usos dos edifícios. Fonte: a autora, 2019. No cenário 1 a média é de 1,03. O trecho Pinheiros é o único abaixo da média com 0,83, isto indica a presença de imóveis vazios e subutilizados na região. No cenário 2, em que os edifícios de escritórios estão isolado verifica-se que o trecho Pinheiros tem o maior índice, ou seja, neste caso todos os edifícios de escritórios possuem dois usos, porém nem sempre estes usos estão voltados para a Faria Lima, como é o caso da Torre Faria Lima, que tem usos institucionais e de serviços, mas o Instituto Tomie Ohtake tem acesso por uma rua lateral. Os trechos 1, 3 e 4 tem valores próximos a média, indicando que parte dos edifícios de escritórios possuem um único uso. Este critério também indica que conceitualmente o mix de usos foi valorizado de maneira relativamente uniforme entre os edifícios de escritórios, porém muitas vezes o seu “segundo” uso não está voltado para a Faria Lima, e sim para as outras ruas que circundam o lote, o que não necessariamente irá trazer uma contribuição significativa na ativação do trecho. 5.5.2.5. A integração do edifício com a rua Os parâmetros quantidade de acessos, proximidade e permeabilidade, ajudam a pontuar o quanto os edifícios são convidativos para as pessoas que transitam pela região. Segundo Gehl451, a quantidade de portas é um indicador da atividade do local, quanto maior o número portas / acessos para pedestres, maior o fluxo de pessoas que ali 451 GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. 396 circulam e mais acolhedor e convidativo é o lugar. Ele considera como unidade de referência 100m e classifica os térreos em ativo, convidativo, misto, monótono e inativo. Aplicando esta escala aos resultados obtidos na Faria Lima temos somente três classificações: inativo, monótono e misto. Na Avenida Brigadeiro Faria Lima existe uma diferença significativa de valores quando olhamos aos acessos de pedestres (Figura 457). Acessos de pedestres 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 457 – Gráfico da quantidade de acessos de pedestres ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. No cenário 1 a média ponderada é de 5,25, que classifica a via como monótona. A ‘Velha’ Faria Lima é o único trecho que fica bem acima da média ponderada com 9,03 e poderia ser classificada como mista. É também, o único trecho que tem quadras com pontuação suficiente para serem classificadas como ativas: quadras 1.06 (Figura 458) e 1.17; cuja característica principal é a forte presença de comércios nos pavimentos térreos dos edifícios. E duas quadras que poderiam ser classificadas como convidativas: quadras 1.01 (Figura 459) e 1.20. O trecho Itaim é que o obteve a menor pontuação, isto se deve à sua arquitetura composta por grandes edifícios, cujos térreos são na maioria das vezes privados e por isso tem uma menor quantidade de acessos para que se possa ter um maior controle das pessoas que ingressam nos prédios, apesar de parte deles permitir a fruição em seus terrenos. O trecho Vila Olímpia obtém uma pontuação um pouco maior, apesar de também ter edifícios monumentais como o trecho Itaim, porém já possui uma discreta mudança no padrão dos seus acessos, possuindo uma quantidade ligeiramente maior. 397 Figura 458 – Quadra 1.06 – Edifícios Maurício e CEPAV com seus pequenos comércios e galeria nos pavimentos térreos. Fonte: Google Street View, 2018. Acesso 13 jan. 2019. Figura 459 – Quadra 1.06 – Edifício do CREA e pequemos comércios. Fonte: Google Street View, 2017. Acesso 13 jan. 2019. No cenário 2, a média da avenida reduz para 2,95 e mantém a classificação de monótona. Excetuando-se o trecho 2, os demais trechos têm uma redução proporcional quando isolamos os edifícios de escritórios, pois estes são o elemento predominante na paisagem e consequentemente exercem uma colaboração maior nos seus respectivos trechos da avenida. O trecho Pinheiros tem a predominância de lotes pequenos, residuais da ocupação anterior ao alargamento da avenida, com pequenos comércios, serviços e residências, e por isso obtém índices melhores quando analisado em relação ao todo, do que quando isolando os edifícios de escritórios. O critério ‘Proximidade / integração do edifício com a rua’ observa o posicionamento do edifício no lote e seus fechamentos. Quanto mais próximo à rua, mais 398 convidativo o edifício é para as pessoas. No cenário 1, a média ponderada da avenida é de 2,33 (Figura 460). Proximidade / integração do edifício com a rua 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 460 – Gráfico da proximidade / integração do edifício com a rua, pondera a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. O trecho 2 é o que obtém a maior pontuação no primeiro cenário e a menor pontuação no segundo cenário. Isto é resultante da constituição dos pequenos lotes existentes em que parte está no alinhamento e outra parte considerável permite ao menos a continuidade visual. Quando isolamos os escritórios verificamos que o valor cai consideravelmente, pois não são o elemento predominante na paisagem. Excluindo-se o trecho 2, o trecho 1 é o que obtém a maior pontuação nos dois cenários, isto devido aos seus edifícios estarem, em sua maioria, alinhados ao lote ou com seus recuos frontais integrados ao passeio. Os trechos 3 e 4, possuem tendências diferentes do trecho 1, parte dos edifícios são segregados da via permitindo somente a continuidade visual; parte integra o recuo frontal ao passeio; e não há construção de edifícios no alinhamento do lote. O critério de permeabilidade utilizado neste estudo considera o quanto uma pessoa que passa pela rua pode interagir e adentrar ao lote do edifício. Para tanto foram consideradas as seguintes condições com pontuações decrescentes: • lotes com fruição e animação, ou seja, presença de fruição associada a comércios / serviços locais; • presença de galerias comerciais; 399 • presença de comércios / serviços voltados para a via no térreo; ou fruição sem animação; e • térreo privado que não permite o acesso não condôminos. A média ponderada da via é de 1,04, no cenário 1, (Figura 461), isto indica que existem muitos imóveis que se segregam da via e não convidam as pessoas a interação. Permeabilidade 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 461 – Gráfico da permeabilidade dos edifícios ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. A ‘Velha’ Faria Lima é o trecho mais permeável nos dois cenários, parte considerável de seus edifícios de escritórios tem comércios ou galerias em seus térreos e os demais imóveis são, na maioria das vezes, comércios ou serviços locais. A ‘Nova’ Faria Lima – Pinheiros quando analisada de maneira global tem a segunda maior pontuação, decorrente de pequenos comércios que muitas vezes estão no alinhamento e outras construções que tem fechamentos que permitem a continuidade visual, porém quando se isolam os edifícios de escritórios observa-se que eles contribuem pouco para a leitura da paisagem. Os trechos do Itaim e Vila Olímpia, ainda tem contribuições de elementos do entorno, porém quando se isolam os edifícios de escritórios a proporção é mantida. Isto indica que os edifícios da ‘Velha’ Faria Lima são mais permeáveis que os edifícios do trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima. 400 Figura 462 – Uso dos pavimentos térreos dos edifícios de escritórios. Fonte: a autora, 2019. A Figura 462 evidencia esta conclusão, pois a consolida o uso dos térreos dos edifícios de escritórios ao longo de toda a via, indicando um predomínio de fruições no trecho sul, enquanto a ‘Velha’ Faria Lima tem o predomínio de comércios locais e galerias. No entanto, o trecho Vila Olímpia apresenta os primeiros sinais de uma possível mudança no cenário dos edifícios: no Complexo International Plaza foi constatada a abertura de um comércio local (Carrefour Express) no térreo da Torre 1, mais próxima a Faria Lima; e o FL 4300, possui um uso misto com residências e restaurantes voltados para a rua lateral. 5.5.2.6. Composição de fachada O critério de análise composição de fachada se apoia nos estudos de Karssenberg e Laven452, que colocam o tratamento dos plinths, ou seja, a porção inferior dos edifícios que está ao nível dos olhos dos pedestres como fator de qualidade para o espaço urbano. Fachadas com riqueza de detalhes e tratamento diferenciado devem pontuar mais que fachadas sem detalhes. A via obteve a média ponderada no cenário 1 de 0,89 e de 0,75 no cenário 2 (Figura 463). Isto indica que a arquitetura da avenida, em geral, possui riqueza de detalhes, porém não dá atenção especial ao que está ao nível dos olhos. A ‘Velha’ Faria Lima é o trecho com a maior pontuação e nela percebe-se uma maior valorização da escala humana. Na ‘Nova’ Faria Lima trechos Itaim e Vila Olímpia, os edifícios têm uma monumentalidade maior, a plástica enfatiza o grande porte do edifício em 452 KARSSEMBERG, Hans [et al]. A cidade ao nível dos olhos: lições para os plinths. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015. 401 detrimento da pequena escala humana. Por fim o trecho Pinheiros é que possui a arquitetura menos elaborada e na maioria dos casos apresentando sinais de deterioração. Composição de fachada 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 463 – Gráfico de composição de fachada ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. 5.5.2.7. Conforto e oportunidades para os pedestres O caminhar pela cidade pode ser mais confortável, a partir do momento em que os edifícios colaboram com a cidade oferecendo proteções e oportunidades aos pedestres. Figura 464 – Proteções climáticas em Bolonha e Genova, Itália. Fonte: acervo pessoal, 2008. Proteções contra adversidades climáticas são elementos que convidam e ajudam as pessoas permanecerem na rua por mais tempo, pois suaviza condições como chuvas inesperadas e altas temperaturas, que acabam esvaziando mesmo que temporariamente as ruas. Estas coberturas também podem contribuir para o comércio local, uma vez que as pessoas conseguem permanecer mais tempo circulando pelas ruas. Algumas cidades como 402 Bolonha, Genova, Zaragoza, alguns pontos de Buenos Aires possuem soluções que permitem que os edifícios cubram as calçadas (Figura 464). Proteções contra adversidades climáticas em um cidade como São Paulo, cujas temperaturas podem variar mais de 10ºC em um mesmo dia, com pancadas de chuva no verão e chuvas leves mais constantes no inverno, poderiam trazer um conforto e proteção maiores aos pedestres, porém, infelizmente este recurso é pouco empregado na cidade como um todo e não é diferente o cenário encontrado na Avenida Faria Lima. Proteção contra adversidades climáticas 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Média global Figura 465 – Gráfico da proteção contra adversidade climáticas, ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. Figura 466 – Proteção contra adversidades climáticas no Bar Canto da Ema e no Edifício Faria Lima Financial Center. Fonte: acervo pessoal, 2018. Dentro da amostra analisada a pontuação é extremamente baixa: 0,07 no cenário 1 e 0,04 no cenário 2 (Figura 465). Indicando que este elemento não é predominante na paisagem em nenhum dos quatro trechos. Foram mapeados dois pontos com proteção: 403 uma em Pinheiros no bar Canto da Ema; e outra no Itaim, no edifício Faria Lima Financial Center (Figura 466). Os passeios da Avenida Brigadeiro Faria Lima são relativamente acessíveis, salvo alguns trechos em que as calçadas estão deterioradas ou que falta sinalização para deficientes visuais. Em geral os critérios para cadeirantes são atendidos com piso planos, contínuos e rampas para a travessia da avenida (Figura 467). Passeios acessíveis 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Média global Figura 467 – Gráfico da acessibilidade dos passeios ponderada a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. Os critérios oportunidade para permanecer em pé, oportunidade para sentar-se e oportunidade para brincar e praticar esportes, em geral são negligenciados, não só na Avenida Brigadeiro Faria Lima, mas em praticamente toda a cidade (Figura 468 e Figura 469). Oportunidades - Cenário 1 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Oportunidade para permanecer em Oportunidade para sentar-se Oportunidade para brincar e pé praticar esportes Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 468 – Oportunidades de permanecer em pé, sentar-se, brincar e praticar esportes, ponderadas a cada 100m – Cenário 1. Fonte: a autora, 2019. 404 Oportunidades - Cenário 2 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Oportunidade para permanecer em Oportunidade para sentar-se Oportunidade para brincar e pé praticar esportes Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 469 – Oportunidades de permanecer em pé, sentar-se, brincar e praticar esportes, ponderadas a cada 100m – Cenário 1. Fonte: a autora, 2019. Segundo a amostra estudada, o trecho Pinheiros não possui nenhumas das oportunidades analisadas aqui. Isto se deve a configuração dos pequenos lotes e a arquitetura dos edifícios de escritórios não ter sido pensada para gerar este tipo de oportunidade. A Torre Faria Lima prioriza o acesso de automóveis voltado para a Faria Lima; o Edifício Alzira Dias apesar de ter recuo de frente, o utiliza como vagas para automóveis; e o Edifício Maria Christina está no alinhamento, sem deixar espaço para estas oportunidades acontecerem. A ‘Velha’ Faria Lima e os trechos Itaim e Vila Olímpia, apresentam valores para a oportunidade de permanecer em pé, bastante próximos em ambos os cenários. Isto se deve aos térreos mais convidativos da ‘Velha’ Faria Lima e às grandes áreas de fruição do trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima. No entanto, as oportunidades de sentar-se são menores e as oportunidades para brincar e praticar esportes são menores ainda. Na ‘Velha’ Faria Lima observam-se oportunidades para permanecer em pé nos recuos integrados com o passeio em uma série de edifícios, porém poucos criam espaços como praças que além de oferecer a oportunidade protegem os pedestres, como por exemplo, a fruição do Centro Empresarial Mário Garnero (Figura 470), que cria uma praça com caminhos largos, onde as pessoas podem permanecer em pé ou até brincar, além de 405 muretas e bancos que convidam as pessoas a se sentar. No entanto, não foi verificada a presença de muitas pessoas nesta praça ao longo das visitas ao local. Figura 470 – Centro Empresarial Mário Garnero, uma das raras oportunidades para sentar-se e permanecer em pé. Fonte: a autora, 2018. Os trechos ao sul da ‘Nova’ Faria Lima, são os que em teoria teriam a maior oportunidade de locais para permanecer em pé, sentar-se e brincar, isto porque parte considerável dos edifícios apresentam fruições com praças que teriam um grande potencial para propiciar boas experiencias aos pedestres, mas que nem sempre aproveitam todas as oportunidades possíveis. No trecho Itaim, os edifícios que permitem a fruição em seus terrenos geralmente fornecem oportunidades para as pessoas ficarem em pé, porém são raros os edifícios que dão oportunidade para sentar-se como por exemplo: o Edifício Pátio Malzoni (Figura 471), que permite que as pessoas se sentem em pufes no horário de almoço ou em um grande banco, mais ao fundo antes da Casa Bandeirista; e o Edifício FL 3500 que possui áreas para sentar ao fundo do seu lote. 406 Figura 471 – Oportunidade de sentar-se no Edifício Pátio Malzoni. Fonte: acervo pessoal, 2018. No trecho Vila Olímpia o contexto do trecho Itaim se repete, apesar de parte considerável dos edifícios ter áreas de fruição, poucos tem oportunidades para sentar, como por exemplo o Praça Faria Lima (Figura 472) e o International Plaza (Figura 473), sendo que este último eventualmente fornece oportunidades para brincar com a colocação de brinquedos para crianças em sua praça. Figura 472 – Oportunidade para sentar-se no Edifício Figura 473 – Oportunidade para brincar na Praça Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. praça do International Plaza. Fonte: SÉRGIO, 2016.453 453 SÉRGIO, Marcílio. Praça do International Plaza. Google Maps. Dez. 2016. 1 imagem. Disponível em: https://www.google.com/maps/contrib/110441956308903444288/photos/@-23.590412,- 407 Quanto a presença de vegetação, foi considerado todo e qualquer tipo de vegetação. Desde espécies plantadas em vasos, árvores plantadas nas calçadas, canteiros jardins e praças. No entanto, não foram consideradas as vegetações plantadas nos canteiros centrais da via, por não estarem contíguas aos lotes (Figura 474). O trecho 2 é o mais árido. São poucos os lotes que apresentam algum tipo de vegetação e entre os edifícios de escritórios somente a Torre Faria Lima contribui neste critério. O trecho 1, apresenta vegetação acima da média, na maioria das vezes concentrada em pequenos canteiros. Os trechos 3 e 4, por sua vez apresentam a vegetação predominantemente em praças e jardins dentro de seus grandes lotes. Presença de vegetação 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Média global Figura 474 – Presença de vegetação ponderado a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. 5.5.2.8. Patrimônio histórico e edifícios notáveis Este critério verifica se dentro da amostra existem marcos representativos para a paisagem, tema já abordado na Figura 412. Dentro da amostra analisada, a ‘Velha’ Faria Lima apresentou dois edifícios relevantes: o Edifício do CREA e o Shopping Center Iguatemi. O trecho Pinheiros possui o Colégio Palmares, o Instituto Tomie Ohtake e a Paróquia Anglicana São João Batista. O 46.6808853,3a,75y,90t/data=!3m7!1e2!3m5!1sAF1QipNPL-qQtyPcH8A0NnQ8rIiKuyQSAoypaY88i- GU!2e10!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com%2Fp%2FAF1QipNPL-qQtyPcH8A0NnQ8rIiKuyQSAoypaY88i- GU%3Dw365-h348-k-no!7i6120!8i5848!4m3!8m2!3m1!1e1, acesso 14 jan. 2019. 408 trecho Itaim possui a Casa Bandeirista localizada atrás do Edifício Pátio Malzoni. E o trecho Vila Olímpia não tem nenhum edifício notável. Patrimônio histórico ou edifício notável 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Média global Figura 475 – Patrimônio histórico ou edifício notável ponderado a cada 100m. Fonte: a autora, 2019. 5.5.2.9. Pontuação total Pontuação total 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Cenário 1 Cenário 2 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Total Figura 476 – Pontuação total. Fonte: a autora, 2019. Por fim, em uma análise global o índice médio ponderado de ativação da avenida é de 37,03 no cenário 1 e de 24,82 no cenário 2. Cabe destaque ao trecho 1 – ‘Velha’ Faria Lima, o mais ativo da via com a pontuação de 50,83 no cenário 1, e isolando-se somente os edifícios de escritórios, no cenário 2, 40,80. Estes indicadores confirmam a percepção de que esta é a região mais convidativa às pessoas ao longo da via. 409 O trecho 2, Pinheiros, obteve a terceira posição no cenário 1 e a quarta no cenário 2. Isto se deve a dois pontos principais: os edifícios de escritório não são o elemento predominante da paisagem neste trecho, e por isso não estabelecem um diálogo que possa ser comparável entre a dinâmica dos edifícios nos demais trechos da via; o outro ponto é que ainda é predominante o parcelamento do solo com pequenos lotes, que propiciam uma maior possibilidade de variação de usos em uma mesma quadra, além de uma maior quantidade de acessos, e também a implantação de vários edifícios junto ao alinhamento do lote contribuindo para a proximidade entre a edificação e as pessoas. O trecho 3, Itaim, obteve o quarto lugar no cenário 1 e o terceiro lugar no cenário 2. Esta pontuação colabora com a impressão de que este trecho é menos ativo que a ‘Velha’ Faria Lima. Isto se deve a forma como os seus edifícios monumentais se relacionam com a via, permitindo fruições em seus terrenos, porém restringindo o acesso aos térreos dos prédios. O trecho 4, Vila Olímpia, em segundo lugar nos dois cenários, apesar de ter edifícios monumentais como no trecho Itaim, começa a apresentar um leve sinal de mudança, com a presença de um primeiro comércio local próximo à Faria Lima e o primeiro complexo de prédios (FL 4500) a ter o uso residencial em mix. Assim colaborando para que este seja o segundo trecho mais ativo. 410 411 Considerações finais 412 413 O percurso desta tese para investigar a hipótese proposta, partiu de um breve contexto da evolução das centralidades da Cidade de São Paulo. A cidade que permaneceu encerrada em seu centro histórico por quase 300 anos se modernizou a passos rápidos. A obsolescência do Centro ‘Velho’ suscitou o crescimento mais requintado para o Centro ‘Novo’ a oeste do Vale do Anhangabaú e dos bairros populares a leste do Centro ‘Velho’. O comércio de luxo seguiu no eixo Augusta rumo ao espigão, que abriga a Avenida Paulista em seu cume. A Paulista, que era marcada por casarões da elite, se verticalizou e seus edifícios comerciais passaram a abrigar bancos e instituições financeiras que antes estavam localizadas no Centro ‘Velho’. A avenida se consolidou e os terrenos para novos edifícios ficaram cada vez mais escassos e valiosos. A demanda por edifícios maiores e mais modernos, que já não encontravam lugar na Avenida Paulista, fez com que as empresas começassem a se evadir da Paulista procurando estes novos produtos imobiliários no vetor sudoeste Faria Lima – Berrini. No entanto, a Avenida Brigadeiro Faria Lima nem sempre foi este agitado polo terciário de São Paulo. Ao longo desta tese, destacamos as transformações que a tornaram a via atual e levantamos fatos que comprovam as dualidades da avenida: A pacata Rua Iguatemi versus a agitada Avenida Brigadeiro Faria Lima. O primeiro registro da antiga Rua Iguatemi no mapa histórico de 1915, a apresenta além do limite suburbano da cidade. A bucólica via abrigava chácaras e clubes. Notícias publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, reforçam este caráter da via com reclamações sobre formigueiros; problemas com lixeiras; problemas de drenagem, pois esta é uma área de várzea; venda de vacas; além de problemas cotidianos. No mapa de 1930 é possível ver o traçado da via, além de verificar que o tecido urbano de São Paulo avançava nesta direção. Aos poucos houve um adensamento residencial, que pode ser notado através de um aumento nas notícias sobre aquisições de propriedades, e venda de casas, que às vezes eram descritas como palacetes. A presença de Fábio da Silva Prado, como morador da via, pode ter despertado e impulsionado um maior interesse da elite pela região. 414 Gradativamente, surgem mais notícias informando sobre comércios e serviços de melhor padrão, que se estabeleciam nesta região a partir da expansão do comércio de luxo proveniente do eixo da Rua Augusta e que culmina na inauguração do Shopping Center Iguatemi. Em 1968 o Projeto Iguatemi traçou as diretrizes do que se pretendia para a remodelação da via cujo primeiro trecho foi inaugurado em 1970, mudando de maneira radical as feições deste trecho da cidade, que passou a concentrar edifícios de escritórios, atendendo, a uma demanda que a Avenida Paulista já não conseguia mais comportar. A implantação imediata da ‘Velha’ Faria Lima versus a implantação vagarosa da ‘Nova’ Faria Lima. A ‘Velha’ Faria Lima é o resultado da implantação do primeiro trecho do polêmico Projeto Iguatemi. Este projeto aprovado em 1968 pelo então Prefeito Faria Lima, teve seu primeiro trecho inaugurado em 1970, já com o nome de Avenida Brigadeiro Faria Lima, no mandato do Prefeito Paulo Maluf. O curto tempo para a execução das obras reflete um período de prosperidade econômica do país. Apesar de fazer parte do mesmo projeto, as obras da ‘Nova’ Faria Lima demoraram a acontecer. Após a inauguração do primeiro trecho, a retomada das obras foi anunciada diversas vezes, enquanto processos relativos aos valores das indenizações corriam na justiça. Sempre polêmico, teve seu traçado revisado algumas vezes. Novos melhoramentos foram anunciados para a região da Faria Lima e em 1987 o Projeto Iguatemi passa a se chamar Boulevard Zona Sul, sob o comando do arquiteto Júlio Neves. Somente na década de 1990 as obras foram efetivamente retomadas, e ganharam um caráter de corrida eleitoreira para o pleito de 1996 – as obras cujo cronograma de entrega não fosse compatível com este marco eram simplesmente canceladas. O trecho Pinheiros, ao norte, foi inaugurado em 1995 e os trechos ao sul, Itaim e Vila Olímpia, foram inaugurados em 1996. A legislação da década de 1970 versus a legislação atual. Até 1972 a Cidade de São Paulo não tinha uma legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo, as construções seguiam o Código de Obras Arthur Saboya. Segundo esta 415 lei, a cidade era dividida em quatro zonas (central, urbana, suburbana e rural), porém não haviam indicações dos coeficientes e taxas como vemos na legislação atual. Haviam indicações de recuos e restrições à altura dos edifícios em função da largura das vias. Em 1972 a Lei 7805 estabeleceu o zoneamento da cidade. Esta lei estabeleceu quatro tipos de uso (residencial, comercial, industrial e serviços) e inicialmente 8 zonas, que posteriormente chegaram a 19. Esta legislação priorizava a separação dos usos no tecido urbano. Ao final da vigência desta lei, a Faria Lima já tinha um enquadramento diferenciado em relação ao entorno imediato, contrastando com os bairros residenciais, especialmente no trecho da ‘Velha’ Faria Lima. Para que as legislações tenham seu reflexo no tecido urbano é necessário esperar alguns anos, pois a aprovação das legislações não implica, necessariamente, que os edifícios já aprovados terão que seguir a nova lei. Desta maneira podemos especular que parte dos edifícios construídos na década de 1970 tenham utilizado o Código Arthur Saboya e a outra parte tenha sido enquadrada na LPUOS de 1972. Em 1995 a Operação Urbana Consorciada Faria Lima foi aprovada e reeditada em 2004. Esta legislação se sobrepõe a qualquer legislação de uso e ocupação do solo que esteja vigente simultaneamente a ela. Esta legislação permite a utilização de um CAmáx 4 a partir da compra de CEPACs e tem como diretriz ampliar a oferta de habitações multifamiliares; estimular o remembramento lotes; estimular os térreos com comércios, ampliar áreas de estacionamento, entre outras. Esta lei está vigente até hoje, e é a que está sendo utilizada pelos prédios das décadas de 2000 e 2010. Vale ressaltar que os estoques de CEPACs para uso não residencial estão esgotados em todos os trechos da avenida. Comparando a LPUOS 1972 com a OUCFL pode-se verificar que apesar da segunda lei estimular o uso dos térreos para a ocupação comercial tal fato não ocorre de maneira frequente nos edifícios mais recentes na ‘Nova’ Faria Lima. Ao passo que a ‘Velha’ Faria Lima construída sob a legislação anterior, que não tem este tipo de incentivo, possui diversos edifícios com comércios e galerias em seus térreos. Pode-se atribuir este fato a alguns fatores: • o primeiro shopping center da cidade foi inaugura em 1966 e a população em geral ainda estava habituada com o comércio de rua na década de 1970; 416 • a cidade ficou mais violenta a partir da década de 1980 e isto, de certa maneira, contribuiu para que as pessoas passassem a procurar com mais frequência os grandes centros comerciais, em detrimento ao comércio de rua; • os edifícios da ‘Nova’ Faria Lima ainda apresentam vacância na ocupação de suas lajes, o que significa que existe um potencial de pessoas que ainda não está circulando pela região e que poderia contribuir para a melhorar a demanda por comércios e serviços nos térreos dos edifícios. A LPUOS de 2004, teve como objetivo simplificar a LPUOS de 1972, que passou por inúmeras alterações. Esta legislação traz uma ênfase maior às zonas de uso misto em geral, e classifica a Faria Lima como ZCL (Zona de Centralidade Linear), permitindo o uso misto até o CAmáx de 2,5. Os reflexos desta lei não aparecem de maneira significativa no tecido urbano, pois a OUCFL esteve vigente durante todo o período que esta lei vigorou. A LPUOS de 2016, por sua vez, tem uma forte ênfase na cidade de uso misto, na ativação dos térreos e no adensamento em áreas com boa infraestrutura de transporte urbano. Segundo esta legislação, na Faria Lima, é permitido o uso misto e o CAmáx varia entre 1 e 4, dependendo da zona. Porém os reflexos desta lei também não tendem a ser muito evidentes no tecido urbano, visto que a OUCFL ainda está em vigor. O trecho norte da ‘Nova’ Faria Lima versus o trecho sul. O trecho norte da ‘Nova’ Faria Lima, no bairro de Pinheiros, foi o segundo trecho inaugurado na via. Na época, o jornal noticiava uma expectativa de uma rápida apropriação do mercado imobiliário na região. No entanto, o trecho possui somente três edifícios de escritórios e não se consolidaram como elemento predominante neste trecho, mesmo após mais de duas décadas, mantendo as cicatrizes da construção da via em seu lado ímpar e remanescentes da ocupação anterior ao alargamento e prolongamento da via em seu lado par. O trecho sul da ‘Nova’ Faria Lima, nos bairros do Itaim-Bibi e Vila Olímpia, seguiu a tendência da ‘Velha’ Faria Lima e os edifícios de escritórios se consolidaram como elemento predominante na paisagem. Assim como o trecho norte, o trecho sul era composto por diversos pequenos lotes, que dificultam o processo de incorporação por haver a necessidade de se negociar com 417 múltiplos proprietários. O que poderia explicar, em parte, esta diferença entre a apropriação do trecho norte e o trecho sul seria: • a forma das quadras um pouco mais regulares no trecho sul, quando se compara ao trecho norte; • o trecho sul está mais próximo da Avenida Luís Carlos Berrini, o que reforça o vetor de crescimento da cidade no vetor sudoeste; e • o trecho norte está próximo a bairros residenciais da cidade de bom padrão, que estão passando por processos de verticalização do uso residencial (Figura 419). A verticalização imediata da ‘Velha’ Faria Lima versus a verticalização recente da ‘Nova’ Faria Lima. A verticalização da ‘Velha’ Faria Lima ocorreu imediatamente após a inauguração das obras deste trecho da via. A Avenida Paulista, que era o principal centro financeiro da capital, já estava consolidada e eram cada vez mais raros os terrenos disponíveis para a construção de novos edifícios de escritórios. As obras da Faria Lima e a oferta de uma nova infraestrutura na região despertou o interesse de construtoras que, segundo o inventário de edifícios de escritórios, entregaram 40 edifícios na década de 1970 (Figura 477) – o período de maior produção neste trecho. Edifícios de escritórios por décadas 50 40 30 20 10 0 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Trecho 1: 'Velha' Faria Lima Trecho 2: 'Nova' Faria Lima - Pinheiros Trecho 3: 'Nova' Faria Lima - Itaim Trecho 4: 'Nova' Faria Lima - Vila Olímpia Figura 477 – Edifícios de escritórios por décadas. Fonte: a autora, 2019 A década de 1980, conhecida como a década perdida, desacelerou o desenvolvimento da cidade. Apesar da cidade ter um estoque de 224 mil metros quadrados de escritórios disponíveis, a Faria Lima ainda apresentava uma demanda de 30 mil metros quadrados, e o cruzamento da via com a Rebouças já tinha o metro quadrado mais caro da 418 cidade. Nesta mesma época, as empresas que procuravam por estes edifícios de escritórios para se instalar começaram alterar o perfil de suas buscas demandando por lajes maiores, que estavam sendo ofertadas predominantemente na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e na Marginal Pinheiros, seguindo a tendência de desenvolvimento para o vetor sudoeste da cidade. A verticalização da ‘Nova’ Faria Lima não é um processo linear. Apesar dos três trechos terem sido inaugurados entre 1995 e 1996, o que se observou na década de 1990 é que ao invés dos novos empreendimentos serem lançadas nos novos trechos recém- inaugurados, os incorporadores tinham uma preferência pelo trecho da ‘Velha’ Faria Lima, buscando os escassos terrenos disponíveis na área (Figura 478). Figura 478 – Edifícios de escritórios por décadas. Fonte: a autora, 2019. Quando o trecho Pinheiros, ao norte, foi inaugurado havia uma forte expectativa de que o mercado imobiliário se apropriasse rapidamente desta área, que possuía incentivos à verticalização desde a primeira versão a OUCFL. Porém, este trecho praticamente não se verticalizou, possui somente três edifícios de escritórios, sendo que dois são anteriores às obras de alargamento e ampliação da via. E o terceiro foi entregue na década de 2000. No trecho Itaim, observam-se somente dois edifícios da década de 1990. Um deles, o edifício Faria Lima Tower, antigo L’Arche, foi entregue em 1994, antes da inauguração deste trecho da via, pois seu arquiteto Júlio Neves, é o mesmo que estava à frente do projeto da avenida nesta época. O auge das construções neste trecho se deu na década de 2000, com a entrega de 6 edifícios; porém, a década de 2010 entregou os maiores edifícios deste trecho. 419 Pode-se afirmar que o auge das construções no trecho Vila Olímpia se deu na década de 2010 com a entrega de 9 edifícios. Sendo que um deles, o FL4300, é o primeiro deles a ter habitação em seu mix de usos. Tanto no trecho Itaim, quanto no trecho Vila Olímpia, observa-se que o tamanho dos edifícios é muito maior que os edifícios da ‘Velha’ Faria Lima. Os lotes dos edifícios da ‘Velha’ Faria Lima têm áreas entre 300 e 3.500m², enquanto na ‘Nova’ Faria Lima os lotes podem alcançar aproximadamente 20.000m². Isto faz com que haja uma demora maior no processo de compra dos vários lotes para fazer o seu remembramento para a construção dos grandes edifícios. Outro ponto para se observar é o processo de incorporação. Na ‘Velha’ Faria Lima, normalmente o incorporador era o próprio construtor, que vendia as pequenas salas comerciais para os usuários finais ou investidores. Na ‘Nova’ Faria Lima, os incorporadores não são os construtores, eles montam e viabilizam o negócio. Os prédios normalmente têm poucos donos, que geralmente são investidores profissionais, sendo que parte deles são internacionais, e locam as lajes para as empresas que vão se estabelecer ali. A arquitetura da ‘Velha’ Faria Lima versus a arquitetura da ‘Nova’ Faria Lima. Os edifícios da década de 1970, têm como característica marcante o uso do concreto e seus térreos ativados com lojas e galerias que permitem uma aproximação maior com as pessoas. Ao passo que, os edifícios contemporâneos têm extensas cortinas de vidro, escalas monumentais, novas tecnologias embarcadas, mas, apesar de permitirem que as pessoas transitem em seus lotes a afastam de seus pavimentos térreos de uso privado. A relação com as pessoas da ‘Velha’ Faria Lima versus a relação com as pessoas da ‘Nova’ Faria Lima. A partir do modelo elaborado para mensurar a relação entre os edifícios, as pessoas e a cidade, observou-se que o trecho mais ativo é a ‘Velha’ Faria Lima. Seus térreos mais abertos para as pessoas e uma relação mais amistosa com a escala humana contribuiu para este destaque. O trecho Pinheiros ainda tem muito presente os resquícios da ocupação anterior a inauguração da Faria Lima. Os pequenos lotes com comércios e serviços, muitas vezes em 420 decadência, contribuem bastante para a ativação do local, porém quando isolamos os edifícios de escritório, que não são o elemento predominante da paisagem neste trecho, observa-se a baixa contribuição que eles têm em relação às pessoas. O trecho Itaim, com a paisagem já consolidada pelos edifícios de escritórios, é pouco ativo. A escala monumental dos seus edifícios não interage de maneira amigável com a escala humana. Apesar de uma parte considerável de seus edifícios permitirem a fruição dos pedestres, as torres são isoladas, deixando-as acessíveis somente aos seus condôminos e visitantes. O trecho Vila Olímpia, já tem os edifícios de escritórios como elemento predominante na paisagem, mas ainda existem oportunidades para novos empreendimentos. Este trecho se destaca do Itaim pois apesar dos edifícios também serem monumentais, começa a aparecer um pequeno comércio em um de seus edifícios e também aparece o primeiro complexo de uso misto com ocupação residencial. Concluindo, as dualidades da Avenida Brigadeiro Faria Lima trazem à tona novas leituras e cenários sobre esta importante avenida. Nos mostram que a via tem uma história que começou pacata como a própria Cidade de São Paulo e que depois se desenvolveu com bastante velocidade. Indicam que apesar da Avenida Brigadeiro Faria Lima ser uma única via, possuiu dinâmicas distintas em seus quatro trechos. Trazem as cicatrizes que ainda marcam as obras que rasgaram o Bairro de Pinheiros, que ainda não se transformou significativamente. Nos apresentam arquiteturas típicas de suas épocas: prédios no padrão office, com pequenos conjuntos na década de 1970; e prédios corporate com grandes lajes na atualidade. Confirmam como diferentes tipologias arquitetônicas podem contribuir, ou não, com a experiência da cidade. Verificamos que apesar dos edifícios da ‘Nova’ Faria Lima serem muito mais sofisticados em tecnologia, os edifícios da ‘Velha’ Faria Lima são mais amigáveis, convidando o pedestre a conhecer seu interior com suas lojas e galerias, ao passo que os novos edifícios permitem somente um caminhar apressado pelos seus grandes jardins e fruições. Fica evidente que o tempo e a velocidade dos automóveis é diferente do tempo das pessoas, e que a escala deveria ser levada em conta, pelo menos ao nível dos olhos. A ‘Velha’ Faria Lima perde em tecnologia, mas ganha em cordialidade. 421 As legislações ao longo do tempo incentivaram sua verticalização, mas fica no ar se aqui conseguiremos a tão desejada cidade de uso misto descrita em nosso atual Plano Diretor. Apesar de suas dualidades a vocação da via é clara, ela se estabeleceu como um dos principais polos terciários e centros financeiros da cidade, atendendo a um público de alto padrão. Tanto a ‘Velha’ quanto a ‘Nova’ Faria Lima, ainda serão pontos chave da Cidade de São Paulo atraindo empresas, negócios e quem sabe mais pessoas. 422 423 Referências 424 425 10 ANOS para pagar seu escritório ou loja na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 mai. 1973a, p. 9. 10 ANOS para pagar seu escritório ou loja na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 mai. 1973b, p. 5. 11/8/65. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 11 ago., 1965, p. 11. 34ª VARA CÍVEL DA CAPITAL – SP – 34º Ofício Cível. 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Não será exigido recuo mínimo de frente nas zonas ZM-2 e ZM-3, ZMp, ZCP, ZCL, ZCPp, ZCLp, ZPI e ZEIS quando no mínimo 50% (cinqüenta por cento) da face de quadra em que se situa o imóvel esteja ocupada por edificações no alinhamento do logradouro, no levantamento aerofotográfico do Município de São Paulo, de 2000. (Lei nº 13.885/2004) Art. 186. As edificações, instalações ou equipamentos, a partir de 6 m (seis metros) de altura em relação ao perfil natural do terreno devem observar recuos laterais e de fundos, que podem ser escalonados e dimensionados de acordo com a fórmula a seguir, respeitado o mínimo de 3 m (três metros): R = (H - 6) ÷ 10 onde: R = recuos laterais e de fundos; H = altura da edificação em metros contados a partir do perfil natural do terreno. § 1º - As edificações destinadas aos grupos de atividades industriais, serviços de armazenamento e guarda de bens móveis e oficinas, localizadas nas zonas e vias onde esses grupos são permitidos fora das zonas predominantemente industriais - ZPI, deverão observar os recuos obrigatórios definidos no "caput" desse artigo a partir do pavimento térreo, excetuadas: III. as edificações com área construída computável de no máximo 250 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados); IV. as edificações com área construída computável de no máximo 500 m² (quinhentos metros quadrados), quando localizadas nas demais zonas e vias onde as atividades referidas no caput são permitidas. § 2º - As edificações destinadas aos grupos de atividades locais de reunião e eventos e associações comunitárias, culturais e esportivas, localizadas nas zonas e vias onde essas atividades são permitidas fora das zonas predominantemente industriais - ZPI e das zonas centralidades ZCP e ZCL, deverão observar os recuos obrigatórios definidos no "caput" desse artigo a partir do pavimento térreo, excetuadas as edificações com área construída computável de no máximo 500 m2 (quinhentos metros quadrados). § 3º - A partir do ponto em que o subsolo aflorar 6 m (seis metros) acima do perfil natural do terreno, deverão ser observados os recuos obrigatórios definidos no "caput" desse artigo. Trechos destacados do livro XI, anexo à Lei 13885/2004: Art. 54. As zonas Mistas com densidade demográfica construtiva média – ZM-2 estão definidas na Parte III desta Lei, e as características de aproveitamento, dimensionamento e ocupação dos lotes estão previstas no Quadro 04 deste Livro. §1º - Nas ZM-2/12, ZM-2/13, ZM-2/14, ZM-2/15, ZM-2/16, ZM-2/21 da Subprefeitura de Pinheiros não é exigido o gabarito de altura definido no Quadro 04 integrante deste Livro. Art. 55. AS Zonas Mistas com densidade demográfica e construtiva alta – ZM-3a estão definidas na Parte III desta Lei, e as características de aproveitamento, dimensionamento e ocupação dos lotes estão previstas no Quadro 04 deste Livro. Parágrafo Único – A ZM-3a/01 é uma Área de Intervenção Urbana e será objeto de lei específica, podendo o coeficiente de aproveitamento máximo chegar a 4,0 (quatro) para Habitações de Interesse Social – HIS e Habitações do Mercado Popular – HMP, conforme definidas no art. Nº 146 do PDE. Art. 56. As Zonas Mistas com densidade demográfica e construtiva alta – ZM-3B, estão definidas na Parte III desta Lei, e as características de aproveitamento, dimensionamento e ocupação dos lotes estão previstas no Quadro 04 deste Livro. 460 §1º - Nas ZM-3b/01, ZM-3b/02, ZM-3B/03, ZM-3b/04, ZM-3B/05 e ZM-3b/06, fica estabelecido o coeficiente máximo de aproveitamento igual a 2,0 (dois) e gabarito de altura máxima igual a 25,00m (vinte e cinco metros). §2º - Nas ZM-3b/07 e ZM-3b/08, fica estabelecido o coeficiente de aproveitamento máximo igual a 2,0 (dois). §3º - Nas ZM-3b/09, AM-3b/10, ZM-3b/11, ZM-3b/12 e ZM-3B/13, fica estabelecido o coeficiente de aproveitamento máximo igual a 4,0 (quatro) para Habitações de Interesse Social – HIS e Habitações de Mercado Popular – HMP, conforme definidas no artigo nº 146 do PDE. §4º - Nas ZM-3b/18 e ZM-3b/08, fica estabelecido o coeficiente de aproveitamento máximo igual a 4,0 (dois). Art. 58. As zonas de uso ZM-2/11. ZM-2/15, ZM-2/16, parte da ZER-1/06 e parte da ZM-2/14, por estarem com seus perímetros contidos na Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, a outorga onerosa do direto de construir nos imóveis nela contidos até o coeficiente de aproveitamento máximo e das condições e parâmetros para a instalação de usos os definidos pela Lei nº13260, de 2001, regulamentada pelo Decreto nº 42.898, de 21 de fevereiro de 2003. Art. 59. Nas Zonas Mistas, a taxa de ocupação máxima poderá atingir 0,70 (sete décimos, no caso de usos residenciais, com comércio e serviços no térreo). 461 Anexo 2. LPUOS 2004 – Categorias de uso Tabela 27 – LPUOS 2004 – Categorias de uso Categoria de usos Subcategorias e descrição (Conforme 13.885/2004) R - residencial R1: uma unidade habitacional por lote R2h: conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, agrupadas horizontalmente e/ou superpostas, e todas com entrada independente com frente para via oficial de acesso ou em condomínio R2v: conjunto com mais de duas unidades habitacionais, agrupadas verticalmente - edifícios de apartamentos ou conjuntos residenciais verticais em condomínio. nR - não residencial nR1: usos não ‐ comércio de abastecimento de âmbito local residenciais compatíveis ‐ comércio diversificado ‐ serviços pessoais ‐ serviços profissionais ‐ serviços de educação ‐ serviços sociais ‐ associações comunitárias, culturais e esportivas de caráter local ‐ serviços de hospedagem ou moradia ‐ serviços da administração e serviços públicos ‐ usos industriais compatíveis nR2: usos não ‐ comércio de alimentação ou associado a residenciais toleráveis diversões ‐ comércio especializado ‐ oficinas ‐ serviços de saúde ‐ estabelecimentos de ensino seriado ‐ estabelecimentos de ensino não seriado ‐ serviços de lazer cultura e esportes ‐ locais de reunião ou eventos ‐ serviços de armazenamento e guarda de bens móveis ‐ usos industriais toleráveis ‐ usos industriais incômodos nR3: usos não ‐ usos especiais residenciais especiais ou ‐ empreendimentos geradores de impacto incômodos ambiental ‐ empreendimentos geradores de impacto de vizinhança nR4: usos não ‐ atividades de pesquisa e educação ambiental residenciais ‐ atividades de manejo sustentável ambientalmente ‐ ecoturismo compatíveis com o ‐ uso institucional desenvolvimento ‐ serviços de saúde sustentável ‐ comércio de alimentação associado a diversões ‐ hospedagem e moradia Fonte: Elaborada pela autora, 2018 – Texto extraído da Lei 13.885/2004. 462 Anexo 3. LPUOS 2016 – Categorias de uso Tabela 28 – LPUOS 2016 – Categorias de uso Categoria de usos Subcategorias e descrição (Conforme Lei 16.402/2016) R - residencial R1: uma unidade habitacional por lote R2h: conjunto de duas ou R2h-1, casas geminadas: conjunto de unidades mais unidades habitacionais agrupadas horizontalmente, todas com habitacionais, agrupadas frente e acesso independente para a via oficial de horizontalmente ou circulação superpostas, e todas com R2h-2, casas superpostas: duas unidades habitacionais entrada independente agrupadas verticalmente no mesmo lote, com frente com frente para a via e acesso independente para a via oficial de circulação oficial de acesso ou em R2h-3, conjunto residencial horizontal: aquele condomínio constituído em condomínio por casas isoladas, geminadas ou superpostas, com acesso independente a cada unidade habitacional por via particular de circulação de veículos ou de pedestres, internas ao conjunto, ficando vedado o acesso direto pela via oficial de circulação R2v: conjunto com mais R2v-1: conjunto residencial com até 2.500m² (dois mil de duas unidades e quinhentos metros quadrados) de área construída habitacionais, agrupadas computável; verticalmente em R2v-2: conjunto residencial com mais de 2.500m² (dois edifícios de apartamentos mil e quinhentos metros quadrados) até 10.000m² ou conjuntos residenciais (dez mil metros quadrados) de área construída verticais com áreas computável comuns R2v-3: conjunto residencial com mais de 10.000m² (dez mil metros quadrados) até 20.000m² (vinte mil metros quadrados) de área construída computável R2v-4: conjunto residencial com mais de 20.000m² (vinte mil metros quadrados) de área construída computável HIS: Habitação de Interesse Social HMP: Habitação de Mercado Popular nR - não residencial nRa: uso não residencial nRa-1: atividades de pesquisa e educação ambiental: ambientalmente empreendimentos realizados por períodos de tempo compatível com o limitados e em instalações ou territórios específicos, equilíbrio ecológico, tais como pesquisa científica, educação ambiental, englobando atividades manejo florestal sustentável, entre outros comerciais, de serviços, nRa-2: atividades de manejo sustentável: aquelas institucionais e realizadas no meio rural ou ligadas às atividades produtivas, compatíveis rurais, tais como agroindústria, atividades com a proteção, agroflorestais, agropecuária, dentre outras preservação e/ou nRa-3: ecoturismo e lazer: atividades cujo recuperação ambiental, desenvolvimento relaciona-se à conservação de inserido nas zonas urbana condições ambientais específicas, viabilizando, e rural também, o seu aproveitamento econômico e favorecendo o bem-estar e a qualidade de vida, tais como ecoturismo, clubes, pousadas, entre outras nRa-4: comércio especializado de produtos agropecuários: comércio para o suprimento das atividades rurais nRa-5: captação de água mineral/potável de mesa: destinada ao consumo, associado ou não ao envase 463 nRa-6: local de reunião ou de eventos ambientalmente compatível: estabelecimentos destinados à feira de exposição ou show de natureza social, esportiva, religiosa, ecoturística, lazer, agropecuária e que sejam ambientalmente compatíveis com o equilíbrio ecológico, sem limite de lotação nR1: uso não residencial nR1-1: comércio de abastecimento de âmbito local compatível com a com dimensão de até 500m² (quinhentos metros vizinhança residencial quadrados) de área construída computável nR1-2: comércio de alimentação de pequeno porte, com lotação de até 100 (cem) lugares nR1-3: comércio diversificado de âmbito local: estabelecimentos de venda direta ao consumidor de produtos relacionados ou não ao uso residencial de âmbito local nR1-4: serviços de saúde de pequeno porte: estabelecimentos de pequeno porte destinados ao atendimento à saúde da população, sem unidade de pronto atendimento médico nR1-5: serviços pessoais: estabelecimentos destinados à prestação de serviços pessoais de âmbito local nR1-6: serviços profissionais: estabelecimentos destinados à prestação de serviços de profissionais liberais, técnicos ou universitários ou de apoio ao uso residencial nR1-7: serviços técnicos de confecção ou manutenção: estabelecimentos destinados à prestação de serviços técnicos de reparo ou de apoio ao uso residencial nR1-8: serviços de educação: estabelecimentos destinados ao ensino pré-escolar ou à prestação de serviços de apoio aos estabelecimentos de ensino seriado e não seriado nR1-9: associações comunitárias, culturais e esportivas de caráter local, com lotação de até 100 (cem) pessoas nR1-10: serviço público social de pequeno porte: atividades públicas de uso coletivo prestadas pelo Poder Público, conveniadas à rede pública ou declaradas de interesse público, que integrem as políticas de diferentes setores voltadas à efetivação e universalização de direitos sociais, cuja instalação seja compatível com a vizinhança residencial, tais como bibliotecas, estabelecimentos destinados à educação e cuidados infantis ou de alunos com necessidades especiais, unidades de saúde e assistência social de âmbito local, entre outros nR1-11: serviços da administração e serviços públicos de pequeno porte: atividades prestadas pela administração pública direta ou indireta que visam à gestão dos recursos públicos ou à prestação de serviços públicos não enquadrados como sociais, cuja instalação seja compatível com a vizinhança residencial nR1-12: serviços de hospedagem ou moradia 464 nR1-13: local de reunião ou de eventos de pequeno porte localizado na zona urbana com lotação de até 100 (cem) pessoas nR1-14: central de armazenamento e distribuição de cargas de pequeno porte com dimensão de até 1.500m² (mil e quinhentos metros quadrados) de área construída total nR1-15: serviços de armazenamento e guarda de bens móveis de pequeno porte: espaços ou estabelecimentos destinados à venda ou guarda de mercadorias em geral, máquinas ou equipamentos e guarda de móveis, de até 500m² (quinhentos metros quadrados) de área construída computável, e estacionamentos com até 40 vagas de automóvel nR1-16: local de culto de pequeno porte localizado na zona urbana com lotação de até 100 (cem) pessoas na área interna à edificação destinada ao culto. nR2: uso não residencial nR2-1: comércio de alimentação de médio porte, com tolerável à vizinhança lotação de mais de 100 (cem) e até 500 (quinhentos) residencial lugares, englobando comércio associado a diversão nR2-2: comércio especializado nR2-3: comércio de abastecimento de médio porte, com dimensão de mais de 500m² (quinhentos metros quadrados) até 2.000m² (dois mil metros quadrados) de área construída computável nR2-4: oficinas: estabelecimentos destinados à prestação de serviços mecânicos, de reparos em geral e de confecção ou similares, incluindo os postos de abastecimento de veículos nR2-5: serviços de saúde de médio porte: estabelecimentos de médio porte destinados ao atendimento à saúde da população, com área construída computável menor que 7.500m² (sete mil e quinhentos metros quadrados) nR2-6: estabelecimentos de ensino seriado: estabelecimentos destinados ao ensino fundamental e médio da educação formal e a instituições de ensino superior com até 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) de área construída computável destinada a salas de aula nR2-7: estabelecimentos de ensino não seriado: estabelecimentos destinados ao ensino complementar, aos cursos profissionalizantes ou de aperfeiçoamento ou à educação informal em geral, com até 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) de área construída computável destinada a salas de aula nR2-8: serviços públicos sociais de médio porte: atividades públicas de uso coletivo prestadas pelo Poder Público, conveniadas à rede pública ou declaradas de interesse público, que integrem as políticas de diferentes setores voltadas à efetivação e universalização de direitos sociais, cuja instalação possa ser tolerada pela vizinhança residencial, tais como estabelecimentos de ensino formal, 465 estabelecimentos de saúde e assistência social de âmbito regional nR2-9: serviços da administração e serviços públicos de médio porte: atividades prestadas pela administração pública direta ou indireta que visam à gestão dos recursos públicos ou à prestação de serviços públicos não enquadrados como sociais, cuja instalação possa ser tolerada pela vizinhança residencial nR2-10: serviços de lazer, cultura e esportes nR2-11: local de reunião ou eventos de médio porte localizado na zona urbana com lotação máxima superior a 100 (cem) e até 500 (quinhentas) pessoas nR2-12: serviços de armazenamento e guarda de bens móveis: espaços ou estabelecimentos destinados à venda ou guarda de mercadorias em geral, máquinas ou equipamentos, guarda de móveis ou animais, incluindo garagem de ônibus, entre 500m² (quinhentos metros quadrados) e 5.000m² (cinco mil metros quadrados) de área construída computável, e estacionamentos com mais de 40 e até 200 vagas de automóvel nR2-13: edifícios-garagem nR2-14: associações comunitárias, culturais e esportivas de caráter local, com lotação superior a 100 (cem) e até 500 (quinhentas) pessoas nR2-15: local de culto de médio porte localizado na zona urbana com lotação máxima superior a 100 (cem) e até 500 (quinhentas) pessoas na área interna à edificação destinada ao culto nR3: uso não residencial nR3-1: usos especiais: espaços, estabelecimentos ou especial ou incômodo à instalações sujeitos a controle específico ou de valor vizinhança residencial estratégico para a segurança e serviços públicos; nR3-2: comércio de abastecimento de grande porte, com dimensão superior a 2.000m² (dois mil metros quadrados) de área construída computável nR3-3: serviço público social especial: atividades públicas de uso coletivo prestadas pelo Poder Público, conveniadas à rede pública ou declaradas de interesse público, que integrem as políticas de diferentes setores voltadas à efetivação e universalização de direitos sociais e que, pelo porte ou caráter especial da atividade, possam causar impactos ao seu entorno, tais como universidades ou outros estabelecimentos de ensino com mais de 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) de área construída computável destinada a salas de aula, serviços de saúde com área construída computável igual ou superior a 7.500m² (sete mil e quinhentos metros quadrados), dentre outros nR3-4: local de reunião ou evento de grande porte localizado na zona urbana com lotação superior a 500 (quinhentas) pessoas 466 nR3-5: comércio de alimentação de grande porte, com lotação superior a 500 (quinhentos) lugares nR3-6: serviços de armazenamento e guarda de bens móveis de grande porte: espaços ou estabelecimentos destinados à venda ou guarda de mercadorias em geral, máquinas ou equipamentos, guarda de móveis ou animais, incluindo garagem de ônibus, acima de 5.000m² (cinco mil metros quadrados) de área construída computável, incluindo estacionamentos com mais de 200 vagas de automóvel nR3-7: local de culto de grande porte localizado na zona urbana com lotação máxima superior a 500 (quinhentas) pessoas na área interna à edificação destinada ao culto nR3-8: serviços de saúde de grande porte: estabelecimentos de grande porte destinados ao atendimento à saúde da população, com área construída computável igual ou superior a 7.500m² (sete mil e quinhentos metros quadrados) nR3-9: serviços de educação de grande porte: estabelecimentos de grande porte destinados ao ensino englobando todas as suas modalidades, com mais de 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) de área construída computável destinada a salas de aula. Ind-1a: atividade industrial Ind-1a-1: confecção de artigos de vestuário e não incômoda, acessórios: confecções que não utilizem processos de compatível com a tingimento de fibras ou tecidos vizinhança residencial no Ind-1a-2: fabricação de artefatos de papel: indústrias que diz respeito às potencialmente geradoras de ruídos e vibração características de compatíveis com o uso residencial ocupação dos lotes, de Ind-1a-3: fabricação de equipamentos de acesso, de localização, de comunicações: indústrias cuja incomodidade esteja tráfego, de serviços vinculada aos processos de montagem, não sendo urbanos e aos níveis de processada qualquer operação de transformação de ruído, de vibração e de materiais poluição ambiental Ind-1a-4: fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática: indústrias cuja incomodidade esteja vinculada aos processos de montagem, não sendo processada qualquer operação de transformação de materiais Ind-1a-5: fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios: indústrias cuja incomodidade esteja vinculada aos processos de montagem, não sendo processada qualquer operação de transformação de materiais Ind-1a-6: beneficiamento e aparelhamento de bens minerais não metálicos Ind-1a-7: fabricação de produtos alimentícios e bebidas artesanais Ind-1b: atividade industrial Ind-1b-1: fabricação de produtos alimentícios e compatível com a bebidas: estabelecimentos destinados à fabricação de vizinhança residencial no produtos de padaria, confeitaria, pastelaria, 467 que diz respeito às rotisserie, dentre outros, com área construída características de computável de até 1.000m² (mil metros quadrados), ocupação dos lotes, de cujo potencial poluidor, em especial de odores, seja acesso, de localização, de passível de controle tecnológico tráfego, de serviços Ind-1b-2: fabricação de produtos têxteis: indústrias urbanos e aos níveis de sem operações de fiação, tecelagem, beneficiamento ruído, de vibração e de e tingimento de fibras têxteis ou tecidos poluição ambiental Ind-1b-3: preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados: indústrias de artefatos de couro, sem operações de curtimento Ind-1b-4: fabricação de produtos de plástico: estabelecimentos destinados à fabricação de laminados plásticos, artefatos diversos de material plástico, potencialmente geradores de emissão de odores, ruídos e efluentes líquidos, passíveis de tratamento Ind-1b-5: fabricação de produtos de madeira Ind-1b-6: fabricação de peças e acessórios para veículos automotores: indústrias de montagem que não envolva transformação de matéria-prima Ind-1b-7: fabricação de móveis: indústrias com baixo potencial de poluição do meio ambiente, com área construída computável de até 1.000m² (mil metros quadrados), com geração de material particulado, emissão de ruídos e de incômodos ao uso residencial passíveis de serem controlados Ind-1b-8: edição, impressão e reprodução de gravações Ind-2: atividade industrial Ind-2-1: fabricação de produtos alimentícios e bebidas: geradora de impactos estabelecimentos destinados à preparação de urbanísticos e ambientais, alimentos, conservas, produtos de cereais, bebidas, que implica a fixação de dentre outros padrões específicos Ind-2-2: fabricação de produtos do fumo referentes às Ind-2-3: fabricação de produtos têxteis: características de estabelecimentos destinados ao beneficiamento e ocupação dos lotes, de tecelagem de fibras têxteis, acesso, de localização, de estamparia e texturização, alvejamento e tingimento tráfego, de serviços de tecidos, dentre outro urbanos e aos níveis de Ind-2-4: fabricação de papel e produtos de papel: ruído, de vibração e de indústrias destinadas à fabricação de papel, papelão, poluição ambiental454 cartolina e cartão Ind-2-5: edição, impressão e reprodução de gravações: indústrias potencialmente incômodas pela emissão de odores, ruídos e vibração, podendo tornar-se insalubres e com riscos de periculosidade pelo uso de solventes em operações de impressão, pela emissão de poluentes atmosféricos e manipulação de substâncias inflamáveis Ind-2-6: fabricação de produtos químicos: indústrias destinadas à fabricação de produtos químicos, que 454 Serão enquadrados na subcategoria de uso Ind-2 os estabelecimentos industriais que realizem processo de fundição e corte de metais, ferrosos ou não ferrosos, assim como laminação, trefilação ou extrusão de metais, sinterização, estamparia de corte, limpeza de peças por jateamento, aglutinação e folheamento de fibras, pintura ou envernizamento a revólver, em processo industrial. 468 envolva processos e operações com potencial de insalubridade, periculosidade e incomodidade, passíveis de tratamento Ind-2-7: fabricação de artigos de borracha: estabelecimentos destinados à fabricação de fios de borracha, espuma de borracha, dentre outros, que não utilizem processos de regeneração de borracha Ind-2-8: fabricação de produtos de minerais não metálicos: estabelecimentos destinados à fabricação de vidro, artigos de vidro, artefatos de concreto, cimento e estuque, dentre outros Ind-2-9: metalurgia básica: estabelecimentos destinados à produção de laminados de aço, metalurgia de diversos metais, fundição Ind-2-10: fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos: estabelecimentos que utilizem processos de forja, galvanoplastia, usinagem, solda, têmpera, cementação e tratamento térmico de materiais, dentre outros Ind-2-11: fabricação de máquinas e equipamentos: estabelecimentos destinados à fabricação de motores, bombas, tratores, armas, dentre outros, potencialmente poluidores das águas, do ar e do solo Ind-2-12: fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos: estabelecimentos destinados à fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos, fios e cabos, dentre outros Ind-2-13: fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias: indústrias potencialmente incômodas pela natureza da atividade e porte do empreendimento, que exigem soluções tecnológicas e condições de instalação adequadas Ind-2-14: fabricação de outros equipamentos de transporte: indústrias potencialmente incômodas pela natureza da atividade e porte do empreendimento, que exigem soluções tecnológicas e condições de instalação adequadas Ind-2-15: indústria extrativista. Ind-3: estabelecimento Ind-3-1: fabricação de produtos alimentícios: industrial cujo estabelecimentos destinados à produção de óleos, funcionamento possa gorduras, beneficiamento de arroz, fabricação de causar prejuízo à saúde, à rações balanceadas, dentre outros produtos que segurança e bem-estar exigem soluções tecnológicas complexas ou onerosas público e à integridade da para seu tratamento flora e fauna regional, Ind-3-2: curtimento e outras preparações de couro: proibido no Município de indústrias com alto potencial de poluição do meio São Paulo ambiente, tanto pelas emanações odoríferas, como pela qualidade dos efluentes e resíduos sólidos industriais gerados, que, em geral, necessitam de pré condicionamentos para disposições conjuntas em sistemas de tratamento públicos ou privados Ind-3-3: fabricação de celulose e pastas para fabricação de papel Ind-3-4: fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares: indústrias com 469 alto potencial de poluição das águas e do ar, gerando resíduos sólidos, que exigem tratamento e/ou disposição final complexa e onerosa, além de possuírem alta periculosidade, riscos de incêndios e explosões e causarem sérios incômodos à população Ind-3-5: fabricação de produtos químicos: indústrias com processos e operações com potencial de insalubridade, periculosidade e incomodidade, podendo gerar emissões atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos sólidos altamente nocivos para a saúde pública e o meio ambiente Ind-3-6: fabricação de borracha: indústrias com operações de beneficiamento ou regeneração de borracha Ind-3-7: fabricação de produtos de minerais não metálicos não associada, em sua localização, à extração de barro: estabelecimentos destinados à fabricação de cimento, cal, telhas, tijolos, dentre outros Ind-3-8: metalúrgica básica: estabelecimentos destinados à produção de gusa, ferro e aço, metalurgia dos metais não ferrosos, dentre outros, com alto potencial de poluição do ar, emitindo material particulado, gases tóxicos e incômodos, ruídos e vibrações, além de poluir as águas e gerar resíduos sólidos que exigem soluções tecnológicas complexas e onerosas para o seu tratamento Ind-3-9: britamento de pedras não associado, em sua localização, à extração de pedra INFRA: edificação, INFRA-1: mobilidade urbana terrestre, tais como equipamento ou terminal rodoviário interurbano de transporte de instalação acima do nível passageiros, terminal de ônibus urbano, estações de do solo ou que tenha metrô, trem, monotrilho e demais modais de permanência humana, transporte público coletivo urbano necessários aos serviços INFRA-2: transporte aéreo, tais como aeroportos, de infraestrutura de aeródromos e helipontos utilidade pública INFRA-3: abastecimento de gás natural, tais como relacionados ao estações de regulagem de pressão de gás – ERP e saneamento básico, centrais de cogeração e abastecimento de água gestão de resíduos INFRA-4: geração, transmissão e distribuição de sólidos, transporte de energia elétrica, tais como estações e subestações passageiros e de carga, reguladoras de energia elétrica e sistema de distribuição de gás, transmissão de energia elétrica, inclusive estação e produção e distribuição subestação reguladora, usinas hidrelétricas, usinas de energia elétrica, rede termoelétricas, usinas eólicas, usinas fotovoltaicas, de telecomunicação, rede usinas de biomassa, usinas de biogás ou biometano, de dados usinas elevatórias, barragens, diques, sangradouros e e fibra ótica e outros reservatórios para a geração de energia elétrica serviços de infraestrutura INFRA-5: rede de telecomunicações, dados e fibras de utilidade pública455 ópticas, tais como central telefônica e estação rádio- base 455 Excluem-se da subcategoria INFRA as obras e instalações integrantes de redes de infraestrutura, tais como rodovias, pontes e viadutos, adutoras, dutovias e linhas de transmissão, desde que não apresentem edificação acima do nível do solo e que não tenham permanência humana. 470 INFRA-6: gestão integrada de resíduos sólidos, tais como depósito ou transbordo de materiais para reciclagem, usina ou estação de transbordo de inertes, aterros de resíduos sólidos não inertes, aterros de resíduos inertes (classe III) com área total superior a 1ha (um hectare) ou volume total a ser disposto superior a 20.000m³ (vinte mil metros cúbicos), usina de tratamento de resíduos não inertes, depósito ou transbordo de resíduos sólidos não inertes, central de processamento de coleta seletiva, eco parque, tratamento mecânico biológico-TMB, eco ponto INFRA-7: saneamento ambiental, tais como estação de tratamento de água, centro de reservação de água, estação elevatória de água, estação de tratamento de esgoto, reservatório de retenção de água pluvial Fonte: Elaborada pela autora, 2018 – Texto extraído da Lei 16.402/2016. 471 Anexo 4. LPUOS 2016 – Exceções aos parâmetros de zoneamento Trechos destacados da lei 16.402/2016: Art. 66. Os recuos laterais e de fundo ficam dispensados: I – quando a altura da edificação for menor ou igual a 10m (dez metros) medida em relação ao perfil natural do terreno, conforme base georreferenciada cadastral oficial do Município, exceto em ZDE-2, ZPI-1 e ZPI-2; II – quando o lote vizinho apresentar edificação encostada na divisa do lote, conforme análise caso a caso pelo órgão técnico competente, exceto em ZDE-2, ZPI-1 e ZPI-2; III – em terrenos que tenham declividade com área igual ou menor a 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) ou frente menor ou igual que 10m (dez metros). Parágrafo único. Para aplicação do disposto no inciso II do “caput” deste artigo, será considerada a situação fática das edificações. Art. 67. Em ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC, ZCa, ZM e ZEIS, os passeios públicos deverão ter a largura mínima de 5m (cinco metros), observado que: I – nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM e ZEMP, o alargamento do passeio público será obrigatório; II – nas ZC e ZCa, o alargamento do passeio público será obrigatório para lotes maiores que 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) e facultativo para os menores. §1º Nos casos em que o passeio público já apresente largura de 5m (cinco metros) ou quando ocorrer a doação da faixa necessária para seu alargamento, o recuo de frente ficará dispensado. §2º Os potenciais construtivos básico e máximo do remanescente do lote serão calculados em função de sua área original e não será cobrada outorga onerosa relativa ao potencial construtivo adicional previsto para a área transferida à Municipalidade. §3º A obrigatoriedade estabelecida nos incisos I e II do “caput” deste artigo aplica- se somente às edificações novas e reformas que envolverem a ampliação de mais de 50% (cinquenta por cento) da área construída total. §4º A doação prevista no “caput” deste artigo deverá preceder a emissão do alvará de execução da edificação. §5º Reforma de edificação existente em lotes com área menor que 500m² (quinhentos metros quadrados) fica dispensada da doação prevista no “caput” em ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM e ZEMP. Art. 69. Não será exigido recuo mínimo de frente quando, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da face de quadra em que se situa o imóvel esteja ocupada por edificações no alinhamento do logradouro, conforme base georreferenciada cadastral oficial do Município, não se aplicando a exigência de doação para alargamento do passeio público prevista no inciso II do “caput” do art. 67 desta lei. 472 Anexo 5. Referências do inventário dos edifícios de escritórios ‘Nova’ Faria Lima – trecho Pinheiros 201 – Torre Faria Lima (Instituto Tomie Ohtake) AOS 88 anos, Tomie ganha espaço exclusivo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 nov. 2001, p. D1. COMPLEXO Ohtake Cultural. Método Engenharia. 2004. Disponível em: http://www.metodo.com.br/empreendimentos/metodo-engenharia/complexo-ohtake-cultural, acesso 9 ago. 2017. COMPLEXO Ohtake Pinheiros. Encontra Pinheiros. 2017. Disponível em: http://www.encontrapinheiros.com.br/pinheiros/complexo-ohtake-em-pinheiros/, acesso 9 ago. 2017; OHTAKE Cultural. SDI. 2002-2017. Disponível em: http://www.sdiweb.com.br/projetos/ohtake- cultural, acesso 10 set. 2017. INSTITUTO Tomie Ohtake surge com grande festa. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 2000, p. D3. PORTAL VITRUVIUS. Ohtake Cultural. Projetos, São Paulo, ano 05, n. 058.02, Vitruvius, out. 2005. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/05.058/2552, acesso 9 ago. 2017. SERAPIÃO, Fernando. Um marco urbano para São Paulo. ARCOweb. 2004. Disponível em: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/ruy-ohtake-complexo-de-22-09-2004, acesso 9 ago. 2017; TORRE FARIA LIMA. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios-comerciais/377-torre-faria-lima, acesso 27 ago. 2016. TORRE FARIA LIMA. CBRE. 2014. Disponível em: https://www.cbre.com.br/index.php, acesso 9 ago. 2017; TORRE FARIA LIMA. SPCorporate. 2016. Disponível em http://www.spcorporate.com.br/empreendimentos/sao-paulo/faria-lima-/torre-faria-lima-229, acesso 9 ago. 2017. 558 – Alzira Dias CONDOMÍNIO Edifício Alzira Dias. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios-comerciais/1833-condominio-edificio-alzira-dias, acesso 27 ago. 2016. 628 – Maria Christina MARIA Christina – Pinheiros. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/1438-maria-christina-pinheiros-, acesso 27 ago. 2016. ‘Velha’ Faria Lima S/N – Sul América / Teoemp (Rua dos Pinheiros, 1629) DELAQUA, Victor. Teoemp – Largo da Batata / Aflalo / Gasperini arquitetos. Archdaily. 2016. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/781389/teoemp-nil-largo-da-batata-aflalo-gasperini-arquitetos, acesso ago. 2017. L. S. SulAmérica inaugura nova sede em São Paulo. Revista Apólice. 2015. Disponível em: http://www.revistaapolice.com.br/2015/12/sulamerica-inaugura-nova-sede-em-sao-paulo/, acesso 9 abr. 2017. TEOEMP – Largo da Batata. Aflalo / Gasperini arquitetos. 2017. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/teoemp-largo-da-batata/, acesso 9 jul. 2017. TEOEMP – SÃO PAULO. Acesse Buildings. 2017. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/6344-teoemp, acesso 9 ago. 2017. 1.059 – CREA CREA. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios-comerciais/1866-crea, acesso 27 ago. 2016. 1.188 – Faria Lima 1.188 FARIA LIMA. Botti Rubin Arquitetos. 1994. Disponível em: http://www.bottirubin.com.br/port/projetos/projeto.php?id=6, acesso 9 jul. 2017; FARIA LIMA 1188. 473 Acesse Buildings. 2016. Disponível em https://acesse.buildings.com.br/edificios-comerciais/2578- faria-lima-1188, acesso 27 ago. 2016. FARIA LIMA 1188. Hersil Administração. 2015. Disponível em: http://hersil.com.br/clientes/faria-lima-1188/, acesso 9 jul. 2017. FARIA LIMA 1188. SDI. 2001-2018. Disponível em: http://www.sdiweb.com.br/projetos/faria-lima-1188, acesso 26 set. 2018. 1.226 – Armando Shibata ARMANDO SHIBATA. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/1617armandoshibata, acesso 27 ago. 2016. 1.234 – Conselheiro Paranaguá NÃO É POSSÍVEL! O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23 jan. 1975, p. 9. CONSELHEIRO PARANAGUÁ. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/662conselheiroparanagua, acesso 27 ago. 2016. 1.306 – Faria Lima 1.306 (Pedra Grande) AV. FARIA LIMA | TRECHO ORIGINAL. Júlio Neves. Disponível em: https://julioneves.com.br/, acesso 17 mar. 2019. PEDRA GRANDE. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/387pedragrandefarialima, acesso 27 ago. 2016. ED. PEDRA GRANDE. JLL. 2017. Disponível em: https://www.jllproperty.com.br/p/escrit%C3%B3rios/loca%C3%A7%C3%A3o/ed-pedra-grande, acesso 9 set 2017. PEDRA GRANDE PINHEIROS CONDOMÍNIO EDIFÍCIO. Arroba Casa. 2017. Disponível em: https://www.arrobacasa.com.br/img/2016/03/11/pedra-grande-pinheiros-condominio-edificio, acesso 9 set. 2017. 1.309 – FLBC (Faria Lima Business Center) FIALHO, Roberto Novelli. Edifícios de escritórios na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. FLBC – Faria Lima Business Center. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios-comerciais/456-flbc-faria-lima-business-center, acesso 27 ago. 2016. 1.336 – Alvino Slaviero ALVINO SLAVIERO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/4884alvinoslaviero, acesso 27 ago. 2016. ALVINO SLAVIERO. Sanca Construções e Incorporações. 2016. Disponível em: http://www.sanca.com.br/portfolio/alvino-slaviero/, acesso 9 ago. 2017. LANÇAMENTOS Imobiliários. Construção Mercado, São Paulo, ed. 137, dez. 2012. Disponível em: http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/137/artigo284083- 1.aspx, acesso 9 ago. 2017. 1.355 – Faria Lima CONDOMÍNIO Faria Lima. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/279-condominio-faria-lima, acesso 27 ago. 2016. FIALHO, Roberto Novelli. Edifícios de escritórios na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. 1.384 – UOL Faria Lima UOL – Faria Lima. Acesse Buildigns. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/40uolfarialima, acesso 27 ago. 2016. 1.461/1.485 – Centro Empresarial Mário Garnero – Torres Norte e Sul AV. FARIA LIMA | TRECHO ORIGINAL. Júlio Neves. Disponível em: https://julioneves.com.br/, acesso 17 mar. 2019. MÁRIO GARNERO – NORTE. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/342-mario-garnero-norte, acesso 27 ago. 2017. MÁRIO GARNERO – SUL. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/344-mario-garnero-sul, acesso 27 ago. 2016. 474 NA MELHOR ESQUINA da avenida Faria Lima, duas soberbas torres de escritórios num terreno de 8.375m². O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 jun. 1978, p. 5. 1.478 – Edifício Monumento DIRETOR da Gomes de Almeida Fernandes apresenta o primeiro edifício de nível internacional da avenida Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 7 ago. 1973, p. 18. MONUMENTO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/367monumento, acesso 27 ago. 2016. 1.571 – Novo Horizonte NOVO Horizonte. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/2311novohorizonte, acesso 27 ago. 2018. 1.572 – Barão de Rothschild BARÃO DE ROTHSCHILD. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/478baraoderothschild, acesso 27 ago. 2016. CENÁRIO de sucesso. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 out. 1971, p. 34. FARIA LIMA esquina Rebouças. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 06 nov. 1971, p. 6. 1.597 – Barão de Pedro Afonso BARÃO DE PEDRO AFONSO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/1663baraodepedroafonso, acesso 27 ago. 2016. NA AV. FARIA LIMA um escritório de classe custa agora menos que um carro de classe. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8 out. 1972, p. 25. 1.606 – Barão de Água Branca 10 ANOS para pagar seu escritório ou loja na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 mai. 1973a, p. 9. 10 ANOS para pagar seu escritório ou loja na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 mai. 1973b, p. 5. BARÃO DE ÁGUA BRANCA. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/651baraodeaguabranca, acesso 27 ago. 2016. 1.656 – Novo São Paulo ESCRITÓRIOS. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 jun. 1971, p. 7. NOVO SÃO PAULO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/328novosaopaulo, acesso 27 ago. 2016. O SEU LUGAR na Av. Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 nov. 1972, p. 13. 1.663 – Plaza São Lourenço EMPREENDIMENTOS – Plaza São Lourenço. Grupo São Lourenço. [2009?]. Disponível em: http://www.gruposaolourenco.com.br/empreendimentos/plazasaolourenco, acesso 27 ago. 2016. PLAZA São Lourenço. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/368plazasaolourenco, acesso 27 ago. 2018. 1.685 – Conselheiro Antônio Prado CONSELHEIRO ANTONIO PRADO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/420conselheiroantonioprado, acesso 27 ago. 2018. ESCRITÓRIOS na Av. Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 abr. 1972, p. 7. 1.690 – Conselheiro João Alfredo A LINDENBERG não está obedecendo aos prazos de entrega. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 jul. 1973, p. 21. CONSELHEIRO JOÃO ALFREDO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/1845conselheirojoaoalfredo, acesso 27 ago. 2018. O SEU LUGAR na Av. Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 nov. 1972, p. 13. 1.713 – Diâmetro A DIÂMETRO oferece conjuntos comerciais na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1766. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 3 ago. 1972, p. 30. DIÂMETRO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/1123diametro, acesso 27 ago. 2016. GUERRA, Abílio; GIMENES, Luis Espallargas; SERAPIÃO, Fernando. João Kon: arquiteto. São Paulo: Romano Guerra, 2016. 1.744 – Olívia Fernandes 475 OLIVIA FERNANDES. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/954oliviafernandes, acesso 27 ago. 2016. 1.755 – Royal Street (Coworking YouW) ROYAL STREET – São Paulo. Acesse Buildings. 2018. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/2457-royal-street/assinante/ficha-tecnica, acesso 26 set. 2018. YOUW COWORKING. Youw Coworking. 2017. Disponível em: https://www.youw.com.br/?gclid=EAIaIQobChMIo8j- iu3Z3QIVig2RCh0qiAfREAAYASAAEgJRvPD_BwE, acesso 26 set. 2018. 1.768 – Conselheiro Souza e Mello CONSELHEIRO SOUZA E MELLO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/660conselheirosouzaemello, acesso 27 ago. 2016. QUANTAS oportunidades você pensa que ainda terá para instalar-se na Av. Faria Lima? O Estado de S. Paulo, São Paulo 16 dez. 1973, p. 39. 1.779 – Maurício MAURÍCIO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/665mauricio, acesso 27 ago. 2018. 1.800 – Liége LIEGE. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/2176liege, acesso 27 ago. 2016. 1.811 – CEPAV (Palácio das Américas / Shopping Vitrine Iguatemi) AINDA está em tempo de fazer o melhor negócio de 73. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 dez. 1973, p. 12- 13. ARCOMPRI. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 fev. 1974, p. 36. FAÇA um negócio sólido e líquido. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 ago. 1974, p. 11. HOJE em dia é bom ver o que acontece com seu dinheiro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 22 ago. 1974, p. 15. LUCRO Certo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 nov. 1973, p. 9. NA FARIA LIMA pela primeira vez um palácio. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 nov. 1973a, p. 14. NA FARIA LIMA, um palácio. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 nov. 1973b, p. 29. NÃO PERCA o investimento do ano. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 dez. 1973, p. 9. NOVO Shopping Center na Faria Lima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28/ nov. 1973, p. 16. PALÁCIO DAS AMÉRICAS. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/338palaciodasamericas, acesso 27 ago. 2016. TOP SET internacional um novo conceito de escritórios. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 nov. 1973. 1.826 – Barão da Torre BARÃO DA TORRE. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/758baraodatorre, acesso 27 ago. 2016. ESCRITÓRIOS e lojas. O Estado de S. Paulo, São Paulo 21 set. 1974a, p. 9. ESCRITÓRIOS na Faria Lima com 65% do preço financiado em 10 anos, após as chaves. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 set. 1974b, p. 9. ESPETACULAR lançamento imobiliário na Faria Lima provoca enorme procura de investidores, profissionais liberais e empresários. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 set. 1974, p. 9. EXCEPCIONAL lançamento neste fim-de-semana: seu escritório na Faria Lima, 1.635 esquina Elisa Pereira de Barros, perto do Shopping Center. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 set, 1974, p. 11. INAUGURA-SE amanhã o “stand” da Faria Lima, 1635 – para o início das vendas de escritórios e lojas no edifício Barão da Torre. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 set. 1974, p. 9. 1.847 – Gilberto de Ulhôa Canto EDIFÍCIO GILBERTO DE ULHOA CANTO. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/7879edificiogilbertodeulhoacanto, acesso 27 ago. 2016. 1.857 – Itaquera AV. FARIA LIMA | TRECHO ORIGINAL. Júlio Neves. Disponível em: https://julioneves.com.br/, acesso 17 mar. 2019. ITAQUERA. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/2101itaquera, acesso 27 ago. 2016. 1.884 / 1.912 – Calcenter – Torres I e II 476 34ª VARA CÍVEL DA CAPITAL – SP – 34º Ofício Cível. Diário Comércio Indústria & Serviços, São Paulo, 18 set. 2015, p. 10. CAL CENTER I. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/1723-cal-center-i, acesso 27 ago. 2016. CAL CENTER I. HTB. c2016. Disponível em: http://www.htb.eng.br/pt-br/referencias-edificacoes- escritorios.html, acesso 20 set. 2017. CALCENTER II. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios- comerciais/323-calcenter-ii, acesso 27 ago. 2016. CALLCENTER II. Hersil. 2017. Disponível em: http://hersil.com.br/clientes/callcenter-ii/, acesso 9 jul. 2017. 1.893 – CIAM CIAM. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/2101itaquera, acesso 27 ago. 2016. 1.903 – Conselheiro Lafayete CONSELHEIRO LAFAYERTTE. Acesse Buildings. 2016. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificioscomerciais/821conselheirolafayette, acesso 27 ago. 2016. 1.931 – Regent´s Park AV. FARIA LIMA | TRECHO ORIGINAL. 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Patrinvest. [201-]. Disponível em http://www.patrinvest.com.br, acesso 9 set. 2017. ZABO FL Corporate – São Paulo. Acesse Buildings. 2017. Disponível em: https://acesse.buildings.com.br/edificios-comerciais/5682-zabo-fl-corporate-#, acesso 9 set. 2017. 488 Anexo 6. Classificação buildings para edifícios de escritórios A tabela demonstra de que maneira a classificação é aplicada nos empreendimentos que fazem ou farão parte da ampla listagem do Buildings. No primeiro momento, a divisão se dá em relação aos edifícios corporate, com conjuntos maiores do que 100m² (média dos conjuntos do edifício), e office, para os que oferecem conjuntos abaixo desta medida. No segundo nível, existe a divisão macro, como classe A, B ou C e, abaixo, a classificação fina, ou seja, a subdivisão mais detalhada de cada uma das divisões amplas. Verticalmente, o empreendimento precisa estar de acordo com todos os critérios colocados para ser categorizado de forma correta. Critérios objetivos A primeira parte da tabela, seja relacionada aos edifícios corporate ou aos office, referente aos critérios objetivos, é bem clara. Ou seja, para ser classificado como um empreendimento corporate AAA, além de possuir conjuntos maiores do que 100m², é preciso além de possuir conjuntos maiores do que 100 m², é preciso que a torre tenha laje maior ou igual a 1.500 m², a área locável total do empreendimento seja maior ou igual a 20.000 m² e a idade menor ou igual a 20 anos. Neste último quesito, é importante ressaltar que, caso tenha sido feito um retrofit, a idade do edifício é ajustada. Em relação à classificação fina, os critérios objetivos apresentam algumas particularidades. A primeira é que a classe C é encarada como a base da classificação, ou seja, tanto para corporate quanto para office, não é possível chegar a uma definição com base nas metragens e no tempo de vida. Neste caso, o resultado depende dos critérios subjetivos, os quais entenderemos melhor a seguir. A segunda particularidade diz respeito, especificamente, ao mercado office. Se nos empreendimentos corporate a classificação macro A subdivide-se em três subcategorias, no office existem apenas duas divisões, com a exclusão dos AAA. No caso da classificação macro B do perfil office, a classificação fina não possui subdivisões, ou seja, trata-se do mesmo universo. Critérios subjetivos Os critérios objetivos são importantes para o resultado final. Contudo, levar em conta outros critérios é fundamental para realizar uma classificação real. Como exemplo, podemos citar um empreendimento que atende à metragem para ser um AAA, mas que não foi projetado para receber os melhores sistemas internos, como elevadores, ar condicionado, etc. Por isso, a classificação Buildings de empreendimentos de escritórios conta com uma fase na qual os critérios subjetivos são pontuados por um comitê formado por profissionais especializados da empresa. Nessa parte, o grupo avalia o padrão das especificações técnicas, a imagem corporativa e o padrão de ocupação. Nas especificações técnicas, os alvos das observações são o sistema de ar- condicionado, os elevadores, o sistema de catracas, a segurança, etc. No quesito imagem corporativa, tudo o que pode ser entendido como valor agregado para quem ocupa, no que diz respeito, até mesmo, à imagem institucional, é levado em conta. Nesse momento, a fachada, a altura do pé-direito da recepção e o destaque de mercado fazem parte da avaliação. Por fim, o padrão de ocupação é analisado segundo os ocupantes. Esse último fator é julgado do ponto de vista corporativo. Para a avaliação, são analisados o perfil do ocupante e o impacto que ele gera no empreendimento. A avaliação do comitê consiste na média da somatória dos votos dos integrantes para cada um dos quesitos, cujas notas vão de 1 a 5. Com essa média 489 em mãos, é possível enquadrar os padrões referentes à qualidade do empreendimento à classificação. A localidade não é levada em consideração, uma vez que é possível que existam torres AAA em um lugar diferenciado, bem como uma torre B em um local predominantemente classe A. 456 456 O CONCEITO da classificação Buildings para os edifícios de escritórios. Buildings Escritório & Industrial, São Paulo, ano 7, edição 26, 3º trimestre, 2014, p. 21-22. Disponível em: http://www.buildings.com.br/revista_buildings/ed25/files/assets/downloads/publication.pdf, acesso 16 set. 2017. 490 Anexo 7. Depoimento Fernando Belloube Fernando Belloube é Arquiteto e Urbanista pela Universidade de São Paulo com MBA em Administração de Negócios – Finanças pela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente é diretor responsável pela unidade brasileira da empresa inglesa Turner & Towsend (“country manager”), que atua com consultoria em real estate, entre outras atividades. Belloube tem vasta experiência com consultorias relacionadas a prospecções imobiliárias e gerenciamento de projetos corporativos. Atuou em empresas internacionais como Lend Lease, Cushman & Wakefield e US Equities Realty. Transcrição do depoimento de Fernando Belloube sobre a Avenida Brigadeiro Faria Lima, coletado em 13 de setembro de 2017. FB: Fernando Belloube JG: Joice Giannotto JG: Muito obrigada por me receber para esta entrevista. Como você sabe estou fazendo um doutorado e nesta pesquisa estou estudando a Avenida Brigadeiro Faria Lima. A avenida teve origem a partir do Projeto Iguatemi, de 1968, e a ‘Velha’ Faria Lima foi inaugurada em 1970. Somente em meados da década de 1990 é que a ‘Nova’ Faria Lima foi inaugurada. No entanto, é possível notar que os térreos da ‘Velha’ Faria Lima, são mais ativos que os térreos da ‘Nova’ Faria Lima e os prédios da parte velha foram construídos em um tempo que não havia nenhum incentivo para este tipo de ativação na legislação da época, diferente da legislação de hoje que incentiva. Na sua opinião, qual o motivo para esta diferenciação? FB: Eu nunca tive a preocupação de estudar os pavimentos térreos desta maneira, como você está estudando. Em São Paulo o térreo vale de 2,5 a 3 vezes o valor da locação dos andares. Isso que eu estou falando não é novidade nenhuma. Eu aprendi isso lá atrás quando eu trabalhava na Cushmann, com meus amigos brokers. 491 Isso começou a me intrigar, na verdade, não pensando em São Paulo, eu nunca tive essa preocupação, nunca fui um estudioso deste tema deste jeito, mas eu me lembro que a gente tinha uma alguma dificuldade no Rio de Janeiro. Eu tinha dificuldade de entender porque era tão complicado a gente conseguir loja no Rio de Janeiro para algumas coisas muito básicas de clientes que a gente precisava atender, e não conseguia. E por que aqui em São Paulo era tão fácil. A relação era assim: no Rio de Janeiro é o contrário o térreo é desvalorizado, porque os prédios têm infraestrutura ruim etc. e tal, e em São Paulo a exploração comercial faz com o térreo seja valorizado. Esse dado que eu estou te dando não é um dado atual, eu acompanhei este mercado de forma muito mais ativa até 2013/2014, mas até essa época esse era um dado. Então esta era uma razão que explica um pouco do porquê de se usar o térreo ativamente desde sempre. Razões para mudança, eu acho que a gente tem duas mudanças importantes, uma que talvez tenha sido a razão de shopping centers terem proliferado tanto numa cidade como São Paulo, por exemplo, eu acho que tem a ver com a segurança e com a percepção de segurança – eu não gosto que o meu filho vá num cinema de rua, porque eu acho que ele se expõe ao nível de violência urbana, estou falando genericamente, isso não é o meu caso específico, mas eu estou ok em deixar meu filho de 12 anos de idade na porta do shopping Iguatemi, para que ele se encontre com os amigos dele, vá ao cinema, vá comer no McDonald's, no Outback ou onde quer que seja E aí ele me liga, eu vou lá e busco ele num lugar seguro, então esta percepção teve a ver com o ciclo de violência da cidade, com uma série de coisas que aconteceram e que fizeram com que o comércio fosse de alguma maneira concentrado. E não é por acaso que, se você pegar, por exemplo, num raio de 3km de onde a gente está agora, a gente deve ter seis ou sete Shopping Centers. Começa lá no shopping Morumbi e Market Place, lá atrás, se considerar como sendo um mais um, eu tenho Vila Olímpia aqui na frente, JK ali do lado, Eldorado, Iguatemi, sete sem fazer muito esforço que, no fundo, é uma tentativa de você reproduzir aquele microcosmos supostamente seguro. E nessa região se a gente pegar este sete e for estratificar, e tem o Cidade Jardim do outro lado do rio, então tem 3 “classe alta”, vários “classe média, aqui nessa região não cabe nenhum classe baixa, mas poderia ter um CD se fosse um pouquinho mais longe. Então 492 você vê que mesmo em lugares de classe D, de alguma maneira o comércio foi para dentro de lugares “controlados”, acho que esse é um tema que talvez explique um pouco porque hoje faz-se menos. Que eu acho que tem alguns outros aspectos que são legais da gente tentar entender, e que são mudanças mais recentes, porque se você está falando disso na década de 70, aí você pega por exemplo, o que foi feito na década de 80 e década de 90, eram térreos privados, eram espaços mais privados, e de repente lá em 2000 e pouquinho a gente começa a ver o pessoal a tentar reproduzir um conceito de térreo público, o que é uma reprodução do modelo americano. Isso eu não sei exatamente os detalhes de funcionamento dessa história, porque tem um modelo legal todo por trás disso, mas o térreo de todo prédio comercial americano é público, então você não pode restringir passagem, você não pode restringir o uso então isso estimula que as pessoas passem a utilizar o espaço do térreo e a consequência natural deste tipo de situação é já que eu não posso impedir o cara de entrar, vamos montar uma lojinha para vender alguma coisa para ele, voltamos a ideia se você pegar os prédios mais novos, primeiro eles começaram a acoplar coisas que tinham saídas externas, então era um prédio que tinha uma agência de banco virada para fora; depois era o prédio que tinha um Starbucks, virado para fora; agora o prédio quer ter o Starbucks dentro. Eu coincidentemente ontem fui no prédio da Abril, por exemplo, no Birmann 21 e a Aline que estava comigo e “Nossa que legal veja tem restaurante tem isso tem aquilo” eu falei assim Aline nós estamos em um lugar que não tem outro jeito de chegar senão de carro pela Marginal, senão tiver isso ninguém vem, você vai almoçar e vai levar meia hora para sair daqui e ir na Praça Panamericana, não rola né, então é assim de alguma maneira as pessoas começaram a voltar a trazer isso para dentro. Consequência até de urbanização de lugar com baixa infraestrutura, deixando de lado na Faria Lima, por exemplo, vamos pensar o que aconteceu na década de 80 porque a Faria Lima Nova é uma coisa mais recente do que a Berrini, por exemplo. JG: Na verdade a década de 80 na Faria Lima foi muito fraca ela tem seis prédios dá para contar. FB: A Faria Lima nova foi um fenômeno posterior. 493 JG: Sim, depois de 95. FB: Depois de 95, e os grandes empreendimentos são todos muito recentes, mas no meio do caminho teve a Berrini. E aí se você pensar assim o que foi a Berrini? Do ponto de vista urbanístico é uma imbecilidade, mas, como a cidade de São Paulo não tinha como absorver a demanda de escritório que estava tendo, estava crescendo, e era engraçado porque o nosso mercado era muito primário na época da Faria Lima. Pega esses prédios todos que você marcou da década de 70, a maior parte ainda existe muito pouco foi demolido, são prédios de infraestrutura completamente inadequada para realidade que a gente tem hoje, mas estão lá sendo usados por pequenos escritórios etc. A Berrini queria atender esse público e daí eu não sei por que raio de motivo os irmãos Bratke tomaram a decisão de fazer o que fizeram. Eles fizeram arquitetura que era ok do ponto de vista de imagem e do ponto de vista da utilização não era a mais adequada. Mas o que esses caras faziam na época, eu trabalhava com projeto nessa época e sei como o mundo real funciona, o pé direito mínimo que era admitido na cidade de São Paulo, pelo Código de Obras de São Paulo era de 2,40m, que contrariava o Código Sanitário que falava em 2,70m, mas todo mundo projetava com 2,40m. Então quando a gente ia fazer um prédio em São Paulo a gente projetava uma distância de piso a piso de 2,45m, a gente assumia a 2,40 mais 5 centímetros de laje. Esquece o contrapiso, esquece tudo, 2,40m era altura livre. Todo mundo projetava 2,40m e construía com 2,70m, 3,20. Então você projetava prédio que tinha sei lá 40m de altura e você ia medir e no final tinha 50m e algo. Crescia 30cm por pavimento, 30 pavimentos, crescia 10m a mais. Os irmãos Bratke projetavam com 2,45m e construíram com 2,45m, então eles construíram um monte de coisa naquela avenida, e construíram com o conceito de térreo privado. São prédios que não tem infraestrutura nenhuma, aquela foi uma região em que até hoje, quase 30 anos depois, ainda sofre com problemas básicos. Você trabalhou lá do lado, eu trabalhei lá do lado, dez anos da minha vida e ali você tem, em uma área relativamente grande, você tem cinco restaurantes para atender todo aquele bando de gente. Você não tem uma papelaria, você não tem um supermercado, você não tem um engraxate, você não tem nada, porque você não tem onde instalar o cara. Pior para consertar aquela bobagem 494 da maneira como eles construíram os prédios deles, só demolindo. Ali não tem jeito na Faria Lima, ainda tem alguma coisa. Mas enfim nesse modelo os prédios eram menores, a gente tem que lembrar disso, a gente estava falando de prédio de 500m² de laje, 600m² de laje, eram prédios pequenos quando você tirava toda área de recepção, circulação vertical, etc. e tal, sobrava muito pouco para ser usado, em termos práticos é isso. Alguns prédios da Faria Lima eram maiores tinham pequenas unidades, unidades maiores, o que a gente viu ser feito a maior parte das vezes tinha limitações. A minha sensação é o seguinte: lá para o final da década de 90 e começo dos anos 2000 teve uma mudança de paradigma em São Paulo, no Brasil, na verdade São Paulo foi a primeira grande referência. E que teve a ver com o momento em que os nossos os grandes grupos, que trabalhavam no mercado brasileiro, e eu não estou dizendo qualquer coisa, desde grandes grupos industriais de empresas no Brasil, grandes marcas, grupos financeiros, empresas multinacionais que trabalham no Brasil, até um determinado momento elas conviveram com a baixa qualidade de espaço que a gente tinha e, num determinado momento houve uma percepção, talvez da Tishman, lá atrás, quando começou a pensar WTC, CENU, e tudo mais, o ponto de mudança foi por ali. Houve uma preocupação de começar a produzir, no Brasil, prédios que atendessem a parâmetros mínimos de qualidade, baseados em expectativas internacionais, não necessariamente naquele básico que a gente tinha no Brasil, que era muito focado em atender o Código de Obras, atender Código Sanitário, dá para botar um ar condicionado na janela está ótimo, a gente tem um predinho. No conceito Berrini, você quer botar um duto de ar condicionado no seu prédio a porta de entrada tem que abrir para o hall porque senão bate no duto com 2,45m, não cabe. Bom eu acho que, nessa hora, a gente começou a ter uma mudança de paradigma importante, então, o WTC menos mas, quando você vai para o CENU, por exemplo, ainda que eu ache que a arquitetura do CENU é pífia, pode ter gente que gosta daquilo, para época em que foi construído, ou seja, no final da década de 90 para, as tecnologias disponíveis no Brasil, a gente estava começando a tentar chegar perto do 495 que seria um prédio internacional. Prédio internacional, que eu digo, é o prédio que poderia estar em Nova York, em Londres, em qualquer lugar do mundo, e que ele seria considerado um prédio ok. Um americano, um Inglês ou um alemão, diria ok, eu posso trabalhar nesse lugar. Você sabe que eu trabalhei no projeto do BankBoston, e assim o nosso briefing básico tinha uma frase que os caras diziam para a gente o tempo inteiro, que era assim, toda vez que a gente queria fazer uma economia de algum elemento, por exemplo, tem duas portas no térreo do Boston que custavam U$200000 cada uma, a gente falava assim: “poxa, vamos ter que importar essa coisa de Nova York, dos Estados Unidos, que saco, vamos gastar U$400000 em porta...”. E tinha um mantra lá que era assim, “o nosso funcionário tem que sair da 100 Federal Street, que era o endereço da sede do BankBoston em Boston, o endereço deles, entrar neste prédio e se sentir em casa. Este era o desafio, então não precisava importar mármore da Itália tendo um bom granito brasileiro, mas dava para trocar esta porta por um chinfrim? Não. O parâmetro era este tem que manter a qualidade. O BankBoston foi um paradigma durante muito tempo, foi uma referência e, a partir daí, todos os novos prédios que o pessoal daqui tem mania de chamar de Triple A, mas todos os prédios Classe A de São Paulo, de alguma maneira, durante muito tempo, dialogaram com o BankBoston do ponto de vista de tecnologia embarcada e tudo mais, porque aquele era um prédio que podia estar em qualquer lugar do mundo. E quando você vai para esse parâmetro, para esse padrão, você começa a ter que trabalhar, naturalmente, com lajes maiores, com espaços maiores, com térreos maiores, então você começa aumentar, de novo, a capacidade de exploração do térreo e, para muitos desses prédios, voltar a ter o térreo público foi um grande lance. Resolvidas as questões de segurança básica, e aí você pega o CENU, por exemplo, dentro de um complexo é muito mais fácil, você resolve a segurança do complexo e pronto. E tem restaurante no térreo, e tem bar no térreo, você pega o WTC, por exemplo, e transforma o térreo no mini Shopping, então, assim voltaram a pensar no térreo público como um bom negócio. Porque no final do dia, a motivação para você explorar ou não esse tipo de coisa é comercial/financeira, a conta tem que fechar. Eu não vou fazer um investimento maravilhoso, lindinho, e depois não ter o que fazer com aquilo. Ou eu consigo rentabilizar o meu investimento, e esse é o raciocínio de 496 qualquer investidor Imobiliário, ou eu não vou fazer. Se eu tenho dúvida, eu não vou fazer. E o térreo voltou a ser um bom elemento comercial na medida em que conseguiram resolver alguns temas relacionados a percepção de segurança, acho eu, e um dimensionamento mínimo que fizesse sentido. Tem um prédio com uma laje de 600m², eu consigo fazer duas lojinhas de 90 no térreo, a ginástica para fazer isso, talvez, não valha a pena, ponho uma vaga de estacionamento a mais, talvez seja mais legal. Quando eu falo que eu tenho um térreo, uma laje de 1.500m² e que eu tenho, descontados lobbies e blá blá blá, ainda tem mais 1000m² para explorar, e mantida aquela relação que eu tinha te falado, do térreo ser um espaço mais valorizado que o superior, começa a ser divertido, porque um térreo pode representar dois ou três andares do ponto de vista renda, são dois ou três andares a mais no prédio. Então acho que essa mudança foi uma mudança importante, quer dizer primeiro ou espaços onde você percebia segurança e depois por conta de mudança total de mercado, para uma maneira diferente de você olhar o térreo. Olhar os térreos como espaços públicos. JG: Aqui na década de 70 realmente tem. Esse aqui é um da década de 80 que é o Mário Garnero, ele tem fruição, mas não tem uso no térreo, ele é privado. Esses outros aqui são todos privados. Tem alguns de 70... FB: Aqui tem alguns que usam o espaço público. JG: Então, o que está verde tem galeria, que você entra com lojinhas dentro; o que está em amarelo são lojas viradas para rua, não é galeria; e o que está em vermelho é um uso privado, só da pessoa do prédio, alguns são gradeados. Inclusive isso aqui tem muito na década de 80 e 90 aqui na parte velha. Já na parte nova e a parte nova eu divido em Norte e Sul, porque aquele trechinho até o Instituto Tomie Ohtake; do Largo da Batata até o Tomie Ohtake que é novo também e lá não tem praticamente nada. FB: Lá tem o Instituto Tomie Ohtake. JG: Tem 3 prédios, o Instituto Tomie Ohtake é o mais novo. Aqui tem o Maria Cristina o Alzira Dias e Tomie Ohtake. Esse aqui é de lojinhas, uma lojinha que está fechada, mas é uma loja, a gente consegue ver. E o resto é uso estritamente privado. Mas é um predinho muito sem graça. Na nova, que aí acho que talvez é o que mais interessa, a 497 gente tem isso aqui de cenário hoje: a gente tem alguns prédios que são em geral os mais antigos, esses daqui são exceções que esse aqui é o Zabo, esse aqui é o Praça Faria Lima, eles têm o térreo gradeado, totalmente privado, o resto tem fruição, mas não tem propriamente comércio, nem atividade. Exceção acho que tem esse daqui que é um multiuso que acabou de sair, ele tem 3 torres. Ele tem uma torre comercial corporativa, uma torre office e uma torre residencial. FB: Aí eu acho que tem que entender uma outra coisa importante e que é decorrente da mudança de zoneamento. O Acqua eu não sei o que ele tem no térreo. JG: O Acqua não tem nada. FB: Esse aqui eu sei que ele tem três restaurantes, ele tem uma mega área gigante. Esse prédio o 4300, eu acho que é um exemplo de uma coisa que está acontecendo recentemente e que a gente vai ver cada vez mais, que é o seguinte: até que se mude a lei nesta região e volte a permitir adensamento, o que estava acontecendo tinha, um monte de gente carregando terreno aqui por conta, você deve lembrar, da lei da Operação Interligada que tinha aqui JG: A operação urbana está vigente ainda. FB: Então, que você tinha uma restrição de estoque de áreas, lembra, ou seja, não importa que você tenha CEPACs você não pode aumentar o seu coeficiente aqui, em comercial, porque não tem estoque para comprar, lembra disso. JG: Sim. FB: Isso fez com que muitos dos terrenos que os caras estavam estocando para fazer torres muito maiores do que eles fizeram, ficar sendo subaproveitados do ponto de vista do potencial construtivo máximo, e aí a gente começou a fazer uma coisa que não era comum se você olhar para trás no mercado brasileiro, que são empreendimentos multiuso, tá. Quando é que a gente começou ver multiuso aqui, alguns desses prédios nessa região da Faria Lima, na esquina da Bandeirantes com a Berrini, aquele conjunto que tem ali o Thera, mais o do lado do Thera, aquela coisa ali. 498 Isso era uma coisa desincentivada pelo nosso modelo, então em uma situação normal de uma Faria Lima sem restrição, o que ia acontecer, um monte de prédio de escritórios aqui de frente para avenida e um monte de residenciais de bom padrão na rua de trás, que tem menos visibilidade menos apelo etc. Quando você não consegue construir 4 vezes aqui no comercial, no corporativo, aí você começa a fazer o que? Como é que eu maximizo o uso do meu terreno? Aí eu pego e faço um residencial, um flat sofisticadinho, “chiquetoso”, porque estou no endereço bacana. Então eu tenho como um “target” atender o público que está aqui em volta, e aí qual é a consequência disso? Quem é o cara que vai pagar R$ 10.000,00 para morar num flat de dois quartos aqui, ou seja, um apartamento pequeno e apertado para não ter serviço nenhum. Não vai, ele vai se hospedar em um hotel. Na verdade, esse valor é o valor real por mês [referindo-se aos R$10.000,00]. Aí é assim, porque que o cara vai pagar R$ 10.000 por mês para estar no apartamento apertado? Mas você fala, ele tem um serviço de Flat, serviço de hotel. Aí bota três restaurantes aqui embaixo, bota uma academia de ginástica bacana e tudo mais e aí ele ganha peso. Então, 4300 tem o que ele? Tem a torre corporativa, ele tem o residencial e ele ainda tem um Office, que são as famosas “salinhas”, que estão vendendo como se fossem “apartamentinhos”, ou seja, estão vendendo quase estrutura nenhuma. Nesse caso, como o restaurante não consegue viver só de atender o flat, o térreo naturalmente tem que abrir para fora e agora, com essa nova lei que incentiva que você abra para o espaço, torne ele público. Então esse prédio até que ficou legal. Você consegue transitar no terreno dele inteiro, os restaurantes são bastante razoáveis tem o movimento legal e tal. E acho que é uma coisa que, enquanto a legislação não mudar, se não há a perspectiva de mudar no curto prazo, talvez a gente veja mais. Porque hoje tem muito pouca gente que tem espaço efetivamente aprovado maximizando estas áreas. Acho que o último prédio é esse Miss Sylvia Morizono, que não tem nada no térreo, mas ele tem uma praça pública. É muito engraçado porque tem um lugar para estacionar um food truck. JG: Nesse eu não reparei, eu passei lá e não vi. 499 FB: Não, é que tem um dia certo para ir. É que a gente gosta do food truck que vi lá. Tem um hambúrguer legal que para lá uma vez por semana, então se você entra pela lateral do prédio aqui, por esta ruela aqui, do lado ele tem um lugarzinho para o food truck. Então, assim, o que eu acho é que, na medida em que a gente consiga resolver esse nosso tema de percepção de segurança, que a cidade de São Paulo é um lugar civilizado, não tem razão para que estes prédios todos não abram seus térreos e efetivamente passem a usar. Esse prédio aqui, eu não lembro o nome dele, mas é um prédio relativamente novo que tem umas varandas enormes. JG: Deixa ver que eu lembro dele, eu tenho um mapa com números que a gente consegue ver qual que é. FB: Este prédio tem um mega espaço no térreo que ainda não está sendo utilizado e não tem razão para não ser. JG: Esse daí é o 4285, Vera Cruz II, ele é um prédio novo também é de 2015. FB: Então é o vizinho dele, não é esse o prédio que eu estou falando. JG: O vizinho dele é o 4221, é o Praça Faria Lima. Praça Faria Lima esse aqui é gradeado. FB: Qual é a foto dele? Esse não, não é nenhum desses dois que eu tô falando. JG: Então vamos pegar de trás para frente, tem lado par e lado ímpar no meu levantamento. Esse aqui é o Aqua, é do lado de lá que você quer, é o lado ímpar. FB: É esse aqui. JG: Esse aqui é na frente do Malzoni. FB: Então não. JG: Então deixa pegar lado ímpar aqui. Lado ímpar de trás para frente. Esse aqui é o Zabo. FB: Não é esse. 500 JG: Este aqui é o Vera Cruz II; esse é o Praça Faria Lima; esse é o Helbor, tem um pronto atrás e outro fazendo ainda. FB: O lugar é esse. Qual é a foto desse prédio? JG: Este aqui é o Vera Cruz II. FB: As varandas dele estão aqui. JG: A frente dele está para a rua Elvira. FB: Este prédio tem um térreo todo legal, só não está ocupado ainda. Mas eu acho que é um prédio que tem tudo para ter um super espaço bacana. JG: Tem só fruição hoje, não tem nada lá. FB: Sim, mas é que ele tem lobby relativamente pequeno do lado de cá, com entrada pela Faria Lima e tem uma mega área atrás que ninguém está usando ainda, mas grandes chances de que isso... porque não tem sentido não aproveitar essas coisas. Quando você está lá, se você vai para Faria Lima velha aquele monte de prédio que tá na calçada, que te obriga a andar na calçada, que você não consegue entrar num espaço mais tranquilo para conseguir usufruir do que tá lá dentro e você tem na frente o Shopping Iguatemi, é muito difícil que você vá imaginar que você vai escolher ir na farmácia na rua, tropeçando em pessoas, e não vai preferir ficar mais tranquilo comprando de dentro do shopping, ou sei lá qualquer outra coisa que seja, que o valha. Quando você vai precisa espaços maiores, e desse ponto de vista nossa lei de zoneamento gera muito espaço no térreo, tanto descobertos com os falsos jardins em cima de laje, quanto dentro das projeções dos prédios, não tem razão para você não explorar esse tipo de espaço. Acho que as decisões que fazem, por exemplo, num prédio como esse, são bobas, o cara tem um térreo bárbaro que está pronto para ser... ele já gastou o dinheiro para fazer o negócio, então não tem razão para não usar. O que mais? JG: Então, outras questões que eu tenho... essa dos térreos realmente me deixa bem inquieta, porque... 501 FB: Mas eu te dei pelo menos duas razões para pensar. JG: Me deu duas coisas para pensar, então eu olho aqui fico mais inquieta ainda, porque que ainda não tem? FB: Eu acho que não tem mais, hoje, por causa da crise. A gente tem que lembrar o seguinte, quando essas coisas começaram a ser feitas, a taxa de vacância em São Paulo estava em 7%. Hoje ela está 40 e, assim, em condições normais, eu faço uma conta, Joice, que é assim, a gente tinha, em São Paulo em 2012/2013, a gente tinha 6 milhões de metros quadrados de espaços Classe A em São Paulo, pesquisa da Cushmann demonstrava isso, da CBRE demonstrava isso, da JLL, com variações sutis em números, mas era mais ou menos isso. E a vacância estava em 7%. A gente fazia uma análise, na Cushman, que era interessante, que era assim: como a gente tinha uma pesquisa que começava lá em 97, então a gente tinha 20 e tantos anos de série histórica, e a gente tinha uma constatação que era o seguinte, aparentemente o ponto de equilíbrio desse mercado é 14% de vacância. Ele é o ponto em que você tem produto no mercado, não existe redução nominal de valor e o mercado não é 100% do proprietário. Quando você reduz a taxa de vacância que ele vira o mercado do proprietário o preço sobe, quando aumenta a taxa de vacância ele vira o mercado tomador e o preço cai. Então é uma dinâmica meio... tem variações sutis e tal, mas a gente pode dizer eu tenho um ponto de equilíbrio em torno dos 14%. De lá para cá, eles enfiaram, no mercado de São Paulo, mais de 3,5 milhões metros quadrados, ou seja, eles aumentaram o estoque em mais de 50%. Esse é um número bacana. Daí, não é que a gente tinha uma demanda reprimida brutal. Junto com isso veio a crise, tá, mas mesmo se não tivesse crise, se você olhar para o que são as medidas históricas, você vai ver o seguinte: a distorção histórica de espaço na cidade de São Paulo, tem uma relação parecida com Rio de Janeiro. Eu queria levar para lá, o mercado do Rio está bem pior que o nosso, pelo fato de que a indústria de petróleo desmontou, então a vacância aumentou mais ainda do que aqui em São Paulo; eles têm uma Barra que é parecido com a situação que a gente tem em Alphaville, tudo errado. Mas deixando tudo isso de lado, vamos pensar assim se o mundo não tivesse desabado sobre nossa cabeça em 2013/2014, a absorção histórica, na Cidade de São 502 Paulo, é de 350.000 m²/ano, ano ruim 250, ano bom 350, por aí. Ou seja, eles jogaram no mercado 10 anos de estoque. Era previsível que a vacância fosse subir brutalmente, isso era uma coisa que as pesquisas, tanto da Cushman, quanto da CBRE, quanto da JLL, anteciparam lá em 2012. Porque são produtos de ciclo longo, então em 2012 a cidade já estava em construção. E a gente falava assim: vão botar mais de 50% de estoque no mercado, vai explodir a vacância. Mas naquela época a gente falava: ah não, mas o mercado está acelerando, a economia brasileira vai bem, estava todo mundo otimista e dizendo “vai aumentar, mas deve absorver rápido”. O que a gente viu foi que inundaram o mercado de espaço teve muito do que a gente chama de “flight to quality”, que é um pouco do que a gente fez quando nossa empresa veio para esse escritório, por exemplo, saiu de um espaço pior, mais mal localizado. Você sabe onde a gente estava lá no Berrini 550 e viemos para este prédio. Em uma condição normal de mercado, nosso negócio não poderia estar aqui, não precisava estar lá, mas eu não poderia estar aqui. Eu não poderia pagar o que se pagava por este espaço antes do inquilino anterior devolver o espaço e a gente alugar. Eles pagavam R$ 135,00/m² do escritório, hoje se você vier alugar nesse escritório eles vão te pedir R$90,00, como você com uma boa negociadora vai alugar por R$70,00 e algo. Ok, só que isso tem um limite e a gente, de alguma maneira chegou nesse limite, então todo mundo pensou assim: ah, o mercado de escritório não está sofrendo tanto ele está se recuperando. Não ele não está se recuperando, ele estava se ajustando e, com a vacância alta, o valor de locação despencou. Então a gente tem que lembrar que lá em 2011/2012, o cara da CCP, em conversa com a gente, tinha um lado que era assim, ele chamava todas as empresas de consultoria do mercado para falar sobre a expectativa de mercado daí a quatro anos e a pergunta dele era simples, na época o diretor de desenvolvimento deles era assim: Fernando, eu devo brigar pelo melhor terreno da Faria Lima porque eu vou alugar a R$ 200,00/m² ou está na hora de eu rever o meu produto? Ou seja, os caras pensavam, e eu estou dizendo isso pré Malzoni, o Malzoni foi pensado a R$220,00, a CCP fazia a conta de que iria alugar a R$180,00, alugar a R$70,00 não passava pela cabeça deles. E aos preços que esses caras constroem, e aos preços que eles pagaram pelos terrenos, eles não vão ter o retorno que eles projetaram lá atrás, nunca, vai levar 20 anos para este mercado voltar ao ponto de ter... de fazer os preços 503 que fariam sentido para eles. Estou falando isso para reforçar o que, a dinâmica está mais lenta, então hoje a gente fala assim, tem um monte de espaço legal na Faria Lima, se você pegar este trecho aqui que você está olhando, a nova Faria Lima, tem um monte de espaço legal. Porque que o pobre Juan, que está atrás deste prédio aqui que está nesta ruela aqui, não vem para o térreo deste prédio e se instala muito melhor do que naquela casa desconfortável que não tem um ar condicionado que preste, não tem estacionamento, é tudo meio apertado? É porque ainda está caro estar aqui, mas assim, com uma dinâmica de mercado um pouco melhor, este cara tendo um pouco mais de conforto, não tem razão nenhuma para ele não mudar para lá. A outra churrascaria, o 348 que está aqui meia quadra para cima fez um Mega retrofit em uma casa, na época, eles fizeram retrofit naquele negócio, não sei se você já foi lá? JG: Não. FB: Era uma churrascaria argentina, numa “estância mexicana” e agora virou um espaço que podia estar no térreo de qualquer prédio. Era desconfortável, não tinha ar condicionado, não tinha aquelas coisas todas. Eles fizeram uma mega de uma reforma naquela coisa, e para aquela imagem atual, que não é imagem da estância mexicana meio despencada, poderia estar no térreo de qualquer prédio deste, super bem instalados com o conforto de estar no contra fluxo do estacionamento, enfim, um monte de vantagens. Acho que isso vai acabar acontecendo, até porque se você subir no topo de qualquer destes prédios e olhar para o lado de cá, o lado de cá já está mudando, mas se você olhar para o lado de cá não faz o menor sentido você achar que esta área com a infraestrutura que tem vai continuar sendo ocupada por um monte de casinha. Não consigo achar que isto faz sentido. JG: Eu só ia passar o olho no mapa da lei para ver o que ela está dizendo desse lado aí. FB: Não, não pode fazer nada. JG: Não pode mesmo. FB: Hoje tem uma restrição louca, não faz sentido. JG: Aqui o meu está ruinzinho... 504 FB: A gente tem que parar... O planejamento urbano de São Paulo precisa parar... JG: Eu sei que essa parte aqui debaixo já virou tudo zona mista, aqui, eu imprimi em preto e branco não dá para ver, mas aqui tem alguns núcleos que ainda são predominantemente residenciais e não deixa verticalizar. FB: O que acontece nesse negócio, é que a gente precisa parar de pensar a cidade desta maneira restritiva, porque vamos lembrar o seguinte tem tudo isso para ser feito e eles estão desenvolvendo atrás do Shopping Morumbi, Parque da Cidade, próximo passo Chácara Santo Antônio. JG: Lá para Chácara Santo Antônio, lá para o Borba Gato. FB: Aquele pedaço entre o Parque da Cidade e Alexandre Dumas. Naquela parte que tem aqueles predinhos mais baixos, aquilo é a bola da vez. Agora, faz sentido a gente continuar apostando em ir para lá? Porque aqui você tem uma dinâmica urbana em volta dessa desta região em que restaurantes e atividades comerciais e que fazem todo sentido. Lá funciona em horário comercial, é igual a Berrini. Eu não sei se você gosta, mas eu gosto de pedalar no final de semana. Eu pedalo na Berrini, você chega na Berrini sábado à tarde ou domingo não tem um bar aberto, não tem um restaurante aberto, não tem nada. JG: Já trabalhei lá de final de semana tem só padaria, só, acabou. FB: Aí você quer tomar uma água, você tem que ir no posto de gasolina que é o que está aberto. JG: Aqui nesta área é único lugar que está com estoque para poder fazer comercial é aqui no setor Hélio Pelegrino. FB: Exatamente. JG: O resto esgotou. Esgotou todo comercial só tem residencial. FB: O grande problema é que a Hélio Pelegrino, o eixo não chegou nela. E a gente tem um problema muito sério, na minha opinião, de infraestrutura urbana. Eu acho que a estação Pinheiros lá na ponta de Pinheiros na Faria Lima vai mudar a dinâmica daquele 505 lado da cidade, mas esse lado de cá ainda está longe do mundo. A Hélio Pellegrino, por mais que ela tenha sido um eixo importante para fazer uma ligação desta região com a Vila Nova Conceição, fora Juscelino Kubitschek e tal, é uma avenidazica que liga nada a lugar nenhum. Então começa a ter aquele tipo de coisa, como é que eu vou fazer um prédio aqui, que o terreno custa caro para caramba, e vou competir com um monte de espaço vazio que ainda tem aqui em baixo? E daqui a pouco... e mais, infraestrutura aqui não é tão boa, porque você tem que lembrar que aqui tem tudo, aqui não tem nada. Aqui você tem os restaurantezinhos de bairro, umas coisinhas, Ok tem algumas coisas lá perto do Parque que do Ibirapuera, aquela frutaria, aquelas coisas ali que tem um movimento gigante no final de semana, mas eles ainda são destinos, não é que tem uma dinâmica de entorno que seja muito legal, a não ser aquela parte mais dentro de Moema, quando você começa a entrar dentro de Moema, mas fora isso ainda está longe do eixo. E eu pessoalmente acho que a gente tem que deixar esses discursos restritivos de lado e começar a potencializar a infraestrutura que a gente tem. Vamos ser práticos, o trânsito da Faria Lima, da Santo Amaro, da Juscelino e da Hélio Pelegrino já é uma m****. E não é por causa da Faria Lima, é muito mais por causa da Santo Amaro, por causa do hospital, por causa da João Cachoeira que tem o tráfego brutal e continua sendo uma ligação importante, ou seja, tem um monte de coisa que já transformou esse lugar, e que fez com que o estado tivesse que investir um monte de infraestrutura aí. Porque que vou ficar continuando a insistir na vilinha, na casinha, na habitação individual, evidentemente que já não tem mais graça morar num lugar desse. De cima de um prédio desse você enxerga todos os quintais de duas quadras atrás, ou seja, hoje, se você tiver uma piscina na sua casa e for tomar banho, ou for nadar... imagina o seguinte, você indo tomar sol no quintal da sua casa e ter quatro prédios em volta de você olhando para baixo e falando: poxa que bonitinha aquela menina lá! Ótimo, já não tem mais apelo (risos). JC: Toda essa área aqui, inclusive, é tombada. O tombamento de bairro, que é o tombamento ambiental. Então daqui que era uma Z1..., mas por aqui já não tem mais tanto apelo. FB: O grande problema, na minha opinião, nessa visão urbana, é se não tem o que fazer aqui, eu vou fazer lá no Parque da Cidade. E aí você cidade, você Município, você 506 Estado, vai ter que levar metrô, vai ter que levar energia elétrica na quantidade que eu preciso, porque eu vou pedir lá na concessionária e ela vai ter que atender. Vai me mandar a conta? Vai. Mas vai ter que por, vai ter que levar água, vai ter que resolver problema de trânsito, porque até que você leve o metrô e trem e eu consiga trabalhar de transporte coletivo, eu vou continuar dirigindo para minha casa, e a gente tem coisas bizarras dentro dessa cidade. Eu sempre falo que eu sou um exemplo típico de que transporte coletivo em São Paulo não pode ser levado a sério. Da minha casa até aqui, eu moro perto da Avenida Paulista, da minha casa até aqui eu levo uns oito minutos de carro com trânsito normal, 25 a 30 minutos de carro com muito trânsito, 30 minutos de bicicleta sem stress, eu levo 1 hora caminhando e eu levo uma hora e vinte de transporte coletivo, ou seja, não faz sentido. Não faz o menor sentido! Aí um dia me falaram assim: você pode vir de metrô. Eu subo da minha casa até Paulista, pego o metrô, pego a linha amarela, faço baldeação no trem e ando 20 minutos, enfim 1h20 apertado, vou chegar aqui suando mais do que se tivesse vindo de bike, ou a pé. Então, desculpa, não funciona, é mais fácil eu me concentrar em resolver um problema de infraestrutura para esta região. Fala “meu, verticaliza usa até onde dá”. Coeficiente 16 para vocês aqui, sabe, vamos começar a competir com os prédios do resto do mundo. Não me venha dizer que não dá para você ter qualidade urbana, se não desse para ter qualidade urbana seria impossível viver em Nova York e tá todo mundo querendo ir para lá. Prédios mais altos e sem recuo, tem muitos em cima da calçada, inclusive... by the way. JG: Direto na calçada... e para falar da Quinta Avenida todos eles têm um comércio que é mais refinado, mas que é muito ativo. FB: Superativo. JG: Aqui a gente consegue ver no trecho da nova Faria Lima, na década de 90 nós temos só dois prédios. Foi a partir de 95 a operação, e se consolida um pouco depois 2000. Olha tem pouquinha coisa um, dois, três, quatro, cinco, seis, o resto acontece agora mesmo [década de 2010] são todos muito recentes. FB: Sim são prédios que foram começados lá em 2006/2007, eles começaram a pensar esse negócio, começaram a construção em 2007 para entregar em 2012. 507 JG: Esse aqui tem uma torre inteira vazia, Malzoni. Estava vendendo uma torre, não sei se já vendeu. FB: Mas aí estava Tecnisa no começo, é que não faz sentido, né. Tem uma outra coisa que eu acho que talvez mude radicalmente... uma vez voltando a minha conversa com o Nessin (Nessin Sarfati, ex-diretor da CCP – Cyrela Commercial Properties e atualmente sócio da Barzel) lá atrás, eu desenvolvi uma tese para ele, na época, que ele falou que ele já tinha pensado naquilo, mas que ele achou que era uma coisa para daqui a 5 anos. O Mordejai Goldenberg (ex-VP da Cushman Wakefield e head da área de Investments), meu amigo, falava que eu tenho mania de falar de assuntos que estão pelo menos cinco anos adiantados, mas enfim eu continuo achando que é uma tese, e eu falava para ele o seguinte: eu acho que essa situação vai mudar, não prédios, eu continuo defendendo o que tem que liberar para fazer prédios nessa região e tem que adensar, esse é um lado da história. O outro lado da minha tese é assim: eu trabalhei muitos anos atrás em projetos de consolidação, eu pegava empresas que estavam em 10 sites, 15 sites, e juntava tudo em um único. E aí você tinha uma coisa bem engraçada, a gente tinha um aumento de aluguel médio, mas a gente tinha um ganho de sinergia, conexão de internet, uma série de coisas, que impactava no custo operacional do cara. E mesmo você aumentando o aluguel médio, você derrubava brutalmente o custo de espaço do cara, o custo da cadeira. Isso foi 2003/2004 até aí as coisas funcionaram bem, só que naquela época a gente tinha o prédio mais caro de São Paulo o CENU e o aluguel era R$ 70,00/m². Preço médio de aluguel nesse site, nesses prédios todos aí da Faria Lima, tudo isso que você falou ali para trás R$30,00 a R$35,00. Aí você vem para essa realidade Faria Lima de hoje, eu não acho que o preço que está sendo pago nesse espaço é condizente com o nível de investimento que foi feito, mas assim, assumindo que você tenha custo de locação na casa dos R$ 150,00/m², você é arquiteta trabalhou com isso muitos anos da tua vida, se você pegar aí uma densidade média de 9m²/pessoa por pessoa e você pensar assim R$ 150,00/m² de aluguel, R$ 35,00 de condomínio, eu estou falando R$ 185,00, aí você pega mais R$ 5,00 de IPTU, R$ 190,00, se você imaginar um custo fit out, de R$ 3.000/m² e você deprecia isso em 60 meses, e você agrega e R$ 50,00 de depreciação, eu vou para um curso de 240,00 / 250,00 reais por metro do prédio. Vezes os seus 9m², eu estou falando que o custo da 508 cadeirinha, sem consumo, é mais ou menos R$ 3.000,00/mês. Isso está acima do salário médio da maior parte das empresas. Óbvio quando estou falando salário médio, eu não estou falando do salário médio do BTG, dos 30 caras do BTG que ocupam um andar do Malzoni, eu estou falando salário médio, tem que pegar o salário do dono do Banco e de todo o backoffice, mas se eu não posso pagar R$ 3.000,00 para você como salário, não faz sentido pagar R$ 3.000,00 por mês para você sentar na cadeira, ou seja, não são todos os funcionários de todas as empresas que podem sentar numa cadeira no Malzoni era a história que eu falava da Tecnisa, quando a Tecnisa foi para lá. A Tecnisa levou RH, contabilidade, todo backoffice dela para a Faria Lima. Gente, não faz sentido, ter uma estrutura de negócio lá dentro faz todo sentido, ter backoffice lá dentro não faz sentido. Por que desse discurso todo lindo e maravilhoso? Porque com base nesse discurso eu falava para o Nessin o seguinte, eu acho que está faltando, no mercado, o bom prédio B. Porque tudo que a gente está falando aqui, a gente está focando, é o prédio A, é o prédio A. Ok. O prédio B não tem que estar aqui, o prédio B poderia estar na rua de trás. Se a gente tivesse a rua de trás aqui. A gente não tem a rua de trás, então Alphaville foi pensada para ser o B de São Paulo e não roda porque é impossível chegar em Alphaville. Mas São Paulo precisa resolver este problema. O BTG tem, no seu front, 2 mil metros quadrados na Faria Lima pagando uma fortuna de aluguel ok. É o business dos caras. A Tecnisa ter 1.000m² de showroom na Faria Lima faz todo sentido, as empresas terem os seus front offices ou as suas áreas de negócios, as mais importantes, pagando R$220/250 o metro quadrado, ok isso pode fazer sentido. Na hora do backoffice, não pode ter isso. Na hora do backoffice o cara precisa de volume e de bons espaços, aí, onde é que os caras estão resolvendo isso? Espaços meio bizarros, lembra daquele empreendimento que tem lá na Marginal Tietê, EB Park? JG: Aquele que era a fábrica da Siemens? FB: Exatamente. No começo era call center, daí eles conseguiram construir torres e nestas torres tem backoffice e tem consolidação de empresa que não precisa estar na Faria Lima. Aquela empresa cujo front office não precisa aparecer, ou não precisa do espaço show para o seu cliente, esses caras estão indo para lugares assim. É que é mal 509 localizado, a infraestrutura urbana no entorno é péssima, então o cara tem que construir um monte de infraestrutura dentro do negócio dele, ok, faz parte do jogo. O acesso ainda é ruim porque tem um pedacinho que você tem que caminhar até estação de trem, que não é um espaço friendly. Falta em São Paulo este tipo de solução porque, na hora que você fizer isso, aí a Faria Lima vai virar a Quinta Avenida, aí no térreo destes prédios não vai ter o restaurantezinho, ou vai ter um super restaurante ou vai ter a Tiffany, o dia que ela puder sair de dentro do shopping sem ter problema de segurança. Essa é a minha tese de longo prazo. JG: Interessante, porque eu também me pergunto porque que a Faria Lima não tem cara de Quinta Avenida? Uma das perguntas que eu discuti com meu orientador e falei por quê? FB: A parte velha ela não vai ter nunca, a não ser que demolha... JG: E refaça, e comece um processo de uma reconstrução. FB: Porque a gente tem que lembrar o seguinte... JG: Mas o meu questionamento era aqui na nova, não era na velha não. FB: Mas ela não tem ainda, porque ela ainda está subdesenvolvida. Sub não no sentido de baixo padrão, os prédios dela até que ok, não são os melhores prédios que eu conheço. Ela não está suficientemente construída para ter esta imagem. E aí você tem aqueles enclaves idiotas do lado do 4.300, tem um, que é o cara que ficou esperando até o último segundo para vender a esquininha e não vendeu. JG: este amiguinho aqui... não tinha porque ele não vender essa casinha. FB: Aí, hoje que que ele tem, ele não tem nada para fazer com isso. Só que isto valia uma fortuna no dia em que o cara estava fazendo prédio, hoje vale o quanto que o prédio quiser pagar, porque o prédio não precisa do cara, o prédio já está lá. Comprar isso aqui hoje é comprar para abrir integrar jardim, não vai dar nem para fazer uma lojinha, nem um quiosque. Aí dentro não dá, a Prefeitura não vai te deixar botar um quiosque dentro se você quiser. E você tem um tapume preto aqui hoje. Então você vem andando aqui você sai do Sílvia Morizono, bacaninha, pega uns restaurantezinhos, que 510 podia até ser charmosinho se arrumasse a calçada, a calçada está toda acabada, aí você chega em um tapume preto e no final do tapume abre um prédio que, esse sim, poderia estar em qualquer lugar do mundo. Então, eu acho assim, tem um caminho de desenvolvimento dessa região que, se o nosso mercado estivesse mais dinâmico, talvez estivesse andando no ritmo um pouco mais acelerado, vai acabar acontecendo. Tem uma vantagem nesses prédios, em todos esses prédios, é que eles têm, eles foram construídos de maneira adequada para a tecnologia embarcada que a gente precisa ter, coisa que os outros não. Então hoje eu posso botar qualquer coisa em qualquer um desses prédios, qualquer tecnologia, qualquer tipo de ocupação, os prédios estão preparados para isso. Você pega o lado velho da Faria Lima, eu não tenho nenhum prédio que suporte a tecnologia que a gente tem hoje. JG: Neste aqui [Acqua] eu trabalhei, na época que eu trabalhei nele tinha três bancos, 5 andares para cada um. FB: Sim, eu lembro o Barclays, o UBS... JG: O UBS era o meu projeto, a gente disputava quase que a tapa os centímetros de shafts descer água gelada nesse prédio aqui. FB: Mas você quer ver uma coisa engraçada? Que eu sempre falo quando o pessoal fala qual é a altura fazer um prédio adequado? Qual a altura de laje/laje? Se tem menos de 4,70m não serve. JG: Não serve mesmo. FB: Aí todo mundo falou... assim, gente dá para fazer com 4,50? Dá. Dá para fazer com 4,30m? Dá, mas se você tiver uma operação pesada não vai caber ali dentro, você tira 15cm de piso elevado aqui e você quer 2,70m de pé direito, tem uma estrutura mínima aqui no meio dessa brincadeira, se você não tiver 70/80cm livre para fazer ar condicionado e tudo mais que vem junto, não funciona. Esses prédios na maior parte deles, a gente tem essa configuração, nessa época da velha Faria Lima 3,50/3,60 era considerado um luxo. 511 JG: Mesmo os melhorzinhos, como por exemplo o San Paolo, que eu pessoalmente não gosto dele, ele tinha 90cm de entreforro, 10 embaixo da viga. FB: Bela porcaria, eu conto embaixo da viga. JG: Tinha 10 embaixo da viga... FB: Amiga, para mim não conta, eu conto embaixo da viga. JG: Era um verdadeiro transtorno trabalhar naquele prédio. FB: A conta que eu faço é assim: eu quero 15cm de piso elevado, eu quero 2,70cm de pé direito, ou seja, tem 2,85m, eu quero 70cm livre embaixo da viga, então estava em 2,85m, eu estou falando 3,55m embaixo da viga, resolva isto com seu calculista, qual vai ser o tamanho da viga. Para mim o prédio bom é esse. JG: O Infinity é muito assim, o entrepiso é até maior. FB: A conta que eu faço é muito simples eu quero 3,55m, vai se entender com seu calculista para ver quanto que vai dar essa viga, aqui se o cara quiser se espremer lá e tá ok. JG: Agora a última coisa que eu queria te perguntar é o seguinte: esses prédios aqui na maioria são construídos para locação, não são para venda né? Ou esse perfil está mudando? FB: Vamos lá, esses prédios são investimentos profissionais, a maior parte deles. O que eu chamo de investimento profissional? São investidores que tem uma visão financeira do empreendimento. A gente sempre critica muito o fracionamento de propriedade, esse problema nos prédios antigos, às vezes a gente fala pô tem um predinho bacana, bem localizado, por que que ninguém compra ele e faz um retrofit e volta o prédio para o mercado de um jeito legal. Normalmente é muito difícil fazer isso porque a maneira de você financiar o empreendimento, antigamente, era fazendo a venda, parecido com que a gente tem no residencial hoje. Por que que a gente não tem no Brasil uma tradição de residencial para locação? É porque no Brasil existe uma forma de financiamento do tomador final que é imbatível com relação a qualquer equação financeira que você faz, então não faz sentido desenvolver um residencial para alugar. Você não vai alugar ali, pelo valor do meu aluguel você compra o seu apartamento. 512 Mas isso é uma particularidade do residencial. Antigamente na falta de mecanismos de financiamento, na ausência de capital, que ninguém investia no Brasil, era só o governo nosso que injetava dinheiro na economia, o que os caras faziam com os comerciais, vendiam em salinhas, salinhas maiores, salinhas menores, vende as salas. E aí eu entro num prédio que tem 14 andares, 4 unidades por andar, 56 proprietários, isso é impraticável porque a capacidade de investimento de cada um deles está descasada, eu tenho dinheiro, você não tem, eu não consigo impor a você que invista no meu projeto, tem coisa que para você faz sentido e para mim não. Nesses prédios (novos), até porque o ticket é muito mais alto, em geral, você não necessariamente tem um único proprietário, mas os proprietários, em geral, são proprietários e investidores. E dificilmente, também, você vai ver alguém comprando para usar. O cara é dono de 30 prédios, ele vai ocupar uma unidade que ele tem em um prédio. Ele não comprou pelo uso, ele comprou um monte de coisas e o uso é uma delas, se for um bom negócio, senão ele aluga para alguém. Então isso é muito comum, mesmo quando você tem fracionamento no andar, e as vezes isso acontece em um caso de laje muito grande, o Malzoni é um caso típico, você tem torres de propriedades e nos andares superiores você tem encontro de propriedades, não vai ter o Fernando comprando um apartamento e ou o BTG, a CCP, ou qualquer outro destes mega fundos comprando a outra metadinha. Eu vou ter um fundo de um lado e um fundo do outro. E aí a conversa, ela é muito mais profissional, você pega esse prédio por exemplo esta torre é propriedade de três fundos diferentes, então tudo bem, tem reunião de condomínio? Tem, os caras brigam pelos seus interesses sim, mas se a assembleia decidir que vão investir 10 milhões de reais amanhã todo mundo vai pagar a conta. E não vai ter aquela história de que decidimos 10 milhões de reais, a parcela da Joice é baixinha “100 mil reais”. Aí você fala: não vai rolar porque eu vou ter que vender a pele da minha mãe para pagar. Então esses prédios são investimentos profissionais, alguns deles eu conheço, eu sei da propriedade. No Aqua, por exemplo, eu acho que são quatro proprietários diferentes, não tenho certeza, enfim, mas são todos... não tem amadores nesse negócio. Se você for pegar a relação dos proprietários você vai ver que são todos eles... JG: Alguns eu levantei tem... aparece a Yuny 513 FB: a Yuny, que era construtora e agora é também investidora. JG: Ágora, no site dela se põe como Incorporadora, esse daqui torre Tomie Ohtake é da Aché Laboratórios, esses daqui são aqueles muito antiguinhos, que já não interessa. FB: você tem, por exemplo, HSBC. JG: Tem a Brooksfield, o grupo Victor Malzoni, lá no pátio Malzoni depois FB: O Birmann 29 parte dele é do JP Morgan, ou não, era um fundo que aluga para o JP Morgan, não me lembro exatamente. JG: Aqui... esse aqui é só incorporação que é a Toledo Ferrari. Esse aqui é a Helbor, não era muito foco deles fazer esse tipo de prédio né, só que eles estão começando... era a Toledo Ferrari, a AAM Incorporadora, que estão anunciados na plaquinha que eu olhei, depois tem a HBR Realty, isso na incorporação, depois eles devem... FB: Não é incorporação não depois eu... JG: mexer um pouquinho... FB: Isso muda, o cara que incorporou não vai ficar necessariamente com o prédio. JG: Esse aqui Etoile tentei entrar no site, nem entra mais. FB: Etoile não deve continuar não JG: Ágora capital FB: Isso é alguém que montou o negócio JG: Da Zabo, acho que eles mesmos incorporam, eu vi que eles fazem mais residencial que corporativo também. Tem SDI em algum lugar aqui, tem alguns que eu vi que são CCP FB: Então, SDI por exemplo normalmente tem parceiros em vários investimentos deles, mas normalmente são esses assim, alguém monta o negócio. O que acontece neste tipo de produto é o seguinte, você montar um negócio leva muito tempo e o custo é baixo. Custa tempo, saco e um pouco de grana para fazer o básico que é negociar umas opções de compra, formar um terreno, pagar um arquiteto para fazer o estudo 514 preliminar, aprovar um projeto na prefeitura. Só que essa brincadeira, às vezes, leva 3 anos. Dependendo da composição do terreno pode levar mais. Então, em geral, quando você vê “incorporação”, as vezes na incorporação tem o cara que tem saco e daí esse cara tem duas opções, na hora que monta o processo e está com ele pronto tem duas opções: ele pode vender para a Cyrela, por exemplo, ele vende um pacote pronto, isto está aqui vai lá e aí a CCP vira incorporadora, ou ele pode, eventualmente, virar parceiro na incorporação, mas aí ele vai sendo diluído com o tempo, ele entra dono de x% do negócio, aí tem que pagar o terreno, ele não tem dinheiro para pagar o terreno, então a “Cyrela” vai lá e paga e a participação dele que era 50% vira 20% e começa a construção. No final ele sai dono de 1% e acaba vendendo para alguém porque ele não é dono nem de um conjunto inteiro. Então é assim, é muito comum acontecer isso. E não dá para você ser sócio deste tipo de cara, principalmente quando você é minoritário assim, porque o cara, ele te dilui e não é nem por sacanagem, para manter o valor do ativo do cara, ele precisa te diluir. Precisa investir 10 milhões, Joice, você não tem dinheiro para pagar esta conta, desculpa minha filha, eu não vou deixar cair o prédio porque você não pode pagar a reforma. JG: Esse aqui é da Tishman, esse é novo 2013, FB: Então, a Tishman tem feito algumas coisas bem interessantes, ele mantém o nome dele bonitinho assim e as vezes são donos de 20%, eu conheço um caso em que eles dizem que são donos do prédio e na verdade são donos de 17% do prédio. JG: e esse aqui é o que está saindo agora, está em obras, o Birmann 32, que eles formaram e não dá nem para saber quem que é, é uma empresa que eles criaram para ser o incorporador deles Faria Lima Prime Property. FB: mas isso aí é o seguinte, é um questão de organização, de gestão de risco, ele faz o que, cria uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) e dá a ela o nome que quiser, então, provavelmente, é o que aconteceu, o Rafael Birmann, ele criou uma SPE que, no começo, era 100% dele, aí ele compra o terreno e bota aqui dentro, aí ele chega para você e fala assim, Joice, vou fazer um prédio na Faria Lima, olha que prédio legal! Quer investir comigo? Aí você fala assim tá bom, eu quero 10% dessa empresa, então você vem aqui compra, e ele vai na Cyrela e fala amigo quer ir comigo, aí o cara fala ah eu 515 quero 15%, aí ele monta a incorporadora que é a SPE e os caras são os donos que controlam a SPE. Aí na hora que o negócio está quase pronto, chega aqui um mega fundo e fala assim, carinha eu não quero você como um sócio. Quanto custa? JG: Vende para mim (risos) eu tinha mais um o FL3500 que eu não eu encontrei FB: Hoje ele é 100% CCP, eu não tenho dúvida JG: Esse aqui nem está sendo anunciado. Tem a VBI no aqua, que é mais famosinha. FB: A VBI tem um fundo internacional por traz, assim como a Autonomy, JG: a Autonomy eu conheço porque eu já fiz projeto para eles, estavam no Bandeirantes depois foram para o Rachaverá, que também era deles FB: Sim eles são donos do Rochaverá e de mais uma penca de coisas, tem um portfólio de uns 8 ou 10 prédios JG: Bacana FB: Em São Paulo. JG: Já tomei muito o seu tempo hoje, gostaria de agradecer imensamente o seu tempo e a sua atenção. Muito obrigada! 516 517 Anexo 8. Mapa síntese dos edifícios de escritórios Figura 479 – Mapeamento dos edifícios de escritórios da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. 518 Anexo 9. Mapa síntese dos edifícios de escritórios por décadas Figura 480 – Mapeamento da construção dos edifícios de escritórios por décadas da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Fonte: a autora, 2018. 519 Anexo 10. Mapa síntese do uso dos pavimentos térreos Figura 481 – Mapeamento do uso dos pavimentos térreos dos edifícios de escritórios. Fonte: a autora, 2019.